quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O Cardeal jesuíta Albert Vanhoye orientará os exercícios espirituais de Quaresma no Vaticano

O Cardeal jesuíta Albert Vanhoye vai orientar este ano os exercícios espirituais de Quaresma no Vaticano, de 10 a 16 de Fevereiro: cinco dias de meditação sobre o tema “Acolhamos Cristo, nosso Sumo Sacerdote”. Durante essa semana, o Papa suspenderá a sua actividade ordinária, incluindo a audiência geral que teria lugar no dia 13. O Cardeal Vanhoye, antigo reitor do Instituto Bíblico Pontifício de Roma , irá apresentar 17 meditações a partir de uma passagem da Carta aos Hebreus.
Fonte:http://www.radiovaticana.org/por

El Padre General está en YouTube!


Já faz alguns dias que o site de hospedagem de vídeos "you tube" ofereceu uma curta entrevista realizada com Padre Adolfo Nicolás nas Filipinas. "Life to the Full" (Vida em Plenitude) como está intitulado, é uma produção do Centro Jesuíta de Comunicação em Manila.

(Assista acima o vídeo em Inglês)


Fonte:www.sjweb.info
Translation: Luís Antonio de Oliveira Alves

Marcos 4,1-20

3ª SEMANA DO TEMPO COMUM

A Palavra de Deus é comparada a uma semente. Isso significa que ela precisa não apenas de terra boa para crescer e dar fruto, mas também de ser regada e cuidada com zelo. Esse cuidado com a semente cabe a cada um de nós, e nós o fazemos através da oração, seja ela litúrgica, seja ela pessoal. Sem isso, não há como a Palavra de Deus se desenvolver dentro de nós.
Comparar a Palavra a uma semente significa também que há um progresso na vida espiritual, que deve ser respeitado. Ninguém se torna santo (espiritualmente maduro) da noite para o dia. É um processo longo e árduo, e exige de nós paciência, dedicação e sobretudo humildade. Que Deus nos dê sempre disposição para isso.


Pe. D. Justino Silva de Souza, OSB

60 anni fa moriva il 'mahatma' Ghandi

Esattamente 60 anni fa, il 30 gennaio 1948 moriva, ucciso da un fanatico, il “mahatma” Gandhi, fondatore della lotta non violenta e padre dell’indipendenza indiana. Una vita, quella di Gandhi, all’insegna della battaglia politica contro ogni segregazione razziale. I suoi ideali erano basati su tre punti fondamentali: l’autodeterminazione dei popoli, la nonviolenza e la tolleranza religiosa. Il servizio di Salvatore Sabatino.

Mais de 94 mil deslocados devido ás cheias no centro de Moçambique

O número de deslocados devido às cheias no centro de Moçambique aumentou, fixando-se agora em 94 225, numa altura em que os caudais dos rios voltaram a subir, indica o último balanço oficial. O porta-voz do Centro Nacional Operativo de Emergência, Belarmino Chivambo, afirmou que cerca de duas mil famílias chegaram nas últimas 48 horas, pelos seus próprios meios ou resgatadas pelas equipas de salvamento, aos 41 centros de "reassentamento" no Vale do Zambeze. A subida do nível dos caudais de três dos quatro principais rios do vale do Zambeze constitui motivo de grande preocupação, pois poderá aumentar o perímetro das áreas inundadas e o número de pessoas afectadas, disse Chivambo. As autoridades estão preocupadas com o regresso de algumas famílias às zonas de onde foram evacuadas, apostando agora na colocação de elementos das forças armadas e da polícia nas áreas de risco, como forma de desencorajar a presença de pessoas e a protecção de bens deixados pelos deslocados. A médio e longo prazos, o Governo projecta a construção de diques ao longo do vale do Zambeze, para permitir que a população continue com a actividade agrícola, sem correr o risco de perda de culturas, por causa das cheias.

CG35: un espacio "ECOS" de participación

Ha sido creado un espacio virtual de participación en la página web para la CG35, llamado “ECOS”. Jesuitas y colaboradores de todo el mundo pueden ingresar y contribuir en este espacio, enviando comentarios, manifestando esperanzas y temores, compartiendo sentimientos. El equipo de comunicación pondrá en línea, en diferentes idiomas, las contribuciones más significativas. Ha sido renovada y enriquecida la página de noticias sobre la CG35, preparada por un equipo de comunicadores coordinado por el P. José de Vera. La página da relieve a la noticia de la audiencia inesperada que el Papa Benedicto XVI ha concedido a P. Adolfo Nicolás viernes, 25 de enero.
Dirección del espacio ECOS: communicación-gc35@sjcuria.org
Página web de la Compañía para la CG35: www.sjweb.info/35

LEMBRE-SE DO ROSTO DE MEI MINGA


Vida da gente é cheia de imprevistos. Às vezes são acontecimentos, às vezes pensamentos, imagens, idéias que nos surpreendem. Dessa vez foi um filme, ou o trecho de um documentário enviado por Bito, amigo jornalista. Não me recordo de haver visto algo tão duro, tão triste e revoltante como ver Mei Ming morrer de fome, de abandono, de tristeza. Toda a vida do mundo está ferida de morte. Mas é exatamente ao lado dessa criança que é preciso anunciar o mistério e a presença do Deus da Vida.Mei, em mandarim, significa bonita. A beleza de seu rosto, no entanto, esconde-se por detrás de uma montanha de sofrimento. Essa menina, explica-nos o documentário, fora por duas vezes abandonada e, no último destino ao qual chegou, foi condenada ao “quarto da morte” por seus algozes. Permaneceu dez dias sem nenhuma assistência, até sua morte diante das câmeras. Segundo esse documentário, que suponho datar dos anos oitenta, Mei é apenas uma das muitas crianças, sobretudo meninas, vitimadas pela política do filho único. Incentivados por essa política de controle populacional, associada à tradição milenar que supervaloriza os filhos varões em detrimento das mulheres, inúmeros pais assassinam ou abandonam seus filhos. De acordo com os autores desse documentário, alguns orfanatos mantidos pelo Estado, ao menos aqueles visitados pela equipe, as crianças são vítimas de inúmeras formas de crueldade, desde passarem o dia atadas a uma cadeira, até morrerem abandonadas como Mei. É difícil averiguar a extensão do problema. É mais difícil ainda saber qual a realidade atual do comportamento diante das crianças do sexo feminino, uma atitude que tende a mudar senão por outra coisa apenas pelo fato de que as conseqüências da desproporção entre homens e mulheres faz-se sentir gravemente. Mas nada disso apaga os gemidos de agonia que Mei continua a lançar ainda hoje. Toda a criação geme com ela em seu leito de morte.Quando as Escrituras registram a história do bom samaritano, elas colocam na boca de Jesus um verbo para descrever o sentimento do samaritano diante do homem ferido. Com esse verbo, Jesus diz que o samaritano “sentiu remoerem-se as entranhas”, o que a maior parte das Bíblias traduzem como “teve compaixão”. É verdade, ter compaixão não é ter pena, é sentir o sofrimento do outro de alguma forma tocar suas próprias entranhas. Toda forma de justiça cristã nasce dessa experiência, que é mais que um sentimento. Associamo-nos à dor do outro, e isso nos move. Não é que não possamos, é que não conseguimos permanecer indiferentes. Junto com o Grupo OPA, o projeto da BrinquedOPA (http://brinquedopa.blogspot.com) que iniciamos em Jenipapo, no Marajó, depois em Vazantes (CE) e Natal (RN) nasce desse desejo: oferecer uma presença, antes de oferecer uma solução. De fato, nossa presença é o que temos de mais precioso para oferecer aos outros. Embora o rosto de Mei esteja associado a um evento preciso, a um lugar particular do globo terrestre, seu gemido tem a intensidade do grito de sofrimento de todas as crianças. Na Ásia, na África, no Brasil, em qualquer língua ou cultura, nós, cristãos, somos chamados a estar ao lado, a sermos acessíveis, a sermos irmãos de quem sofre. Sobretudo os pobres. Sobretudo as crianças.Eis uma missão urgente para nós, cristãos, e para todas as pessoas de coração justo: promover uma cultura na qual cada indivíduo é considerado pessoa, tem um nome, uma história jamais reduzidas a um número. Daí nascerá nosso combate às situações de injustiça, sobretudo de violência política, nas quais pessoas são reduzidas a um montante e a dignidade humana é ferida. O rosto de Mei é o rosto de Cristo. Quem tem olhos para ver, veja. Seu gemido é expresso numa língua que apenas os corações compassivos conhecem. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2008


«Cristo fez-Se pobre por vós» (cf. 2 Cor 8, 9)

Queridos irmãos e irmãs!
1. Todos os anos, a Quaresma oferece-nos uma providencial ocasião para aprofundar o sentido e o valor do nosso ser de cristãos, e estimula-nos a redescobrir a misericórdia de Deus a fim de nos tornarmos, por nossa vez, mais misericordiosos para com os irmãos. No tempo quaresmal, a Igreja tem o cuidado de propor alguns compromissos específicos que ajudem, concretamente, os fiéis neste processo de renovação interior: tais são a oração, o jejum e a esmola. Este ano, na habitual Mensagem quaresmal, desejo deter-me sobre a prática da esmola, que representa uma forma concreta de socorrer quem se encontra em necessidade e, ao mesmo tempo, uma prática ascética para se libertar da afeição aos bens terrenos. Jesus declara, de maneira peremptória, quão forte é a atração das riquezas materiais e como deve ser clara a nossa decisão de não as idolatrar, quando afirma: «Não podeis servir a Deus e ao dinheiro» (Lc 16, 13). A esmola ajuda-nos a vencer esta incessante tentação, educando-nos para ir ao encontro das necessidades do próximo e partilhar com os outros aquilo que, por bondade divina, possuímos. Tal é a finalidade das coletas especiais para os pobres, que são promovidas em muitas partes do mundo durante a Quaresma. Desta forma, a purificação interior é corroborada por um gesto de comunhão eclesial, como acontecia já na Igreja primitiva. São Paulo fala disto mesmo quando, nas suas Cartas, se refere à coleta para a comunidade de Jerusalém (cf. 2 Cor 8-9; Rm 15, 25-27).
2. Segundo o ensinamento evangélico, não somos proprietários mas administradores dos bens que possuímos: assim, estes não devem ser considerados propriedade exclusiva, mas meios através dos quais o Senhor chama cada um de nós a fazer-se intermediário da sua providência junto do próximo. Como recorda o Catecismo da Igreja Católica, os bens materiais possuem um valor social, exigido pelo princípio do seu destino universal (cf. n. 2403).
É evidente, no Evangelho, a admoestação que Jesus faz a quem possui e usa só para si as riquezas terrenas. À vista das multidões carentes de tudo, que passam fome, adquirem o tom de forte reprovação estas palavras de São João: «Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como pode estar nele o amor de Deus?» (1 Jo 3, 17). Entretanto, este apelo à partilha ressoa, com maior eloqüência, nos Países cuja população é composta, na sua maioria, por cristãos, porque é ainda mais grave a sua responsabilidade face às multidões que penam na indigência e no abandono. Socorrê-las é um dever de justiça, ainda antes de ser um gesto de caridade.
3. O Evangelho ressalta uma característica típica da esmola cristã: deve ficar escondida. «Que a tua mão esquerda não saiba o que fez a direita», diz Jesus, «a fim de que a tua esmola permaneça em segredo» (Mt 6, 3-4). E, pouco antes, tinha dito que não devemos vangloriar-nos das nossas boas ações, para não corrermos o risco de ficar privados da recompensa celeste (cf. Mt 6, 1-2). A preocupação do discípulo é que tudo seja para a maior glória de Deus. Jesus admoesta: «Brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos Céus» (Mt 5, 16). Portanto, tudo deve ser realizado para glória de Deus, e não nossa. Queridos irmãos e irmãs, que esta consciência acompanhe cada gesto de ajuda ao próximo evitando que se transforme num meio nos pormos em destaque. Se, ao praticarmos uma boa ação, não tivermos como finalidade a glória de Deus e o verdadeiro bem dos irmãos, mas visarmos antes uma compensação de interesse pessoal ou simplesmente de louvor, colocamo-nos fora da lógica evangélica. Na moderna sociedade da imagem, é preciso redobrar de atenção, dado que esta tentação é freqüente. A esmola evangélica não é simples filantropia: trata-se antes de uma expressão concreta da caridade, virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Deus e dos irmãos, à imitação de Jesus Cristo, que, ao morrer na cruz, Se entregou totalmente por nós. Como não agradecer a Deus por tantas pessoas que no silêncio, longe dos refletores da sociedade mediática, realizam com este espírito generosas ações de apoio ao próximo em dificuldade? De pouco serve dar os próprios bens aos outros, se o coração se ensoberbece com isso: tal é o motivo por que não procura um reconhecimento humano para as obras de misericórdia realizadas quem sabe que Deus «vê no segredo» e no segredo recompensará.
4. Convidando-nos a ver a esmola com um olhar mais profundo que transcenda a dimensão meramente material, a Escritura ensina-nos que há mais alegria em dar do que em receber (cf. Act 20, 35). Quando agimos com amor, exprimimos a verdade do nosso ser: de fato, fomos criados a fim de vivermos não para nós próprios, mas para Deus e para os irmãos (cf. 2 Cor 5, 15). Todas as vezes que por amor de Deus partilhamos os nossos bens com o próximo necessitado, experimentamos que a plenitude de vida provém do amor e tudo nos retorna como bênção sob forma de paz, satisfação interior e alegria. O Pai celeste recompensa as nossas esmolas com a sua alegria. Mais ainda: São Pedro cita, entre os frutos espirituais da esmola, o perdão dos pecados. «A caridade - escreve ele - cobre a multidão dos pecados» (1 Pd 4, 8). Como se repete com freqüência na liturgia quaresmal, Deus oferece-nos, a nós pecadores, a possibilidade de sermos perdoados. O fato de partilhar com os pobres o que possuímos, predispõe-nos para recebermos tal dom. Penso, neste momento, em quantos experimentam o peso do mal praticado e, por isso mesmo, se sentem longe de Deus, receosos e quase incapazes de recorrer a Ele. A esmola, aproximando-nos dos outros, aproxima-nos de Deus também e pode tornar-se instrumento de autêntica conversão e reconciliação com Ele e com os irmãos.
5. A esmola educa para a generosidade do amor. São José Bento Cottolengo costumava recomendar: «Nunca conteis as moedas que dais, porque eu sempre digo: se ao dar a esmola a mão esquerda não há de saber o que faz a direita, também a direita não deve saber ela mesma o que faz » (Detti e pensieri, Edilibri, n. 201). A este propósito, é muito significativo o episódio evangélico da viúva que, da sua pobreza, lança no tesouro do templo «tudo o que tinha para viver» (Mc 12, 44). A sua pequena e insignificante moeda tornou-se um símbolo eloqüente: esta viúva dá a Deus não o supérfluo, não tanto o que tem como sobretudo aquilo que é; entrega-se totalmente a si mesma.
Este episódio comovedor está inserido na descrição dos dias que precedem imediatamente a paixão e morte de Jesus, o Qual, como observa São Paulo, fez-Se pobre para nos enriquecer pela sua pobreza (cf. 2 Cor 8, 9); entregou-Se totalmente por nós. A Quaresma, nomeadamente através da prática da esmola, impele-nos a seguir o seu exemplo. Na sua escola, podemos aprender a fazer da nossa vida um dom total; imitando-O, conseguimos tornar-nos disponíveis para dar não tanto algo do que possuímos, mas darmo-nos a nós próprios. Não se resume porventura todo o Evangelho no único mandamento da caridade? A prática quaresmal da esmola torna-se, portanto, um meio para aprofundar a nossa vocação cristã. Quando se oferece gratuitamente a si mesmo, o cristão testemunha que não é a riqueza material que dita as leis da existência, mas o amor. Deste modo, o que dá valor à esmola é o amor, que inspira formas diversas de doação, segundo as possibilidades e as condições de cada um.
6. Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma convida-nos a «treinar-nos» espiritualmente, nomeadamente através da prática da esmola, para crescermos na caridade e nos pobres reconhecermos o próprio Cristo. Nos Atos dos Apóstolos, conta-se que o apóstolo Pedro disse ao coxo que pedia esmola à porta do templo: «Não tenho ouro nem prata, mas vou dar-te o que tenho: Em nome de Jesus Cristo Nazareno, levanta-te e anda» (Act 3, 6). Com a esmola, oferecemos algo de material, sinal do dom maior que podemos oferecer aos outros com o anúncio e o testemunho de Cristo, em cujo nome temos a vida verdadeira. Que este período se caracterize, portanto, por um esforço pessoal e comunitário de adesão a Cristo para sermos testemunhas do seu amor. Maria, Mãe e Serva fiel do Senhor, ajude os crentes a regerem o «combate espiritual» da Quaresma armados com a oração, o jejum e a prática da esmola, para chegarem às celebrações das Festas Pascais renovados no espírito. Com estes votos, de bom grado concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 30 de outubro de 2007
Papa Bento XVI

Versão em português do encontro do P. Geral com os jornalistas, dia 25 de janeiro, na Cúria Geral.

Editor: L.F.Klein – Província BRC

ENCONTRO DO P. GERAL COM OS JORNALISTAS
(Cúria Geral - Sala Nadal: 25 de Janeiro de 2008)

Antes de mais nada quero agradecer-lhes o interesse demonstrado pela Companhia de Jesus, por esta Congregação Geral e o olhar benévolo para comigo.
Compreendo as dificuldades que têm para encontrar informação. Sou um desconhecido. Os jornalistas espanhóis procuram tesouros onde não há. Perguntam às pessoas, e criam um pequeno drama, se sou o terceiro de três irmãos – na verdade sou o terceiro de quarto -, se estudei no Instituto Balmes. Estive lá só um ano, quando tinha dez anos, e me suspenderam em duas ou três disciplinas…
Espero que no futuro não lhes seja tão difícil obter informação, para que desprezando as coisas menos interessantes, possamos informar sobre as mais importantes: o que fazemos neste mundo, nesta Igreja, neste momento de nossa história.
Entre as coisas lidas estes dias nos jornais encontrei coisas que não ajudam tanto e outras que ajudam. Entre as que menos ajudam, por exemplo, a antítese que se busca entre os jesuítas e o Santo Padre, entre os jesuítas e o Vaticano. Acredito que isto não é verdade. A Companhia de Jesus sempre esteve em comunhão com o Santo Padre e estamos contentes de que seja assim. Se houver dificuldades, é precisamente por estarmos tão próximos espiritualmente. Entre os esposos sempre há problemas; se algum de entre vocês que esteja casado disser que não os tem, não acreditaríamos. Só as pessoas que se amam podem ferir-se mutuamente. Quando na relação se busca trabalhar juntos aparecem dificuldades, e isto é normal. Se algum de vocês for casado saberá do que falo. A Companhia de Jesus quer colaborar com a Santa Sé e obedecer ao Santo Padre. Isto foi sempre de sentido comum entre nós. Foi sempre assim, não mudou nem creio que mude.
Alguns jornais dizem que há uma distância teológica entre eu e Bento XVI e alguns fazem um drama disto… Quando eu era estudante, estudei os livros do professor Ratzinger. Em Tóquio também estudávamos seus livros, porque era um grande professor. Seus livros eram interessantes, tinham novidade e inspiração, e todos éramos agradecidos naquele período. Falo dos anos 1964-1968, quando eu estudava em Tóquio, e os livros de Ratzinger eram comuns entre nós. Depois, quando vim a Roma, o mesmo. O nome de Ratzinger era o de um grande professor. E na Alemanha - embora ele não ensinasse em Frankfurt - todos liam seus livros.
A distância, portanto, é mais teórica, na imaginação de alguns; trata-se de uma conversa que continua, porque acredito que a teologia é sempre diálogo. O que é mais importante é a busca da verdade, e a busca da verdade inspirada na Palavra de Deus, na vida da Igreja, na vida dos cristãos. É neste diálogo onde se podem encontrar, talvez, em algumas questões, as diferenças, mas sempre na busca comum da verdade.
Outros jornais dizem que sou do tipo Arrupe, do tipo Kolvenbach, meio a meio, cinqüenta por cento, mas ninguém disse ainda que eu tenho dez por cento de Elvis Presley, o que se poderia dizer e não seria surpresa. Tudo isto é falso. Eu não sou o P. Arrupe, eu amo o P. Arrupe, admiro-o, pois ele teve influência em mim. Tive-o como superior quatro anos no Japão, inclusive eu o tinha conhecido antes, no colégio, quando nos falava da bomba atômica em Hiroshima…, mas eu não sou Arrupe. Então, quem sou eu? Se me perguntarem, direi a vocês que fui feito para a realidade em que me encontro. Estou em processo, in fieri, até que me converta no que Deus quer de mim, de todos nós; o mesmo nas relações com o Santo Padre ou com o que eu receber desta Congregação Geral. Tudo depende da habilidade que eu tenha ou não de responder à realidade e aos que estão à minha volta e ao que me encarregar a Congregação Geral. Este sempre é um tema aberto.
Uma coisa interessante dos jornais é a minha relação com a Ásia. Aqui podemos ver um mapa que elaboramos faz um mês em Manila, na região onde eu estava trabalhando durante os últimos anos. Uma região que vai do Japão à China, à Austrália ou à Micronésia, no Pacífico. A maior parte de minha vida se desenvolveu na Ásia, aonde cheguei quando tinha 24 anos, depois de ter estudado filosofia em Alcalá. A Ásia foi um desafio, um verdadeiro desafio, em muitos aspectos.
Os primeiros anos não foram fáceis no Japão, não só pelas dificuldades de comer peixe cru - a dieta japonesa é boa -, nem pela língua que tampouco era dificuldade, nem mesmo escrever em caracteres japoneses. Essas são coisas exteriores. As dificuldades eram mais profundas. O mundo não era como eu o havia pensado na Espanha, nem a maneira de ver as coisas, de ver até mesmo a fé. Coisas que na Espanha eu considerava como de sentido comum, não eram como na Espanha. O encontro com um mundo totalmente diverso, que questiona matérias que eu considerava ordinárias, foi normal, mas difícil.
Neste contexto é que eu tive que estudar a teologia e foi muito interessante. O problema de reformular a própria fé, não só no contexto do Concílio Vaticano II, mas também no contexto da Ásia, do Japão, em um contexto onde o budismo e o xintoísmo e outras religiões tiveram uma influência muito profunda.
Creio que a Ásia me mudou, espero que para bem, - quem tem que dizer isso são os japoneses - transformou-me e me ajudou a compreender os outros, a aceitar o que é diferente, e tratar de compreender por que é diferente, e no que é diferente, e o que posso aprender do que é diferente.
E depois me ensinou a sorrir diante das dificuldades, diante da imperfeição humana, diante da realidade humana. Na Espanha eu era um pouco intolerante, eu era da ordem, dos regulamentos, porque para mim a religião ainda era entendida de certo modo, como uma fidelidade às práticas religiosas. E no Japão compreendi que a verdadeira religiosidade é mas profunda, terá que ir ao fundo das coisas, ao fundo das pessoas, tanto se falamos de Deus como se falamos de nós mesmos, da vida humana. É uma maneira de entrar em um mundo diverso. Compreendi que era possível sorrir diante das dificuldades, coisa que na Espanha me teriam deixado muito nervoso. A vida humana é assim, as pessoas são assim, de modo que as imperfeições são tão naturais que é necessário aceitá-las desde o começo.
Os japoneses têm fama de trabalhar 24 horas por dia, mas o fazem devagar, devagar. Não trabalham como os americanos, os franceses e muito menos como os espanhóis, que talvez trabalham uma hora, mas intensamente. É um ritmo diverso e isto não vale só para o trabalho, mas para o modo de compreender as pessoas, sem mandar. Escandaliza-os que nós sejamos tão estritos, intolerantes, incapazes de aceitar a diversidade, isto é um escândalo para eles.
Isto foi um verdadeiro desafio para nós que vamos com a ingenuidade de ter nascido e educados em um país como a Espanha. Por isso, creio que a Ásia pode enriquecer muito a Igreja universal. Infelizmente há poucos jesuítas na Ásia e pouco tem sido escrito sobre isto. O Japão pode contribuir muito com sua cultura, com a sua forma de confrontar os problemas em profundidade. Se olharmos o budismo vemos que mudou muito através da Ásia; da Índia ao Sri Lanka. O sul tem uma tradição budista, mas o norte tem outra, o mahayana que se abriu a diversas situações e chega ao Japão e ali encontra uma linha de aprofundamento que faz com que o Zen chegue a tomar cidadania japonesa. As questões são totalmente profundas, tudo é questionado. Todos podemos aprender um pouco deste mundo, tranqüilo por uma parte frente à outra impositiva.
Depois a China. China é um mundo tão amplo com suas culturas, sua diversidade de línguas, com mais de 27 grupos étnicos no sul da China onde falam do chinês ao árabe, um mundo incrível que não sei como se arrumam para administrá-los de uma forma unitária. Depois está a Coréia, Vietnam, com uma diversidade muito grande, Filipinas, que às vezes é chamada a Itália da Ásia, porque tem esse senso de humor, da vida e das leis que é um pouco mais amplo que o de outros países. Há um dito que diz que para eles as leis do trânisto não são leis, mas recomendações. Este sentido da vida creio que é muito bom para o resto da Ásia, como uma espécie de humanismo profundo asiático.
A Indonésia participa também da mesma tradição e inclusive a parte ocidental da Austrália assumiu como missão fazer a ponte entre a Ásia e o oeste. Eu encontrei na Austrália grande ajuda e cooperação para os programas que tinha para desenvolver. Depois temos novas missões como Birmânia, Timor Leste e Camboja. Novas porque estavam fechadas e os jesuítas tinham sido expulsos do Camboja e da Birmânia, pelo governo military. E no Timor havia um pequeno grupo que mudou muito a partir da independência e agora temos novas vocações, mas tudo está começando. Todos estes países trazem desafios novos e novas tarefas.
Sobre o futuro posso dizer muito pouco. A razão é simples, eu acabo de começar. Quando na Sala da Congregação falam do P. General eu sempre penso que se referem ao P. Kolvenbach; ainda não tenho caído na conta de que sou eu. Minha atitude atual é a de escutar, escutar e obedecer. Como sabem, a Congregação Geral está acima do P. Geral. Durante a Congregação Geral eu estou sujeito à CG. Se a CG me disser o que eu preciso fazer, que rumo tomar no futuro, eu devo obedecer; esta é minha missão. Por isso, o que agora me importa é saber o que quer a CG e como responder aos desafios que o Santo Padre nos enviou e que estamos tomando a sério em nossa reflexão, para dar uma resposta que possa ajudar à Igreja, não a nós mesmos. Espero me encontrar com o Santo Padre logo que me chamar, para ter um primeiro encontro e depois de tudo isto, quando os padres da Congregação forem embora, deverei começar a trabalhar e ver como responder e tornar tudo isso realidade.
Espero que então possamos ter algum encontro para responder às suas perguntas. Agora não tenho respostas, só poderia responder que isso depende, isso depende… No diálogo que teremos espero seguir os princípios de Ghandi, que diz que quando se fala de algo o primeiro que terá que dizer é que seja verdade, porque se não for verdade não é interessante; segundo, que seja caridoso, que faça o bem, e terceiro, que faça bem a outros. Assim, notícias que, embora sejam verdadeiras, não fizerem bem, mas só criam mal-entendidos, não seriam interessantes, se não ajudarem às pessoas creio que não servem de nada.
Eu penso ser transparente. Aprendi na Indonésia, de um casal que não era cristão, em um contexto onde se tem medo dos espíritos malignos, um casal que para se defender dessas ameaças tomou como espiritualidade a transparência, e assim, o mal que chega passa sem deixar rastro e o bem que chega vai ser comunicado aos outros. Creio que é um símbolo para ser levado em conta. A transparência é uma atitude responsável para o bem dos outros, não para nós. Não é tão importante o que os outros pensam de mim. Mais importante é o bem dos outros.
Portanto, estou contente de tê-los encontrado, e lhes agradeço o tom positivo que encontrei até agora. Compreendo as dificuldades que têm e espero que no futuro possamos colaborar. Muito obrigado.

O dia- a- dia da CG 35

Crônica
Comenzamos la cuarta semana de trabajo y sentimos que la CG va caminando a buen ritmo. Una vez concluida la primera etapa, ‘Ad electionem’, comenzamos lo que se conoce como la etapa ‘Ad negotia’, es decir, el tiempo de discusión y definición de las orientaciones que debe tener la Compañía de Jesús en los próximos años. Esta definición puede ir en dos direcciones: Una primera sería la publicación de algunos decretos, con fuerza de ley por parte de la CG, que es el órgano legislativo con mayor autoridad en la Compañía de Jesús. La otra dirección pueden ser ‘recomendaciones’ o ‘mandatos’ de la CG al P. General, para que lleve adelante el Gobierno ordinario.
De esta manera, estamos trabajando temas que la CG considera que pueden convertirse en un decreto y otros para recomendaciones al gobierno ordinario. Aunque esta definición sólo se hará al final, se va viendo las inclinaciones de la CG. La semana pasada trabajamos en cuatro grupos que abordaron los temas más propios para decretos: Misión-identidad, gobierno, obediencia y trabajo con otros (laicos/as). Estos cuatro grupos a su vez, se subdividieron en grupos de unos 10 electores por afinidad de lenguas.
Cada grupo designó dos posibles redactores y la ‘Deputatio ad negotia’ conformó comisiones de redacción que ya están trabajando. Igualmente, hay una comisión encargada de continuar atenta a los elementos del ‘estado’ de la Compañía y de proponer una respuesta a la carta que el Santo Padre dirigió al P. Kolvenbach y a la CG al inicio de ésta.
Los demás electores, de acuerdo con nuestros preferencias temáticas y lingüísticas, nos repartimos en más de 20 grupos para tratar diversos temas importantes.
Ayer (dia 28) el P. General contó algo del encuentro que tuvo con el Santo Padre el sábado pasado. Lo calificó como muy agradable. El P. General agradeció el buen trabajo realizado por el P. Kolvenbach durante los últimos 24 años, cosa que el Aula confirmó con un prolongado aplauso. El Papa insistió en que la Compañía tiene que continuar con su tarea de evangelización, diálogo con la cultura y formación de la juventud. Como cosa especial, el Papa preguntó por lo que haría el P. Kolvenbach, a lo que el P. General respondió que todo dependerá del Provincial del Próximo Oriente. También se interesó por las vocaciones en Asia y el trabajo del actual General en ese continente.
Un abrazo de hermano y amigo en el Señor,
Hermann Rodríguez, sj

Marcos 3,31-35

3ª SEMANA DO TEMPO COMUM
A exemplo de Maria e dos “irmãos” de Jesus, todos devemos também procurar Jesus. Há porém modos e modos de fazê-lo. Aquele que o procura na condição de discípulo, vai encontrá-lo e vai formar com ele uma nova família. Mas aquele que o procura de igual para igual, não o encontrará, porque faz de Jesus um simples homem, e não o Mestre e Salvador da humanidade.
É grande a tentação de ver em Jesus um homem como nós, e com isso contestar não só o seu rigor, como também a sua própria doutrina. A humildade é condição essencial para se aproximar de Jesus, e nisso podemos ter por mestra Maria, aquela que se declarou serva do Senhor, pronta a fazer a sua vontade.

Pe. D. Justino Silva de Souza, OSB

ENCUENTRO CON LOS PERIODISTAS

Antes que nada quiero agradecerles el interés mostrado por la Compañía de Jesús, por esta Congregación General y los ojos benévolos que tenéis conmigo.
Comprendo las dificultades que tenéis para encontrar información. Yo soy un desconocido. Los periodistas españoles buscan tesoros donde no los hay; preguntan a la gente y crean un pequeño drama, que si soy el 3º de tres hermanos, en realidad soy el 3º de cuatro, si he estudiado en el Instituto Balmes… lo hice sólo un año cuando tenía diez años y me suspendieron en dos o tres asignaturas…
Espero que en el futuro no sea tan difícil tener información, para que desechando las cosas menos interesantes, podamos informar de las más importantes: qué hacemos en este mundo, en esta Iglesia, en este momento de nuestra historia.
Entre las cosas leídas estos días en los periódicos he encontrado cosas que no ayudan tanto y otras que sí ayudan. Entre las que menos ayudan, por ejemplo, la antítesis que se busca entre los jesuitas y el Santo Padre, entre los jesuitas y el Vaticano; creo que esto no es verdad. La Compañía de Jesús ha estado siempre en comunión con el Santo Padre y estamos contentos de que sea así. Si hay dificultades es precisamente por estar tan cerca espiritualmente. Entre los esposos siempre hay problemas; si alguno de entre vosotros que esté casado dice que no los tiene no le creería. Sólo las personas que se aman pueden herirse mutuamente. Cuando en la relación se busca trabajar juntos aparecen dificultades y esto es normal. Si alguno de ustedes está casado sabrá de qué hablo. La Compañía de Jesús quiere colaborar con la Santa Sede y obedecer al Santo Padre. Esto ha sido siempre de sentido común entre nosotros. Ha sido siempre así, no ha cambiado ni creo que cambie.
Algunos periódicos dicen que hay una distancia teológica entre yo y Benedicto XVIy de esto algunos hacen un drama… Cuando yo era estudiante he estudiado los libros del profesor Ratzinger, también en Tokio estudiábamos sus libros, porque era un gran profesor. Sus libros eran interesantes, tenían novedad e inspiración, que todos hemos agradecido en aquel periodo. Hablo de los años 1964-1968, cuando yo estudiaba en Tokio, y los libros de Ratzinger eran comunes entre nosotros. Después cuando vine a Roma lo mismo. El nombre de Ratzinger era el de un gran profesor. Y en Alemania –aunque no enseñaba en Frankfurt- todos leían sus libros.
Entonces, la distancia es más teórica en la imaginación de algunos; se trata de un coloquio que continúa, porque creo que la teología es siempre diálogo. Lo que es más importante es la búsqueda de la verdad, y la búsqueda de la verdad inspirada en la Palabra de Dios, en la vida de la Iglesia, en la vida de los cristianos. Es en este diálogo donde se pueden encontrar quizás, en algunas cuestiones, las diferencias, pero siempre en la búsqueda común de la verdad.
Otros periódicos dicen que soy tipo Arrupe, tipo Kolvenbach, mitad y mitad, al cincuenta por ciento, pero nadie ha dicho todavía que yo tengo un 10 por ciento de Elvis Presley, pero se podría decir y no sería sorpresa. Todo esto es falso. Yo no soy P. Arrupe, yo amo al P. Arrupe, lo admiro, ha influido en mí, lo he tenido como superior cuatro años en Japón, incluso lo había conocido antes, en el colegio, cuando nos hablaba de la bomba atómica en Hiroshima…, pero yo no soy Arrupe. Entonces, ¿quién soy yo? si me preguntan les diré que he sido hecho para la realidad en la que me encuentro, estoy en proceso, in fieri, hasta que me convierta en lo que Dios quiere de mí, de todos nosotros; lo mismo en las relaciones con el Santo Padre o con lo que reciba de esta Congregación General. Todo depende de la habilidad que yo tenga o no de responder a la realidad y ante los que están a mi alrededor y ante lo que me encargue la Congregación General. Este siempre es un tema abierto.
Una cosa interesante de los periódicos es mi relación con Asia. Aquí podemos ver un mapa que hemos elaborado hace un mes en Manila, en la región donde yo he trabajado durante los últimos años. Una región que va del Japón a China, a Australia o a Micronesia en el Pacífico. La mayor parte de mi vida se ha desarrollado en Asia, donde llegué cuando tenía 24 años, después de haber estudiado filosofía en Alcalá. Y Asia ha sido un desafío, un verdadero desafío, en muchos aspectos.
Los primeros años no fueron fáciles en Japón no sólo por las dificultades del pescado crudo, -la dieta japonesa es buena-, ni por la lengua que tampoco era dificultad, ni siquiera escribir en caracteres japoneses. Esas son cosas exteriores. Las dificultades eran más profundas. El mundo no era como yo lo pensaba en España, ni la manera de ver las cosas, de ver incluso la fe. Cosas que yo consideraba en España como de sentido común, no eran como en España. El encuentro con un mundo totalmente diverso que cuestiona materias que yo consideraba ordinarias, ha sido normal, pero difícil.
En este contesto yo tuve que estudiar la teología y fue interesantísimo. El problema de reformular la propia fe no sólo en el contexto del Concilio Vaticano II, sino en el contexto de Asia, del Japón, en un contexto donde el budismo y el shintoismo y otras religiones han tenido una influencia muy profunda.
Yo creo que Asia me ha cambiado, espero que para bien, -esto lo tienen que decir los japoneses- me ha cambiado y me ha ayudado a comprender a los otros a aceptar lo que es diferente y tratar de comprender por qué es diferente y en qué es diferente y qué puedo aprender de lo que es diferente.
Y después me ha enseñado a sonreír antes las dificultades, ante la imperfección humana, ante la realidad humana. En España yo era un poco intolerante, de la línea del orden, de los mandatos, porque para mí la religión era todavía entendida de una manera, como una fidelidad a las prácticas religiosas y en Japón he comprendido que la verdadera religiosidad es mas profunda, que hay que ir al fondo de las cosas, al fondo de las personas, tanto si hablamos de Dios como si hablamos de nosotros mismos, de la vida humana; es un manera de entrar en un mundo diverso. He comprendido que he podía sonreír antes las dificultades, cosa que en España me habrían puesto muy nervioso. La vida humana es así, las personas somos así, de modo que las imperfecciones son tan naturales que es necesario aceptarlo desde el principio.
Los japoneses tienen fama de trabajar 24 horas al día, sí, pero lo hacen despacio, despacio, no trabajan como los americanos, los franceses y mucho menos como los españoles, que tal vez trabajan una hora, pero intensamente. Es un ritmo diverso y esto no vale sólo para el trabajo, sino para el modo de comprender a las personas, sin mandar; les escandaliza que nosotros seamos tan estrictos, intolerantes, incapaces de aceptar la diversidad, esto es un escándalo para ellos.
Esto fue un verdadero desafío para nosotros que vamos con la ingenuidad de haber nacido y educados en un país como España. Por eso creo que Asia puede enriquecer mucho a la Iglesia universal. Desgraciadamente los jesuitas somos pocos en Asia y se ha escrito poco sobre esto. Japón puede aportar mucho con su cultura su forma de afrontar los problemas en profundidad. Si miramos al budismo vemos que ha cambiado mucho a lo largo del Asia; desde la India a Sri Lanka, el sur tiene una tradición budista, pero el norte tiene otra, el mahayana que se ha abierto a diversas situaciones y llega a Japón y allí encuentra una línea de profundización que hace que el Zen llegue a tomar ciudadanía japonesa. Las cuestiones son totalmente profundas, todo es cuestionado. Todos nosotros podemos aprender un poco de este mundo, tranquillo por una parte frente a la otra impositiva.
Después China. China es un mundo tan amplio con sus culturas, su diversidad de lenguas, con más de 27 grupos étnicos en el sur de la China donde hablan del chino al árabe, un mundo increíble que no sé cómo se las arreglan para administrarlo de una forma unitaria. Después está Corea, Vietnam, con una diversidad muy grande, Filipinas, que a veces viene llamada la Italia de Asia, porque tienen ese sentido del humor, de la vida y de las leyes que es un poco más amplio que el de otros países. Hay un dicho donde se expresa que para ellos las leyes de tráfico no son leyes sino recomendaciones. Este sentido de la vida creo que es muy bueno para el resto de Asia, como una especie de humanismo profundo asiático.
Indonesia participa también de la misma tradición e incluso la parte occidental de Australia ha tomado como su misión el ser puente entre Asia y el oeste. He encontrado gran ayuda y cooperación en Australia para los programas a desarrollar. Después tenemos nuevas misiones como Birmania, Timor Este y Camboya, nuevas porque estaban cerradas y los jesuitas habían sido expulsados de Camboya, de Birmania, por el gobierno militarista y en Timor había un pequeño grupo que desde la independencia ha cambiado mucho y ahora tenemos nuevas vocaciones, pero todo está comenzando. Todos estos países traen desafíos nuevos y nuevas tareas.
Sobre el futuro puedo decir muy poco. La razón es simple, yo acabo de comenzar. Cuando en la Sala de la Congregación hablan del P. General yo siempre pienso que se refieren al P. Kolvenbach; todavía no he caído en la cuenta de que soy yo. Mi actitud actual es la de escuchar, escuchar y obedecer. Como saben, la Congregación General está sobre el P. General. Durante la Congregación General yo estoy sujeto a la CG. Si la CG me dice qué es lo que hay que hacer, qué dirección tomar en el futuro, yo debo obedecer; esta es mi misión. Por eso lo que ahora me importa es saber qué es lo que quiere la CG y como responder a los desafíos que el Santo Padre nos ha enviado y lo estamos tomando en serio en nuestra reflexión, para dar una respuesta que pueda ayudar a la Iglesia, no a nosotros mismos. Espero encontrarme con el Santo Padre pronto, cuando me llame, para tener un primer encuentro y después de todo esto, cuando los padres de la Congregación se vayan, deberé comenzar a trabajar, y ver cómo responder y hacer realidad todo esto.
Espero que entonces podamos tener algún encuentro para responder a sus preguntas. Ahora no tengo respuestas, solo podría responder que eso depende, eso depende… En el diálogo que tenderemos espero seguir los principios de Ghandi, quien dice que cuando se habla de algo lo primero que hay que decir es que sea verdad, porque si no es verdad no es interesante; segundo, que sea caritativo, que haga el bien, y tercero, que haga bien a los demás. Así pues, noticias que, aunque sean verdaderas, si no hacen bien, sino que crean malentendidos, no serían interesantes, si no ayudan a la gente creo que no sirven de nada.
Yo pienso ser transparente. He aprendido en Indonesia, de una pareja que no era cristiana, en un contexto donde se tiene miedo de los espíritus malignos, pareja que, para defenderse de esas amenazas tomó como espiritualidad la transparencia, y así, lo malo que llega pasa sin dejar rastro y lo bueno que llega se va comunicado a los demás. Creo que es un símbolo para tenerlo en cuenta. Transparencia que es una actitud responsable para el bien de los otros, no para nosotros. No es tan importante lo que la gente piense de mí, es más importante el bien de los demás.
Así pues, estoy contento de haberles encontrado, y les agradezco el tono positivo que he encontrado hasta ahora; comprendo las dificultades que tienen y espero que en el futuro podamos colaborar. Muchas gracias.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Audiencia privada con el Papa

“Esta es una muy buena tradición.”
A tan sólo siete días de ser nombrado Superior General de los Jesuitas, el Padre Adolfo Nicolás ha terminado una intensa semana en una audiencia privada con su Santidad el Papa Benedicto XVI. Una vez en el despacho papal, tras las fotos iniciales, ambos disfrutaron de una amigable conversación. El Santo Padre ha recibido con agrado la noticia de la formación de un comité para estudiar la carta que su Santidad envió a Peter-Hans Kolvenbach, el anterior Superior General. La conversación se centró principalmente en el Japón, donde el Padre Nicolás ha trabajado por más de 30 años. El Santo Padre animó al General de los Jesuitas a continuar sus esfuerzos en el diálogo con la cultura, la evangelización y la formación de los jóvenes de la Compañía. Esta ha sido una buena ocasión para que el nuevo General reafirme ante el Papa su personal disposición así como la estima de toda la Compañía de Jesús. Al final de su encuentro, el Padre Nicolás ha explicado a Benedicto XVI la tradición en la que el recién elegido General ha de renovar sus votos delante del Papa. En su momento el Padre Kolvenbach lo hizo por escrito, así que el nuevo Superior General de la Compañía le entregó sus votos en un sobre. El Papa abrió inmediatamente el sobre, leyó su contenido, y dijo al Padre Nicolás: “Esta es una muy buena tradición.”

Foto:www.jesuitas.es

ARCEBISPO DE APARECIDA CONVIDA JOVENS PARA VIDEOCONFERÊNCIA COM BENTO XVI

Os jovens brasileiros estão convidados a participar do encontro, via satélite, com Bento XVI, no dia 1º de março. O convite é feito pelo arcebispo de Aparecida Dom Raymundo Damasceno Assis, presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM). O arcebispo afirma que a conferência será um momento de fazer, ao lado de "diversos países americanos e europeus, uma corrente de oração formada por milhões de pessoas, com a poderosa intercessão de Nossa Senhora, pedindo justiça e paz para todos".A videoconferência será realizada no dia 1º de março, e faz parte da "Jornada Universitária da Europa e da América", e a arquidiocese de Aparecida foi escolhida pela Santa Sé para participar desse evento. O tema desta edição, presidida pelo Santo Padre, é "Europa e América juntas para construir a civilização do amor".O evento terá início às 13h (hora de Brasília), via satélite, interligando grandes cidades da Europa e da América como Roma, Nova York e Cidade do México. Mas a mobilização em Aparecida, segundo Dom Damasceno, terá início às 10h, com a apresentação de bandas católicas. Sucessivamente, haverá uma palestra sobre o tema "Juventude chamada a construir a civilização do amor: afetividade, cidadania e ecologia", presidida pelo professor e ex-secretário da Educação, Gabriel Chalita. Na ocasião, jovens universitários engajados em movimentos e pastorais da Igreja darão seus depoimentos. Após a palestra, os universitários se reunirão no interior da basílica, para a celebração com o papa. A programação se encerrará com a santa missa presidida por Dom Damasceno, às 16h, no Santuário de Aparecida.
Fonte:http://www.radiovaticana.org/bra

Week 3 Ends

The Congregation has moved from the intense prayerfulness of the murmurationes, to exhilaration at Fr. Adolfo "Nico" Nicolas' election, to new energy and excitement as we watch and learn the ways of the new General, which many find fresh and inspiring - the simplicity and warmth, the smile and witty remarks, the serene presence.
Leadership
Last Monday, 21 January, we began the second part of the Congregation by choosing the coordinating team for this ad negotia (business) phase. As you have already read in the bulletins, our own Fr. Danny Huang has a strong presence in the leadership as a member of the deputatio (steering committee) and as one of the three aula moderators (the other two were for Spanish and French).
Work
Most of the week was spent in new small linguistic groups covering the four main topics on which decrees have been proposed: (1) mission and identity, (2) governance, (3) obedience, and (4) collaboration with "others" (instead of "lay" since we also work with non-Christians). A special group was also designated to reflect on the Pope's letter to Fr. Kolvenbach, and to propose a possible response. As was the case in the earlier small linguistic groups, special efforts were made to make sure that each group would have as wide a representation as possible, from across the different assistancies.
Discussion also began regarding the structures of central governance in the Society and the procedure for choosing the General Counsellors, the Regional Assistants, and the four Assistants ad providentiam. In the exchange of ideas and positions that followed, both formal (in the aula) and informal, the one objective was clear: we all desired to provide Fr. Nico the best possible leadership team he can work with, particularly as he begins his generalate.
It was really important that each day began with common prayer at 9AM. This helped us re-enter into the spirit of the Congregation, which is less a matter of work and more a matter of ongoing spiritual and apostolic discernment.
East Asian Assistancy
Needless to say, the Assistancy was also in the limelight this week, for having been home of the new General. After the election, when we were all in line to congratulate Fr. Nico, one of the delegates in line made the observation of the parallels with Arrupe - the Spanish roots, the missionary work in Japan, and the election as General. But I remember it was Fr. Joseph Doan, our Regional Assistant here in Rome, who pointed out that there was one big difference: while both had Spain and Japan in common, Fr. Adolfo Nicolas also had the new and very rich experience of Assistancy, which Fr. Pedro Arrupe did not.
At last Wednesday's Eucharist in English led by the Assistancy, we organized the prayers of the faithful in the different languages of our region (including Filipino). We felt this important because, while all the prayers and the Eucharistic celebrations have been wonderfully prepared, we also saw the need to hear more of the Asian (and hopefully also African) languages in our prayers, and so, to emphasize much more, the truly international character of the Society (beyond Europe).
Last Saturday evening, 26 January, the delegates of the Assistancy gathered once more, this time not for work, but for a special Eucharist and dinner, along with the other members of the Assistancy who are working and/or studying in Rome.
Father General, himself, presided at the Mass. He spoke to us about the very warm and cordial meeting he had had with Pope Benedict XVI earlier that day. Fr. Nico spoke of how the Holy Father's concerns and interests very much coincided with ours, especially evangelization in today's world, inter-religious dialogue, and formation. He also underlined how the press tended to focus on conflicts between the Society and the Vatican, which were really not as serious as projected.
After the Mass, all of us (over thirty Jesuits, including Father General) walked over to Fr. Doan's favorite Chinese restaurant, "Il Primo", for a solid Chinese meal and lots of picture-taking afterwards.
The next day, a good number of the Assistancy delegates went for some spiritual tourism to the nearby medieval cities of Todi and Orvieta. We were joined by a few others from outside the Assistancy, and of course by our tour guide, the inimitable Fr. Joe Quilongquilong, who regaled us with historical narratives about this church or that monument, or this cite where Ignatius or some king or pope or holy person did this or that noteworthy activity. Truly, there is nothing like an Italian tour with Joe Q.
Unfortunately, Danny could not join us because he was not feeling well. A virus has been going around the aula for the past few weeks, and many delegates have been already been taken ill.
Fr. Jojo Magadia, SJRome
Fonte: www.jesuits.ph

Nos passos de Arrupe

Seu nome não estava nas listas prévias que circulavam nos jornais nem na cabeça de muitos jesuítas nem nas cabalas que se faziam nos corredores do Vaticano. Adolfo Nicolás joga por terra os três requisitos que pareciam ser fundamentais: não tem menos de 65 anos, não é latino-americano nem indiano. Mas por que será que foi eleito? Trata-se de uma pessoa idônea? Será que não é velho demais para o cargo? Quais são os seus pontos fortes? E suas debilidades? Ele é homem de que a Igreja precisa? A reportagem é de Isabel Urrutia e publicada no jornal basco El Correo, 26-01-2008.
A reportagem do jornal consultou cinco pessoas qualificadas e a resposta global, com matizes, resulta num balanço muito positivo. Todos esperam muito de Adolfo Nicolás: sobre seus ombros recai uma grande responsabilidade e a exigência de não defraudar “a uma Igreja que vive assediada nestes tempos que correm”, adverte desde Roma o padre Pedro Rodríguez, ex-decano da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra.
Fim do silêncio
“Ao padre Nicolás já se via há 25 anos como possível sucessor de
Arrupe. É aberto, mas equilibrado; profético, mas obediente, audaz, mas com discernimento. Não é um imprudente como alguns de nós!”, afirma, desde Japão, com humor Juan Masiá, jesuíta e amigo do superior geral da Companhia de Jesus. Os dois compartilham um grande sentido de humor e, sobretudo, uma grande experiência na Ásia que lhes deu uma paciência infinita e, sobretudo, modéstia. Numa realidade onde os católicos são apenas, no máximo, 1% da população, desafiados por culturas milenares muito anteriores ao cristianismo, eles foram obrigados a aprender uma lição de humildade na marra.
Nesse contexto, os jesuítas se entusiasmam com a eleição de Adolfo Nicolás. O próprio Juan Masiá continua no Império do Sol, como professor de ética na Universidade de Sofia, em Tóquio, e como conselheiro da Associação Bioética do Japão, entre outros cargos. Trabalho não lhe falta, dois anos depois de ter sido destituído como diretor da Cátedra de Bioética da Universidade de Comillas, por pressão da hierarquia eclesiástica espanhola. Para este setor da Igreja, a sua defesa do preservativo e os anticoncepcionais não era aceitável. “Enfim, creio que agora, mais do que nunca, é preciso descentrar-se da Europa e libertar a Igreja de muitos lastros. Oxalá que esta eleição repercuta sobretudo para ampliar a visão estreita de tantos”.
Pedro Miguel Lamet, jesuíta e biógrafo de Arrupe, está convencido de que a experiência japonesa de Adolfo Nicolás lhe favorece: “A cortesia da inclinação da cabeça, a dulcificação do caráter são virtudes japonesas que lhe ajudarão muito; abrirá brechas sem armar grandes confusões”. Na sua primeira homilia, ele já foi contundente: “Os marginalizados,os excluídos – todos os diminuídos, porque a sociedade somente aposta nos grandes – são para nós as nações que necessitam da ajuda de Deus”.
Nessa declaração de princípios brilha a marca de Arrupe, “e não porque Kolvenbach, o geral que acaba de ser sucedido por Nicolás, fosse todo o contrário, mas porque agora estas coisas se dizem clara e abertamente”, explica Pedro Miguel Lamet. Pelo visto, “a longa hibernação que sofreu a Companhia”, como conseqüência das tensas relações entre
João Paulo II e Arrupe, tem os dias contados. “Nossa luta pela justiça social voltará a ser notada. O silêncio acabou”.
Campo de jogo
As águas deverão voltar a correr no seu leito normal, ainda que o dano foi feito. Ninguém esquece que Wojtyla nomeou, em 1981, um jesuíta conservador para governar temporalmente a Companhia enquanto Arrupe se recuperava de uma trombose cerebral. Assim ficava clara a autoridade de Roma e a sua desconfiança para com uma ordem religiosa que alentava a
Teologia da Libertação, surgida no calor do Concílio Vaticano II e representada por jesuítas como Ignácio Ellacuría, Jon Cortina e Jon Sobrino. Aquilo foi um terremoto de que a Companhia ainda hoje se ressente e que não pára de ter réplicas pontuais: a última foi a recente chamada de atenção a Sobrino por dar “demasiada ênfase na humanidade de Jesus”.
“O campo de jogo é preciso que esteja definido”, raciocina Eloy Bueno, professor na Faculdade de Teologia de Burgos e doutor em Missiologia. Seu entusiasmo com a eleição do novo líder não impede que, ao mesmo tempo, justifique as chamadas de atenção que partem da Santa Sé e que ele advogue uma “desdramatização destes desencontros porque – não esqueçamos – nossa liberdade de expressão é muito maior do que a dos partidos políticos”. E, de qualquer maneira, o perfil de Nicolás lhe parece o ideal, nada problemático. “Vejo-o muito capacitado para fazer frente aos três desafios postos pela Igreja: a sintonia com o humanismo do pensamento moderno, os pobres e o diálogo interreligioso”.
Com os dois últimos desafios – a miséria e a diversidade religiosa – Nicolás lidou permanentemente na Ásia. Quanto ao pensamento moderno, “já demonstrou que tinha sensibilidade para abordá-lo em 1972”. Então, quando se publicou sua tese de doutorado,
Teologia do Progresso, com um agradecimento expresso a “Juan Sobrino” por sua ajuda. Como explica José María Lera, professor de eclesiologia na Universidade de Deusto: “É uma obra onde se apresentam as tendências dos teólogos do Concílio Vaticano II, aqueles que reafirmavam sua fé na Humanidade e no progresso no longo da História”. Esse otimismo incentivava o compromisso social e a luta pela justiça, “e não duvidavam de que isso contribuía para o Reino de Deus”.
Nicolás segue essa mesma linha: não perdeu o norte que marca o seu destino de jesuíta. Mas será que ele poderá ir muito adiante? Pedro Rodríguez, ex-decano da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, anuncia que “tanto Adolfo Nicolás como a Congregação Geral serão recebidos pelo Santo Padre, e então, seguramente, ele lhes falará”. Ou, o que é o mesmo, lhes dará um roteiro do caminho para que não se desviem da estrada do Vaticano. Um roteiro que se soma aos que os jesuítas já receberam nestas últimas semanas: a
Carta de Bento XVI e a homilia do cardeal Franc Rodé (prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica). Ratzinger aconselhava reafirmar “a adesão total á doutrina católica” em questões espinhosas como as relações entre as religiões, a teologia da libertação e a moral sexual. E se, por acaso houvesse dúvidas, Rodé recordava que “a verdade é uma”. Não há outro caminho e Adolfo Nicolás o sabe. Ele sempre refutou as honras e as distinções para ser mais livre e, agora, aos 71 anos, tornou-se o superior geral da sua ordem. “Começa sua Via Sacra. Isso vai ser um calvário”, reconhece seu amigo Juan Masiá.
Alguns pensam que a nomeação de alguém da sua idade, responde ao desejo expresso de que não sofra por longos anos. “Que dure, mais ou menos, este papado. Assim, no caso de que haja problemas, não estará ‘marcado’ quando tome o poder o outro pontífice”, reflete José María Lera, eclesiólogo de Deusto. Seja como for, todos coincidem em constatar que as águas voltam ao seu curso normal e os que conhecem Nicolás asseguram que ele “não é um homem tempestuoso”. A serenidade oriental preside sua vida. Adolfo Nicolás segue de pés juntos a máxima budista:”O duro perece e o brando permanece”.
Por sua vez, segundo o jornal El País, 27-01-2008, José María de Vera, porta-voz da cúria generalícia dos jesuítas, em Roma, afirma que "Adolfo Nicolás não é ingênuo como Arrupe que também não tinha a preparação teológica do atual geral”.

domingo, 27 de janeiro de 2008

PRIMEIRO Enconto do Geral com a imprensa internacional

‘Não há nenhuma tensão ou contraposição entre os jesuítas e o Papa nem entre o novo geral e o pontífice quanto ao perfil teológico’, afirma Nicolás.
Adolfo Nicolás, novo superior geral da Companhia de Jesus, durante o
encontro com a imprensa internacional, ontem, brincou com a notícia de que os jornais disseram que ele tinha 50% do Padre Arrupe, ou a metade de Kolvenbach mas que nenhum jornal afirmou que ele tem uns 10% de Elvis Presley: “Poderiam ter dito isso e não seria nenhuma surpresa”, afirmou sorrindo. A notícia é do boletim Periodista Digital, 25-10-2008.
Ele afirmou sentir amor e admiração por Arrupe que foi seu professor no Japão durante quatro anos. “Mas não sou Arrupe, como também não sou Kolvenbach”.
“Mas, então quem sou eu?”, se perguntou Nicolás. “Estou no caminho para chegar a ser o que Deus quer de nós, na realidade em que cresce a minha relação com Deus, minha relação com o Papa e com a Congregação Geral dos jesuítas”.
“Nada de antíteses entre os jesuítas e o Papa nem entre os jesuítas e o Vaticano”. Padre
Adolfo Nicolás, novo superior geral da Companhia de Jesus estanca no nascimento o retorno dos tiros de estilingue entre os discípulos de Loyola e o romano pontífice, escreve Marco Politi, vaticanista italiano, no jornal Repubblica, 26-01-2008. A culpa é um pouco do cardeal Franc Rodé, prefeito da Congregação vaticana que se ocupa das ordens religiosas, que no início da assembléia dos delegados eleitores reunidos no dia 7 de janeiro, admoestara que se caminhasse em sintonia com a Igreja. “Com tristeza e preocupação – exclamara o cardeal – vejo alguns membros das famílias religiosas se afastarem crescentemente da hierarquia. A espiritualidade inaciana do serviço apostólico sob o Romano Pontífice não aceita esta separação”. A admoestação era seguida por uma recomendação para que os jesuítas continuassem a transmitir a “verdade revelada na Escritura e na Tradição”. E concluía pedindo “vigiar as publicações e revistas (da Companhia de Jesus) no que se refere à doutrina”.
Com efeito, nos últimos anos a Companhia de Jesus foi atingida pelos golpes do ex-Santo Oficio. Alguns dos seus brilhantes teólogos como
Jacques Dupuis e Jon Sobrino foram duramente admoestados. Realmente, uma organização eclesial como a dos jesuítas, que atua nas fronteiras mais avançadas e (arriscadas) da sociedade e da cultura não pode deixar de pensar sobre os novos problemas que são postos antes que chegue o placet das instâncias do alto.
O sinal de padre Nicolás, em todo caso, é claríssimo: ”Não há nenhuma tensão ou contraposição entre os jesuítas e o Papa como alguns disseram nestes dias, e nem entre o novo geral e o pontífice no que diz respeito ao perfil teológico”. Dito isto, o novo guia dos quase vinte mil jesuítas acrescentou com delicadeza: “É como no casamento. Somente as pessoas que se amam podem, às vezes, se ferir”.
Padre Nicolás viveu a maior parte da sua vida no Extremo Oriente: China, Japão, Coréia, Filipinas. E é do encontro com a cultura oriental que lhe vieram novos estímulos, que – se compreende – farão parte do seu modo de governar a “cavalaria ligeira do Papa”, como no passado eram chamados os jesuítas. “O encontro com um mundo radicalmente diferente – confessou – me fez discutir coisas que tinha como definitivamente certas. Há um outro modo de ver a fé e até de argumentar. O encontro com as religiões como o budismo e o xintoísmo ajuda a compreender e aceitar o que é diferente. Compreender o que é, como é, compreender o que aprender do diferente”.
Quando eu era jovem, na Espanha, confessou, “eu era bastante intolerante, exigente, tudo tinha que estar em ordem, como se a fé fosse a fidelidade a uma série de práticas”. No Japão, acrescentou, sorridente, fui confrontado com uma religiosidade mais profunda, que vai no fundo das coisas, na reflexão sobre Deus e sobre todos nós. “Aprendendo também que a imperfeição faz parte das coisas”. De Ratzinger professor, continuou, fui um grande admirador quando era ainda estudante. Em Tóquio, declarou, “eu mesmo estudei os livros do professor Ratzinger entre 1964 e 1968. Eram muito interessantes e fonte de inspiração para todos nós”.
Mas, como o primeiro encontro com o novo geral não era uma entrevista coletiva, nenhum dos presentes pôde dizer que naquela época Ratzinger era um mais dos teólogos progressistas mais comprometidos com a renovação. No entanto, a 35ª Congregação Geral dos jesuítas continua os seus trabalhos. “É a Congregação – conclui Nicolás – que dirá o que deverei fazer”.
A tan sólo siete días de ser nombrado Superior General de los Jesuitas, el Padre Adolfo Nicolás ha terminado una intensa semana en una audiencia privada con su Santidad el Papa Benedicto XVI. Una vez en el despacho papal, tras las fotos iniciales, ambos disfrutaron de una amigable conversación. El Santo Padre ha recibido con agrado la noticia de la formación de un comité para estudiar la carta que su Santidad envió a Peter-Hans Kolvenbach, el anterior Superior General. La conversación se centró principalmente en el Japón, donde el Padre Nicolás ha trabajado por más de 30 años. El Santo Padre animó al General de los Jesuitas a continuar sus esfuerzos en el diálogo con la cultura, la evangelización y la formación de los jóvenes de la Compañía. Esta ha sido una buena ocasión para que el nuevo General reafirme ante el Papa su personal disposición así como la estima de toda la Compañía de Jesús.Al final de su encuentro, el Padre Nicolás ha explicado a Benedicto XVI la tradición en la que el recién elegido General ha de renovar sus votos delante del Papa. En su momento el Padre Kolvenbach lo hizo por escrito, así que el nuevo Superior General de la Compañía le entregó sus votos en un sobre. El Papa abrió inmediatamente el sobre, leyó su contenido, y dijo al Padre Nicolás: “Esta es una muy buena tradición.”

sábado, 26 de janeiro de 2008

¡De corazón le decimos gracias, P. Kolvenbach!


Por casi 25 años el P. Peter-Hans Kolvenbach ha dirigido la Compañía de Jesús, con total dedicación. La CPAL se asocia a rendir gracias a Dios por el tiempo que lo tuvimos como nuestro General. Manifiesta también gratitud y reconocimiento a la persona de P. Kolvenbach, a su equipo de la Curia General y a tantos otros colaboradores/as.
En la sesión en la cual fue aceptada la renuncia del P. General, el día 14 de enero 2008, el P. Valentín Menéndez ha expresado, en nombre de toda la Compañía, el reconocimiento al P. Kolvenbach por los relevantes servicios prestados y por su ejemplo de vida. Las palabras del Padre Menéndez fueron recibidas con un largo y caluroso aplauso de todos los Delegados, puestos en pie. A continuación habló Padre Kolvenbach. Se dijo “agradecido por el privilegio de haber podido encontrar y acompañar a tantos amigos en el Señor” durante su tiempo de generalato. Y ha acrecentado: “Deseo que ningún jesuita se sienta excluido de este profundo reconocimiento". Agradeció al Papa, a sus colaboradores en la Curia, que han ayudado “todos los días y durante años a llevar adelante la responsabilidad de la Compañía” y a todos los Superiores Mayores dispersos por el mundo.
P. Hermann Osório, del equipo central de la CPAL, ofrece el siguiente testimonio: “Terminamos el día (14 de enero) dando infinitas gracias a Dios por el regalo que ha sido la vida y el servicio del P. Kolvenbach. Un hombre que ayudó a toda la Compañía a mantenerse fiel a su carisma y a la Iglesia, sin perder el impulso y la ‘fidelidad creativa’” (Crónica séptima, del 14.01).
El 20 de enero, durante la procesión de entrada para la celebración de acción de gracias en el Gesù, brotaron dos mociones de ‘aplauso’ en medio del pueblo de Dios: la primera, cuando entró en la procesión, como un vecino más, el P. Peter-Hans Kolvenbach; la segunda, cuando entró el nuevo General, P. Adolfo Nicolás.
Fonte: www.cpalsj.or

CG 35ª – DIA 25 DE JANEIRO DE 2008

Crônica
Servir a la Iglesia... fue el tema de nuestra oración matutina. El primer texto que nos propusieron decía: “Conforme a la ‘Fórmula del Instituto’ deseamos que nuestra Compañía, distinguida con el nombre de Jesús, querrá militar para Dios bajo la bandera de la cruz y servir al único Señor y a la Iglesia su esposa bajo el Romano Pontífice, Vicario de Cristo en la tierra”. Con la intención de que este servicio a la Iglesia se realice de un modo cada vez más hondo, nos volvemos hacia Dios implorando su bendición para toda la Compañía y por la labor de la Congregación.
La capacidad y la disponibilidad para servir a los demás depende del amor que se les tenga, y el amor que consiste en el don de sí mismo solo es posible en la medida en que el otro sea estimado y en que vale la pena dar la vida por él. Para reforzar nuestro servicio a la Iglesia debemos así hacer más honda nuestra estima de la Iglesia como San Ignacio nos lo enseña con las ‘Reglas para sentir en la Iglesia militante’ (cf. EE 352). Solo con tal estima y con la gratitud profunda hacia la Iglesia nos convertimos en aquellos servidores altruistas e instrumentos en las manos del Señor como quería San Ignacio a los miembros de ‘esta mínima Compañía’ (cf. Const. 1), esto es, que estemos dispuestos a cumplir ‘inmediatamente, sin vacilar ni excusarnos de modo alguno’ (cf. Fórmula 3) todo aquello que nos manden los Romanos Pontífices.

Después de esta llamada a la fidelidad a nuestro propio carisma, el Evangelio nos puso en el camino de la humildad: ”¿Quién de vosotros, si tiene un servidor para labrar el y apacentar el ganado, le dice cuando vuelve del campo: ven enseguida y siéntate a la mesa? ¿No le dirá más bien: prepárame de comer, cíñete el delantal y sírveme, hasta que haya comido y bebido, y después comerás y beberás tú también? ¿Tendrá que sentirse agradecido su servidor porque ha cumplido las órdenes recibidas? También vosotros, cuando hayáis cumplido todo lo que os ha sido ordenado, decid: Somos siervos inútiles. Hemos hecho cuanto teníamos que hacer” (Lucas 17, 7-10).

Así se entiende a sí misma la Compañía de Jesús. No como una fuerza que se ‘enfrenta’ a la Iglesia, sino como parte de ella. En este contexto el P. General tuvo hoy un encuentro con los medios de comunicación… Se advirtió con tiempo que no se trataría de una ‘rueda de prensa’, sino de un ‘encuentro’ con los representantes de los medios de comunicación que quisieran hacerse presentes. Yo pedí permiso para entrar y avisé en mi grupo de trabajo que estaría en esta reunión para saber lo que iba a pasar en ella de primera mano.

A las 11:30 de la mañana comenzó a llenarse la sala Nadal, una de las salas que utilizan normalmente los ‘electores’ para sus ratos de descanso, ubicada debajo del Aula de la CG… Periodistas, cámaras de televisión y fotográficas fueron tomando posiciones estratégicas para llevarse la mejor imagen de este ‘encuentro’. De pronto apareció el P. José de Vera, vocero oficial de la Compañía y Jefe de la oficina de prensa de la CG. Presentó su saludo y advirtió que no habría preguntas, sino una charla del P. General con información sobre algunos puntos de interés para la prensa. Habría unos 60 periodistas de los distintos medios de comunicación, sobre todo europeos. El P. General habló en italiano y comenzó agradeciendo a los medios el cubrimiento que han hecho de la noticia de la CG y de su elección en los días pasados. Destacó que todo se ha hecho con mucho respeto y cordialidad. Pero quiso aclarar algunos titulares que él considera inexactos…

La primera información que señaló como no precisa fue un titular de algún periódico que habla de ‘Un nuevo P. Arrupe’. Explicó su admiración y cariño por el P. Arrupe, pero dejó claro que él no es otro Arrupe, como tampoco es otro Kolvenbach. Ese tipo de clichés son poco precisos y responden a posiciones simplistas que no respetan la realidad. Otro elemento que destacó como poco preciso fue el hecho de que el nuevo P. General tiene una teología diferente a la del Sumo Pontífice… Explicó cómo en su época de estudiante leyó con gusto los excelentes trabajos de Joseph Ratzinger. También insistió en que la Compañía de Jesús no está en ‘confrontación con la Santa Sede… Somos vecinos, eso es verdad… No sólo físicamente hablando, sino espiritualmente… Y si se tienen relaciones y las relaciones que se tienen son importantes, es evidente que puede y debe haber diferencias… Y les dijo: Todos ustedes están casados, ¿no es verdad? Pues el que me diga que no tiene problemas con sus esposa o esposo… está mintiendo… Este comentario suscitó un estallido de risa en toda la sala… Por lo tanto, si hay relación e interés en esa relación, necesariamente habrá diferencias en el proceso de colaboración que hemos querido tener siempre con Santa Sede. Pero las diferencias no son el centro de nuestras relaciones con la Santa Sede, como han señalado algunos periodistas y medios de comunicación, presentando una visión muy parcial de la realidad y respondiendo a otros intereses que no son los nuestros…

Por otra parte, explicó cómo el Superior General está bajo la autoridad de la CG, y por tanto, mientras ésta esté reunida, él no podría dar declaraciones con plena libertad, pues tendría que decir… ‘Depende de lo que diga y decida la CG’… De modo que para no tener que responder así, ha preferido tener solo este encuentro amistoso con la prensa. Al final de este encuentro, que no recojo en todos sus aspectos, sino en lo más destacable, se invitó a los periodistas a conocer el Aula de la Congregación…

Mientras esto pasaba, los grupos lingüísticos siguieron su trabajo y terminaron el informe que debieron presentar al final de la mañana. En la tarde, reunidos en el Aula, se tuvo una primera discusión sobre la elección de los Asistentes que ayudan al Superior General en el gobierno de la Compañía… Mañana seguirá el tema y se definirá la fecha en la que se elijan estos colaboradores más cercanos del General.

Al final de la tarde, la eucaristía la organizó la Provincia de Loyola. Estuvieron con Juan Miguel Arregui, Provincial, los PP. Francisco Javier (Patxi) Álvarez de los Mozos y Luis María (Koldo) Alzíbar. También estaba entre los asistentes, Alberto Núñez, otro miembro de la Provincia de Loyola que colabora como traductor del inglés al castellano. Estuvimos muy unidos a los otros grupos lingüísticos en la celebración de hoy, particularmente con los de habla inglesa, pues los electores de la India celebran mañana el día de su Independencia y los electores de Australia también celebran su día nacional.

Hoy estuve revisando los nombres de todos los electores y ya puedo decir que conozco unos 120… parece poco, pero es un trabajo largo llegar a conocer a todos por su nombre… Especialmente los electores de países más lejanos… Imagínense que los de la India dicen que el problema que tenemos los occidentales es que todos somos iguales… Exactamente lo mismo que nos pasa a nosotros con los de la India, con los orientales y con los africanos… Tendríamos que decir que, efectivamente, todos somos iguales, pero que unos somos más iguales que otros…

Un abrazo de hermano y amigo en el Señor,

Hermann Rodríguez Osorio, S.J.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Comentário da PRIMEIRA ENTREVISTA do Pe. Adolfo Nicolás (Em Italiano)

Primo incontro con i media del nuovo preposito generale dei Gesuiti, padre Nicolás: fedeli al Papa ieri e oggi
“L’Asia mi ha cambiato” e penso che la sua ricchezza culturale e spirituale, di cui poco si sa in Occidente, possa molto aiutare la Chiesa universale. E’ il messaggio pastorale che il nuovo preposito generale della Compagnia di Gesù, padre Adolfo Nicolás, ha lasciato ai giornalisti, incontrati nella tarda mattinata di oggi per un saluto e un ringraziamento per l’attenzione mostrata ai lavori della 35.ma Congregazione generale, che lo ha eletto la scorsa settimana. Il servizio di Alessandro De Carolis:
Sono uno “sconosciuto”, perfino in Spagna i giornalisti sono costretti a una specie di “caccia al tesoro” per scoprire qualcosa sul mio passato. Non ha lesinato in humour il nuovo preposito generale dei Gesuiti, padre Adolfo Nicolás, nel suo primo incontro con i rappresentanti della stampa. Una ventina di minuti di pensieri e considerazioni per raccontare qualcosa di sé, del suo ministero passato e per ribadire l’assoluta fedeltà del suo Ordine al Papa, oltre che per richiamare l’attenzione sull’Asia, un continente che, ha affermato, ha lasciato un’impronta certamente indelebile sulla sua persona: "La maggior parte della mia vita l’ho passata in Asia. Sono andato in Asia, quando avevo 24 anni. L’Asia è stata una sfida, una vera sfida per molti, molti aspetti. L’Asia mi ha cambiato. In questo contesto ho dovuto studiare la teologia e questo è stato interessantissimo, perché era come ritrovare la propria fede, non soltanto nel contesto del Vaticano II, ma nel contesto dell’Asia, in un contesto dove il buddismo, lo scintoismo e altre religioni hanno avuto un’influenza molto profonda". Padre Nicolás ha presentato a volo d’aquila la realtà dei Gesuiti in Asia, dalle storiche missioni in Giappone o nelle Filippine - nelle quali il neo preposito molto ha vissuto e lavorato - fino alle ultime presenze in Cambogia e Myanmar. Ma in precedenza, e a più riprese, padre Nicolás si è rifatto alle modalità con le quali i media hanno tentato di tracciare un suo profilo per replicare a ciò che, ha detto, non sempre è stato scritto correttamente. A cominciare, da una sua presunta “distanza teologica” da Benedetto XVI - tutt’altro, ha affermato, “ho studiato sui libri del prof. Ratzinger perfino a Tokyo” - per finire con i consueti luoghi comuni sui contrasti fra la Campagnia di Gesù e il Papa. Questa la pacata risposta di padre Nicolás: “Tutto questo non è vero. La Compagnia di Gesù è stata sempre, fin dal principio e continua ad esserlo, in comunione con il Santo Padre. Siamo lieti di esserlo. Questa è una tensione artificiale, creata al di fuori della Compagnia. Se alcune difficoltà vi sono, principalmente è perché siamo così vicini, non fisicamente certo, ma spiritualmente. Ma la Compagnia di Gesù vuol collaborare con la Santa Sede: questo non è cambiato e credo che non cambierà". Il preposito generale non si è voluto sbilanciare sul futuro. Sono in attesa di "ascoltare" e di “obbedire” alle indicazioni che scaturiranno dalla Congregazione generale, ha detto. E ai giornalisti che in questi giorni si sono spinti a ritrarlo come più somigliante al preposito uscente, padre Kolvenbach, o al precedente, padre Arrupe, ha replicato: “Io non sono Arrupe. Amo Arrupe e lo ammiro. E’ stata una persona di grande influenza. L’ho avuto come mio superiore per quattro anni in Giappone, e anche prima di andare in Giappone l’ho avuto a scuola, dove ci ha parlato della bomba atomica, dell’esperienza di Hiroshima. L’ho ammirato, ma io non sono Arrupe e, ovviamente, non sono Kolvenbach, per molte ragioni. Allora, chi sono io? Se chiedessero a me, direi che sono fatto per la realtà nella quale mi trovo. Sono in procinto di diventare quello che Dio vuole. Se poi potrò rispondere a ciò o meno, non lo so: questo resta sempre aperto".
Fonte:http://www.radiovaticana.org

New Jesuit Superior General Meets Journalists

The new Superior General of the Jesuit order met journalists in Rome Friday. Fr. Adolfo Nicolàs began by thanking fellow Jesuits who affirmed their faith in him during elections in the Society of Jesus’ General Congregation this month. Fr. Adolfo Nicolàs was born in Spain in 1936 but told journalists he has spent most of his life in Asia, after moving to Japan at the age of 24 to study philosophy. “Living in Japan” where he was also ordained a priest he said, “opened my eyes to the world.” Introduced to Buddhism and Hinduism, he found these two eastern faiths helped him to explore his own Catholic faith more deeply.Fr. Nicolàs reiterated the Jesuit order’s loyalty and obedience to the Holy Father, saying that “the community has and will always be in communion with the Pope.”And, it’s clear that the new Jesuit leader expects to dedicate a lot of attention in his new job to the region where he has spent so many years. He noted the challenges and the potential for the Church in Asia, pointing to China’s 27 different ethnic groups and multiple languages including Arabic; he listed Korea and Vietnam, and the Philippines where he joked the majority Catholic country is infamous for obeying traffic laws as suggestions rather than the rule. Indonesia, Asia’s most populous Muslim country, and Malaysia offered different challenges, while Australia, he said “can act as a bridge between Asia and the West.” Indeed, he said, “Australia has greatly contributed to the dialogue between cultures.”He also mentioned as other challenges: Cambodia and Myanmar where he noted the Jesuits have been expelled, and the small Jesuit community in Timor where, after years of conflict, peace is struggling to take hold.Fr. Nicolàs said he expected to receive his mandate from the Pope and from the Jesuits themselves as they reflect in their General Congregation on the order’s priorities and the challenges to be met. In responding to these challenges and implementing his mandate, Fr. Nicolàs said transparency would be an integral part of his leadership, and that he “hoped to follow the principles of Gandhi – truth, gentleness, charity and goodness to others.”
El viernes 25 de Enero, el Padre Adolfo Nicolás ha tenido un primer encuentro con periodistas. El nuevo General de la Compañía ha introducido pequeños relatos de su historia y su experiencia en Asia, así como clarificado que la Congregación General en estos momentos el máximo órgano de gobierno de la Compañía, de la que espera líneas básicas para comenzar su misión como Prepósito General.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

DIA-A-DIA


25 Janeiro de 2008


Por la mañana, los grupos acaban con sus trabajos sobre los siguientes temas: “misión y identidad”, “colaboración con otros”, “obediencia apostólica” y “gobierno de la Compañía”. Por la tarde, sesión plenaria para preparar las elecciones de los asistentes “ad providentiam”, los consejeros principales del padre General.

Fonte:www.sjweb.info

Missão na Ásia.

A nova fronteira da Companhia de Jesus. Comentário de um vaticanista.
Há um elemento de continuidade entre o padre Adolfo Nicolás, eleito há quatro dias como novo superior geral da Companhia de Jesus, e o seu predecessor, entre 1965 e 1983, Pedro Arrupe. O comentário é de Sandro Magister, vaticanista italiano, 23-01-2008, na página eletrônica 'chiesa' Ambos nasceram na Espanha e ambos trabalharam, por muitos anos, no Japão.
Também o padre Giuseppe Pittau, que foi o regente da Companhia de Jesus durante a doença de Arrupe, trabalhou por longos anos em Tóquio, onde foi reitor da Universidade de Sofia, fundada pelos jesuítas em 1913.
O novo geral Adolfo Nicolás, que fará 72 anos no próximo mês de abril, viveu no Extremo Oriente desde 1964, especialmente em Tóquio, como professor de teologia na Sophia University, como provincial dos jesuítas do Japão e, por último, como presidente da Conferência dos Provinciais da Ásia Oriental e Oceania.
Nesta ligação entre os atuais sucessores de Santo Inácio de Loyola e o Extremo Oriente há uma fidelidade às origens da Companhia – a São Francisco Xavier, grande evangelizador daquelas terras – mas há também uma vontade de estar presente numa fronteira crítica da Igreja, hoje, a da missão na Ásia.
A Ásia é hoje o menos cristianizado dos cinco continentes. Mas não foi sempre assim. Desde a origem, uma grande diretriz de expansão do cristianismo foi o Oriente, até a Pérsia, a Índia, a China. Desde as origens o cristianismo não foi um fenômeno europeu, depois exportado como tal para outras civilizações, mas uma fé articulada com muitas culturas.
Bento XVI, apesar de ser tenaz no reafirmar a inserção originária da fé bíblica na sabedoria grega, muitas vezes tem acentuado esta “pluriformidade cultural” do cristianismo nos seus inícios.
Na última vez que o fez, foi na audiência das quarta-feiras, no dia 28-11-2007. No início da sua catequese aos fiéis, dedicada naquele dia a ilustrar a figura de um Padre da Igreja, o siriano Santo Efrém, ele, improvisando, falou:
“Caros irmãos e irmãs, segundo a opinião comum de hoje, o cristianismo seria uma religião européia, que teria exportado a cultura deste continente para outros países. Mas a realidade é muito mais complexa, já que a raiz da religião cristã se encontra no Antigo Testamento e, portanto, em Jerusalém e no mundo semítico. O cristianismo se nutre sempre desta raiz do Antigo Testamento. Também a sua expansão nos primeiros séculos se deu tanto na direção do Ocidente – para o mundo Greco-latino, onde depois inspirou a cultura européia – como para o Oriente, até a Pérsia, a Índia, contribuindo assim no suscitar uma cultura específica, em línguas semíticas, com uma identidade própria. Para mostrar esta pluriformidade cultural da única fé cristã dos inícios, na catequese da quarta-feira passada, falei de um representante deste outro cristianismo, Afraate, o sábio persa, desconhecido por nós. Na mesma linha quero falar hoje de Santo Efrém, o sírio...”.
Qual é, a propósito, a visão do novo geral dos jesuítas, Adolfo Nicolás?
Para entendê-lo, é útil reler um artigo por ele publicado no nº. 3, de 2005, da revista internacional de teologia “Concilium”, uma publicação que sobre a relação entre o cristianismo e as outras religiões e culturas nem sempre coincide com a doutrina oficial.
As Notícias Diárias, no domingo, dia 20-01-2008, publicaram uma ampla síntese do artigo.
Com efeito, neste artigo, padre Nicolás escreve que a Igreja tem o dever de reconhecer “a riqueza religiosa das outras religiões e a salvação real e eficaz que elas levaram a milhares de gerações”: uma tese que faria levantar os supercílios de alguns prelados das congregações vaticanas para a doutrina da fé.
Mas o interesse maior do artigo de padre Nicolás não está nas respostas que dá, mas nas questões que levanta. Questões, em grande medida, que permanecem abertas, que ele convida a afrontar como “serviço desinteressado, sem condições, porque somente Deus é a força” como falou na sua primeira homilia como geral dos jesuítas, no domingo passado.
Com este espírito, padre Nicolás se diz pronto para afrontar também os aparentes insucessos. Entre os jesuítas, logo depois do final da segunda guerra mundial, havia a convicção de que o Japão fosse a terra fértil de uma grande expansão missionária. Por isso enviaram, de vários países, pessoas de primeira ordem. Mas a colheita de conversões não se deu.
O Japão não é a única fronteira crítica do cristianismo na Ásia. Mas ela está sob a crescente atenção por parte da Igreja de Roma. Um sinal desta atenção é a beatificação, no dia 24-11-2008, em Nagasaki, do jesuíta Pietro Kibe Kasui e dos 187 companheiros martirizados entre 1603 e 1639.