domingo, 28 de fevereiro de 2010

Recuperar a Vocação

(Foto: Fortim-CE, terra do noviço Isaias)

Para muitos jovens de hoje, a vocação é algo que diz respeito apenas aos que pretendem se tornar sacerdotes.
A aspiração por realizar no trabalho e na vida os próprios ideais e expectativas é contraposta pelo materialismo cru, pela sensação de que a única relação possível com a realidade é da velocidade supersônica com que se consomem relações, amizades, produtos, diversões.
Por outro lado, está cada vez mais distante a ideia de que, ao se decidir o futuro de cada um, opera um desígnio do Criador. Para explicar o sentido da vocação e da espera, Stefano Fontana, diretor do Observatório “Van Thuan” sobre a Doutrina Social da Igreja
http://www.vanthuanobservatory.org/), publicou recentemente um ensaio intitulado “Palavra e comunidade política”.
No prefácio de seu livro, Fontana, que é também consultor do Conselho Pontifício Justiça e Paz, escreve que “a crise da vocação é muito preocupante”, porque inibe “a convivência: o acolhimento, a gratidão, a gratuidade”.

Stefano Fontana

- O que é a vocação?
Fontana: A vocação é um chamado, uma palavra que vem ao nosso encontro, pedindo por uma adesão. Ao comunicar-se, a vocação nos convida a construir nossa identidade. Na reposta ao sentido que a interpela nós nos construímos em nosso próprio sentido. Quando encontramos um sentido que não produzimos, estamos diante de um chamado, um apelo, uma vocação. A vocação é a manifestação do incondicionado.
- Em seu livro recentemente publicado, o senhor sustenta que a falta de vocação impede o desenvolvimento humano, limita a convivência social e política, penaliza toda a família e empenho solidário no trabalho e nas relações com os demais. Por quê?
Fontana: O fenômeno mais preocupante de nossos dias é o da crescente dificuldade de identificar nas coisas e em nossas vidas uma palavra dirigida a nós, um apelo.
O matrimônio e a família são vistos sempre como opções ou convenções, não como uma realidade contida numa proposta de sentido importante para nossa humanidade, uma beleza que nos atrai e apaixona. Em nossa própria natureza íntima é possível encontrar um discurso sobre como devemos ser, a indicação de um caminho a ser percorrido.
Ser homem e ser ainda um tal homem representam uma vocação diante do subjetivismo e de uma cultura que pretende englobar em si mesma a própria natureza? Muitos hoje não veem na identidade sexual uma vocação, mas uma escolha.
Toda nossa dimensão física recebe grande atenção na sociedade do bem-estar, mas como algo que deve ser moldado, planejado, desconstruído e reconstruído, exibido, mas não como uma vocação a ser valorizada. O pudor nasce da percepção de que o corpo é palavra, mas nossos corpos já não têm quase mais nada a dizer; a primeira e a última palavra a seu respeito presumimos encontrar nos cremes e nos comprimidos, nas academias e no bisturi, no silicone e nos chips.
Também o ambiente natural diante de nós – a natureza no sentido naturalista do termo – é visto prevalentemente como um conjunto de objetos funcionais. Já não é mais a “criação”, um discurso do Logos criador, palavra em atuação, uma mensagem a ser comunicada.
- Vivemos em uma sociedade onde a auto-exaltação do ego é cada vez mais exagerada. Parece que, para alcançar a felicidade, é necessário haver um poder total sobre a realidade e sobre as coisas, é necessário dispor das pessoas e de seus corpos, é necessário aderir a um pleno e total hedonismo. Seriam estes os motivos que levaram ao ofuscamento da vocação e ao desespero daqueles que não encontram mais um sentido para as próprias vidas?
Fontana: A crise na vocação é algo muito preocupante, também em termos sociais e políticos, uma vez que inibe três atitudes fundamentais para a convivência: o acolhimento, a gratidão e a gratuidade.
Em primeiro lugar, está o acolhimento. A crise demográfica que atinge hoje muitos países e os debilita moralmente e economicamente é devida a esta dificuldade cada vez mais disseminada em acolher. As leis sobre o “suicídio assistido” denunciam uma falta de acolhimento da própria vida.
O multiculturalismo e sua falência mostram que a tolerância indiferente não é verdadeiro acolhimento. Acolher o outro torna-se impossível se não formos capazes de acolher a nós mesmos e de viver, também nós, a experiência de sermos acolhidos.
Em segundo lugar está a gratidão. Se outras pessoas e experiências não nos tocam, jamais nos descobriremos em débito e não poderemos viver a gratidão. Nossa família, nossa cultura, nossa condição de homem ou mulher... tudo pode ser objeto de gratidão, se formos capazes de encontrar uma herança de palavras, um sentido desvelado que de algum modo nos orienta.
Há, por outro lado, a negação de tudo isso, a prontidão em nutrir vergonha e ódio por ter sofrido uma série de imposições e violências, quando não a prontidão em repudiar ou mesmo apostatar de si mesmo e do próprio passado. Mesmo nossa própria identidade pode não ser vivida com gratidão. O ocidente parece estar hoje particularmente acometido desta síndrome da vergonha de si mesmo e da ingratidão.
Se não nos sentimos gratos para com aqueles que nos transmitiram determinados valores, não nos sentiremos na obrigação de transmiti-los às próximas gerações. A falta de gratidão rompe com a continuidade entre as gerações e é responsável pela atual “emergência educacional”.
Em terceiro está a gratuidade. A vocação nos é dada com um dom. Perder o sentido da vocação significa perder o senso de doação. Se meu passado, minha natureza e os outros nada me dizem, isto implica que quem estabelece seu significado sou eu, ou nós, se considerarmos as estruturas sociais e culturais.
Gratuito, portanto, é simplesmente tudo aquilo que é recebido como graça. A vocação comporta tudo isso, uma vez que não é uma palavra pronunciada por nós, mas uma palavra pronunciada através de nós. Portanto, uma palavra doada.
- Qual é a proposta do livro? De que modo a fé cristã e a Doutrina Social da Igreja podem resolver estes problemas enfrentados hoje pela humanidade?
Fontana: A palavra “vocação” ocorre ao menos vinte vezes na Caritas in Veritate de Bento XVI – se não contarmos os sinônimos. Se as coisas, as pessoas e acontecimentos nada nos dizem; se pensamos ser fruto de determinismos, então de fato nenhum acontecimento novo pode ocorrer, e permanecemos vítimas de nós mesmos.
Sem vocação o homem não sabe para onde ir, pois ser impelido detrás ao invés de ser atraído pelo que está à frente não o satisfaz. A fé cristã tem essa proposta de ser uma “amiga do homem”, de corresponder aos seus anseios. O mesmo pode ser dito a respeito da Doutrina Social da Igreja, que corresponde aos anseios do mundo, assim como a fé corresponde aos anseios da razão e a caridade aos anseios da justiça. É por esse motivo que a fé cristã não é algo acrescentado ao homem, mas algo que remete à sua própria constituição. A fé cristã é uma vocação, presente desde o início na forma de um anseio. (tirado do Zenit.org)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

GAVI - GRUPO DE APROFUNDAMENTO VOCACIONAL INACIANO - FORTALEZA


No próximo final de semana, 06 e 07 de março, retomaremos nosso GAVI (grupo de aprofundamento vocacional inaciano) núcleo Fortaleza. Sempre é tempo de pensarmos sobre nossa vida e nosso futuro. Caso você seja um jovem (rapaz) que tenha mais de 17 anos e queira questionar-se o que o Senhor espera de você, venha e junte-se a nós. Desde o sábado (06) à tarde até o domigo (07) às 12:00h. estaremos juntos refletindo a Vocacão à Companhia de Jesus. Confirme a presença com Pe. Laércio ou Pe. Jonas pelo telefone 3298- 3108.

Campanha da Fraternidade 2010


Economia e Ideologias
D. Dom Demétrio Valentini (Bispo de Jales - SP)

Cada ano, a Campanha da Fraternidade conta com um texto que serve de base para identificar o tema, e suas implicações com a vida das pessoas. Desta vez, sendo ecumênica, o texto foi aprovado pelas igrejas que compõem o Conic.
O que ele pretende não é fazer uma análise exaustiva do assunto, em forma de tratado. Mas simplesmente estimular a reflexão para percebermos melhor as diversas vinculações que o tema pode ter com a convivência fraterna que a quaresma nos estimula a praticar.
É bom sinal quando o texto provoca a reação dos órgãos de opinião pública, que fazem sua análise crítica da campanha. Mas não faz mal alertar que o texto não se pretende completo, nem assume posições condicionadas por critérios ideológicos.
Como desta vez a campanha levanta um assunto que já esteve no centro dos embates políticos dos últimos séculos, nos quais se tomaram posições contrastantes em termos de organização da sociedade, parece que algumas pessoas se precipitaram em julgar o texto desta campanha como se estivesse ideologicamente comprometido.
Assim é que alguns o consideram esquerdizante, ou filo comunista. Outros acham que ele é muito ingênuo, e não leva em conta as “leis da economia” , que tem sua dinâmica inexorável, como o capitalismo sempre fez questão de enfatizar.
Na verdade, o texto usa do bom senso, identificando a economia como atividade humana, e como tal, sujeita em primeiro lugar a critérios éticos que a enquadram dentro de parâmetros de verdade e de bondade, e lhe indicam uma finalidade condizente com sua natureza e com a função exercida na sociedade.
Mas sobretudo o texto procura incidir sobre o tema do ano as luzes do Evangelho, que revelam como o texto se vincula com a fé cristã, toda ela voltada para incentivar a descoberta do amor que Deus tem por nós, como Cristo o testemunhou, nos incentivando a viver este amor em forma de convivência fraterna.
Neste sentido, o texto deste já valeria pelas duas indicações centrais, que o atravessam de início ao fim.
A primeira delas é sobre a finalidade da economia. Poderíamos ficar com este estribilho, que reaparece a cada página: a economia deve estar a serviço da vida. Este o grande critério, o supremo princípio, o rumo apontado, a urgência indicada, o desafio a ser assumido.
Podem dizer que é uma utopia. Que seja. Mas uma utopia que indica a direção válida que a trama diária da economia precisa tomar.
O inverso deste princípio ajuda a mostrar a gravidade das conseqüências de uma economia que esquece, ou despreza, esta finalidade. Quando se sacrifica a vida humana, prova-se que a economia não pode se constituir em norma de si mesma, ela precisa ser normatizada por princípios que a submetam à sua verdadeira finalidade, de estar a serviço da vida de todos, a começar por aqueles que empenham sua vida nas atividades econômicas.
Outra dimensão clara e incisiva do texto diz respeito à ecologia. Economia e ecologia rimam entre si não só nas palavras, mas muito mais na realidade. A economia precisa respeitar o meio ambiente. Os recursos naturais não são ilimitados, como na prática se pensava até pouco tempo atrás. Nosso planeta está mostrando claros sinais de esgotamento. E´ responsabilidade de todos pensar e praticar uma economia que seja compatível com os recursos do planeta, que precisam ser preservados também em vista das gerações futuras.
Como gesto concreto, a Diocese de Jales se propõe organizar a coleta do óleo usado de cozinha, para evitar que prejudique a natureza, e para ser colocado a serviço dos projetos sociais. Até no nome, a “economia” nasceu na cozinha, pois a palavra foi criada para evocar as “leis da casa”, que possibilitam a vida diária. Pois bem, até o óleo de cozinha nos ajuda a perceber que as “leis da casa” precisam ter em conta a “casa comum”, que é o nosso planeta. (http://www.diocesedejales.org.br/) e tirado da agência de notícias "Agência de Notícias Esperança" a serviço das Pastorais sociais, Cebs, etc. http://www.anote.org.br/novosite/destaque.asp?cod=393

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Depoimento Voc. Rafael - Fortaleza




A nossa experiência teve seu início no dia 19 de fevereiro, quando todos começamos a chegar na CVSPC (Comunidade Vocacional São Pedro Claver). Logo sentimos um "frio na barriga" ao chegarmos em Fortaleza: como será o dia na casa? quem virá para morar? etc. Porém, nos acalmamos quando chegamos em casa e nos encontramos como grupo. Que alegria foi ver que de várias partes do Brasil, muitas pessoas desejam discernir sua vocação, desejam buscar uma experiência profunda com Deus. Enfim, fomos nos conhecendo melhor e conhecendo também o lugar e realidade de cada um. Assim, vamos nos "incultarando" aos poucos. O sentimento em mim agora é de uma profunda alegria, de modo especial de poder experimentar a graça de Deus em minha caminhada. Desse modo, continuaremos firmes neste ano de 2010, descobrindo, experimentando e buscando o "magis" como fez Santo Inácio de Loyola.

Agora já estamos de volta a Fortaleza, estivemos três dias no Iguape, num momento de entrosamento, onde conhecemos mais o modo de proceder da Companhia de Jesus no que diz respeito a Pastoral Social e Voluntariado (Pe. Pinto Junior falou para nós), como também, rezamos numa manhã de oração o nosso chamado (Pe. Jonas nos introduziu na oração), tivemos um momento autobiográfico (com o Pe. Laércio), daí partilhamos vida, alegrias, histórias e começamos a construir juntos aquilo que será um pouco de nossa vida em 2010 em Fortaleza através do Marco Referencial da Comunidade Vocacional 2010. Pelo grupo, Rafael Ricardo(vocacionado).

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

IR. BIRA.SJ - "RETIRO GRANDE"


Todo Jesuíta sabe o que significa fazer seus Exercícios Espirituais de 30 dias.
Quem é leigo ou leiga, religioso ou religiosa e vive a espiritualidade Inaciana também sabe do que estou falando. Por isso, lembremos em nossas orações do nosso querido Ir. Bira que está fazendo sua "terceira Provação" no Chile e que domingo passado iniciou, com seu grupo de terceirões, o mês Inaciano. Que o Espírito Santo lhe dê a capacidade de encontrar mais e mais a vontade de Deus em sua vida e que Santo Inácio interceda por ele. Amém!!!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

RECONCILIAR JOVEM 2010 - FORTALEZA


Neste clima de RECONCILIAÇÃO nos preparamos para mais uma vez pedir juntos, toda a juventude de nossa paróquia, misericórdia ao Senhor nesta quaresma! Desse modo, buscaremos através do RECONCILIAR JOVEM 2010 encontrar para nossa vida, a vontade do Senhor!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

ABERTURA DO ANO NA COMUNIDADE VOCACIONAL EM FORTALEZA-CE

Comunidade Vocacional São Pedro Claver - Fortaleza



(Degles, Gabriel, Dhekson, Fernando, Sílvio, Alexandre, Jucélio, Rafael, Marcio, Nunes)

Grupo dos vocacionados internos da Comunidade Vocacional 2010

Vocacionados internos e amigos de nossa obra.



Vocacionados e formadores



Depois da Eucaristia com
amig@s



Ofertanto ao Senhor nossa vida e caminhada com o pão e o Vinho.

Rezemos por todos estes jovens, por suas vidas, caminhada e familiares.
Que Deus continue sendo sua força e Santo Inácio continue sendo um modelo de seguimento a Cristo.
Santo Inácio Rogai por nós!





quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

CF 2010

A Campanha da Fraternidade que as Igrejas do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) lança hoje, 17, tem como objetivo geral ajudar a sociedade a construir uma economia que esteja a serviço da vida. Além do objetivo geral, outros cinco objetivos específicos fazem parte da Campanha.
Pela terceira vez a Campanha é realizada de forma ecumênica, a exemplo do que aconteceu em 2000 e 2005. O ato de abertura, em nível nacional, será em Brasília e consta de uma coletiva de imprensa, às 14h, na igreja Luterana (Quadra 406/Sul), e de uma celebração ecumênica, às 19:30h, no Santuário Dom Bosco.
Confira, abaixo, os objetivos da Campanha da Fraternidade Ecumênica-2010.
Objetivo geral: Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida, fundamentada no ideal da cultura da paz, a partir do esforço conjunto das Igrejas Cristãs e de pessoas de boa vontade, para que todos contribuam na construção do bem comum em vista de uma sociedade sem exclusão.
Objetivos específicos:
1. Sensibilizar a sociedade sobre a importância de valorizar todas as pessoas que a constituem;
2. Buscar a superação do consumismo, que faz com que ‘ter’ seja mais importante do que as pessoas;
3. Criar laços entre as pessoas de convivência mais próxima em vista do conhecimento mútuo e da superação tanto do individualismo como das dificuldades pessoais;
4. Mostrar a relação entre fé e vida, a partir da prática da justiça como dimensão constitutiva do anúncio do evangelho;
5. Reconhecer as responsabilidades individuais diante dos problemas decorrentes da vida econômica, em vista da própria conversão

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

NOVIÇOS SE ENCONTRAM...

Aconteceu no dia 15/02 o encontro das duas turmas de noviços da Província Brasil Nordeste. A turma do primeiro ano, que entrou no dia 08/02, encontra-se reunida em Lauro de Freitas, num Sítio. A turma do segundo ano veio de Feira de Santana para passar um dia juntos, conhecendo mais de perto os companheiros com os quais irão conviver durante este ano. Foi um dia de entrosamento, convivência, esporte e um bom banho de mar. O encontro foi encerrado com a celebração da eucaristia.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

NOVIÇOS JESUÍTAS 2010


No dia 08/02, aconteceu na Igreja de São Joaquim, a missa de entrada dos noviços jesuítas de primeiro ano: Danilo (CE), Leandro (CE), Isaías (CE), Adelvando (BA), Marcos (ES), Sivonaldo (PE), Pe. Jairo (CE). A eucaristia foi presidida pelo Provincial Pe. José Acrízio e concelebrada pelo Mestre de Noviços Pe. Kleber Barberino, Pe. Geraldo Coelho e Pe. Agnaldo Júnior. Estavam presentes Ir. Epifânio, ministro do Noviciado e D. Ana.
Na ocasião, os novos noviços assinaram o livro de entrada no Noviciado da Companhia de Jesus e receberam o livro das Constituições da Companhia. Logo após a missa, seguiram para o Sítio Busca Vida onde estarão fazendo a experiência da primeira provação.

Rezemos pela perseverança e fidelidade desses companheiros!!!
Para visualizar mais fotos, basta clicar no seguinte link: http://picasaweb.google.com/amdgsjbne/ENTRADADOSNOVICOSJESUITAS2010#

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Recordando a Ordenaçao Presbiteral do Diác. Agnaldo Junior

Esta bonita ordenação aconteceu na Bahia, em Jacobina. Muitos missionários estiveram presentes, inclusive nossos vocacionados e pré-noviços, como também muitos Jesuítas.

Foi uma experiência bonita e consoladora. Rezemos pelo Pe. Agnaldo Junior que é o nosso Coordenador da Pastoral vocacional em todo o Nordeste do Brasil, como também no Espírito Santo. vejamos estes momentos especiais de sua ordenação. Jacobina, 19 de dezembro de 2009. AMDG

Papa Bento XVI fala ao Religiosos


O Papa Bento XVI Fala sobre os religiosos no mundo.

As pessoas consagradas são chamadas de maneira particular a serem testemunhas da misericórdia do Senhor, na qual o homem encontra a sua salvação. Eles mantêm vivo a experiência do perdão de Deus, porque têm a consciência de serem pessoas salvas, de serem grandes quando se consideram pequenos, de se sentirem renovadas e envolvidas pela santidade de Deus quando reconhecem o próprio pecado. Por isto, também para o homem de hoje, a vida consagrada permanece uma escola privilegiada da "compunção do coração", do reconhecimento humilde da própria miséria, mas permanece uma escola de confiança na misericórdia de Deus, em seu amor que nunca abandona. Na realidade, quanto mais nos aproximamos de Deus, ficamos mais perto Dele e nos tornamos mais úteis aos outros. As pessoas consagradas experimentam a graça, a misericórdia e o perdão de Deus não somente para si, mas também pelos irmãos, sendo chamados a levar no coração e na oração as angústias e as expectativas dos homens, sobretudo daqueles que estão longe de Deus. Em particular, as comunidades que vivem na clausura, com o seu específico compromisso de fidelidade no "estar com o Senhor", no "estar sob a cruz", realizando freqüentemente esta função vicária, unida a Cristo pela Paixão, tomando sobre si os sofrimentos e as provas dos outros e oferecendo tudo com alegria para a salvação do mundo.Enfim, queridos amigos, queremos elevar ao Senhor um hino de ação de graças e louvor pela vida consagrada. Se ela não existisse, o mundo seria mais pobre! Além das superficiais avaliações de funcionalidade, a vida consagrada é importante por causa de seu ser sinal de gratuidade e de amor, e isso tanto mais numa sociedade que corre o risco de ser sufocada pela espiral do efêmero e pelo útil (cfr. Exort. ap. post-sinod. Vita consecrata, 105).
A vida consagrada testemunha a superabundância do amor que impulsiona a perder a própria vida, como resposta a superabundância de amor do Senhor, que por primeiro perdeu a sua vida por nós. Neste momento penso nas pessoas consagradas que sentem o peso do cansaço cotidiano escasso de gratificações humanas, penso nos religiosos e nas religiosas doentes, naqueles que se sentem em dificuldades em seu apostolado... Nenhum deles é inútil, porque o Senhor os associa ao trono da graça. São um dom precioso para a Igreja e para o mundo, que tem sede de Deus e de sua Palavra.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Depoimentos do Neo-Diácono - Sérgio Mendonça.sj







Sérgio é cearense de Fortaleza - 34 anos.





Como você teve contato com os jesuítas?
Através do Colégio Santo Inácio, o grupo de jovens que eu fazia parte foi convidado a animar missas dominicais, dessse modo, pude conhecer alguns jesuítas, antes era só nos livros de história. Tive um contato inicial com dois padres jesuitas - Pe. Benjamim, SJ e Manuel Suarez.SJ. Eles chegavam antes da missa e ficavam junto, eu aproveitava para tirar minhas dúvidas...

O que te encantou neles?
Deles escutei a primeira vez a palavra contemplação, no sentido inaciano, e como esse modo de se colocar na presença de Deus tinha mudado a vida de um homem "tão cabeça dura" como Inácio de Loyola. Em mim, veio o desejo de conhecer mais a vida dele, como também, começei a perguntar-me sobre o sentido de minha vida e de uma entrega ao serviço do Reino de Deus.

O que te conduziu neste processo vocacional?
Senti que estava aberta a porteira da minha vida para trilhar um novo caminho, até então desconhecido. A bússola era a oração que apontava sempre para o próprio Cristo, horizonte onde sempre o sol nascia e vinha me iluminar a cada dia. Dessa forma a minha experiência de oração se tornou aquele espaço onde toda a vida era iluminada a cada dia, a cada novo acontecimento. Quem me conduziu foi o Senhor e sua Palavra em minha vida de oração, de modo especial, através dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio.

Como tem sido sua experiência a partir dos Exércicios Espirituais?
A assiduidade na oração, foi me fazendo cada vez mais próximo do Senhor, mesmo que muitas vezes me sinta distante, ao ponto de procurar olhar o mundo com os olhos d'Ele. Como um amigo que se coloca ao lado e conversa com outro amigo, assim fui vivendo a minha experiência ora marcada por um diálogo fluído, ora em um profundo silêncio desconsertante. Essa foi uma das marcas que os Exercícios Espirituais deixou em mim, selo que ficou como ferro em brasa.


Rezemos pedindo a Deus que o Diác. Sérgio mantenha seu propósito!

MULTIRÃO DE COMUNICAÇÃO 2010

O Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe (Muticom) está acontecendo entre os dias 3 e 7 de fevereiro de 2010.
Aconteceu também nestes dias um encontro continental da juventude.
Os Jovens se reuniram para discutir os princípios éticos de uma cultura solidária refletindo conceitos e práticas em torno do bem comum, justiça social e ajuda.
A painelista Ana Bélgica Guichardo (Republica Dominicana) provocou os participantes para partilhar as práticas vivenciadas em suas realidades locais para apartir das experiências poderem compreender a intrincada relação entre conceitos sociais.
A Solidariedade não poder ser vista como conceito separado da justiça social pretendida. Deve-se compreender que a solidariedade é o único alicerce, a única força que pode dar conta num momento de dor e dificuldades. É ela que move o ser humano a estender todos os esforços para a busca do bem comum.
Jesus cristo em sua ação cotidiana, nas suas decisões, no seu pensar é o modelo de solidariedade, finaliza Guichardo.
Ao aproximarmos a comunicação da solidariedade é necessário voltarmos para a tecnologia não como um monstro que aliena os jovens, mas sim como um suporte nos processos de aprendizagem.
para ver mais detalhes e conhecer melhor o Multirão de Comunicaçao ver: http://muticom.org/

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Cardeal Rodé fala sobre a vocaçao do Irmão.


Vida consagrada: valorizar vocação de irmão leigo


O cardeal Rodè anuncia dois novos documentos


ROMA, quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).- A figura dos irmãos leigos “deve ser valorizada na Igreja”, declarou o cardeal Rodè, que destacou também “a absoluta necessidade da oração” e da “formação litúrgica”.
A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica está preparando dois novos documentos sobre estes temas, anunciou hoje seu prefeito à Rádio Vaticano.
O cardeal Rodè explicou que um dos documentos trata sobre os irmãos leigos e sua publicação está prevista para o próximo outono boreal; o outro fala da oração e da formação litúrgica dos religiosos e religiosas.
“Ultimamente, temos refletido sobre a figura do irmão leigo nas congregações religiosas de irmãos e nas congregações mistas de sacerdotes e irmãos”, indicou no Dia Mundial da Vida Consagrada, celebrado ontem.
“Constatamos que, nas últimas décadas, o número de irmãos leigos diminuiu muito”, disse.
“E isso afeta igualmente as congregações mistas de sacerdotes e de irmãos: o número de irmãos diminuiu muito mais que o de sacerdotes. Existe um problema e é preciso fazer alguma coisa.”
O chamado a ser irmão leigo
O cardeal Rodè destacou a ausência de documentos sobre esta vocação. “Pensamos que uma das razões desta diminuição de vocações de irmãos leigos é justamente certa falta de atenção, por parte da Igreja, a esta figura de cristão consagrado, de irmão leigo”, disse.
“Queremos fazer um documento dedicado especificamente a esta figura do irmão leigo, que é uma figura autônoma, uma figura que tem sentido em si mesma, que tem uma identidade própria”, afirmou.
O cardeal Rodè destacou a especificidade deste chamado de Deus: “Um irmão leigo não é – como se pensa frequentemente e como as pessoas acham – alguém que não pôde ou não quis, por algum motivo, ser sacerdote”.
“Trata-se de uma vocação que tem uma lógica em si mesma, que tem uma missão particular na Igreja – acrescentou – e a história demonstra isso.”
A importância da oração
Com relação ao outro documento, sobre a importância da oração, o cardeal indicou que “alguns dizem que os religiosos e religiosas de hoje rezam muito pouco” e destacou que “hoje, em um mundo tão agitado, a oração se torna, sem dúvida, mais difícil”.
“Devemos acentuar a absoluta necessidade da oração na vida espiritual de um consagrado e de uma consagrada”, acrescentou.
Colaborar com o dicastério encarregado da liturgia
O prelado explicou que o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Antonio Cañizares, sugeriu-lhe elaborar um documento “interdicasterial”.
Uma primeira parte estaria confiada ao dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; e uma segunda, ao Dicastério para o Culto Divino, sobre a formação litúrgica de religiosos e religiosas.
O cardeal Rodè considerou isso “de uma grande importância, porque, por um lado, há certa ignorância, certa falta de conhecimento e de formação litúrgica dos jovens religiosos e religiosas”.
“Por outro lado – continuou –, também existem fantasias litúrgicas que nem sempre são de bom gosto e que não correspondem ao desejo e à vontade da Igreja e ao próprio espírito da liturgia.”

IRMÃO BIRA - NO CHILE FAZENDO SUA TERCEIRA PROVAÇÃO.


O Ir. Bira, coordenador do núcleo vocacional de Recife, no exato momento está no Chile fazendo sua Terceira Provação. Momento especial da vida do jesuíta, irmão ou padre, em que ele é convidado pela congregação para "finalizar" sua formação. Ele ficará por lá até meio do ano.

A experiência consiste em fazer algo como uma reciclagem de toda a vida de jesuíta, incusive os Exercícios Espirituais de 30 dias (é como se fosse um noviciado em seis mesmes). Certamente deve ser um momento forte e intenso, momento de aprofundar a experiência apaixonante com o Cristo razão de ser da Igreja, da Companhia e de cada Jesuíta.













Rezemos também pelo nosso Ir. Eudson que continua fazendo a sua terceira provação na Irlanda (neste momento ele está em Protugal, fazendo estágio numa paróquia da Companhia).

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

VOTOS DOS NOVIÇOS JESUÍTAS 2010

31 DE JANEIRO DE 2010, EM FEIRA DE SANTANA - BA.

MOMENTO DE ENTREGA E OFERTA A DEUS... ENTREGA DE SI, OFERTA DE SUAS VIDAS, DECIDIRAM E OPTARAM POR VIVER A SERVIÇO DOS IRMÃOS E IRMÃS MAIS NECESSITADOS.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

CARTA DOS JESUITAS DO HAITÍ


Comunicado dos Jesuítas no Haiti

Ellacuria Fundazioa - Adital - Tradução: ADITAL

Nós, Jesuítas trabalhando no Haiti em diversos espaços, somos testemunhas do drama diário em que vivem milhares de nossos/as irmãos/ãs haitianos. Como Yahvé, no deserto, nós vemos a miséria de nosso povo e escutamos seus gritos.
"E o Senhor disse-lhe: Eu vi a aflição de meu povo no Egito e ouvi o seu clamor causado pela crueza daqueles que têm a superintendência das obras. E, conhecendo a sua dor, desci para o livrar das mãos dos egípcios e para o conduzir daquela terra para outra terra onde corre o leite e o mel..." (Ex. 3,7-8)
A miséria de nosso povo:
- Milhões de haitianos/as são vítimas do aumento vertiginosos e permanente dos preços dos produtos de primeira necessidade e não satisfazem as necessidades mais essenciais, particularmente, de alimento.- A diminuição da produção nacional em todos os setores da economia leva à fome e à desnutrição total.
- O empobrecimento vergonhoso e intolerável de nossas populações urbanas e rurais.
- O aumento da insegurança, especialmente o ressurgimento com força total do fenômeno do sequestro e da desesperança entre os jovens.
- Nossa nação está submersa na vergonha e na desesperança com sua soberania de joelhos e a maior parte da população vivendo em condições desumanas.
A miséria de nosso povo é também:
- A incapacidade total da maioria de nossos governantes para enfrentar os problemas fundamentais da sociedade.
- A ausência total de uma oposição política construtiva que controle e estimule a ação governamental em benefício da nação.
- O aniquilamento total da função política do Parlamento, que tem procedido de maneira desonesta (e temos exemplos...), a corrupção etc.
- A irresponsabilidade da comunidade internacional, particularmente dos países chamados amigos do Haiti, das instituições financeiras internacionais (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Banco Interamericano de Desenvolvimento etc.), que não cumpriram sua promessa com o Haiti, assistindo, cinicamente, a sociedade haitiana ‘descer aos infernos’.
O povo haitiano é um povo de valor; porém, agora não está em condições de reagir. Torturado pela miséria, grita. Seu grito se converte em chamada.
O grito do povo hoje:
- Milhares de jovens perambulam pelas ruas para manifestar que já não podem mais; exigindo que os políticos assumam sua responsabilidade.
- Milhões de desempregados, torturados pela fome, gritam sua raiva pelas ruas de Porto Príncipe e pelas cidades do interior.
- Pais e mães de família passam vários dias sem poder comer e gritam sua miséria nas manifestações de rua...
- Crianças das favelas e do campo, abatidas, gritam todos os dias porque não encontram nada para comer e não têm futuro.
Chama, grita, nunca baixa os braços. Oh, tu, povo de valor! Precisas ajudar-me para que eu te ajude. Contigo eu posso fazer muitas coisas. Sem ti, não conseguirei. Tu necessitas de mim, eu sei. Eu sou teu aliado insubstituível; no entanto, eu também tenho necessidade de ti, de teus gritos, de tua unidade, de tua experiência de povo sofredor, de teu valor. Vamos trabalhar juntos.
A vitória estará do nosso lado, já que lutamos por uma causa justa. Tu conheces meu nome: EU SOU O DEUS DA VIDA E NÂO DA MORTE.
Tu conheces meu Projeto. Jesus de Nazaré bem o expressou no quarto Evangelho: "Eu vim para que tenham vida em abundância" (Jo 10,10).
Somos interpelados fortemente por essa situação intolerável e indigna que ameaça a nosso país em cair de novo em um drama; nos sentimos profundamente unidos a esse povo que sofre e, sinceramente, nos solidarizamos com as vítimas. Em nome de nossa fé cristã e de nosso compromisso como religiosos jesuítas, exortamos com força:
Aos responsáveis políticos
- Ao Presidente da República a tomar rapidamente as decisões políticas que se impõem para restabelecer a confiança e a paz, a comprometer-se a uma reforma de fundo das instituições públicas, colocando definitivamente o país no caminho do desenvolvimento.
- Às personalidades do Estado (Primeiro Ministro, Ministros, Secretários de Estado e Diretores Gerais, Senadores, Deputados etc.), a curto prazo a elaborar e a executar, em tempo recorde, um programa de emergência (real e eficaz) para aliviar os sofrimentos da população; e, em largo prazo, utilizar os recursos intelectuais e a sabedoria, tanto de nacionais quanto de estrangeiros, com a finalidade de colocar em marcha um verdadeiro plano de desenvolvimento nacional.
- Aos partidos e às organizações políticas que assumam sua responsabilidade de crítica e de controle da ação governamental, ajudando na busca de soluções adaptadas ao drama vivido por nossa sociedade, participando eficazmente na reforma do Estado, para tirar nosso país da vergonha e do estancamento.
- Aos comerciantes, industriais, importadores, banqueiros e outras forças vivas da nação a contribuir para diminuir o sofrimento de nossos cidadãos/dãs, com a finalidade de tomar consciência da necessidade de atuar conjuntamente para ajudar o Haiti a levantar-se.
- A todos os componentes da sociedade civil: religiosos/as, educadores, estudantes, responsáveis e membros de associações, sindicalistas e operários, artesãos, pequenos comerciantes, agricultores etc. a ficarmos de pé para buscarmos, juntos, as soluções aos problemas de nosso povo.
- À comunidade internacional, especialmente aos países chamados amigos do Haiti; às instituições financeiras internacionais etc. a respeitar seus compromissos com o Haiti, levando em consideração suas inúmeras promessas de cooperação para ajudar efetivamente ao país a sair do pântano. Oh, povo haitiano! Continua a chamar, a grita e a convocar àqueles que pudeste escolher para servir-te. Tua força será a não-violência organizada e sustentada.
A violência nunca é eficaz. Tu me chamas. Sim, eu estarei contigo e em ti pelo poder de meu Espírito.

P. Pérard Monestime, sj,P. Dérino de Sainfariste sjP. Kawas François, sj,P. André Charbonneau,sjP. Molinero Lamothe, sj,P. Claude Suffering, sj,P. Ramiro Pampols, sj,P. Kénel Sénatus, sj,P. Gilles Beauchemin, sj,P. Gontrand de Décoste sjH. Mathurin de Charlot sjThomas Dabady, sj,P. Godefroy de Midy, sj

ORDENAÇÃO DIACONAL EM SALVADOR 2010

Num momento singelo e significativo, cheio de emoção e alegria, foram ordenados diáconos nossos amigos e irmãos: Álvaro (PE), Jean (BA), Moisés (CE) e Sérgio (CE).

Muitos amigos e familiares presenciaram e participaram desta celebração presidida pelo Arcebispo de Feira de Santana Dom Itamar Vian.

Deus é bom e cuida dos que chama, pois Ele os conhece profundamente.

Rezemos por eles para que possam ser sinal e instrumento de Deus nesta sociedade tao sedenta do sagrado. AMDG. Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!