Publicamos o texto do vocacionado José Erivaldo da Ponte Prado, natural da cidade de Sobral-CE, mestrando em Filosofia pela UECE e licenciado em filosofia pela UVA.
A humanidade, com o advento da tecnologia, sofre com as mudanças ocasionadas pela falta de respeito à natureza. A insatisfação humana concebeu novas técnicas, que por meio do saber foram capazes de modificar a estrutura social vigente. Daí que, novas possibilidades apareceram com a idéia de um ‘novo cenário’, oferecendo aos indivíduos resultados imediatos às suas angústias internalizadas, de querer um além-mundo. Ao lado disto, a natureza reagiu aos efeitos determinados do homem na sociedade, em decorrência do novo modo de agir que, de certa forma, alterou, substancialmente, os fundamentos da ética referente à ação dos indivíduos. Isto é, o novo modelo apresentado aos indivíduos (ou seja, a novidade tecnológica) leva em consideração não uma ética do futuro em benefício da preservação da natureza, mas tem em vista apenas o presente e suas particularidades pessoais, pois, sabemos que, “a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente" (Cf. Bíblia. Rm 8,22). Prova disso são às catástrofes que estão acontecendo no mundo e, sobretudo, na própria condição humana devido à falta de harmonia (ou mesmo da ignorância) em relação à natureza como totalidade. Para Hans Jonas, filósofo alemão, o efeito devastador deve-se ao opressivo poder humano que violenta a ordem cósmica, a invasão atrevida dos diferentes domínios da natureza por meio de sua incansável esperteza (O princípio responsabilidade, 2006, p. 31). A seu modo, o homem buscou recursos adjacentes, em oposição aos princípios da lei da natureza. Diante disto, podemos perguntar: Qual deve ser a ‘responsabilidade’ do homem com a natureza? O que será da humanidade no futuro se, e somente se, a preocupação derivar apenas de perspectivas com relação ao presente? Do ponto de vista que assumimos, a natureza sofre às conseqüências em virtude da ‘força’ e capacidade do homem. No entanto, o dano causado à natureza é, ao mesmo tempo, prejudicial à própria natureza humana, ou seja, o indivíduo ao atacar a natureza fere a si próprio e, em conseqüência disso, a humanidade em geral. E, nesse sentido, a responsabilidade, como alega Hans, é fundamental na medida em que se deve ajuizar uma ética futura. Ainda assim, os homens como seres-no-mundo, com todo o seu conhecimento adquirido, não são capazes de descobrir os mistérios da natureza.
Um comentário:
Meu cara, amigo, sem sobra de dúvida, condescendo plenamente com sua apologia à natureza estendida diretamente à condição humana; nós homens, as vezes, nos julgamos superiores a essa condição, de ser também parte da natureza, ao ponto de destruí-la, por motivos egoísticos, e daí, sofrermos as consequências por tais atos anti-éticos ao planeta. Precisamos de pessoas esclarecidas, assim como você, para conscientizar aos homens de que não podemos nos autodestruir, pois uma vez destruída a natureza destruímos a nós mesmos.
Abraço e fique com DEUS!
Pedro Edson
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