Você compreende qual o verdadeiro significado da felicidade? De sentir-se pleno, amar de modo desapegado descobrindo dimensões de gratidão e gratuidade? Complicado não é mesmo? Parece até um sonho inanimado, mas é perfeitamente possível. Mas como? Como alcançar essa dádiva? Eu respondo: Sendo disponível como argila. Deixando-se modelar, deixando-se trabalhar, deixando ser conduzido pelo Oleiro que é Deus. Afinal de contas não é a argila que decide sobre a sua forma e tamanho, ou modelo do vaso, mas sim o Oleiro que forma e transforma sua obra com amor. Então, você começa a olhar em torno de si e descobre outros vasos que nas mãos hábeis e cheias de amor do Criador haviam sido amassados e modelados. Riqueza de diversidade, de formas de tamanhos e características, sem cansar-se ele havia até mesmo refeito aqueles que não tinham saído bem... Cada um tinha sua cor, sem dúvida conforme sua destinação no mundo... Não importava o tamanho, o modelo a matéria prima utilizada.. Todos eram criados e todos tinham sua utilidade. Do mais humilde ao mais rico, todos eram lindos, todos bem feitos, e o Oleiro com todo seu conhecimento, tinha-os feito como queria, e contemplava satisfeito cada obra saída de suas mãos, percebia que cada uma é expressão, sonhos, projetos... Assim somos nós! Criados cada um com sua característica, com seus problemas, com seus defeitos... Mas todos feitos para estar no coração de Deus... No coração do Pai. A felicidade está, no respeito das diferenças na compreensão do outro, no viver nossa afetividade sem os estigmas da sociedade que devora e escraviza, que cria padrões e distancia pessoas. Não existe melhor ou pior, existem diferenças, e são essas diferenças que dão o colorido especial à vida. Nos unindo no amor fraterno que nos leva ao Pai.
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