terça-feira, 24 de maio de 2011

VOU E VOLTAREI

Jo, 14, 27-31a




"Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós'. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco, pois vem o chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou".

No processo de formação dos discípulos, Jesus cuidou de previnir o apego a sua pessoa, enquanto presença físico-material. A visão de Reino e a vastidão da missão exigiam um tipo de relação na qual, junto com uma ligação profunda entre o Mestre e os discípulos, no âmbito existencial e espiritual, houvesse a capacidade de prescindir do contato físico, como pré-requisito para a fildelidade e a perseverança.
Os discípulos assimilaram essa dimensão do discipulado com grande dificuldade. A possibilidade da perda do Mestre parecia jogá-los na orfandade. Sem ter a quem recorrer nas inúmeras dificuldades da missão, ficariam inseguros, com o temor de não estarem agindo corretamente. Com o Mestre por perto, as questões seriam resolvidas com facilidade. O grupo, sem o Mestre, correria o risco de ficar à mercê das brigas de poder entre os próprios discípulos. Por isso, quando Jesus falou de sua partida, o temor tomou conta do coração deles.
O discípulo maduro está em condições de viver a fé com confiança, sem se deixar afogar pelos problemas a serem enfrentados, até mesmo no interior da comundiade. Quanto mais maturidade no comportamento, tanto maiores serão os indícios de ter atingido a maturidade da fé.




Oração


PAI, QUE A MATURIDADE DE MINHA FÉ SEJA DEMONSTRADA NO MEU COMPORTAMENTO COMPATÍVEL COM O MODO DE PROCEDER DO DISCÍPULO FIEL.

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