sexta-feira, 9 de setembro de 2011

GRITO DOS EXCLUÍDOS




Mais uma vez a Comunidade Sao Pedro Claver se fez presente no Pré-Grito dos Excluídos que acontece todos os anos na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Mondubim - Fortaleza, no domingo que antecede o dia 07 de setembro. Organizado pelas pastorais sociais da paróquia, o pré-grito denuncia as injustiças que tocam de perto as comunidades que fazem parte da paróquia. Nesse ano a caminhada do pré-grito saiu da Comunidade Santa Rosa para a Comunidade Beira Rio, que está no momento passando dificuldades em vista da remoção das famílias que moram nas proximidades do rio.



Já no dia 07 de setembro, foi a vez de nos juntarmos a articulação do 17º Grito dos Excluídos da Arquidiocese de Fortaleza. A concentração aconteceu na Comunidade do Lagamar, a caminhada percorreu algumas ruas do bairro e teve o seu encerramento em frente a Igreja Sagrada Família, no bairro Pio XII.

O Grito dos Excluídos e Excluídas é um momento de aglutinação das lutas sociais no Brasil. Reúne diversos atores sociais dos movimentos sociais, organizações não governamentais, paróquias e áreas pastorais da Igreja, comunidades e pessoas de boa vontade. Nasceu em 1995 como um gesto concreto da segunda Semana Social Brasileira, evento realizado pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Este ano o Grito tem como tema, “Pela Vida grita a TERRA. Por direitos todos nós”. O tema quer dar continuidade às questões levantadas pela Campanha da Fraternidade 2011 cujo tema foi “Fraternidade e Vida no Planeta”.

Por ser um espaço de denúncia e profecia, desta vez, o Grito denuncia a outra face do legado que nos deixarão os megaeventos e projetos colossais que não saem da mídia: os novos estádios, aeroportos e avenidas para a Copa 2014, como a implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), e a construção de grandes hotéis. Tais obras ameaçam a vida de integrantes de comunidades dos mais diversos bairros, as quais poderão ser removidas por causa dessas obras. impactos sociais com a remoção forçada de famílias que serão obrigadas a mudar o rumo de sua história, laços humanos serão cortados. Casas serão derrubadas para que ruas e avenidas sejam alargadas para o Brasil mostrar ao mundo que cumpriu bem o dever de casa e está preparado para receber os tais eventos esportivos. Denunciar a morte, em suas mais variadas faces: dizimação de crianças, jovens, adultos, idosos e a degradação do meio ambiente. Quer denunciar, ainda, a violação dos direitos da população que não tem nenhuma garantia da melhoria na qualidade de vida. Enquanto isso, R$ 9 bilhões do dinheiro público serão gastos com infra-estrutura para esse megaevento; e as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro; como também a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Fonte: Coordenação do Grito dos Excluídos

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