Nossa aventura começou em Loyola, onde chegamos no dia 05/08 e não necessariamente nossas bagagens, pois as mochilas de Jean Fábio, Marcos Paulo, Rebeca e Geison tomaram outro destino. Mas nossos irmãos tiraram isso de letra e não se deixaram abater o ânimo. Foram mais fortes e se abriram as novas experiências que estavam para serem vividas.
Em Loyola fomos muito bem acolhidos e preparados para um intenso momento de entrosamento com os jovens que vieram de outras partes do mundo. Momento também para conhecer o Santuário, o Centro de Espiritualidade e os arredores de Loyola. Tivemos a presença do Pe. Geral, que na abertura do MAGIS nos dirigiu umas palavras e no dia 07/08 presidiu a eucaristia de encerramento do período em Loyola, enviando agora cada participante do MAGIS as diversas experiências programadas para acontecer na Espanha e Portugal: espiritualidade, ecologia, arte, peregrinação, social...
Após as experiências, nos concentramos em Madrid, no Colégio Nuestra Señora del Recuerdo, a fim de concluir o MAGIS e darmos início a Jornada Mundial da Juventude.
A experiência da JMJ foi uma coisa extraordinária. Experimentar de perto a festa e a alegria de milhares de jovens, tomando as ruas de Madrid com suas bandeiras, cantos, sorrisos, foi confirmar que a JMJ revela o rosto jovem da Igreja, e celebra em sua diversidade o que constitui exatamente a sua riqueza. Impressionante a quantidade de brasileiros nessa jornada. Sem dúvidas, a proximidade, o momento econômico que estamos vivendo e a expectativa de acolhermos aqui a próxima jornada, motivou muitos brasileiros a fazerem um esforço a mais e marcar presença em Madrid.
A programação do dia consistia em participar de manhã das catequeses oferecidas pelos bispos, em várias línguas e temáticas, sempre seguidas da celebração da eucaristia. Na parte da tarde e noite havia uma vasta programação social, cultural, exposições, shows, celebrações... que exigia de cada um bastante disposição, energia, para aguentar o ritmo intenso.
No primeiro dia da JMJ, o cardeal Dom Antônio Maria Rouco celebrou a eucaristia, participada por milhares de jovens que lotaram a Praça Cibeles. No dia seguinte, foi a vez de acolhermos o Papa Bento XVI, que passou pelas ruas no papa móvel, abençoando a todos e manifestando sua alegria de acompanhar mais uma jornada mundial da juventude. No outro dia, o papa voltou a Praça Cibeles para presidir a via sacra, igualmente participada e acompanhada por milhares e milhares de jovens. Por fim, foi a vez de nos concentrarmos todos no aeroporto de Cuatro Ventos para a grande experiência da Vigília com o papa e a eucaristia de encerramento da JMJ 2011. Para aqueles que acompanharam as imagens através da televisão ficaram encantados com a quantidade de jovens presentes naquele recinto. Mas para os que lá estavam presentes foi uma verdadeira experiência de superação dos limites, pois fazia um calor de 40º graus, pouca água, cada um instalado no seu saco de dormir a fim de garantir espaço para dormir a noite etc. Com a chegada do papa para presidir a vigília, chegou também uma tempestade de mais ou menos uns 20 minutos, mas que não intimidou nem ao papa, nem aos jovens. Foi impressionante sentir também o grande silêncio que dois milhões de pessoas fizeram no momento da vigília, da adoração e da escuta das palavras do papa.
Passamos a noite nesse lugar, disputando espaço com as pedras e improvisando uma barraca a fim de nos protegermos da chuva e da poeira. Devido a quantidade de pessoas que já estavam alojadas em Cuatro Ventos, que passava de dois milhões, muitas outras pessoas, mesmo com a credencial, ficaram impossibilitadas de entrar para participar da missa de encerramento.
A eucaristia final, presidida pelo Papa Bento XVI e concelebrada por muitos bispos e padres, encerrou essa grande experiência com chave de ouro e no final, o papa anunciou o Brasil como sede da próxima JMJ, no Rio de Janeiro, em 2013, entregando a Cruz Missionária, que irá a visitar as nossas paróquias. Pe. Agnaldo Júnior
Segue alguns depoimentos:
"O MAGIS foi incrível. Não apenas pelo contato com jovens do mundo todo, nem pelas experiências tocantes, nem pelo aprendizado de convivência e de superação, mas porque nunca, em nenhuma outra experiência religiosa , senti tanto a força da fé e a presença de Deus em minha vida. Obrigada a todos que me proporcionaram e me ajudaram nesse encontro."
Rebeca Maria Nepomuceno.
"Para mim os dias de experiência na Espanha serviram para tomar consciência de que muitas pessoas dispersas pelas mais diferentes partes do planeta, especialmente jovens, compartilham comigo da mesma fé em Cristo, e que isso mantém viva a esperança de um mundo mais focado nos ensinamentos do Evangelho. Aprendi que é nas atividades mais simples e desgastantes (como um trabalho arqueológico) que se percebe a importância da coletividade, e como cada um é decisivo para que todo o conjunto possa chegar a seu objetivo. É necessário ter paciência e persistência, mesmo que a situação atual não seja a mais favorável." Marcos Paulo Drago Lovati.
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