segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Votos dos Jesuítas em Feira de Santana-BA

Dia 28 de janeiro de 2012

A experiência em Feira de Santana foi linda! os jovens noviços fizeram seus votos e agora começam uma nova etapa, o Juniorado. Na celebração dos votos estavam presentes muitos amigos e amigas e familiares. A entrega e consagração de cada um significa maior amor e serviço a Cristo e sua Igreja. Leandro (Fortaleza-CE)

Sivonaldo (Gravatá - PE)

Marcos (Iconha - ES)

Isaias (Fortim-CE)

Danilo (Palhano-CE)

Adelvando (Salvador - BA)





Agradecidos ao Deus da vida, peçamos a Ele que envie mais operários para a messe.
Parabéns aos jovens jesuítas.
Santo Inácio de Loyola e todos os Santos da Companhia de Jesus, Rogai por nós.

sábado, 28 de janeiro de 2012

Missa e Vigília dos Jovens Noviços em Feira de Santana-BA


No dia 27 de janeiro, aconteceu no noviciado Nossa Senhora da Graça em Feira de Santana - BA, a Eucaristia na capela do Noviciado presidida pelo Pe. Jair, mestre de noviços...A noite aconteceu a vigília com os familiares e amigos dos noviços que irão fazer seus votos na Companhia de Jesus hoje, dia 28 de janeiro. Foi uma bonita experiência de escutar a forma como deus se fez presente na vida desses jovens rapazes.
Acompanhemos este momento tão significativo para os noviços, para os Jesuítas e para seus amigos e familiares com nossas orações e amizade. AMDGOs votos acontecerão às 18h de hoje, dia 28, na Igreja Matriz da Paróquia de Todos os Santos - Feria de Santana.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Pe. SERGIO JOSE PROFESSA OS ULTIMOS VOTOS NA COMPANHIA


No dia 12 de janeiro, após o encerramento da Congregação Provincial da Província do Brasil Nordeste, Pe. Sérgio José professou seus últimos votos na Companhia de Jesus, passando assim ao numero daqueles que já estão incorporados definitivamente na Companhia.
O Provincial do Brasil, Pe. Carlos Palácio delegou o Pe. Adriano Pigueti para presidir a eucaristia e receber os últimos votos desse nosso companheiro. Quase todos os padres, irmaõs e estudantes que estavam participando da Congregação Provincial se fizeram presentes na celebração e compartilharam da alegria do Pe. Sérgio.Sua nova missão é assumir a responsabilidade da etapa do Juniorado, como Reitor, nesse momento em que o Juniorado Interprovincial Pe. Gabriel Malagrida faz a mudança de João Pessoa-PB onde esteve por vários anos, para Recife-PE, na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Aguas Compridas. Nossos juniores receberão sua formação acadêmica através da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Rezemos por esse nosso irmão e peçamos que nosso Senhor o cubra de bênçãos em sua nova missão!!!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

JORNADA INACIANA NO RIO GRANDE DO NORTE II


Nossa Jornada Inaciana continua a todo vapor...
Chegamos em São José de Mipibu-RN na sexta-feira 13/01, sendo acolhidos pelas irmãs Religiosas do Sagrado Coração de Jesus. Celebramos nessa noite na casa delas e tivemos um momento de entrosamento com todo o grupo que participa da Jornada (nossos jovens e vocacionados e as noviças e vocacionadas das irmãs).
No sábado tivemos um dia inteiro de formação com Pe. Jean Fábio na linha do autoconhecimento e expressão através da arte de quem somos.
No domingo, na parte da manhã continuamos a formação com Pe. Jean Fábio. Na parte da tarde foi a vez de nos encontrarmos com os jovens de São José de Mipipú, numa tarde de oficinas conduzidas pelo Ir. Bira e a Ir. Amara (dança, cordel, canto, poesia). Participamos todos da missa a noite na Matriz e contagiamos a cidade, pois por onde íamos passando íamos deixando a alegria, característica do ser jovem.
Na segunda-feira tivemos a oprotunidade de aprofundar tudo isso que estamos vivenciando, ajudados pelo Pe. Erinaldo, passamos um dia inteiro em retiro, experimentando um pouco dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola. A noite, após a celebração da Eucaristia, realizamos uma mesa redonda para aprofundar o conhecimento da Companhia de Jesus e tirar dúvidas, fazer perguntas etc.
Hoje, terça-feira, tivemos uma manha de formação para as lideranças jovens da paróquia, orientada pelo Pe. Laércio, que através de dinamicas animou essa manhã. Na parte da tarde, fomos levar a alegria ao Lar dos Idosos da cidade, apresentando para eles algumas das oficinas que os jovens estão fazendo na Jornada Inaciana. E a noite fomos celebrar numa comunidade da paróquia, fazendo assim mais um contato com a realidade eclesial deste povo.

domingo, 15 de janeiro de 2012

JORNADA INACIANA NO RIO GRANDE DO NORTE








CONVITE PARA OS VOTOS DOS NOVIÇOS DA BNE

REZEMOS POR ESSES COMPANHEIROS QUE IRÃO PROFESSAR OS PRIMEIROS VOTOS DE POBREZA, CASTIDA E OBEDIENCIA NA COMPANHAI DE JESUS, PEDINDO AO SENHOR QUE CONCEDA A CA UM DELES A PERSEVERANÇA DIANTE DOS DESAFIOS E DIFICULDADES QUE PODERÃO ENCONTRAR EM SUAS VIDAS.
REZEMOS PELOS JOVENS BRUNO, LUZIMAR, ARTHUR E CLEBSON QUE IRÃO ENTRAR NO NOVICIADO NOSSA SENHORA DA GRAÇA, DIA 04 DE FEVEREIRO.
REZEMOS PELOS JOVENS EVANDRO, MARCOS PAULO (ES), RODRIGO (BA), JOSIVALDO (PE), LUCAS (PI), BRUNO (CE), MARCOS (AM) QUE IRÃO INICIAR O DISCERNIMENTO VOCACIONAL NO CENTRO INACIANO DE JUVENTUDE (CIJU) EM FORTALEZA NO DIS 25 DE FEVEREIRO.
E CONTINUEMOS REZANDO POR TODOS OS JOVENS QUE ESTÃO SENDO ACOMPANHADOS NOS NUCLEOS VOCACIONAIS EM TODO O NORDESTE E O ESPIRITO SANTO, PARA QUE O SENHOR OS CONCEDA ABUNDANTES LUZES PARA ENCONTRAREN A VONTADE DE DEUS PARA SUAS VIDAS.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

JESUÍTAS DO NORDESTE REALIZAM CONGREGAÇÃO PROVINCIAL EM BATURITÉ

De 10 a 12 de janeiro, vários jesuítas (padres, irmãos e estudantes) estarão reunidos no Mosteiro dos Jesuítas em Baturité para a realização da Congregação Provincial como preparatória da 70ª Congregação de Procuradores, que terá lugar a partir de 9 de Julho de 2012, em Nairobi, Quénia.
Serão três os objetivos desta Congregação Provincial: eleger o Procurador e seu Substituto à Congregação de Procuradores; analisar e discutir os postulados; e responder às perguntas que o P. Geral, Adolfo Nicolás, SJ, formulou quando convocou a Congregação de Procuradores.

domingo, 8 de janeiro de 2012

CEARA PREPARA CHEGADA DOS SIMBOLOS DA JORNADA MUNDIAL DE JUVENTUDE - CRUZ PEREGRINA E ICONE DE NOSSA SENHORA


Representantes das nove dioceses que compõem o Regional Nordeste I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, estiveram reunidos no Centro Pastoral Maria Mãe da Igreja, com um único objetivo: Preparar a chegada da Cruz Peregrina e do Ícone de Nossa Senhora às terras Alencarinas.

Padre Antônio Ramos do Prado, mais conhecido como padre Toninho, Coordenador da Peregrinação da Cruz e do Ícone de Nossa Senhora da Jornada Mundial da Juventude esteve orientando sobre os cuidados, o translado, e ainda, sobre a importância da preparação das comunidades e grupos para o período em que os símbolos estarão no Ceará.

Padre Toninho que também é sacerdote Salesiano e Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude – CNBB, falou da logística dos Eventos “Bote Fé” que serão realizados em 19 Estados Brasileiros, inclusive na capital cearense, no dia 03 de março de 2012, encerrando a visita da Cruz Peregrina na Arquidiocese de Fortaleza.

Atenção para a programação da Visita da Cruz Peregrina no Regional Nordeste 1 – Ceará:
Diocese de Sobral – 18, 19 e 20 de fevereiro de 2012
Diocese de Limoeiro – 21 e 22 de fevereiro de 2012
Diocese de Crato – 23, 24 e 25 de fevereiro de 2012
Diocese de Iguatu – 26 e 27 de fevereiro de 2012
Diocese de Quixadá – 28, 29 de fevereiro e 1 de março de 2012 Arquidiocese de Fortaleza – 01, 02 e 03 de março de 2012
Diocese de Crateús – 04, 05 e 06 de março de 2012
Diocese de Itapipoca – 06, 07 e 08 de março de 2012
Diocese de Tianguá – 09 e 10 de março de 2012

domingo, 1 de janeiro de 2012

ACAMPAMENTO AMIGOS NO SENHOR

Pelo segundo ano consecutivo a Missão Anchieta promoveu mais um Acampamento Amigos no Senhor, desta vez na Comunidade Riacho dos Negros, em Palmeirais-PI, entre os dias 27 e 29 de dezembro. Estiveram presentes 31 jovens oriundos de várias comunidades de Teresina.
Marcado por momentos de oração, lazer e autoconhecimento o encontro se deu em clima fraterno. Ao longo dessa experiências os jovens se revezaram na preparação da comunida, na busca de água e lenha, na limpeza e organização do ambiente.
As vivências mais marcantes foram as orações comuns, as formações humanas, os banhos no rio, a noite cultural, em que foram apresentadas várias performaces com o tema Juventude e Diversidade, além de uma horripilante sessão de contos de terror. Louvado seja Deus por experiências tão bonitas e profundas. Parabéns a toda equipe que ajudou nesse evento.

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O DIA MUNDIAL DA PAZ

1 DE JANEIRO DE 2012
EDUCAR OS JOVENS PARA A JUSTIÇA E A PAZ

1. O INÍCIO DE UM NOVO ANO, dom de Deus à humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confiança e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de nós, fique marcado concretamente pela justiça e a paz.

Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de fé aguarda pelo Senhor « mais do que a sentinela pela aurora » (v. 6), aguarda por Ele com firme esperança, porque sabe que trará luz, misericórdia, salvação. Esta expectativa nasce da experiência do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribulações. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. É verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustração por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas raízes são primariamente culturais e antropológicas. Quase parece que um manto de escuridão teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia.

Mas, nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens; e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: « Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo.

A minha Mensagem dirige-se também aos pais, às famílias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos responsáveis nos diversos âmbitos da vida religiosa, social, política, económica, cultural e mediática. Prestar atenção ao mundo juvenil, saber escutá-lo e valorizá-lo para a construção dum futuro de justiça e de paz não é só uma oportunidade mas um dever primário de toda a sociedade.

Trata-se de comunicar aos jovens o apreço pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consumá-la ao serviço do Bem. Esta é uma tarefa, na qual todos nós estamos, pessoalmente, comprometidos.

As preocupações manifestadas por muitos jovens nestes últimos tempos, em várias regiões do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperança. Na hora actual, muitos são os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma formação que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma família e encontrar um emprego estável, a capacidade efectiva de intervir no mundo da política, da cultura e da economia contribuindo para a construção duma sociedade de rosto mais humano e solidário.

É importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6).

Os responsáveis da educação


2. A educação é a aventura mais fascinante e difícil da vida. Educar – na sua etimologia latina educere – significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do discípulo, que deve estar disponível para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, não bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas autênticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive, primeiro, o caminho que propõe.

E quais são os lugares onde amadurece uma verdadeira educação para a paz e a justiça? Antes de mais nada, a família, já que os pais são os primeiros educadores. A família é célula originária da sociedade. « É na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacífica. É na família que aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito pelas regras, o perdão e o acolhimento do outro ».[1] Esta é a primeira escola, onde se educa para a justiça e a paz.

Vivemos num mundo em que a família e até a própria vida se vêem constantemente ameaçadas e, não raro, destroçadas. Condições de trabalho frequentemente pouco compatíveis com as responsabilidades familiares, preocupações com o futuro, ritmos frenéticos de vida, emigração à procura dum adequado sustentamento se não mesmo da pura sobrevivência, acabam por tornar difícil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presença dos pais; uma presença, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experiência e as certezas adquiridas com os anos – o que só se torna viável com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para não desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperança antes de tudo em Deus, o único de quem surgem justiça e paz autênticas.

Quero dirigir-me também aos responsáveis das instituições com tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunstâncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua própria vocação, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem às famílias que os seus filhos não terão um caminho formativo em contraste com a sua consciência e os seus princípios religiosos.

Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de diálogo, coesão e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irmãos. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia após dia a caridade e a compaixão para com o próximo e de participar activamente na construção duma sociedade mais humana e fraterna.

Dirijo-me, depois, aos responsáveis políticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as famílias e as instituições educativas a exercerem o seu direito-dever de educar. Não deve jamais faltar um adequado apoio à maternidade e à paternidade. Actuem de modo que a ninguém seja negado o acesso à instrução e que as famílias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais idóneas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunificação das famílias que estão separadas devido à necessidade de encontrar meios de subsistência. Proporcionem aos jovens uma imagem transparente da política, como verdadeiro serviço para o bem de todos.

Não posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribuição educativa. Na sociedade actual, os meios de comunicação de massa têm uma função particular: não só informam, mas também formam o espírito dos seus destinatários e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educação dos jovens. É importante ter presente a ligação estreitíssima que existe entre educação e comunicação: de facto, a educação realiza-se por meio da comunicação, que influi positiva ou negativamente na formação da pessoa.

Também os jovens devem ter a coragem de começar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a força de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: são responsáveis pela sua própria educação e formação para a justiça e a paz.

Educar para a verdade e a liberdade


3. Santo Agostinho perguntava-se: « Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem – que deseja o homem mais intensamente do que a verdade? ».[2] O rosto humano duma sociedade depende muito da contribuição da educação para manter viva esta questão inevitável. De facto, a educação diz respeito à formação integral da pessoa, incluindo a dimensão moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim último e o bem da sociedade a que pertence. Por isso, a fim de educar para a verdade, é preciso antes de mais nada saber que é a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista pôs-se a pensar: « Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que Vós criastes: que é o homem para Vos lembrardes dele, o filho do homem para com ele Vos preocupardes? » (Sal 8, 4-5). Esta é a pergunta fundamental que nos devemos colocar: Que é o homem? O homem é um ser que traz no coração uma sede de infinito, uma sede de verdade – não uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida –, porque foi criado à imagem e semelhança de Deus. Assim, o facto de reconhecer com gratidão a vida como dom inestimável leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade própria de cada pessoa. Por isso, a primeira educação consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profundo respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime dignidade. É preciso não esquecer jamais que « o autêntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em todas as suas dimensões »,[3] incluindo a transcendente, e que não se pode sacrificar a pessoa para alcançar um bem particular, seja ele económico ou social, individual ou colectivo.

Só na relação com Deus é que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educação formar para a liberdade autêntica. Esta não é a ausência de vínculos, nem o império do livre arbítrio; não é o absolutismo do eu. Quando o homem se crê um ser absoluto, que não depende de nada nem de ninguém e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De facto, o homem é precisamente o contrário: um ser relacional, que vive em relação com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade autêntica não pode jamais ser alcançada, afastando-se d’Ele.

A liberdade é um valor precioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. « Hoje um obstáculo particularmente insidioso à acção educativa é constituído pela presença maciça, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como última medida somente o próprio eu com os seus desejos e, sob a aparência da liberdade, torna-se para cada pessoa uma prisão, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do próprio “eu”. Dentro de um horizonte relativista como este, não é possível, portanto, uma verdadeira educação: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa está, de facto, condenada a duvidar da bondade da sua própria vida e das relações que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum ».[4]

Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si próprio e a verdade acerca do que é bem e do que é mal. No íntimo da consciência, o homem descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado.[5] Por isso o exercício da liberdade está intimamente ligado com a lei moral natural, que tem carácter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da convivência justa e pacífica entre as pessoas.

Assim o recto uso da liberdade é um ponto central na promoção da justiça e da paz, que exigem a cada um o respeito por si próprio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Desta atitude derivam os elementos sem os quais paz e justiça permanecem palavras desprovidas de conteúdo: a confiança recíproca, a capacidade de encetar um diálogo construtivo, a possibilidade do perdão, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade mútua, a compaixão para com os mais frágeis, e também a prontidão ao sacrifício.

Educar para a justiça


4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, não obstante as proclamações de intentos, está seriamente ameaçado pela tendência generalizada de recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade, do lucro e do ter, é importante não separar das suas raízes transcendentes o conceito de justiça. De facto, a justiça não é uma simples convenção humana, pois o que é justo determina-se originariamente não pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. É a visão integral do homem que impede de cair numa concepção contratualista da justiça e permite abrir também para ela o horizonte da solidariedade e do amor.[6]

Não podemos ignorar que certas correntes da cultura moderna, apoiadas em princípios económicos racionalistas e individualistas, alienaram das suas raízes transcendentes o conceito de justiça, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora « a “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo ».[7]

« Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados » (Mt 5, 6). Serão saciados, porque têm fome e sede de relações justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irmãos e irmãs, com a criação inteira.

Educar para a paz


5. « A paz não é só ausência de guerra, nem se limita a assegurar o equilíbrio das forças adversas. A paz não é possível na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a prática assídua da fraternidade ».[8] A paz é fruto da justiça e efeito da caridade. É, antes de mais nada, dom de Deus. Nós, os cristãos, acreditamos que a nossa verdadeira paz é Cristo: n’Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou consigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n’Ele, há uma única família reconciliada no amor.

A paz, porém, não é apenas dom a ser recebido, mas obra a ser construída. Para sermos verdadeiramente artífices de paz, devemos educar-nos para a compaixão, a solidariedade, a colaboração, a fraternidade, ser activos dentro da comunidade e solícitos em despertar as consciências para as questões nacionais e internacionais e para a importância de procurar adequadas modalidades de redistribuição da riqueza, de promoção do crescimento, de cooperação para o desenvolvimento e de resolução dos conflitos. « Felizes os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus » – diz Jesus no sermão da montanha (Mt 5, 9).

A paz para todos nasce da justiça de cada um, e ninguém pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justiça segundo as respectivas competências e responsabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tensão pelos ideais, a procurarem com paciência e tenacidade a justiça e a paz e a cultivarem o gosto pelo que é justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exigir sacrifícios e obrigue a caminhar contracorrente.

Levantar os olhos para Deus


6. Perante o árduo desafio de percorrer os caminhos da justiça e da paz, podemos ser tentados a interrogar-nos como o salmista: « Levanto os olhos para os montes, de onde me virá o auxílio? » (Sal 121, 1).

A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: « Não são as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que é o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que é deveras bom e verdadeiro (…), o voltar-se sem reservas para Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. E que mais nos poderia salvar senão o amor? ».[9] O amor rejubila com a verdade, é a força que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justiça, pela paz, porque tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13).

Queridos jovens, vós sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, não vos deixeis invadir pelo desânimo nem vos abandoneis a falsas soluções, que frequentemente se apresentam como o caminho mais fácil para superar os problemas. Não tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrifício, de optar por caminhos que requerem fidelidade e constância, humildade e dedicação.

Vivei com confiança a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, tão rica e cheia de entusiasmo.

Sabei que vós mesmos servis de exemplo e estímulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esforçardes por superar as injustiças e a corrupção, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a construí-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em vós próprios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em vós, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo – Ele que é a justiça e a paz.

Oh vós todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta não é um bem já alcançado mas uma meta, à qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperança, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gerações, presentes e futuras, nomeadamente quanto à sua educação para se tornarem pacíficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas reflexões que se fazem apelo: Unamos as nossas forças espirituais, morais e materiais, a fim de « educar os jovens para a justiça e a paz ».

Vaticano, 8 de Dezembro de 2011.
BENEDICTUS PP XVI