terça-feira, 29 de novembro de 2011

COMPANHIA DE JESUS DISCUTE EVENTUAL BEATIFICAÇÃO DE Pe. PEDRO ARRUPE



A Cúria Generalícia da Companhia de Jesus reflete sobre uma eventual causa de Beatificação de Pe. Pedro Arrupe, 28° Superior Geral da Ordem, falecido em Roma, em 5 de fevereiro de 1991, vítima de uma trombose cerebral.
Pe. Arrupe nasceu em Bilbao, na Espanha, em 1907. Foi líder da adaptação da vida religiosa depois do Concílio Vaticano II, uma ponte cultural entre Oriente e Ocidente, um vanguardista do diálogo com o mundo e as ideologias e, sobretudo, um apaixonado pela pessoa de Jesus de Nazaré. Pe. Arrupe morreu convencido de que a fé não pode ser entendida sem um compromisso pela libertação dos pobres e marginalizados deste mundo.

A memória do sacerdote jesuíta permanece viva na Companhia de Jesus e em muitas pessoas, pois continuam chegando à Cúria Geral solicitações sobre sua eventual beatificação.

O Prepósito Geral da Companhia de Jesus, Pe. Adolfo Nicolás, depois de refletir sobre isso com seus consultores, solicitou o parecer de Pe. Anton Witwer, Postulador Geral. Este sugeriu que todos aqueles que tiveram o conhecimento pessoal de Pe. Arrupe, porque foram seus colaboradores ou porque viveram muito tempo ao seu lado, enviem testemunhos à Postulação.

Do mesmo modo, solicitou a todos aqueles que sentem uma devoção especial pelo Pe. Arrupe sejam jesuítas ou religiosas de outras congregações religiosas de espiritualidade inaciana ou de outras para que mandem também seu testemunho. Somente assim poderá ser feita uma avaliação se a respeito de Pe. Arrupe existe "uma autêntica fama de santidade vivida em uma parcela significativa do povo de Deus" que justifique a introdução da solicitação de abertura de um processo de beatificação. (MJ)

* Fonte Radio Vaticana.

PORQUE OS JOVENS ABANDONAM A IGREJA?

ROMA, segunda-feira, 28 de novembro de 2011 (ZENIT.org) - É sabido que muitos jovens deixam de ser frequentadores ativos da Igreja.
O livro “Fui! - Por que jovens cristãos estão abandonando a Igreja... e repensando a fé”], da Baker Books, analisa uma vasta pesquisa estatística do Grupo Barna para descobrir quais são as razões que levam os jovens para longe da Igreja.
Os autores David Kinnaman e Aly Hawkins analisaram uma enorme gama de estatísticas e apontaram três realidades particularmente importantes sobre a situação dos jovens.
1. As igrejas têm um envolvimento ativo com os adolescentes, mas depois da crisma, muitos deles param de ir à igreja. Poucos se tornam adulto seguidores de Cristo.
2. As razões pelas quais as pessoas abandonam a Igreja são diversificadas: é importante não generalizar sobre as novas gerações.
3. As igrejas têm dificuldade para formar a próxima geração a seguir a Cristo por causa de uma cultura em constante mudança.
Kinnaman explicou que não se trata de uma diferença de gerações. Não é verdade que os adolescentes de hoje sejam menos ativos na Igreja do que os de épocas anteriores. Aliás, quatro em cada cinco adolescentes na América do Norte, por exemplo, ainda passam parte da infância ou da adolescência numa congregação cristã ou numa paróquia. O que acontece é que a formação que eles recebem não é profunda o suficiente, e desaparece quando os jovens chegam à casa dos 20 anos de idade.
Para católicos e protestantes, a faixa etária dos vinte é a de menos compromisso cristão, independentemente da experiência religiosa vivida.
O principal problema é o da relação com a Igreja. Não necessariamente os jovens perdem a fé em Cristo; o que eles abandonam é a participação institucional.
Um fator importante que influencia a juventude é o contexto cultural em que ela vive. Nenhuma outra geração de cristãos, disse Kinnaman, sofreu transformações culturais tão profundas e rápidas.
Nas últimas décadas houve grandes mudanças na mídia, na tecnologia, na sexualidade e na economia. Isto levou a um grau muito maior de transitoriedade, complexidade e incerteza na sociedade.
Kinnaman usa ​​três conceitos para descrever a evolução dessas mudanças: acesso, alienação e autoridade.
Em relação ao acesso, ele salienta que o surgimento do mundo digital revolucionou a forma como os jovens se comunicam entre si e obtêm informações, o que gerou mudanças significativas na forma de se relacionarem, trabalharem e pensarem.
Há nisso um lado positivo, porque a internet e as ferramentas digitais abriram imensas oportunidades para difundir a mensagem cristã. No entanto, também há mais acesso a outros pontos de vista e outros valores culturais, mas com redução da capacidade de avaliação crítica.
Sobre a alienação, Kinnaman observa que muitos adolescentes e jovens adultos sofrem de isolamento em suas próprias famílias, comunidades e instituições. O elevado índice de separações, divórcios e nascimentos fora do casamento significa que um número crescente de pessoas crescem em contextos não-tradicionais, ou seja, onde a estrutura familiar é carente.
De acordo com Kinnaman, muitas igrejas não têm soluções pastorais para ajudar efetivamente aqueles que não seguem a rota tradicional rumo à vida adulta.
Além disso, muitos jovens adultos são céticos quanto às instituições que moldaram a sociedade no passado. Este ceticismo se transforma em desconfiança na autoridade.
A tendência ao pluralismo e à polêmica entre idéias conflitantes tem precedência sobre a aceitação das Escrituras e das normas morais.
Kinnaman observa que a tensão entre fé e cultura e um intenso debate também podem ter um resultado positivo, mas requerem novas abordagens pelas igrejas.
Ao analisar as causas do afastamento dos jovens das igrejas, Kinnaman admite que esperava encontrar uma ou duas razões principais, mas descobriu uma grande variedade de frustrações que levam as pessoas a esse abandono.
Alguns vêem a igreja como um obstáculo à criatividade e à auto-expressão. Outros se cansam de ensinamentos superficiais e da repetição de lugares-comuns.
Os mais intelectuais percebem uma incompatibilidade entre fé e ciência.
Por último, mas não menos importante, tem-se a percepção de que a Igreja impõe regras repressivas quanto à moralidade sexual. Além disso, as tendências atuais a enfatizar a tolerância e a aceitação de outras opiniões e valores colidem com a afirmação do cristianismo de possuir verdades universais.
Outros jovens cristãos dizem que sua igreja não permite que eles expressem dúvidas, e que as eventuais respostas a essas dúvidas não são convincentes.
Kinnaman também descobriu que, em muitos casos, as igrejas não conseguem educar os jovens em profundidade suficiente. Uma fé superficial deixa adolescentes e jovens adultos com uma lista de crenças vagas e uma desconexão entre a fé e a vida diária. Como resultado, muitos jovens consideram o cristianismo chato e irrelevante.
No final do livro, Kinnaman fornece recomendações para conter a perda de tantos jovens. É necessária, segundo ele, uma mudança na maneira como as gerações mais velhas encaram as gerações mais jovens.
Kinnaman pede ainda a redescoberta do conceito teológico de vocação, para se promover nos jovens uma consideração mais profunda sobre o que Deus quer deles.
Finalmente, o autor destaca a necessidade de enfatizar mais a sabedoria do que a informação. "A sabedoria significa a capacidade de se relacionar bem com Deus, com os outros e com a cultura".

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

QUATRO JOVENS SÃO ADMITIDOS AO NOVICIADO DA PROVÍNCIA BRASIL NORDESTE

No dia 21 de novembro, quatro vocacionados que fizeram a experiência do discernimento vocacional na Comunidade Vocacional São Pedro Claver, em Fortaleza, foram admitidos a Companhia de Jesus, como noviços, para o Noviciado Nossa Senhora da Graça em Feira de Santana-BA. São eles: ARTHUR - BRUNO - LUZIMAR - CLEBSON.

Hoje encerramos as atividades do ano e nessa madrugada os vocacionados da Região Amazonia (BAM) estarão de partida para Belém onde irão participar de algumas missões nesse período de final de ano.

Os vocacionados da BNE irão viajar na parte da manhã. Deverão passar uns dias com a família e logo em seguida participarão de atividades em dezembro ou janeiro.

Rezemos por todos eles e os acompanhemos com as nossas orações e amizade.

domingo, 27 de novembro de 2011

Comunidade Vocacional recebe jovens do pós-crisma


Aconteceu o primeiro pós-crisma das comunidades Santana, Sítio Córrego e Matriz. Bonita experiência.

Foi um dia diferente, trabalharam a sexualidade e afetividade.


Também foi momento de dinâmicas e gincana


Oração e formação e comida também.

Parabéns aos jovens do crisma, catequistas e vocacionados pela iniciativa.
A juventude merece. AMDG.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Visita às 7 Igrejas

MOCHILAÇO DE NATAL PARA UNIVERSITÁRIOS - FAÇA JÁ SUA INSCRIÇÃO...







VÍDEO AMIGOS NO SENHOR - JESUÍTAS NO NORDESTE DO BRASIL

O vídeo narra a história dos Jesuítas no Brasil - desde a chegada do Padre Manuel Nóbrega e seus companheiros a Bahia em 1549, até a formação da Província Brasil Nordeste da Companhia de Jesus - e faz um corte transverso na dura realidade social onde os Jesuítas atuam.

"Ser amigo do Senhor significa ser amigos dos pobres, não podemos olhar para o lado quando nossos amigos estão em necessidade. Somos uma comunidade em solidariedade com os pobres, precisamente pelo amor preferencial de Cristo para com eles.

Em nossa vida pessoal e comunitária e em todo apostolado que empreendemos mostraremos a plenitude do Reino onde reina a justiça e não o pecado". (Congregação Geral XXXIV, decreto 2).

Confira o vídeo no link abaixo:
http://www.jesuitas.org.br/video/amigosdoSenhor.htm

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

VISITA ÀS SETE IGREJAS PERCORREU AS RUAS DE FEIRA DE SANTANA NO ÚLTIMO FIM DE SEMANA


No último fim de semana (19 e 20/Nov) aconteceu a segunda edição da Visita às Sete Igrejas, em Feira de Santana, que tem por objetivo principal favorecer a todos os participantes um modelo de experiência de “Encontro com o Senhor”, através da caminhada e da amizade fraterna. A dinâmica do nosso encontro foi constituída de orações, músicas, símbolos e muita animação da juventude feirense, onde buscamos aprofundar sete encontros bíblicos com Jesus através do tema: “Nós vimos o Senhor!” (Jo 20,25a).

Este ano nossa peregrinação noturna foi também urbana, pois todo o percurso foi dentro da cidade. Iniciamos às 22h00 com uma Missa em uma praça ao lado da Catedral de Santana, seguimos para a Igreja da Santíssima Trindade (Feira X), depois Nossa

Senhora do Perpétuo Socorro (Tomba).

Na Rua Santo Antônio (Capuchinhos), fizemos uma parada estratégica onde reabastecemos não apenas o espírito, mas também o corpo. Nessa visita não entramos em uma Igreja erigida em pedras, mas o próprio povo de Deus, que se torna “pedras vivas” em Jesus Cristo e que partilha seus dons à serviço do Reino de Deus, é que deu a tônica do ser Igreja.

Seguimos nossa jornada pelas Igrejas de Nossa Senhora de Fátima (CASEB) e Nossa Senhora da Conceição (Conceição I) até chegar ao nosso destino, a Igreja do Bem-Aventurado João Paulo II (Conj. João Paulo II). Onde encerramos com um envio e entrega de cruzes para as pessoas que participaram conosco dessa magnífica experiência.

Estiveram presentes jovens, adultos e idosos das mais diversas paróquias de Feira de Santana (inclusive de cidades próximas). Aproximadamente 500 pessoas participaram da caminhada. Além da tradicional organização por parte dos jesuítas do Noviciado Nossa Senhora da Graça, este ano, o evento contou com a colaboração de outros religiosos (as), de alguns companheiros do clero diocesano e de muitos leigos e leigas que nos ajudaram a preparar os momentos nas comunidades, deram apoio logístico ou animaram o percurso.

A todos o nosso muito obrigado e até o ano que vem!

Teresina em Missão - Dezembro 2011


Um momento especial para nossos jovens e para a Companhia de Jesus.
Jovens e jesuítas juntos em missão.
Esta missão acontecerá em Teresina - PI em Dezembro - uma missão diferente: Acampamento, Voluntariado , retiro, etc.

uma experiência inesquecível... venha você também...Tudo para a Maior Glória de Deus...

Diálogos Universitários - Tráfico de pessoas e exploração da pessoa humana.


No dia 17 de Novembro, aconteceu no CH (Centro de Humanidades) da UECE - o nosso encontro com universitários conhecido como Diálogos Universitários -
Esteve conosco facilitando as Irmãs Gabriela, Bete, Lucy. Participantes da Rede um Grito pela Vida - trabalha diretamente com o tráfico de pessoas.
Foi um momento de aprofundar o nosso conhecimento da realidade que nos cerca e que certamente tem se tornado um realidade dolorosa e gritante de modo especial com a Copa do Mundo chegando ao Brasil... e o turismo que por sua natureza já traz um perigo para as pessoas nessa situação de risco.
Agradecemos aos organizadores e facilitadores, de modo especial aos jovens que compareceram e participaram através de perguntas e colocações durante o encontro.

Sábado dia 19 de nov. dia de SAVI em Fortaleza.



Muitos jovens de nossa paróquia apareceram para o quinto encontro do Serviço de animação vocacional Inaciano de n
ossa paróquia. Estiveram presentes também, as Irmãs Lourdinas e as Irmãs dos Anjos (Ir. Luciana) com alguns jovens de sua comunidade.


O tema abordado foi a vocação sacerdotal no mundo de hoje, Pe. Agnaldo e Pe. Laércio partilharam suas experiências conosco - com momentos de perguntas e respostas.


Nossos encontros continuarão no ano de 2012 -
contamos com a sua presença.
Agradecimento especial aos jovens vocacionados internos que com muita desenvoltura criaram o SAVI e o conduziram com maestria. Parabéns. Pe. Laércio.sj

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

ROTA DA FÉ - Núcleo Recife

Neste último fim de semana, nós do núcleo Recife, para concluir as atividades do GAVI de 2011 fizemos a ROTA DA FÉ, um percurso pelo interior de Pernambuco a lugares de romaria e de devoção popular. Passamos por Pesqueira e de lá seguimos até Cimbres, lugar das aparições de Nossa Senhora das Graças. Fomos à Porção e visitamos o Centro de Instrução Bíblica que une a paisagem natural e variados símbolos e elementos religiosos, um espaço essencialmente místico. Depois, continuamos a rota, seguindo para Arcoverde a Terra da Misericórdia, lugar que concentra milhares de romeiros
com devoção a Jesus Misericordioso.
Pelos três lugares visitados foi possível fazer momento de oração, sentir o espaço sagrado e a fé do povo mais simples que nos falam profundamente do amor do Cristo amigo. Do sábado para o domingo, acampamos. E nessa noite foi possível fazer um momento profundo de partilhas e recolher os frutos do ano de 2011, as luzes que cada um percebeu nesse período de discernimento da vontade de Deus. Na Rota o que ficou marcante foi a presença querida de Nossa Senhora, as Ave Marias rezadas foram súplicas e agradecimentos elevados a Deus por intermédio da mãe querida.

Ir. Bira,SJ













quarta-feira, 16 de novembro de 2011

XXII Aniversário dos Mártires da UCA

Na madrugada do dia 16 de novembro de 1989 o exército de El Salvador adentrou a comunidade dos jesuítas da Universidade Centro Americana (UCA), assassinando os padres: Ignácio Ellacuría, Segundo Montes, Ignacio Martín-Baró, Joaquín López, Amando López e Juan Ramón Moreno, juntamente com as duas colaboradoras domésticas Elba Julia e sua filha Celina. O Pe. Jon Sobrino, membro da mesma comunidade, que se encontrava ausente do país naqueles dias, escreve sua carta anual ao Pe. Ignacio Ellacuría.

Carta de Jon Sobrino a Ignacio Ellacuría en el XXII Aniversario del asesinato de la UCA

El Salvador, 1989 - 16 noviembre - 2011
"Querido Ellacu: Es una ficción escribirte, pero quizás de este modo nos digamos a nosotros mismos cosas que pueden ser importantes. Y con ello también quisiera ambientar un poco el aniversario de su martirio. Te voy a hablar de tres cosas de actualidad, tal como las veo, que tienen que ver con lo que tú fuiste y dijiste.
1. El "siempre" del pueblo crucificado. Ya no se habla mucho de "pueblos crucificados" como lo hiciste tú y Monseñor Romero, llegando a esa genial formulación, creo que independientemente el uno del otro, y guiados del mismo espíritu salvadoreño y cristiano. Ymenos aún se insiste en que ese pueblo crucificado es "siempre" el signo de los tiempos como lo escribiste en el exilio de Madrid. La razón para ese silencio no es que vuelva a estar en voga el pensamiento utópico de Ernst Bloch, filósofo, o de Teilhard de Chardin, teólogo. Tampoco es que el mundo esté mejorando, pues sigue gravemente enfermo, como dijiste en tu último discurso. Creo que la razón es que hoy hay menos profetas y que ha empeorado la honradez con lo real. Hablar del "siempre" no solo no es políticamente correcto, sino que es locura impensable. Pero no hay que darle vueltas. Siguen existiendo Haití y Somalia, y entre nosotros se ha propagado una nueva epidemia: el homicidio. De 12 a 15 asesinatos diarios en los últimos años. Es la enfermedad que produce más muertes. Lo light ha avanzado mucho en el modo de pensar y lo políticamente correcto se ha apoderado del lenguaje: "vulnerabilidad", "los menos favorecidos", "países en vías de desarrollo".Nada suena mal. P. Ignacio Ellacuría. Por ello, mencionar el "siempre" del pueblo crucificado parece ser cosa de masoquistas irredentos. Pero no es así. En el país siempre llueve cada año, y siempre hay torrentes, destrucción y muerte. Pero también siempre son los mismos los que sufren las consecuencias, los que viven en quebradas, en champas y casas pobres. La pregunta de Gustavo Gutiérrez sigue siendo la pregunta fundamental: "¿dónde dormirán los pobres?". Hay pueblos depredados como el Congo, pueblos ignorados como Haití, pueblos inundados, como los nuestros... Siguen siendo el pueblo crucificado. ¿Y los ricos y poderosos? Siempre sufren algunos daños, pero casi siempre los superan sin mucho costo. Y nada digamos de las crisis financieras. Se invierten miles de millones de dólares o euros para que no se hunda el sistema. El pueblo crucificado no da la vida porsupuesto, pero los pueblos ricos sí, y además tienen la profunda convicción de ser los elegidos:dan por supuesto la vida, y están convencidos de que el buen vivir les es debido. Si a ellos les ocurre algo grave elevan la realidad a escándalo metafísico. Pero si ocurren cosas mucho más graves en África o en el Bajo Lempa, no hay tal escándalo. Pertenece al existencial histórico de haber nacido pobres. Es el "siempre" del pecado. 2.Pero quiero añadir, Ellacu, e insistir, en que hay también otro "siempre". Hay mucha gente honrada que trabaja para que "el pueblo inundado" -hablamos de El Salvador- no acabe muriendo como "pueblo desplazado" o como "pueblo ahogado". La entrega y la bondad también tienen su "siempre". Es el siempre de la gracia.Y a veces surge un Dean Brackley. Cuando le dicen que muchos rezan por él, contesta con toda sencillez: "Recen por los que tienen cáncer y no pueden tener la atención médica que yo tengo. Y recen por los que estos días se han quedado sin casa y sin comida". Volveremos a Dean. "Qué hacer con los buenos". La pregunta puede extrañar, pero se me ha impuesto, debido al revuelo que ha causado la audiencia de Madrid. Trabajar para que se juzgue a los responsables últimos de tantos asesinatos en este país, los de ustedes y los de dos mujeres inocentes, es cosa muy buena y muy necesaria. Puede traer muchos bienes. Puede ser una gran ayuda, y muy necesaria, para que se acabe, o disminuya, la impunidad. Por cierto, no ha salido en las noticias, pero mucho nos hemos alegrado de que los militares argentinos que en 1976 ordenaron el asesinato del obispo Enrique Angelelli, vayan a ser juzgados 35 años después. Es un ejemplo, poco extendido, de que la verdad puede triunfar sobre la mentira y el encubrimiento, que tienen millones de dólares y armas sofisticadas a su servicio; que la justicia puede triunfar sobre la crueldad y la vileza; que la civilización de la impunidad, muy afín a la civilización de la riqueza contra la que nos advertiste tercamente hasta el final, se vea un poco frenada. Con el juicio de los militares argentinos no desaparecen todos los males, y el mundo del capital, aun con algunos avances y algo de democracia, sigue produciendo víctimas impunemente. Y ha conseguido crear una civilización de encubrimiento, aunque siempre hay quien lo desenmascara de diversas formas: obispos como Casaldáliga,"los indignados"... Esperamos que la audiencia de Madrid tenga éxito, y que en El Salvador ocurra lo de Argentina, aunque, evidentemente, hay fuerzas poderosísimas que están en contrade que eso ocurra. En esta situación, me ha venido a la mente una pregunta que puede parecer rara. Dicho con sencillez, parece que sabemos qué hacer "con los malos", de modo que nuestro proceder con ellos produzca bienes, por supuesto: instaurar verdad y justicia en el país, llegar a ofrecer perdón -aunque más difícil que perdonar es dejarse perdonar. Y hay gente muy buena que trabaja por ello.También sabemos, al menos en principio, qué hacer con las víctimas: lo que Puebla dice que Dios hace con los pobres, "tomar su defensa y amarlos". Y estas no son, en absoluto, palabras inocentes, pues tomar su defensa supone inevitablemente entrar en graves conflictos conquienes los oprimen. Significa entrar "en la lucha por la justicia", "la lucha crucial de nuestro tiempo", como dijo la Congregación General XXXII. No muchos lo hacen, pero la idea queda clara. Pero ¿sabemos qué hacer "con los buenos", con los santos? Ciertamente, ponerlos a producir,aprender de ellos, sus ideas y convicciones, sus modos de actuar... Y agradecerles. Es lo que solemos decir y procuramos hacer. ¿Pero nos planteamos de verdad qué hacer con ellos? Estos días nos topamos con la preguntade qué hacer con Dean Brackley. Hemos velado y acompañado su cadáver. El amor y el agradecimiento se han desbordado, con lágrimas y gozo, en muchas celebraciones, en el cementerio. Pero me queda el desasosiego de saber bien qué hacer con Dean, con Monseñor Romero, con gente como ustedes. Con Jesús de Nazaret. La respuesta es sencilla: ser como ellos, seguirlos en su hacer y en su ser, imitarlos, historizadamente, como tú decías. En definitiva, dejarnos afectar por "los buenos" y los santos en nuestro hacer. Y más profundamente todavía en nuestro ser.Entiéndeme bien, Ellacu. Bueno y necesario es saber reaccionar ante lo que hacen "los malos",y actuar adecuadamente con ellos. Bastantes personas e instituciones lo hacen. Pero creo que debemos avanzar en reaccionar como es debido ante "los buenos", intentando ser como ellos.Difícil, si. Pero necesario para humanizar este mundo. Y también esta iglesia. Dean Brackley. Ellacu, estas palabras te sonarán. "Con Dean Brackley Dios pasó entre nosotros". Pienso que no hay mayor confesión de fe que afirmar que Dios sigue pasando por nuestro mundo. Es la fe que más me llena. Y como Dios se hace presente en seres humanos,ellas y ellos, jóvenes y viejos, salvadoreños y norteamericanos, mártires y confesores, como se decía antes, el misterio se desdobla de muchas formas, convergentes, y así es un misterio mayor. Dios pasó con Monseñor y Dios pasó con Dean. En los muchos testimonios de esta Carta a las Iglesias -Amor y Testimonios lo titulamos- se narra ese paso de Dios. Elijo solo uno, el de la doctora Miny: "Dean, I love you so much... forever". Es lenguaje bello y de eternidad. Lenguaje que remite a Misterio. También Dean,semanas antes de morir, habló en su testamento del paso de Dios, en él, con gran humildad, sencillez y lucidez.
Ahora, en otro lenguaje, más conceptual, pero espero que comprensible,quiero hablarte de Dean ante Dios y de Dean con Dios. Lo primero es que Dean murió empapado de Dios. Así lo veo, aunque en ese misterio solo se puede entrar de puntillas. En su último libro cuenta Dean sus problemas con Dios, sus épocas de agnosticismo, que no fue cosa de poca monta. Me recordó unas palabras tuyas de junio de1969 que he citado muchas veces: "Rahner lleva con elegancia sus dudas de fe", y pensé que algo semejante te ocurría a ti. Pero a lo largo del libro, Dean ofrece su propia fe, honda y sencilla, y muy real. Y los lectores quedan sorprendidos al leer el prólogo escrito por la encargada de la editorial para juzgar sobre la calidad del libro. Se reconoce agnóstica, sin que el asunto de Dios le preocupe gran cosa. Pero confiesa que, leyendo el texto, su interés profesional se convirtió en interés existencial, personal. El texto le llevó a Dios, y Dean la bautizó un año después. Luchando con Dios, como Jacob, o dejándose seducir por Dios, como Jeremías, Dean llegó a Dios. Y quedó empapado de Dios. En ese proceso Dean confiesa con inmensa gratitud que se encontró con los pobres. Cuántas veces escribiste, Ellacu, que los pobres son el lugar del evangelio y el lugar de Dios. Y también recuerdo las palabras de Porfirio Miranda: "El problema no es buscar a Dios, sino buscarlo allá donde El dijo que estaba. En los pobres". Es cierto que no siempre se encuentra a Dios, aun estando entre los pobres, pues entre ellos y trabajando por ellos, hay agnósticos que son espléndidos seres humanos, y siguen siendo agnósticos. Pero en la mejor tradición de Jesús, el Dios que se encuentra entre los pobres tiene un sabor especial. Pienso que la misericordia se puede hacer más delicada, la justicia más firme, la verdad más sin componendas y la fidelidad más sin medir los costos. El Dean empapado de Dios fue un ejemplo notable de interesarse por todas y cada una de las personas con quienes convivió y a quienes buscó. Todas y cada una de ellas, compañeros jesuitas, familiares, feligreses de Jayaque y dela UCA, amigos y amigas, salvadoreños, norteamericanos y europeos, y por supuesto los desheredados y pequeños, tenían un nombre muy concreto para él. Cada uno era inintercambiable con otros. Eso hizo que su servicio fuese de gran finura. Y me recuerda al Jesús que conocía a todas sus ovejas por sus nombres.Y su Dios fue, de verdad, el de la creación. No por moda, algunas de las cuales son muy buenas, Dean puso gran interés en la mujer y el feminismo, en el ecumenismo, y era muy amigo de gente de otras iglesias, en la ecología, y creo que hasta en las causas indígenas. Los argumentos fundamentales no eran categoriales, ni tomados de normas de la jerarquía ni de la doctrina social. Creo que para Dean el gran argumento era que Dios es un Dios de todos. Dean me ha recordado unas palabras de Monseñor Romero que he citado muchas veces. Son del 10 de febrero de 1980, en medio de la barbarie que reinaba en el país. Dijo Monseñor."¡Quien me diera, queridos hermanos, que el fruto de esta predicación fuera que cada uno de nosotros fuéramos a encontrarnos con Dios y que viviéramos la alegría de su majestad y de nuestra pequeñez!". Para Monseñor Romero Dios no empequeñecía al hombre, pero para el hombre era bueno empequeñecerse ante Dios. Esto me recuerda a Dean. Nunca pensó que era grande. Nunca se puso en primer lugar, ni hablaba de sí mismo cuando las cosas salían bien -"ha sido un éxito"- aunque las hubiera hecho él. Simplemente, se alegraba del bien. Me recordaba a Pablo en su carta a los Corintios:"El amor es paciente, es afable, el amor no tiene envidia, no se jacta ni se engríe, disculpa siempre, se fía siempre, espera siempre, aguanta siempre". En esto Dean me recordaba al gran Padre Arrupe. Creo que siempre pensó en los demás antes que en sí mismo. Nunca se preocupó de que reconocieran lo bueno que hacía. No es frecuente, y por eso sorprende e impacta. Y ayuda también a desabsolutizarnos y a vivir con alegría nuestra pequeñez ante Dios, como decía Monseñor.
Una última reflexión. Ellacu, Dean no murió mártir como ustedes, pero sus últimos meses fueron un martirio, de cuerpo por los sufrimientos de un cáncer de páncreas muy doloroso, y de alma cuando le asaltaban miedos, sentirse solo, que no le recordasen. No murió crucificado, pero vivió hasta el final participando activamente en las cruces de este mundo. Trabajó con poder, es decir, con fuerza y energía, para bajarlos de la cruz. Y murió con amor silente e indefenso. Como el Dios crucificado. Las últimas palabras de Dean son palabras de gratitud, a fondo perdido, sin poder poner pie en tierra firme. Pero la gratitud vive de otros y para otros, de Dios y para Dios. Los agradecidos pueden hacer que la realidad sea gracia. Ellacu, si me permites la expresión -creo que es un neologismo- los agradecidos pueden "buenear" la realidad. Es lo que hizo Dean.
Ellacu, ya ves que, en medio de muchos males y a pesar de todo, estamos contentos. Ustedes, Julia Elba y Celina, Jon Cortina y el padre Ibisate, ahora nuestro querido Dean Brackley, han estado con nosotros. Y con ustedes Dios ha estado con nosotros. No se puede pedir más".
Jon Sobrino, SJ

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Ir. Antônio Colcheta.SJ nos deixou!

Depois de celebrar 100 anos de vida meses atrás, nosso querido e sempre atencioso Ir. Colcheta foi para o céu. Partiu nesta tarde do dia 14 de novembro.
Ficará a lembrança de um homem simples e bastante orante.

Português de origem, nesta foto encontramos o Irmão com seus familiares que vieram celebrar seu centenário este ano.

querido irmão sua vida foi um dom! grato por teres marcado a nossa vida e por tanta dedicação em nossa província. AMDG


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Retiro de Juventude da Escola de Ministério e Vocações - Crateús - CE

Durante dois dias (12 e 13 de novembro) estive em Crateús - Independência-CE ajudando num retiro para os jovens que fazem parte da Escola de Ministério e Vocações.

A Jornada Inaciana na vida dos Jovens...



Uma experiência de grupo intensa e bastante bonita deste grupo que já caminha desde muito tempo...

Com a Irmã Antonina, o grupo caminha discernindo o chamado de Deus para suas vidas...


Através da oração pessoal, os jovens entraram na Jornada Inaciana...

"A experiência de silêncio me ajudou a encontrar a Deus"...
"Rezar as duas bandeiras, foi rever as minhas opções no mundo de hoje"...
Assim, os jovens experimentaram o método e a espiritualidade de Santo Inácio de Loyola.

Agradeço a acolhida dos padres diocesanos: O Pároco Pe. João, e aos padres Helton e Antônio José seus colaborados. Pe. Laércio.sj

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

OS JESUÍTAS E OS JOVENS

Pe. Adolfo Nicolás, Superior Geral dos jesuítas, em sua carta de 21 de outubro, dirigida aos Superiores Maiores, reflete sobre o apostolado com jovens e “chama a Companhia a prestar muita atenção no serviço aos jovens”. Segue aqui algumas de suas reflexões:

«Outro grande serviço que podemos prestar aos jovens é ajudá-los a fazer um bom discernimento. Para os jovens resulta difícil tomar decisões bem fundamentadas. Neste etapa da vida terão que decidir que o que farão com o resto de sua vida: em que relações se querem comprometer, em que profissão querem embarcar, que valores decidem ser seus. Um serviço verdadeiramente inaciano aos jovens implica sempre ajudá-los a discernir.
Nosso primeiro empenho deve ser ajudá-los a serem livres; livres das decisões que outros tomaram sobre eles e para eles. Vivemos em um mundo em que muitas instâncias e muitas pessoas desejam decidir em nosso lugar; desejam que compremos seus produtos, sua moda, seus valores, seu estilo de vida, suas ideologias. Nosso papel não é nos convertermos em opção laternativa, mas sim ajudá-los a situar-se com liberdade diante de todas estas possibilidades que lhe são oferecidas.

E aqui começa o mais criativo de nosso trabalho com os jovens. Inácio nos ajudou a "tocar o mais profundo"; a adentrarmos nas profundidades do coração para descobrir o trabalho do Espírito, que é fonte segura de inspiração para chegar a decisão correta naquilo que é verdadeiramente importante. Só o Espírito conhece a vontade de Deus, e só no Espírito podemos colocar nossa esperança de chegar a encontrá-la. O modo inaciano de servir aos jovens, portanto, é um serviço em profundidade que não se alcança unicamente estabelecendo relações puramente administrativas. Exige uma proximidade que ajude a tomar aquelas grandes decisões que obrigam os jovens a colocar em jogo sua própria identidade,e sobre as que logo poderão edificar uma casa futura a que poder convidar ao mundo.
E este é talvez o maior desafio que enfrentamos em nosso ttrabalho com jovens. Nada verdadeiramente importante sucede assim automaticamente. Para fazernos sensíveis e capazes de perceber a ação e os dons que Deus realiza em nossos corações necessitamos educar e exercitar a interioridade: a possibilidade de sentir, intuir, perceber os movimentos do coração. Os jovens possuem inumeráveis qualidades, grande capacidade e uma extraordinária profundidade de coração. Mas esta mesma abundância pode converter-se em fonte de ruído interior; e é muito fácil fazer-se insensível ao que está sucedendo dentro de nós, e não perceber a música e os sentimentos que fazem de nossa vida algo manífico e prometedor. O desafio, pois, está em ajudar os jovens a sensibilizar-se as forças e movimentos maravilhosos que Deus, as outras pessoas, a realidade, sua própria generosidade e a vida fazem brotar em seus corações

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Núcleo Recife: É Missão. Bote FÉ!!!

Nos dias 05 e 06 de novembro vivenciamos no convento de Santo Antônio em Igarassu o "É missão. Bote fé!!!”, preparando-nos, desde já, para a JMJ 2013 (Jornada Mundial da Juventude), onde junto com Ir. Bira Sj, as Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, as Irmãs Franciscanas de Maristella, casais do E.C.C e nós, os jovens da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus e outros jovens de Igarassu refletimos sobre o tema: Afetividade e sexualidade, ministrado pela professora Irineia da Unicap, que nos ajudou a rever e fazer uma análise critica desse tema em nossa sociedade, através das músicas, imagens, propagandas, telenovelas... E como toda mídia tem influenciado a juventude ao desequilíbrio, banalização do corpo, falta de clareza na sua opção sexual, entre outras coisas. Debatemos também sobre as drogas e suas consequências, levando-nos a pensar no respeito a nós mesmos e ao próximo.

Com Renato, funcionário da Unicap, trocamos ideias com dinâmicas sobre a importância da comunicação e o perigo que é rotular as pessoas e se deixar levar por esses rótulos. Na noite do sábado vivenciamos a vigília da luz, um emocionante momento de oração e arte. No qual fomos levados a refletir e reconhecermos que somos “Sal da terra e luz do mundo”. A nossa manhã do domingo, foi marcada com a experiência de celebrar a Palavra de Deus em uma alegre caminhada, A Celebração Peregrina, pelas ruas de Igarassu, na qual vivenciamos em três paradas os Ritos iniciais, a Liturgia da Palavra, o Rito de louvor e a conclusão da celebração com a partilha do pão. Foram dois dias de partilhas e experiências novas que nos ajudarão nos nossos questionamentos e relacionamentos com as demais pessoas. Valeu mesmo!

Roseane( Comunidade do Alto da Bondade)








Em breve, mais fotos e partilhas dos jovens que marcaram presença no BOTE FÉ.
Aguardem!!!