segunda-feira, 31 de março de 2008

O sacerdote é um consagrado, um 'Cristo' de Deus

O sacerdote «não é um empregado», «é um consagrado, um ‘Cristo’ de Deus», celibatário, que se nutre da Eucaristia, distante das modas deste mundo e ao serviço das pessoas, disse em uma entrevista a L’Osservatore Romano (20-21 de março de 2008) o arcebispo Mauro Piacenza, secretário da Congregação para o Clero, ao sublinhar os traços sobressalentes do sacerdote e seu papel na missão da Igreja no mundo.
«O sacerdote não pode realizar-se plenamente se a Eucaristia não for realmente o centro e a raiz de sua vida», se sua «fadiga cotidiana» não é «irradiação da celebração eucarística», declara o prelado.
Como recorda o relato evangélico sobre o «lava-pés» dos apóstolos por parte de Jesus, acrescentou Dom Piacenza, a tarefa do sacerdote está na entrega incondicional: «O sacerdote não se pertence! Está ao serviço do povo de Deus, sem limites de horário e de calendário».
«As pessoas não são para o sacerdote, mas o sacerdote para as pessoas, em sua globalidade, sem restringir nunca seu próprio serviço a um pequeno grupo», disse.
«O sacerdote não pode escolher o lugar que gosta, os métodos de trabalho que considera mais fáceis, as pessoas consideradas mais simpáticas, os horários mais cômodos, as distrações – ainda que legítimas – quando subtraem tempo e energias à própria e específica missão pastoral.»
Também, ainda atuando no mundo, o sacerdote não está, contudo, «assimilando o mundo, mimetizando-se nele, deixando de ser fermento transformador».
«Frente a um mundo anêmico de oração e de adoração, de verdade e de justiça – acrescentou –, o sacerdote é sobretudo o homem da oração, da adoração, do culto, da celebração dos santos mistérios ‘diante dos homens, em nome de Cristo’.»
Seu compromisso é o «testemunho entendido etimologicamente como martírio» «na consciência renovada de que Cristo, ordinariamente, vem a nós só ‘na’ Igreja e ‘da’ Igreja, que prolonga sua presença no tempo».
Porque a Igreja é «transcendente e mistério» e «só se não renunciar à própria identidade sobrenatural» «poderá autenticamente evangelizar as realidades ‘naturais’».
Com efeito, explica, «a Igreja tem a tarefa ‘negativa’ de libertar o mundo do ateísmo, e a ‘positiva’ de satisfazer a necessidade que o homem, consciente ou inconscientemente, tem de realizar-se, ou seja, da santidade».
Por isso, o sacerdote deve «responder à sede abrasadora de uma humanidade sempre em busca» e semear essa «inquietude» que é «o santo temor de Deus».
Neste sentido, a «totalidade da oblação a Deus» é a única medida da dignidade de um sacerdote e a garantia da «totalidade do serviço aos irmãos».
Ao mesmo tempo, acrescenta o arcebispo Piacenza, a abertura aos jovens dos «vastos horizontes da integridade do surgimento de Cristo» pode contribuir para enfrentar a crise das vocações na sociedade atual.
Pelo contrário, observou, «onde se efetuam tentativas reducionistas da identidade e do ministério pastoral, tudo se dissolve no caminho da progressiva desertificação».
Mas à luz da «configuração do sacerdote com Jesus Cristo» se compreendem melhor também as «promessas de obediência, de castidade vivida no celibato, no compromisso de um caminho no desprendimento das coisas, das situações, de si mesmos».
Por isso, o arcebispo sublinhou que «a caridade garante a dimensão esponsal e a grande paternidade» e recordou que «em tudo isso não há ‘nãos’, mas um grande ‘sim’ libertador», «um amor maior» que se expressa «na lógica alegre da entrega».
«O sacerdote não entrará nunca em crise, nem de identidade, nem de solidão, nem de frustração cultural se, resistindo à tentação de perder-se na multidão anônima, não descer nunca – quanto à intenção, retidão moral e estilo – do altar do sacrifício do Corpo e do Sangue de Cristo.»
Contudo, admitiu, frente «a uma desagregação cada vez mais acentuada dos vínculos entre as pessoas, em cada âmbito social [...] não podemos pensar que a figura do sacerdote celibatário não sofra o contragolpe destas inumeráveis solidões». Por isso, concluiu, há «necessidade de sacerdotes que saibam mostrar
a fecundidade de sua ‘solidão’ virginal para a comunhão, para a comunidade».

A vida é sempre um bem!

A Igreja Católica em Espanha assinala a 31 de Março, solenidade litúrgica da Anunciação, o VII Dia pela Vida, com mensagens fortes contra o aborto, a eutanásia e a manipulação de embriões humanos. “Nós, Bispos, sentimos o dever de promover na Igreja e na sociedade o valor da vida humana, encorajando todas as iniciativas em defesa da família e da vida, como por exemplo, a moratória internacional do aborto”, lê-se na Mensagem publicada pela Vice-Comissão para a Família e a Defesa da Vida, da Conferência Episcopal Espanhola, para esta ocasião. A Mensagem, que se intitula “A vida é sempre um bem”, recorda que “não se pode jamais justificar a morte de um inocente. Ameaçar-se-ia o próprio fundamento da sociedade”. “Nenhum católico, em nenhum caso, seja em âmbito privado seja público, pode admitir práticas como o aborto, a eutanásia ou produção, o congelamento e a manipulação de embriões humanos. A vida humana é um valor sagrado que todos devemos respeitar, e que as leis devem proteger”, pode ler-se. Por isso, os Bispos convidam os fiéis a pedir ao Senhor que ilumine todas as consciências, especialmente as dos políticos, para “compreender e remediar o enorme drama humano que o aborto comporta para a criança, para a própria mãe e para toda a sociedade”.

domingo, 30 de março de 2008

A fé que move os jovens

Quem são os que reaquecem as vocações católicas no Brasil
Adriana Dias Lopes

Há um mês, o paulistano Tiery Esteves deixou de ser Tiery Esteves – o jovem de 20 anos, fã de heavy metal e peladeiro de fim de semana. Ele agora é o irmão Basílio. Noviço no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, ouve cantos religiosos e dedica-se com afinco ao estudo da liturgia. Em cinco anos, Tiery (ops, irmão Basílio) se sagrará monge e levará uma vida de clausura. De família de classe média, quando era criança ia à missa de vez em quando, sempre levado pela mãe. Num domingo, aos 16 anos, o rapaz prestou pela primeira vez atenção ao que o padre dizia. "Minha identificação com o Evangelho foi imediata", lembra. "Aquelas palavras me deram uma paz interior inexplicável. Era como se tivessem sido escritas para mim." Pouco a pouco ele foi se envolvendo com a religião. Quando se deu conta, estava em um caminho sem volta: "Vi que minha missão era servir a Deus".
O jovem noviço compõe o retrato da nova geração de candidatos à vida religiosa. Atualmente quem opta por se dedicar à Igreja o faz movido apenas pela fé e pela oportunidade de viver plenamente a espiritualidade. É uma motivação diferente da que atraiu os atuais padres e bispos brasileiros nos anos 70. Boa parte deles se interessou pela Teologia da Libertação, que adaptava conceitos marxistas à doutrina católica. Para muitos foi apenas uma forma nova de engajamento político. "A Igreja tem muito a ganhar com a nova geração de vocações", diz Afonso Soares, presidente da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter) e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. "A convicção na fé é um primeiro passo para que esses jovens, no futuro, consigam conquistar fiéis com extrema persuasão." A outra boa notícia é que, depois de um período de queda no número de candidatos, desde a década passada registra-se um reaquecimento das vocações pastorais no Brasil – um aumento de cerca de 40% no contingente de homens e mulheres que se preparam para ingressar na vida sacerdotal e religiosa.

ORAR


Orar



Orar é entrar em sintonia com Deus. Há muitas maneiras de fazê-lo e não se pode dizer que esta é melhor que aquela. Há orações individuais ou coletivas, baseadas em fórmulas ou espontâneas, cantadas ou recitadas. Os salmos, por exemplo, são orações poéticas, das quais cerca de cem expressam lamentação e/ou denúncia, e cinqüenta, louvor.
Nós, ocidentais, temos dificuldade de orar devido ao nosso racionalismo. Em geral, ficamos na soleira da porta, entregues à oração que se apóia nos sentidos (música, dança, mirar vitrais ou paisagens etc.) ou na razão (fórmulas, leituras, reflexões etc.).
Orar é entrar em relação de amor. Como ocorre entre um casal, há níveis de aprofundamento entre o fiel e Deus. Uns oram como o namorado que fala demais no ouvido da namorada. Como se Deus fosse surdo e burro. Parecem aquela tia que liga e fala tanto, tanto, que minha mãe deixa o fone, mexe a comida nas panelas e retorna, sem que sua ausência seja percebida.
Jesus sugeriu não multiplicar as palavras. Deus conhece os nossos anseios e necessidades. O próprio Jesus, narra o evangelho, gostava de retirar-se para lugares ermos para entrar em oração. "Jesus foi para a montanha a fim de rezar. E passou toda a noite em oração a Deus" (Lucas 6, 12).
Na oração, é preciso entregar-se a Deus. Deixar que ele ore em nós. Se temos resistência à oração é porque, muitas vezes, tememos a exigência de conversão que ela encerra. Parar diante de Deus é parar diante de si mesmo. Como num espelho, ao orar vemos o nosso verdadeiro perfil - dobras do egoísmo realçadas, mágoas acumuladas, inveja entranhada, apegos enrijecidos. Daí a tendência a não orar ou fazer orações que não revirem ao avesso a nossa subjetividade.
Os místicos, mestres da oração, sugerem aprendermos a meditar. Esvaziar a mente de todas as fantasias e idéias, e deixar fluir o sopro do Espírito no silêncio do coração. É um exercício cujo método a literatura mística ensina. Mas é preciso, como Jesus, reservar tempo para isso. Assim como a relação de um casal arrefece se não há momentos de intimidade, do mesmo modo a fé se debilita se não nos recolhemos em oração.
Oramos para aprender a amar como Jesus amava. Só a força do Espírito dilata o coração. Portanto, uma vida de oração se avalia, não pelos momentos entregues a ela, e sim pelos frutos na vida cotidiana: os valores elencados como bem-aventuranças no Sermão da Montanha (Mateus 5, 1-12). Ou seja, pureza de coração, desprendimento, fome de justiça, compaixão, destemor nas perseguições etc.
Orar é deixar-se amar por Deus. É deixar o silêncio de Deus ressoar em nosso espírito. É permitir que ele faça morada em nós. Sem cair no farisaísmo de achar que a minha oração é melhor do que a sua, como aquele fariseu frente ao publicano (Lucas 18,9-14). Quem ora procura agir como Jesus agiria. Sem temer os conflitos decorrentes de atitudes que contradizem os antivalores da sociedade consumista e individualista em que vivemos.
Orar é subverter-se a si próprio. Centrado em Deus, o orante descentra-se nos outros e imprime à sua vida a felicidade de amar porque se sabe amado. Parafraseando Jó, antes de orar se conhece a Deus "por ouvir falar". Depois, por experimentar. O que levou Jung a exclamar: "Eu não creio. Eu sei".
Frei Beto

Compromisso pela justiça também surge da Páscoa

Comentário do Pe. Lombardi (jesuíta) à mensagem do Domingo da Ressurreição

Também o compromisso do cristão a favor da justiça é uma conseqüência da força da ressurreição de Jesus, explica o Pe. Federico Lombardi, S.J.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé analisou a mensagem lançada no Domingo da Ressurreição por Bento XVI, no último editorial de «Octava Dies», semanário produzido pelo Centro Televisivo Vaticano, do qual também é diretor.
Em sua mensagem pascal, o bispo de Roma convida a «fixar o olhar da alma nas “chagas gloriosas” que o Ressuscitado leva em seu corpo glorificado, para que assim «possamos entender o sentido e o valor do sofrimento, possamos aliviar as feridas que continuam sangrando a humanidade também em nossos dias».
«Depois dos dias da Paixão, a Páscoa não significa esquecê-los. Mas levá-los conosco, transformados em uma vida guiada plenamente pelo amor e a esperança», acrescenta.
O Papa, em sua mensagem, se detém diante das «chagas da humanidade, abertas em todos os lugares do planeta, ainda que às vezes ignoradas ou intencionalmente escondidas; chagas que marcam a alma e o corpo de inumeráveis irmãos e irmãs nossos».
Recorda que as relações entre pessoas, grupos e povos estão marcadas pelo egoísmo, o ódio e a violência, que a dignidade da pessoa humana é com freqüência «denegrida e vulnerável».
«Saber que o Ressuscitado está conosco e olhar suas chagas gloriosas significa, portanto – diz o porta-voz vaticano citando o Papa –, comprometer-se ativamente em favor da justiça, derramar sinais luminosos de esperança. Multiplicar os testemunhos de mansidão e perdão. Caminhar pelo caminho da solidariedade e da paz».
«Jesus Ressuscitado envia por toda parte seus discípulos como testemunhas da esperança e lhes assegura: “sempre estou convosco”. Dias atrás, o Papa recordou os mártires cristãos do ano passado e, nos próximos dias, visitará, na Ilha tiberina, o memorial dos mártires cristãos do século passado. Pessoas que fixaram seu olhar, com fé, nas chagas gloriosas de Cristo. E que nos acompanham, também eles, por meio de uma história difícil, mas iluminada – precisamente – pela esperança», conclui o Pe. Lombardi.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Os discípulos e Tomé vêem Jesus ressuscitado

Mesa da Palavra - 2º Domingo da Páscoa

Nas três primeiras semanas da Páscoa, Jesus se deixa ver. Os discípulos o vêem ou ele é visto pelos discípulos. No Domingo da Páscoa, eles acreditaram depois que viram o túmulo vazio. Hoje, os discípulos vêem Jesus, mas Tomé não estava com eles. Na semana seguinte, a visão se repete, e Tomé está com eles. A experiência que os primeiros irmãos nossos têm do Ressuscitado é transmitida por escrito às gerações seguintes. A fé no Ressuscitado provoca também um comportamento prático.
Os que crêem têm uma maneira peculiar de vida. São unidos e bem-vistos. O dinheiro que recolhem é para que não haja necessitados entre eles. Estudam o ensinamento dos apóstolos. Rezam. A fé e a esperança que têm na vida futura os levam a viver uma nova qualidade em seus relacionamentos. Eles dão início a um modelo de sociedade sem dominações. A Igreja pode influenciar as estruturas da sociedade cuidando que suas próprias estruturas sejam justas e fraternas. Este domingo é chamado de Domingo da Divina Misericórdia pela bondade de Jesus para com o apóstolo São Tomé.
At 2,42-47 - Os primeiros cristãos viveram com entusiasmo sua fé no Ressuscitado. Aprendiam o que os apóstolos ensinavam, celebravam a Eucaristia, viviam unidos e rezavam juntos. Tinham uma caixa comum para socorrer os que precisassem, para que não houvesse necessitados entre eles. Eram simples e alegres e todo mundo falava bem deles. É claro que tinham problemas entre si e que nem tudo era perfeito. Mas, o que os Atos dos Apóstolos descrevem é o que caracterizava as primeiras comunidades.
Sl 117 (118) - Este é o dia que o Senhor fez para nós, o dia da ressurreição de Jesus. Alegremo-nos e exultemos.
1Pd 1,3-9 - Com a ressurreição de Jesus, nós nascemos de novo. Isso significa que nós podemos esperar, com segurança, receber, um dia, uma grande herança. Não é alienação pensar na eternidade com Deus. Não é alienação, é alegria. Seria alienação se a esperança do céu nos deixasse de braços cruzados, resignados com situações de sofrimento e injustiça. Provada, a nossa fé se torna ativa. Acreditamos em Jesus e o amamos sem tê-lo visto. No dia em que estivermos diante dele face a face, saberemos o que é louvor, honra e glória. Enquanto esperamos, trabalhamos para que comece a se realizar na terra o que temos a certeza de que se aperfeiçoará no céu.
Jo 20,19-31 - Jesus é visto pelos discípulos e por Tomé. O testemunho dos nossos primeiros irmãos foi transmitido a nós. Eles fizeram uma experiência única, viram o Ressuscitado de alguma forma. Numa visão interior ou numa visão exterior, pouco importa, eles sabiam que Ele estava lá, vivo, ressuscitado. E transmitiram essa experiência fundante da nossa fé aos que vieram depois. Falaram, contaram, comentaram e escreveram. Não escreveram tudo. Quem escreveu fez e escreveu o que lhe pareceu no momento mais importante para que os leitores acreditassem que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e, crendo, tivessem a vida em seu nome.

Cônego Celso Pedro da Silva
Fonte: Revista Família Cristã

BENTO XVI: RESSURREIÇÃO DE CRISTO MUDOU A HISTÓRIA, A VIDA DAS PESSOAS E DOS POVOS

...MAS HÁ AINDA QUEM DUVIDE DELA
A certeza e a alegria da Ressurreição de Cristo: este foi o tema que o papa abordou esta manhã ao se dirigir aos numerosos fiéis e peregrinos (cerca de 30 mil) reunidos na Praça São Pedro para a Audiência Geral, nesta primeira quarta-feira da primavera européia.Bento XVI chegou ao Vaticano, esta manhã, a bordo de um helicóptero procedente de Castel Gandolfo (próximo a Roma), onde está transcorrendo um período de repouso pascal e para onde retornou ao término da Audiência. O Santo Padre permanecerá nesta pequena cidade do Lácio até o próximo domingo.Na catequese, o papa explicou que "na Igreja tudo se compreende a partir desse grande mistério que mudou o curso da história e que se torna atual em cada celebração eucarística". Mas é no tempo pascal que essa realidade central da fé cristã é proposta aos fiéis de modo mais intenso, para que sempre mais a redescubram e a vivam de modo mais fiel. Páscoa é também a nossa Páscoa, porque no Cristo ressuscitado nos é dada a certeza da nossa ressurreição final: "É importante reiterar essa verdade fundamental da nossa fé, cuja verdade histórica é amplamente documentada, embora hoje, como no passado, não falte quem em diferentes maneiras a coloque em dúvida ou até mesmo a negue", recordou o pontífice.Ele acrescentou que "na Igreja tudo pára, tudo se desfaz" se falta a fé na Ressurreição de Jesus, o que torna "frágil o testemunho dos fiéis". Pelo contrário, a adesão a Cristo morto e ressuscitado muda a vida e ilumina toda a existência das pessoas e dos povos:"Não é, por acaso, a certeza de que Cristo ressuscitou que dá coragem, audácia profética e perseverança aos mártires de todos os tempos? Não é o encontro com Jesus vivo que converte e fascina tantos homens e mulheres que desde o início do cristianismo continuam deixando tudo para segui-Lo e colocar a própria vida a serviço do Evangelho?""Se Cristo não ressuscitou então vã é a nossa pregação e vã é também a nossa fé", acrescentou o pontífice citando o apóstolo Paulo: "Sobretudo, deixemo-nos conquistar pelo fascínio de Sua Ressurreição. Que Maria nos ajude a sermos mensageiros da luz e da glória da Páscoa para muitos de nossos irmãos".Nas saudações finais em várias línguas, o Santo Padre recordou o centenário da paróquia romana de Todos os Santos, confiada por São Pio X a São Luis Orione. Entre os fiéis presentes na Praça São Pedro encontrava-se também um grupo de crianças de Beslan (Ossétia do Norte) sobreviventes da tragédia ocorrida na escola onde estudavam, em setembro de 2004, por obra de terroristas islâmicos e separatistas chechenos.Naquele trágico episódio, centenas de pessoas perderam a vida, entre as quais 186 crianças. As crianças de Beslan são hóspedes, nesses dias, da associação "Reset" de Graffignano, na província italiana de Viterbo.

terça-feira, 25 de março de 2008

Pe. Tabosa e sua nova Missão

Pe. Tabosa viajou hoje à tarde para a Inglaterra para o estudo da língua Inglesa em Birmingham, seguindo da terceira provação em Dublim (Irlanda).
Os estudantes do Colégio Santo Inácio em Fortaleza, familiares, amigos e funcionários estavam no aeroporto Pinto Martins para dizer muito obrigado e desejar muita luz na nova missão do Pe. Tabosa.
Alunos falam:
Camila Saraiva e Natália Maria: Pe. Tabosa cumpriu a sua missão aqui no Ceará, guiando seus alunos e ensinando-lhes que o melhor CAMINHO nem sempre é o mais fácil, além de 'BENDIZER AO SENHOR E DAR GRAÇAS A DEUS'. A nossa saúdade fica e beijos!
Thiago Monte: Caro Pe. Tabosa, saiba que você estará marcando a nossa história para SEMPRE. Um grande abraço!

Mensagem pascal “Urbi et Orbi” do Papa Bento XVI

“Resurrexi, et adhuc tecum sum. Alleluia! - Ressuscitei, estou convosco para sempre”. Aleluia! Amados irmãos e irmãs, Jesus crucificado e ressuscitado repete-nos hoje este jubiloso anúncio: é o anúncio pascal. Acolhamo-lo com íntimo enlevo e gratidão!
«Resurrexi, et adhuc tecum sum – Ressuscitei e estou convosco para sempre». Estas palavras, tiradas de uma antiga versão do Salmo 138 (v. 18b), ressoam ao início da Santa Missa de hoje. Nelas, ao nascer do sol de Páscoa, a Igreja reconhece a própria voz de Jesus que, ao ressurgir da morte, Se dirige ao Pai cheio de felicidade e de amor, exclamando: Meu Pai, eis-Me aqui! Ressuscitei, estou ainda convosco e estarei para sempre; o vosso Espírito nunca Me abandonou. E assim podemos compreender de modo novo ainda outras expressões do Salmo: «Se subir aos céus, lá Vos encontro, / se descer aos infernos, igualmente. /… / Nem sequer as trevas serão bastantes escuras para Vós, / e a noite será clara como o dia; / tanto faz a luz como as trevas» (Sal 138, 8.12). É verdade! Na solene vigília de Páscoa, as trevas tornam-se luz, a noite cede o passo ao dia que não conhece ocaso. A morte e ressurreição do Verbo de Deus encarnado é um acontecimento de amor insuperável, é a vitória do Amor que nos libertou da escravidão do pecado e da morte. Mudou o curso da história, infundindo um indelével e renovado sentido e valor à vida do homem.
«Ressuscitei e estou convosco para sempre». Estas palavras convidam-nos a contemplar Cristo ressuscitado, fazendo ressoar no nosso coração a sua voz. Com o seu sacrifício redentor, Jesus de Nazaré tornou-nos filhos adotivos de Deus, de tal modo que agora também nós podemos inserir-nos no diálogo misterioso entre Ele e o Pai. Assoma à mente aquilo que Ele disse um dia aos seus ouvintes: «Tudo Me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho senão o Pai, como ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar» (Mt 11, 27). Nesta perspectiva, sentimos que a afirmação dirigida hoje por Jesus ressuscitado ao Pai – «Estou convosco para sempre» – como que por reflexo diz respeito também a nós, «filhos de Deus e co-herdeiros de Cristo, se sofremos com Ele para sermos também glorificados com Ele» (cf. Rom 8, 17). Graças à morte e ressurreição de Cristo, também nós hoje ressurgimos para uma vida nova e, unindo a nossa voz à d’Ele, proclamamos que queremos ficar para sempre com Deus, nosso Pai infinitamente bom e misericordioso.
Deste modo entramos na profundidade do mistério pascal. O fato surpreendente da ressurreição de Jesus é, essencialmente, um acontecimento de amor: amor do Pai que entrega o Filho pela salvação do mundo; amor do Filho que, por todos nós, Se abandona à vontade do Pai; amor do Espírito que ressuscita Jesus dentre os mortos com o seu corpo transfigurado. E ainda: amor do Pai que «abraça de novo» o Filho, envolvendo-O na sua glória; amor do Filho que, pela força do Espírito, volta ao Pai revestido da nossa humanidade transfigurada. E assim, da solenidade de hoje que nos faz reviver a experiência absoluta e singular da ressurreição de Jesus, vem um apelo para nos convertermos ao Amor; vem um convite para vivermos recusando o ódio e o egoísmo e seguirmos docilmente as pegadas do Cordeiro imolado pela nossa salvação, imitando o Redentor «manso e humilde de coração», que é «alívio para as nossas almas» (cf. Mt 11, 29).
Irmãos e irmãs cristãos de todas as partes do mundo, homens e mulheres de ânimo sinceramente aberto à verdade! Que ninguém feche o coração à onipotência deste amor que redime! Jesus Cristo morreu e ressuscitou por todos: Ele é a nossa esperança! Esperança verdadeira para todo o ser humano. Hoje, como fez outrora com os seus discípulos na Galiléia antes de voltar para o Pai, Jesus ressuscitado envia-nos também por toda a terra como testemunhas da sua esperança e assegura-nos: Eu estarei sempre convosco até ao fim do mundo (cf. Mt 28, 20). Fixando o olhar da alma nas chagas gloriosas do seu corpo transfigurado, podemos compreender o sentido e o valor do sofrimento, podemos suavizar as muitas feridas que continuam a ensangüentar a humanidade ainda em nossos dias. Nas suas chagas gloriosas, reconhecemos os sinais indeléveis da misericórdia infinita de Deus, de que fala o profeta: Jesus é Aquele que cura as feridas dos corações despedaçados, que defende os fracos e proclama a liberdade dos escravos, que consola todos os aflitos e concede-lhes o óleo da alegria em vez do hábito de luto, um cântico de louvor em vez de um coração triste (cf. Is 61,1.2.3). Se nos abeiramos d’Ele com humilde confiança, encontramos no seu olhar a resposta ao anseio mais profundo do nosso coração: conhecer Deus e contrair com Ele uma relação vital numa autêntica comunhão de amor, que encha do seu próprio amor a nossa existência e as nossas relações interpessoais e sociais. Para isso, a humanidade precisa de Cristo: N’Ele, nossa esperança, «fomos salvos» (cf. Rom 8, 24).
Quantas vezes as relações entre pessoa e pessoa, entre grupo e grupo, entre povo e povo, em vez de amor, são marcadas pelo egoísmo, pela injustiça, pelo ódio, pela violência! São as pragas de humanidade, abertas e dolorosas em todo canto do planeta, mesmo se, frequentemente, ignoradas e, às vezes, ocultadas de propósito; chagas que dilaceram almas e corpos de numerosos dos nossos irmãos e irmãs. Elas esperam ser sanadas e curadas pelas chagas gloriosas do Senhor ressuscitado (cf. 1Pd 2,24-25) e pela solidariedade dos que, sobre o seu rasto e em seu nome, põem gestos de amor, empenhando-se com fatos em prol da justiça e difundem em volta de si sinais luminosos de esperança nos lugares ensangüentados pelos conflitos e sempre onde a dignidade da pessoa humana continua a ser desprezada e espezinhada . O auspício é que precisamente ali se multipliquem os testemunhos de mansidão e de perdão.
Amados irmãos e irmãs! Deixemo-nos iluminar pela luz fulgurante deste Dia solene; com sincera confiança abramo-nos a Cristo ressuscitado, para que a sua vitória sobre o mal e sobre a morte triunfe também em cada um de nós, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nas nossas Nações. Se manifeste no mundo inteiro. Como não pensar neste momento, de modo particular, em algumas regiões africanas, tais como o Darfur e a Somália; no atormentado Oriente Médio, especialmente na Terra Santa, no Iraque, no Líbano, em enfim no Tibete, regiões para as quais faço votos por que se encontrem soluções que salvaguardem o bem e a paz! Imploremos a plenitude dos dons pascais, por intercessão de Maria que, depois de ter compartilhado os sofrimentos da paixão e crucifixão do seu Filho inocente, também experimentou a alegria inefável da sua ressurreição. Associada à glória de Cristo, seja Ela a proteger-nos e a guiar-nos pelo caminho da solidariedade fraterna e da paz. São estes os votos pascais que formulo para vós aqui presentes e para os homens e mulheres de todas as nações e continentes que estão unidos conosco através da rádio e da televisão. Uma Páscoa feliz!
* Fonte: Rádio Vaticano

Que o significado da Páscoa se imprima na vida de todos,

Bento XVI que se encontra em Castelgandolfo para um breve período de repouso após as celebrações da Semana Santa e da Páscoa, sendo festivo na Itália, nesta segunda feira ao meio dia recitou a antífona mariana do período pascal Regina Coeli com os fiéis congregados no Pátio interno do Palácio Pontifício daquela localidade, perto de Roma.“Deixemos que o Alleluia pascal se imprima profundamente também em nós, para que não seja apenas uma palavra, mas a expressão da nossa própria vida.Introduzindo a recitação do Regina Coeli Bento XVI convidou os fiéis a reviver constantemente e nos comportamentos concretos a experiência dos primeiros discípulos que testemunharam a Ressurreição de Cristo, experiência que ecoa no canto do Alleluia, palavra hebraica que significa “louvai o Senhor”.Imprimir esta palavra na própria alma – disse o Papa – significa viver a existência de pessoas que convidam todos a louvar o Senhor e o fazem com o seu comportamento de “ressuscitados”-Depois da recitação do Regina Coeli o Papa recordou o dia de oração e jejum pelos missionários mártires que ocorre precisamente neste dia 24.“Recordar e rezar por estes nossos irmãos e irmãs – bispos, padres, religiosos, religiosas e leigos, que morreram durante o ano de 2007 no desempenho do seu serviço missionário – salientou Bento XVI - é um dever de gratidão para a Igreja inteira e um estimulo para cada um de nós a testemunhar de maneira cada vez mais corajosa, a nossa fé e a nossa esperança naquele que na Cruz venceu para sempre o poder do ódio e da violência com a omnipotência do seu amor”.O Papa recordou que também hoje ocorre o dia mundial de luta contra a tuberculose . E manifestou a sua proximidade aos doentes e seus familiares com o desejo de que aumente o empenho a nível mundial para debelar este flagelo.O meu apelo – disse Bento XVI – dirige-se sobretudo ás instituições católicas, para que todos aqueles que sofrem possam reconhecer, através da sua obra, o Senhor Ressuscitado que os cura, e lhes dá conforto e paz.

segunda-feira, 24 de março de 2008

TEMPO QUE DEUS FAZ / TEMPO DE MISSÃO / TEMPO PASCAL

”DEUS TEM UM TEMPO CERTO PARA CADA COISA. ELE FAZ A AMIZADE DESABROCHAR NO TEMPO CERTO.ELE FAZ O PERDÃO ACONTECER NO TEMPO CERTO.ELE FAZ O TEMPO, MESMO INCERTO, SER O TEMPO MAIS FAVORÁVEL POSSÍVEL.”
Foi um tempo de alegria as Santas Missões em Viçosa. Agradecemos a Paróquia Nossa Senhora da Assunção pelo acolhimento e pela possibilidade de partilharmos a SEMANA SANTA: Via-Sacra, celebrações, visitas, conversas, ensaios, refeições, caminhada matinal com o CRISTO RESSUSCITADO, retorno, jantar de Páscoa na CV ... Tudo com muito fervor, acatamento e alegria para AMDG!

sábado, 22 de março de 2008

Feliz Páscoa

Hoje, festa da páscoa do Senhor, quero desejar a todos os leitores dessa coluna uma Feliz Páscoa. Mas o que é uma feliz Páscoa? Em um mundo que fez do consumo a razão de viver, a Páscoa, como o Natal, também se tornou uma festa cujo valor passou a ser medido pelas compras e vendas. O ser humano é feliz quando tem uma razão para viver. Mas não basta uma razão qualquer. Uma razão qualquer funciona precariamente. Fazem parte de nossa vida as alegrias do dia a dia, tais como a vitória de nosso time preferido, o sucesso em algum empreendimento, o nascimento de um filho, uma festa de casamento, etc... Como é bom desfrutar da vida, tirando de cada acontecimento a cota de felicidade que ele nos oferece!
Há pessoas que pensam ser felizes acumulando riquezas, granjeando simpatias, conquistando poder e prestígio. Agostinho de Hipona buscou na retórica e no amor humano a felicidade. Seu coração, entretanto, continuou inequieto, até que encontrou a verdade de Deus. Se sofrimentos e decepções não fizessem parte de nossa existência, ainda assim, inquieto e insatisfeito cotinuaria nosso coração, porque as alegrias dessa vida, mesmo as mais intensas, são todas elas insuficientes diante da profundidade de nosso desejo. Queremos vida e vida em plenitude. Mas existem os sofrimentos, inevitáveis e, muitas vezes, pungentes: a doença, os acidentes, as traições de amigos, as decepções das promessas de amor não cumpridas, a perda de uma pessoa querida e muitos outros.
Mais ainda: no cerne de nosso existir reside à certeza da morte. Teremos nós surgido do nada e ao nada estaríamos destinados? Será nossa existência como um raio cujo brilho é engolido pela escuridão da noite? Se nossa existência caminha inevitavelmente para morte, o que significa viver? Como dar sentido à vida? Há machos na espécie animal que morrem ao fecundar as fêmeas. O sentido de suas vidas é garantir a continuidade da espécie. O sentido da vida do indivíduo humano seria apenas este: garantir o futuro da espécie? Conseguiríamos ser felizes empenhando-nos em construir um futuro feliz para os que virão depois de nós? E qual será o destino final da espécie? Haverá um fim da história e, portanto, o desaparecimento da espécie humana? Se não, que sentido terá a sucessão sem fim das gerações humanas, todas movidas pela esperança de uma felicidade, que se esvai com a morte. Freud, ao se confrontar com essa questão, aponta como única solução possível a resignação: o ser humano adulto assume sua finitude com coragem, sem apelar para a religião, forma suprema de negação da realidade. Haverá verdade plena e justiça no amanhã intra-histórico? Ou será vã a luta dos que sonham com um mundo diferente?
Em sua Encíclica sobre a esperança cristã, O Papa, Bento XVI, cita o filósofo Adorno, da escola de Frankfurt, que afirmou que a justiça, uma verdadeira justiça, requereria um mundo “onde não só fosse anulado o sofrimento presente, mas também revogado o que passou irrevogavelmente”. Isto, porém, afirma o Papa, “significaria que não pode haver justiça sem ressurreição dos mortos e, concretamente, sem a sua ressurreição corporal”(n. 42).
Estamos aqui no centro da fé cristã: a ressurreição dos mortos. Jesus, depois de assumir em si, as dores da humanidade e suas misérias, até a morte, e morte de Cruz, “ressuscitou ao terceiro dia e, tendo subido aos céus, está assentado á direita do Pai, donde há de vir para julgar os vivos e mortos”. O Juizo final, passada a figura desse mundo, será o resgate pleno da verdade, tantas vezes espezinhada no tempo da história, e a instauração definitiva da justiça, “onde não só será anulado o sofrimento presente, mas ficará também revogado o que passou irrevogavelmente”, como pensara Adorno a respeito de uma verdadeira justiça para a história humana.
E eu pergunto ao leitor: se, como afirmou Adorno, a plena justiça exigiria não só a abolição do sofrimento no presente, mas também a revogação do sofrimento passado, não é sensato, razoável, levar a sério o testemunho dos apóstolos de que Jesus ressuscitou e de que toda a humanidade tem nele seu Salvador e Juiz? Se o bom e justo é que haja um desfecho justo e bom para a história humana, por que conservar no coração essa tristeza que tornava sombrio o rosto dos discípulos de Emaús quando voltavam para a rotina de seu cotidiano sem esperança, depois da decepção da morte de Jesus?
A sombra que turva o rosto da humanidade é a sombra da morte. O brilho da esperança volta quando nossos olhos começam a beber a luz do Ressuscitado. Faz-se, então, luz nos olhos e calor no coração: “neste momento seus olhos se abriram e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles. Então um disse ao outro: ‘não estava ardendo nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava a Escrituras?’(Lc 24,32)”.

* Dom Eduardo Benes, 66, é arcebispo de Sorocaba (SP)

Nos passos do Cristo

Salve, ó Cristo obediente!Salve, amor onipotente, Que te entregou à cruz. E te recebeu na luz!


Em Viçosa estamos celebrando e nesta sexta - feira foi rica a programação: Via- Sacra, visita ao hospital, Celebração da Paixão, procissão do Senhor Morto e com as Mãe das Dores, encenação da Paixão. Tudo para celebrar bem esse momento de riqueza que a Igreja nos oferece. Continue nos acompanhando em orações e amanhã aguarde mais fotos e comentários!

Bento XVI: Via-Sacra de Cristo como resposta à sede de infinito

Bento XVI apresentou nesta Sexta-feira Santa Jesus como resposta à sede de infinito de cada coração humano, percorrendo seu caminho junto à cruz, a Via Crucis, no Coliseu de Roma.
Dirigindo-se aos milhares de peregrinos presentes, que tiveram de enfrentar um frio inesperado e uma chuva intensa, ao fim do rito penitencial ele afirmou: «Tantos, também em nossa época, não conhecem a Deus e não podem encontrá-lo no Cristo crucificado».
«Tantos estão à busca de um amor ou de uma liberdade que exclui Deus. Tantos acreditam não ter necessidade de Deus.»
Cristo, observou, oferece «a paz que buscamos, a alegria que desejamos, o amor que preenche nosso coração sedento de infinito».
O Bispo de Roma convidou a permitir a Cristo «colocar em crise nossas certezas humanas. Abramos-lhe o coração. Jesus é a verdade que nos torna livres para amar».
«Não temamos – insistiu: morrendo, o Senhor destruiu o pecado e salvou os pecadores, isto é, todos nós.»
As meditações e as orações, confiadas nesta ocasião pelo Santo Padre ao cardeal Joseph Zen Ze-kiun, S.D.B, bispo de Hong Kong, permitiram tocar o coração dos presentes com a situação dos «mártires viventes», os cristãos perseguidos em todo o mundo.
«Esses, provavelmente mais que nós hoje, viveram em seu corpo a Paixão de Jesus – explica na introdução dos textos o purpurado chinês. Em sua carne Jesus foi novamente preso, caluniado, torturado, escarnecido, traído, esmagado sob o peso da cruz e pregado sobre aquele lenho como um criminoso.»
Nas imagens de cada uma das 14 estações que apareciam no livreto entregue aos peregrinos e que foi apresentado pelos canais de televisão de todos os continentes, Jesus aparece com traços orientais, assim como os outros personagens do Evangelho.
Uma jovem chinesa entregou na 12ª estação a cruz ao Papa, que tinha seguido o percurso do Palatino, protegido do mau tempo.
Também haviam carregado a cruz alguns frades da Custódia da Terra Santa, uma portadora de necessidades especiais, uma família de Roma, uma religiosa de Burkina Fasso e o cardeal Camillo Ruini, vigário do Papa para a diocese de Roma.
Bento XVI concluiu o encontro lendo uma meditação pessoal na qual mostra como, «através do caminho doloroso da cruz, os homens de todas as épocas, reconciliados e redimidos pelo sangue de Cristo, converteram-se em amigos de Deus, filhos do Pai celeste».
«‘Amigo’, chama a cada um de nós, porque é autêntico amigo de todos nós. Infelizmente, nem sempre conseguimos perceber a profundidade deste amor sem fronteiras que Deus tem para conosco», disse.
«Para Ele, não há diferença de raça e cultura. Jesus morreu para libertar a antiga humanidade da ignorância de Deus, do círculo de ódio e violência, da escravidão do pecado. A cruz nos torna irmãos e irmãs.»

www.zenit.org

quinta-feira, 20 de março de 2008

e
atividades nesta Quinta-feira Santa

Onde o amor e a caridade, DEUS AÍ ESTÁ.
Congregou-nos num só corpo o amor de Cristo; exultemos, pois, e nele jubilemos.
Ao Deus vivo nós temamos, mas amemos; e sinceros, uns aos outros, nos queiramos.

CV Fortaleza nos passos dos primeiros Companheiros Jesus na Serra da Ipiabapa

400 anos de EVANGELIZAÇÃO.


Estamos em Viçosa e compartilhamos com vocês este momento especial de Missão nesta SEMANA SANTA. São muitas atividades: ensaio litúrgico, confissões, visita a doentes e encarcerados, encontros de preparação das atividades, celebrações, Via Sacra, Missa da Unidade em Tianguá, visita ao seminário diocesano etc. Aguardem mais fotos e noticias! Somos 16 vocacionados e dois jesuítas, Agnaldo e Pe. Edvam.

Amor extremo - Quinta-feira Santa

(Fachada da Paixão , Sagrada Família, Barcelona. Escult. de Josep M Subirachs. F.: Li Beda)

Depois de peregrinar no deserto das palavras, hoje iniciamos o tríduo do silêncio, um silêncio reverente diante do caminho do amor para a morte. Não é tempo de tristeza, é tempo de mergulho dentro da alma. Não é tempo de angústia, é tempo de uma esperança renovada que germina na fé em um Deus que acredita em nós e que vem morar ao nosso lado. Tempo de descer ao encontro de Deus.
Acesse o Blog: http://oracaopelaarte.blogspot.com/ e escute o Evangelho narrado e comentado por Pe. Li. Música: Nizan Guanaes e Marcos Ribeiro, Hortodo CD "Ramos, Paixão, Aleluia", de Pe. Irala e Grupo OPA"

O Evangelho não é moralismo mas caminho de purificação

Na tarde desta quinta feira Bento XVI deslocou-se à Basílica de São João de Latrão, a catedral de Roma , onde presidiu ao início do Triduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição, com a Missa da Ceia do Senhor.Na homilia, comentando o gesto de Jesus que lava os pés aos seus discípulos, Bento XVI salientou que dia após dia cobrimo-nos de sujidade multiforme, de palavras vazias, de preconceitos, de sapiência reduzida e alterada, uma múltipla semifalsidade ou falsidade aberta infiltra-se continuamente na nossa alma. Tudo isto ofusca e contamina a nossa alma, ameaça-nos com a incapacidade de chegar á verdade e ao bem.Se acolhemos as palavras de Jesus com o coração atento – salientou o Papa – elas revelam-nos verdadeiras lavagens, purificações da alma, do homem interior.O Evangelho do lava pés convida-nos a isto: deixar-nos, sempre de novo, lavar por esta água pura, deixar-nos tornar capazes de comunhão convivial com Deus e com os irmãos.Devemos lavar os pés uns aos outros no serviço recíproco quotidiano do amor. Mas devemos lavar-nos os pés também no sentido que sempre de novo perdoamos uns aos outros.A divida que o Senhor nos perdoou é sempre infinitamente maior do que todas as dividas que outros podem ter em relação a nós. A isto nos exorta a Quinta Feira Santa - salientou Bento XVI concluindo a sua homilia: não permitir que o rancor para com os outros se transforme profundamente num envenenamento da alma. Exorta-nos a purificar continuamente a nossa memoria, perdoando-nos reciprocamente com todo o coração, lavando os pés uns aos outros, para nos podermos sentar juntos á mesa do SenhorDepois da homilia o Papa procedeu ao rito do lava pés, durante o qual a Assembleia foi convidada a um gesto de caridade, mediante uma oferta, que foi entregue ao papa, para ser destinada a um centro psico-pedagógico cubano para portadores de deficiência.

quarta-feira, 19 de março de 2008

COMO VIVER BEM A SEMANA SANTA?

A Semana Santa como "compêndio" de todo o cristianismo. A comunidade católica mundial aprofunda nestes dias o itinerário que dois mil anos atrás levou Cristo a sofrer o suplício do Calvário pela redenção da humanidade. Nos microfones da Rádio Vaticano, o prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Francis Arinze, se detém sobre o modo melhor como um cristão é chamado a preparar-se em vista do Tríduo pascal. Eis o que disse:
Cardeal Francis Arinze-: "Com muita fé, com muita atenção, com diligência ao ler os textos que a Igreja usa a cada dia, do Domingo de Ramos até o Domingo de Páscoa, porque nesta Semana está condensada a celebração litúrgica do mistério da nossa salvação: o sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Quem vive a 'Semana Santa' entende o 'cristianismo'. Quem não entende a 'Semana Santa' não pode entender profundamente o que é a nossa fé."
O purpurado faz ainda uma reflexão sobre a superficialidade, ou melhor, sobre a escassa atenção dos homens de hoje diante do mistério da paixão, morte, e ressurreição do Senhor...
Cardeal Francis Arinze:- "A superficialidade: por exemplo, aqueles que vão para as grandes celebrações com pouco envolvimento, que se sentam lá atrás, o mais próximo possível da porta, ou _ pior ainda _ que lêem o jornal durante a celebração. Ou mesmo, aqueles que estão mais preocupados em qual tipo de vinho irão tomar no almoço de Páscoa, qual pomba pascal irão comer, e se irão a um restaurante de primeira classe... Ora, esta Semana merece uma maior seriedade, porque nela estão condensados a fonte e ápice da nossa redenção, aquilo que chamamos de 'os mistérios pascais': o mistério do sofrimento, da morte e da ressurreição de Jesus. Esses mistérios merecem todo o nosso coração e todo o nosso ânimo."

terça-feira, 18 de março de 2008

MEDITAÇÕES DO CARDEAL CHINÊS ZEN ZE-KIUN PARA VIA-SACRA NO COLISEU

"Ao produzir o texto destas meditações", tive que fazer "grande esforço para purificar-me dos sentimentos de pouca caridade em relação àqueles que fizeram Jesus sofrer, e à aqueles que estão fazendo sofrer, no mundo de hoje, os nossos irmãos".São as palavras com as quais o cardeal-arcebispo de Hong Kong, Joseph Zen Ze-Kiun, introduz as meditações escritas para a Via-Sacra da próxima Sexta-Feira Santa, no Coliseu de Roma. O purpurado chinês explica como o convite de Bento XVI o inspirou a trazer a Roma o eco das Igrejas da Ásia e da China em particular. Eis o que disse o próprio Cardeal Zen na entrevista concedida ao Centro Televisivo Vaticano:Cardeal Joseph Zen Ze-Kiun:- "Quando recebi esse convite, entendi que o Santo Padre queria que eu trouxesse a voz da China ao Coliseu. A recordação da Paixão de Nosso Senhor naturalmente se refere muito bem também aos sofrimentos, ainda hoje, na Igreja, e na China são muitos os que ainda sofrem por causa de sua fé. Portanto, o tema combina com a recordação da Paixão de Nosso Senhor, porque é ainda o Senhor que hoje, em seu Corpo místico, está sofrendo."P. Cardeal Zen, o senhor afronta o tema da perseguição a partir de uma ótica dúplice: não somente olhando para quem oprime a Igreja a partir de fora, mas também quem a oprime a partir de dentro...Cardeal Joseph Zen Ze-Kiun:- "Quando se pensa na perseguição, se pensa nos perseguidores, nos perseguidos e também em nós: estamos entre os perseguidos, por vezes nos encontramos talvez entre os perseguidores, porque somos pecadores, não é mesmo? Então, o pensamento se alarga o nos faz rezar por todos: por aqueles que sofrem por causa da fé, por aqueles que estão fazendo sofrer, mas que, porém, muitas vezes são também vítimas, conosco que _ com a nossa infidelidade _ somos talvez também uma grande parte neste mistério do mal."P. Refletir sobre a paixão de Cristo permitiu-lhe fazer ouvir a voz da Igreja chinesa mediante as vozes dos protagonistas da Via-Sacra. Cardeal Zen, qual experiência concreta de vida eclesial o senhor está trazendo da Ásia e da China, em particular, para as arcadas do Coliseu?Cardeal Joseph Zen Ze-Kiun:- "Nós, de Hong Kong, estamos numa posição de observação muito favorável, isto é, vemos muitas coisas, recebemos muitas mensagens... Infelizmente, por vezes parece que as razões negativas são mais fortes do que as positivas. Porém, nós como fiéis, somos otimistas impenitentes, e então olhamos para o lado bom. Esperamos que verdadeiramente, tudo aquilo que acontece no mundo leve a uma nova visão das coisas, mediante as quais o nosso governo entenda que uma liberdade religiosa, também para a Igreja católica, não prejudica em nada, pelo contrário, é uma vantagem para a nossa pátria!"
www.radiovaticana.org

domingo, 16 de março de 2008

Vocacionados em Missão


Os vocacionados internos e externos, o escolástico Agnaldo e o Pe. Edvam estão em Missão na cidade de Viçosa neste período da SEMANA SANTA. A diocese de Tianguá está celebrando este ano os 400 anos da preseça do Evangelho na serra da Ibiapaba. Os protagonistas desta evangelização foram os jesuítas Pe. Francisco Pinto e Pe. Luís Figueira. Nossa presença em Viçosa faz recordação deste momento. Somos 16 missionários. Aguardem fotos e comentários desta missão no dia 23\03. Rezem por nós!

A M D G

Domingo de Ramos

Diante do Cristo que se aproxima da morte, nós somos convidados a recolher nossas vidas em nossas mãos e oferecê-las a Ele. Nós somos convidados a entrar no mistério da generosidade de Deus. Ele, ao entregar a vida, multiplica o dom e nos ensina que a sabedoria não está em reter, mas em dar.
Acesse o Blog e veja o comentário feito pelo Pe. Li: http://oracaopelaarte.blogspot.com/

sábado, 15 de março de 2008

Ah! Se os homens entendessem um pouco de José

São José, santo do povo!
Conheço tantos "Josés": Zeca, Zezinho, Zé, Zezé, Zequinha... e até o mais original que já vi: Borracharia do Sozé! É um dos nomes mais populares que existem. A humanidade conserva, com carinho e respeito, o nome deste homem que soube mais do que ninguém ultrapassar os preconceitos, acreditar em sonhos e viver a mais pura realidade. E pensar que a salvação da humanidade passou pelo bom senso desse tal de José. Se ele tivesse simplesmente seguido a lógica das coisas, teria deixado acontecer o que a lei previa. Maria, encontrada grávida antes de cohabitar com ele, poderia até ser apedrejada. Imagine que a salvação da humanidade morreria no ventre daquela menina. Ninguém saberia que ela estava grávida do Filho de Deus.
No entanto, José foi companheiro. Ele tinha uma mística que precisa ser imitada por nós. Sabia acreditar nos sonhos; sabia ouvir a voz do coração. Naquele dia, mesmo sem entender bem como tudo estava acontecendo, a assumiu como sua esposa. A humanidade o assumiria como patrono da Igreja de todos os tempos e de todos os lugares. As pessoas o chamariam de "homem justo e fiel". Justiça na Bíblia é isso. É fidelidade à vontade de Deus. Esse grande santo soube discerni-la e encontrou nela o seu caminho de felicidade. Ah! Se os maridos de hoje entendessem um pouco de José. Precisamos "joseficar" mais os homens.
As mulheres reclamam, e com razão, que a maioria dos homens não entende o universo feminino. José entendeu. Soube respeitá-lo. Apesar de ser um rude carpinteiro, tinha sensibilidade suficiente para entender que Maria era uma mulher especial. Ele a tratou como a escolhida de Deus. Não pensou somente em si. Pensou nela e em todos nós. Imagine só: A virgindade da Santíssima Virgem passou pela castidade de José. A dela é dogma de fé; a dele nós nem sempre nos lembramos. Ah! Se os homens fossem um pouco mais parecidos com José. Não ouviríamos a reclamação mais comum das mulheres: "Ele não me ouve; não me deixa falar; diz que falo demais; só quer saber de trabalho; dá mais carinho para o carro do que para mim; é rude; pede coisas que não gosto; tem fantasias grotescas; bebe demais; tem piadas de mau gosto; etc, etc, etc".
Imagino as noites da família de Nazaré. Sem televisão nem Internet. Noites de diálogo e de carinho. Certamente não era uma família muito diferente. Após o dia de trabalho na carpintaria, chegavam famintos... os dois “meninos” de Maria: Jesus e José! E foi assim durante muitos anos. Não sei quantos. Depois do banho vinha o jantar e a conversa ia longe. Sobre o que conversavam? Nenhum evangelista deixou isso por escrito. Mas a sabedoria de Jesus veio do convívio com os pais. Ele sabia ler e escrever em um tempo no qual 99,9% da população era simplesmente analfabeta. Quem O introduziu na arte das letras? Quem lhe ensinou o b-a-ba? Não... nem Ele nasceu sabendo. Até o Filho de Deus teve de aprender. José e Maria foram ótimos catequistas. Seu "Catequizando" catequizou a humanidade. Veja só!
Quantas lições o "velho José" ensina às famílias de hoje, que já não têm tempo para catequizar seus filhos. Muitas, simplemente, delegam essa missão aos catequistas da paróquia. Tudo bem. Mas no dia do casamento o padre pergunta ao casal: "Prometem receber com alegria os filhos que Deus mandar e educá-los na fé de Cristo e da Igreja?" E eles, solenemente, responderam: "SIM, prometemos". Então, essa é uma das missões da família cristã. Conversar sobre Deus; transmitir a fé; educar na religião.
Tenho visto que algumas mães já não levam os filhos pequenos na igreja, porque dizem que eles fazem bagunça. Bendita a bagunça da criança que é educada ao pé do altar! Prive seu filho desse ambiente e terá um adolescente distante de Deus.
Jesus foi educado por Maria e por José nas coisas da Igreja. Ele costumava ir à Sinagoga. Quando foi sozinho, mais tarde, até fez a leitura do dia. Que São José nos ajude a entender as lições da família que reza unida... e permanece unida!
Santo do povo, rogai por nós!
Padre Joãozinho, SCJ

sexta-feira, 14 de março de 2008

Chiara Lubich faz a Páscoa

A fundadora do movimento dos Focolares, Chiara Lubich, faleceu aos 88 anos na madrugada desta sexta-feira em sua casa, na localidade de Rocca di Papa, próximo a Roma. Chiara Lubich estava internada desde o início de fevereiro passado na Policlínica Gemelli de Roma, por insuficiência respiratória.O Papa enviou um telegrama de pesar ao co-presidente do Movimento dos Focolares, Pe. Oreste Basso, no qual afirma que recebeu com "profunda emoção a morte de Chiara Lubich, que chegou ao fim de uma longa e fecunda vida marcada incansavelmente por seu amor a Jesus abandonado".Neste momento de dor, afirma o papa, "estou espiritualmente próximo, com afeto, dos familiares e de toda a Obra de Maria – Movimento dos Focolares, que por meio dela teve origem, como também às pessoas que apreciaram seu empenho constante pela comunhão na Igreja, pelo diálogo ecumênico e pela fraternidade entre todos os povos". "Agradeço ao Senhor pelo testemunho de sua existência vivida na escuta das necessidades do homem contemporâneo, em plena fidelidade à Igreja ao Papa", continua Bento XVI, que confia sua alma à Divina Bondade para que a acolha no seio do Pai e faz votos de que as pessoas que a conheceram e encontraram, e admirando as maravilhas que Deus realizou através do seu ardor missionários, sigam seus vestígios mantendo vivo seu carisma. Chiara Lubich nasceu em 1920 em Trento, na Itália. Durante a II Guerra Mundial, aos 23 anos, com algumas companheiras, iniciou a sua experiência na descoberta dos valores evangélicos e decidiu escolher Deus como ideal de sua vida. Tal escolha deu origem ao Movimento dos Focolares, que está presente em 182 países, possui 120 mil membros internos e mais de dois milhões de aderentes e simpatizantes. Por seu ideal de unidade e fraternidade universal, o movimento reúne católicos, cristãos de várias denominações, fiéis das grandes religiões e pessoas que não professam nenhuma fé. Todos participam de modos diferentes do movimento e da sua espiritualidade, segundo a própria consciência e fé religiosa.
www.radiovaticanca.org/bra

A PRESENÇA da Companhia de Jesus em Timor Leste

Pe. Violanto, jesuíta timorense.

A Companhia de Jesus começou entrar e trabalhar em Timor Leste no ano de 1898. A missão da Companhia de Jesus na altura era fundar uma escola para formar os professores(as) e catequistas. Destes professores e catequistas sairam boas famílias cristãs e até alguns filhos e filhas destes professores e catequistas chegaram até sacerdócio e vida religiosa. Depois à partir de anos 50s até 90s a Companhia de Jesus assumiu o cargo de formar o clero, mas com um acordo de não promover a vocação à Companhia de Jesus. Deste modo, somente no ano de 1977 (apenas com o contato pessoal) a Companhia de Jesus começou a ter um primeiro jesuíta. E assim por diante um de cada vez entrou no noviciado, mas não anualmente até que no ano de 1999 a Companhia de Jesus em Timor Leste conseguiu ter seis jesuítas nativos. Estes seis jesuítas tiveram que fazer o noviciado lá na Indonésia, porque desde 1977 até 2000 os jesuítas em Timor Leste estavam sob a responsabilidade da Companhia de Jesus da Província de Indonésia.
Em Janeiro de 2000, devido as razões e circunstâncias políticas, por um decreto do Geral da Companhia de Jesus, Pe. Peter Hans-Kolvenbach SJ, a Companhia de Jesus em Timor Leste veio a ser uma Região Independente. O Padre Geral responsabiliza direta esta Região, através do Coordenador dos Superiores Provinciais e Superiores Maiores da Assistência da Ásia Oriental e Oceánia. Isto significa o Coordenador da Assistência domiciliado nas Filipinas assume a responsabilidade de Superior Maior da Região do Timor Leste. Foi por causa desta responsabilidade que o atual Geral SJ, Pe. Adolfo Nicolás SJ, assumiu por dois anos (Setembro 2004 – Setembro 2006), como o segundo Superior Maior desta Região. Começou então abrir a casa vocacional e receber os jovens que aspiram de fazer-se jesuíta. E em 2002 a Região Independente do Timor Leste enviou o primeiro grupo dos noviços para o noviciado SJ em Singapura, e assim anualmente continua enviar os noviços para este noviciado. Estes noviços depois de pronunciar os votos vão fazer o juniorado e os estudos de filosofia nas Filipinas. Contudo referente ao noviciado, no ano passado (2007) o Geral SJ anterior, O Pe. Peter Hans-Kolvenbach SJ decretou para abrir o noviciado SJ em Timor Leste no mês de Agosto deste ano. Ha dois eventos muito importante na história da Companhia de Jesus desta Região foram: o encontro dos Superiores Provínciais e Supeiores Maiores da Assistência da Ásia Oriental e Oceánia com o o Geral, Pe. Peter Hans-Kolvenbach, foi realizado em Timor Leste no ano de 2004 e no mês de Setembro de 2006, foi nomeado o novo Superior Maior, Pe. John D. Mace SJ (Norte-americano) substituindo o Pe. Adolfo Nicolás SJ e residente em Dili, Timor Leste.
As Obras da Companhia nesta Região
A Companhia de Jesus desta Região tem uma casa vocacional, um noviciado (vai ser aberto em agosto 2008), um colégio da escola média, uma clínica ambulante, uma Quase-paróquia, um centro pastoral da vida rural e o Serviços dos Jesuítas para os Refugiados (JRS). Além destas obras, alguns dos jesuítas desta Região trabalham no seminário Maior e Menor deocesano e na organização diocesana como assessor pastoral na evangelização, como Responsável da Casa do Retiro e como Coordenador do Apostolado da Oração.
Pe. Violanto, sj

quinta-feira, 13 de março de 2008

Igreja engajada no processo de reconciliação do Timor Leste

Diálogo, arrependimento, reconciliação, pacificação nacional: são estes os binários nos quais caminha, em maior à difícil situação política e social, a Igreja Católica em Timor Leste.
Na história da pequena república asiática de maioria católica, a Igreja sempre teve influência e ascendência na sociedade, conduzindo-a ao bem-comum, à paz e harmonia, refere a agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Atualmente, graças aos esforços de mediação de líderes católicas, parece ter-se aberto uma espiral de reconciliação para a população, abalada pelo atentado ao presidente José Ramos-Horta e a rebelião de um grupo de militares.
O próprio presidente, gravemente ferido e ainda internado em um hospital de Darwin (Austrália), deu um passo inicial, anunciando seu perdão aos autores do atentado e mostrando-se animado pelo desejo de pacificação, e não de vingança.
Entretanto, alguns líderes rebeldes deixaram entender sua disponibilidade em arrepender-se publicamente. Alguns se entregaram voluntariamente à polícia.
A obra da Igreja, que recebeu elogios e consenso em nível político e social, está produzindo seus frutos. Todos nutrem a esperança de que todo o grupo de militares rebeldes entregue as armas e abandone os propósitos de subversão, encerrando o episódio e abrindo uma nova era de paz.
O governo também se disse pronto a perdoar os rebeldes, reintegrando-os em suas funções de soldados.
A República Democrática de Timor Leste nasceu oficialmente em 20 de maio de 2002, após um período de administração transitória das Nações Unidas.
Mais de 90% da população timorense se declara católica. Por este motivo, a Igreja tem uma função importante na formação das consciências dos cidadãos timorenses.
A nação está engajada no «diálogo nacional» sobre justiça e reconciliação, que envolve membros do parlamento, organizações sociais e políticas, representantes da comunidade católica. A Igreja local acentuou a necessidade do «perdão na verdade e na justiça», essenciais para reforçar a unidade nacional.
Além de servir as carências espirituais dos mais de 665.000 fiéis nas dioceses de Dili e Baucau, a Igreja em Timor Leste oferece serviços sociais e sanitários e coordena programas de desenvolvimento para agricultores.
Entre os desafios da recém-criada nação, estão a reconstrução de infra-estruturas, escolas, hospitais e de um aparato burocrático eficiente para todos os setores da vida pública.
Fonte: Zenit

Jesuítas - Pólo Ceará

No dia 10 deste mês tivemos o nosso encontro que foi realizado em Baturité. Estavam presentes 32 jesuítas. Aprofundamos o tema da CF 2008 com a ajuda do escolástico Agnaldo, conhecemos um pouco mais a realidade do TIMOR LESTE apresentado pelo Pe. Violanto, um jesuíta timorense que está passando um mês na Paróquia do Mondubim, acolhemos os novos jesuítas que foram enviados para o Ceará - Pe. Paulo André, Pe. Raimundo, Zé Wilson e partilhamos as vivencias das comunidades. No próximo encontro será em maio na residência São Luis Gonzaga. Confiram as fotos!

CATAR INAUGURA AMANHÃ PRIMEIRA IGREJA CATÓLICA NO PAÍS

A primeira igreja católica no Catar vai ser inaugurada amanhã, na capital Doha. A nova paróquia faz parte de um complexo que vai ter também edifícios de culto para as comunidades anglicana e ortodoxa.
A construção, erguida na periferia da capital, recebeu a contribuição da organização "Ajuda à Igreja que sofre". Já o terreno foi doado pelo emir Hamad bin Khalifa Al Thani, que está aplicando uma política de diálogo inter-religioso. Em 2002, ele promoveu relações diplomáticas com a Santa Sé.
O frei capuchinho Tom Veneracion será o pároco da nova igreja dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Segundo ele, a inauguração será um evento histórico, considerando que há 14 séculos os cristãos não têm um lugar de culto no país.
A igreja não terá cruz nem sinos. Ela também não será aberta ao público, mas reservada ao culto dos fiéis, que são na sua maioria indianos, filipinos e europeus. O Catar é confiado ao Vicariato Apostólico da Península Árabe com sede em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

quarta-feira, 12 de março de 2008

35 Congregação Geral

Partiendo llenos de esperanza y de alegría
P. Francis de Melo, S.J., Provincial de Mumbay

Terminamos hoy (día 6 de marzo) los decretos escritos una y otra vez, discutidos en sus mínimos detalles y finalmente aprobados. Y una lista de “sugerencias” presentadas al P. General para la puesta en práctica por los medios de gobierno ordinario de su cargo.
Estos dos meses – iniciamos el 7 de enero y hemos terminado hoy, 6 de marzo – fueron agotadores, buscando entender el nuevo camino que se pedia de nosotros jesuitas en un mundo “marcado por profundos cambios”, y de colocarlo en palabras esequibles a las diferentes visiones, distintas culturas y experiencias.
Estas son algunas ideas claves que surgieron en nuestros decretos. Nos vemos de forma nueva en el decreto sobre nuestra identidad, Un Fuego que Enciende otros Fuegos: Redescubiendo nuestro Carisma, que retoma nuestra historia de jesuitas especialmente en sus fuentes, trayendo de vuelta la experiencia que pone al jesuita, muy sencillamente, con Cristo, en el corazón del mundo (Cf. NC 246, 4º; 223 §§ 3-4). La image central es de jesuitas entrando, con Cristo que ofrece agua viva (Cf. Juán 4,10-15) en un mundo confuso al constatar que el milagro de la vida y las oportunidades de la tecnología se transforman en un estilo de vida que no satishace, árido y asesino.
La globalización ha sido un telón de fondo importante en nuestra nueva visión de la cultura global nueva, del inmenso número de personas para las cuales ella traye amargura en tanto ofrece grandes oportunidades para muchos otros. Como lo dice el decreto “Desafíos para nuestra Misión Hoy: enviados para las Fronteras”, “nuestro compromiso con los pobres nos llama a ver el mundo desde la perspectiva de los pobres y marginados, actuando con y por ellos”. Nos llama a usar las nuevas tecnologías de comunicación, que tienen un tremendo impacto sobre todos nosotros, y “en la cambiante cultura post-moderna caminar con los jóvenes, aprendiendo de su generosidad y compasión, ayudandolos a crescer superando su fraglidad y fragmentación para una integración de sus vidas con Dios y con los demás”.
El decreto “Colaboración en el corazón de la Misión” presenta nuestro modo de trabajar con muchos que escogieron no solo de trabajar con nosotros sino también compartir nuestro sentido de misión. Esto nos desafía a compartir posiciones de liderazgo con estos colaboradores – sean laicos, religiosos o diocesanos, cristianos o de otras tradiciones – y de desarrollar oportunidades y estructuras para su formación para que conozcan el espíritu jesuita, nuestra historia y nuestra opción de misión.
El espíritu de hacer siempre más de lo esperado es visto en el decreto sobre la Obediencia, que presenta la obediencia jesuita como un modo de proceder, a ejemplo de San Ignacio, en el que el jesuita ejerce la creatividad en el cumplimiento de su misión, tal como él lo ve requerido por las circunstancias, llegando más allá de lo que se ha pedido, en el verdadero espíritu del magis.
Las “sugerencias” presentadas al Padre General para nuevas acciones abarcan temas como ecología, juventud, pueblo emigrante, comunicaciones modernas, el apostolado intelectual, etc.
Esta mañana, como una conclusión, cuatro electores presentaron sus sentimientos orantes de lo que han experimentado. Se notaba la clara percepción de que nosotros partimos llenos de esperanza y de alegría. Compartimos el sentimiento de una feliz realización, pues aun sabiendo que lo que hemos dicho no es perfecto, ciertamente dice mucho sobre dónde Dios llama hoy a nuestra Compañía.
www.cpalsj.org

terça-feira, 11 de março de 2008

Câmara dos Deputados homenageia Campanha da Fraternidade

Uma sessão solene realizada na Câmara, nesta segunda-feira, 10, homenageou a Campanha da Fraternidade de 2008, realizada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com o tema Fraternidade em Defesa da Vida. A sessão foi proposta pelos deputados Nelson Pelegrino, Geraldo Magela, José Linhares, Luiz Carlos Hauly e Nazareno Fonteles.
“O Brasil deve muito à atuação da CNBB. Em sua luta vigilante, ela foi excepcional em vários momentos. Por meio das Campanhas da Fraternidade, a CNBB traz temas prioritários à pauta nacional. Poucas entidades são capazes de tanto”, disse o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, ao discursar sobre a atuação da CNBB.
Segundo Chinaglia, a CF propõe uma discussão sobre todas as formas de ameaça à vida. “A Campanha da Fraternidade preconiza a valorização da vida em todas as suas manifestações e implicações”, afirmou. O deputado lembrou as situações que ameaçam a vida e citou a violência, a morte nas estradas, a mortalidade infantil, o trabalho escravo e a degração do “patrimônio natural”. “Esta Campanha da Fraternidade é mais uma demonstração do verdadeiro e amplo pacto da CNBB e a sociedade brasileira”, considerou.
O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), um dos autores do requerimento para a realização da sessão, lembrou que “a Campanha da Fraternidade vai além do aborto e da eutanásia”, como tem sido focado pela imprensa. “A CNBB propõe é uma discussão sobre a vida”, ponderou. "Se continuarmos degradando o planeta e consumindo os recursos naturais, como estamos fazendo, poderemos pôr em risco a própria existência humana", concluiu.
Já o deputado Magela (PT-DF) avaliou que defender a vida é pensar quais políticas públicas estão sendo adotadas e de que forma o Congresso tem pensado a questão. "A CNBB chama todos nós, não apenas os católicos, a fazer essas reflexões", disse.
Segundo o deputado padre José Linhares (PP-CE), outro solicitante da homenagem, a campanha deste ano denuncia os "sinais de morte" presentes na sociedade, como a pobreza, a exclusão, a violência, a degradação da natureza e as deficiências da saúde e da educação. Linhares criticou os que defendem a liberação de pesquisas com embriões humanos. “Independente da decisão do Supremo Tribunal Federal, permaneceremos fiéis à cláusula pétrea do evangelho e da nossa fé”, disse sob os aplausos do plenário.
O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), que também pediu a sessão, afirmou a necessidade de combater a violência recordando a morte de sua concunhada, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal de Paraná, que foi assassinada na semana passada. "O Brasil é a maior nação cristã do mundo e precisamos liderar essas mudanças nas estruturas", disse.
Dom Dimas
Ao final da sessão, foi concedida a palavra ao secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa. Ele agradeceu a homenagem da Câmara e a iniciativa dos deputados que solicitaram a sessão solene. “Nesta Campanha da Fraternidade, o que está em jogo não são os dogmas, mas a boa ciência que nos mostra a vida começa na concepção”, afirmou. “A Campanha diz respeito a todas as pessoas”, disse, lembrando que muitas lideranças têm sua vida ameaçada por defender os excluídos, citando, como exemplo, o bispo da Prelazia do Xingu, dom Erwin Kräutler, ameaçado de morte. “É preciso ir às causas da violência”, concluiu.

segunda-feira, 10 de março de 2008

Posse do Bedel (Comunidade Vocacional O Peregrino)



Entre enxada, chapéu de palha, folhas de mamão e cana-de-açúcar,ao som da música "respeita Januário", foi empossado o novo Bedel da comunidade vocacional O Peregrino. Luís Antônio, 25 anos cearense é o novo Bedel. Com um discurso de realizações para todo o semestre assume o seu posto. Recebeu das mãos do Pe. Caio, sj a enxada "seu cetro", as folhas de cana e mamão "seu buquê", seu "manto de crochê" e um típico chapéu de palha como "coroa". (RISOS)... A comunidade o acolheu em um clima de descontração regado a refrigente e chocolate.

domingo, 9 de março de 2008

"Ressuscitai os mortos" é uma ordem para todos os cristãos

Comentário do padre Raniero Cantalamessa, OFM.
V Domingo da Quaresma
Ezequiel 37, 12-14; Romanos 8, 8-11; João 11, 1-45

A ressurreição do coraçãoOs relatos do Evangelho não existem só para serem lidos, mas também para serem vividos. A história de Lázaro foi escrita para nos dizer isto: há uma ressurreição do corpo e uma ressurreição do coração; se a ressurreição do corpo ocorrerá "no último dia", a do coração sucede, ou pode ser feita, a cada dia.Este é o significado da ressurreição de Lázaro, que a liturgia quis sublinhar com a eleição da primeira leitura de Ezequiel sobre os ossos secos. O profeta tem uma visão: contempla um monte de ossos secos e compreende que representam a moral do povo, que está abatida. As pessoas vão dizendo: "Se desvaneceu nossa esperança, tudo se acabou para nós".Para eles dirige a promessa de Deus: "Eis aí que eu abro vossos sepulcros; vos farei sair de vossos túmulos... Infundirei meu espírito em vós e vivereis". Neste caso tampouco se trata da ressurreição final dos corpos, mas da ressurreição atual dos corações à esperança. Aqueles cadáveres, se diz, se reanimaram, se puseram em pé e eram "um enorme, imenso exército". Era o povo de Israel que voltava a ter esperarança, após o exílio.De tudo isso deduzimos algo que sabemos por experiência: que se pode estar mortos... inclusive antes de morrer, enquanto ainda estamos nesta vida. E não falo só da morte da alma por causa do pecado; falo também daquele estado de total ausência de energia, de esperança, de desejo de lutar e de viver que não se pode chamar com nome mais indicado que este: morte do coração.A todos aqueles que pelas razões mais diversas (fracasso matrimonial, traição do cônjuge, perdição ou enfermidade de um filho, ruínas econômicas, crises depressivas, incapacidade de sair do alcolismo, da droga) se encontram nesta situação, a história de Lázaro deveria chegar como repique de sinos na manhã de Páscoa.Quem pode dar-nos esta ressurreição do coração? Para certos males, bem sabemos que não há remédio que valha. As palavras de alento abandonam o terreno que encontram. Também na casa de Marta e Maria havia judeus para consolá-las, mas sua presença não havia mudado nada. É necessário "mandar chamar Jesus", como fizeram as irmãs de Lázaro. Invocá-lo, como fazem as pessoas sepultadas por uma avalanche ou sob os escombros de um terremoto, que chamam com seus gemidos a atenção dos resgatadores.Frequentemente as pessoas que se encontram nesta situação não são capazes de fazer nada, nem sequer de orar. Estão como Lázaro no túmulo. É preciso que outros façam algo por elas. Nos lábios de Jesus encontramos uma vez este mandamento dirigido a seus discípulos: "Curai os doentes, ressuscitai os mortos" (Mt 10, 8). O que queria dizer Jesus? Que devemos ressuscitar fisicamente os mortos? Se assim fosse, na história se contam com os dedos de uma mão os santos que puseram em prática este mandato de Jesus. Não; Jesus se referia, também e sobretudo, aos mortos de coração, aos mortos espirituais. Falando do filho pródigo, o pai diz: "Estava morto e voltou à vida" (Lc 15, 32). E não se tratava certamente de morte física, havia regressado a casa.Aquele mandato: "Ressuscitai os mortos", se dirige portanto a todos os discípulos de Cristo. Também a nós! Entre as obras de misericórdia que aprendemos desde crianças, há uma que diz: "enterrar os mortos"; agora sabemos que existe também a de "ressuscitar os mortos".
Fonte: Zenit

O milagre verdadeiro


5º Domingo da Quaresma
Evangelho narrado e comentado por Pe. Li. Música: Pe. Irala SJ, Roberto C. Ribeiro e Li Beda, Gente é o que interessa (voz: Roberto C. Ribeiro)

No evangelho de hoje, Jesus Cristo, Nosso Senhor, visita-nos. Ao entrar na família de Lázaro, criando uma relação de amizade tão intensa que fará seus destinos misturarem-se, Jesus Cristo oferece-nos o milagre da sua presença. Gente é o que interessa. É a cada um de nós, chamado pelo nome, que Deus se dirige. A volta de Lázaro à vida apenas confirma esse maravilhoso mistério.

sábado, 8 de março de 2008

Jurista e assessor da CNBB fala sobre o direito à vida

ARSENAL DA ESPERANÇA RECEBE O NOME DE DOM LUCIANO MENDES

ARSENAL DA ESPERANÇA
Em cerimônia integrante do calendário de eventos comemorativos do Centenário da Arquidiocese de São Paulo, no 1º de março, o ARSENAL DA ESPERANÇA recebeu o nome de DOM LUCIANO PEDRO MENDES DE ALMEIDA.
O Arsenal da Esperança é uma obra social que surgiu no coração da cidade de São Paulo, como um dos frutos da amizade de Dom Luciano com um italiano chamado Ernesto Olivero, que na cidade de Turim já havia fundado o primeiro arsenal, o Arsenal da Paz, onde nasceram vários projetos de ajuda humanitária e de desenvolvimento, que se implantaram em quase uma centena de países do mundo, inclusive no Brasil.
Foi graças à inspiração, principalmente, dessas duas pessoas e a vontade de servir a Deus nos mais pobres, que o Arsenal da Esperança, no último dia 1 de fevereiro, completou doze anos de existência, período este em que tem sido, mais do que uma casa de acolhida, uma casa que acolhe todos aqueles que batem às suas portas na tentativa de reencontrarem o gosto pela vida e, assim, a esperança de dias melhores.
Ao longo de todo esse período, o Arsenal da Esperança funcionou 103.800 horas sem parar, prestando inúmeros serviços de assistência e promoção humana para os mais de 28.300 homens em situação de vulnerabilidade social, já acolhidos. Nesse sentido, cabe lembrar, a título de exemplo, as 12 milhões de refeições produzidas e distribuídas no próprio local, e os 9 mil inscritos em cursos de alfabetização, de informática e profissionalizantes, tudo graças à valiosa colaboração de funcionários, voluntários, amigos e instituições parceiras, privadas e públicas, entre as quais o Governo do Estado de São Paulo merece destaque especial.
Em decorrência de tudo isto e muito mais que, diariamente, é desfrutado pelas pessoas acolhidas e que, também, é percebido pelos visitantes, o nascimento e a vida do Arsenal da Esperança estão intimamente unidos à presença e aos ensinamentos de DOM LUCIANO PEDRO MENDES DE ALMEIDA.
Pelo inestimável bem que fez por onde passou, Dom Luciano é um ser humano insubstituível, um Homem de uma bondade infinita, própria de um santo, de um verdadeiro Homem de Deus. Dom Luciano foi um amigo da Paz e da Justiça, que amou a Igreja e os Pobres, e que, apesar de já estar na eternidade do Reino de Deus, tornou-se inesquecível para todos os que, como nós do Arsenal da Esperança, tiveram o privilégio e a honra de conhecê-lo.
É por estas razões que o Arsenal da Esperança, casa em que, de 1996 a 2006, Dom Luciano se hospedou sempre que veio a São Paulo, na mesma data em que comemorará o seu 12º aniversário de existência, será dedicado a DOM LUCIANO PEDRO MENDES DE ALMEIDA, selando definitivamente a união entre ambos.

Jo 7,40-53

“Jamais um homem falou assim!” é o que os guardas disseram aos sacerdotes do Templo. Também nós devemos exclamar o mesmo a todo aquele que nos pede a razão da nossa esperança (cf. 1Pe 3,15). Devemos reconhecer nas palavras de Jesus uma sabedoria que não é deste mundo e tirar delas o sentido último das nossas vidas.
Não temamos os inimigos de Cristo, sempre dispostos a nos amaldiçoar. “Bendizei os que vos amaldiçoam” (Lc 6,28). O que é pedido de nós é coragem e firmeza para proclamar o Cristo como o verdadeiro e único Salvador da humanidade.

Pe. D. Justino Silva de Souza, OSB

Debate sobre a dignidade da mulher

A missão da Santa Sé na ONU, em Nova Iorque, promove um debate em favor da posição feminina na sociedade e sobre a justiça económica. A missão e seus colaboradores nessa iniciativa - a fundação "Path to Peace", o Centro Vicentino Igreja e Sociedade e a Sant John's University, de Nova York - organizam o evento, no contexto da reunião da Comissão da ONU sobre o estatuto da mulher, neste dia 7 de Março. O tema do encontro será "A dignidade humana das mulheres na sociedade contemporânea: justiça económica e reforço". Nele serão abordadas questões de actualidade, fundamentais nos campos social, económico e de desenvolvimento, assim como políticas e programas para o fortalecimento económico das mulheres. A atenção concentrar-se-á sobre aspectos relativos à dignidade das mulheres na sociedade contemporânea, tais como seu papel na família, questões morais, legais, económicas e sociais, e o envelhecimento em condições de dignidade e segurança.

sexta-feira, 7 de março de 2008

A Mulher e a Defesa da Vida

A Campanha da Fraternidade sobre a defesa da vida olha com especial carinho e compromisso a mulher na Igreja e na sociedade. Hoje celebramos o dia internacional da mulher. Nossa reflexão enfoca a “hora da Mulher”.
1. Todo homem nasce de uma mulher e sobrevive graças a ela. Mulher quer dizer geradora e promotora da vida. O filho de Deus também é nascido de mulher. Todos somos, em relação à mulher, “ossos de seus ossos, carne de sua carne”. Deve, pois desaparecer toda discriminação e inferioridade feminina.
2. Mais da metade da humanidade é do sexo feminino. Isso revela que a promoção da mulher é um bem pra toda a sociedade. A reconciliação do homem e da mulher, é a primeira guerra que deve ser superada. A divisão de classe mais humilhante é a que existe entre o homem e a mulher. Infelizmente essa divisão é matriz de todas as outras. Uma nova sociedade e um mundo sem males, começa pela igualdade de dignidade do homem e da mulher. Este é o sonho de Deus. Homem e mulher são como a costela: “devem andar lado a lado”, como parceiros e não um contra o outro, nem um maior que o outro. O sonho divino é o de “uma só carne”, ou seja, de comunhão, unidade, respeito, complementaridade.
3. Famosas mulheres marcam a história da salvação e a sociedade atual. Como não reconhecer a força e a ternura da mulher nas escolas, hospitais, Igrejas, empresas, partidos etc? A família, porém, é lugar privilegiado onde homem e mulher, na condição de esposos e pais, influem poderosamente na educação dos filhos e na construção da sociedade. A libertação e emancipação da mulher não podem roubá-la de junto à família. O feminismo radical já foi revisto e redimensionado por feministas radicais. Há linhas feministas que beiram o revanchismo, o fanatismo, o radicalismo. Isso mais prejudica que constrói.
4. Na Igreja, Maria é anterior a Pedro. O perfil mariano tem prioridade ao perfil petrino. A mulher e leiga Maria é a mãe e discípula de Jesus. Partindo de Maria abrem-se muitas portas para novos ministérios da mulher. Quando não se leva a sério o feminino que se carrega dentro de si e que está na sociedade e na Igreja, corre-se o risco de ser prejudicado pela efeminação ou pelo machismo.
6. O mundo machista é frio, prepotente, patriarcal. Criou a guerra, a destruição da natureza, o crime organizado, as gangs, a anarquia. Já a mulher é mais criativa, intuitiva, dotada de bom senso e calor humano. Homem e mulher foram criados para serem companheiros, parceiros, aliados, con-criadores, complementares. Um aprende do outro, cresce com o outro, se encontro no outro. Sua vocação é para a comunhão no amor. Machismo e feminismo radicais são aberrações. É hora de superar o competitivo e abraçar o cooperativo, e inventar caminhos novos, pois o que faz a evolução é a confraternização, a associação, a colaboração.

* Dom Orlando Brandes é arcebispo de Londrina (PR) e presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB

Eucarístia de encerramento da CG 35

  • En una lluviosa tarde, la eucaristía tuvo lugar a las 6.00 pm. A Clausura diferencia de la misa de apertura o de acción de gracias tras la elección, en esta ocasión no hubo multitud de periodistas deseosos de obtener fotos del nuevo Superior General de los jesuitas. Lo que sí hubo fueron muchísimos amigos y amigas de la Compañía, así como jesuitas de las casas de Roma, que llenaron la Iglesia del Gesú en una misa que resultó a la vez sencilla y solemne. Una vez más, el P. Vlastimil Duka dirigió un coro que llenó magistralmente la iglesia, terminando con un Te Deum mientras los consejeros del Padre General añadían incienso un brasero situado en el altar mayor. Cansados tras dos meses de intenso trabajo, pero satisfechos por el camino realizado, los delegados se han dado hoy el signo de paz cargado de afecto, entre compañeros y amigos que han rezado, discutido, escrito, debatido, y vivido una honda experiencia de Compañía y de Iglesia. Finalmente, tras dos meses con la atención puesta en Roma, la Compañía vuelve a su ritmo ordinario. Tras la eucaristía los primeros delegados emprendían ya los viajes de vuelta, que en los próximos días llevarán a los más de 200 jesuitas movilizados por la Congregación a todos los rincones del mundo.

Jo 7,1-2.10.25-30

4ª SEMANA DA QUARESMA
Jesus hoje sobe às ocultas a Jerusalém. Por vezes, Jesus também visita às ocultas a sua Igreja, que somos nós. Ele nos visita na pessoa do pobre, do enfermo, do endividado, de todos aqueles que sofrem. Somos capazes de reconhecê-lo? Ou será que reagimos como os habitantes de Jerusalém, que diziam: “esse nós sabemos de onde é...” (v. 27).
Não aconteça também a nós de desprezarmos o Senhor do universo quando ele se manifesta nas nossas vidas. Peçamos então a Deus que ele nos dê olhos e coração para reconhecê-lo nas visitas que ele nos faz, a fim de provar a nossa fidelidade e humildade.

Pe. D. Justino Silva de Souza, OSB

Conclusión de la CG35

El P. Mark Rotsaert, cuyo cargo como Secretario General de la Congregación había terminado pocas horas antes, estaba de pié delante de todos los delegados concelebrantes de la eucaristía que marcó el final de la Congregación General 35 de la Compañía de Jesús.
Quería decir unas palabras de agradecimiento al Padre General Adolfo Nicolás, quien horas antes había ya agradecido incansablemente a todos los demás. Rotsaert comentó que el P. Nicolás fue probablemente el único sorprendido el día de su elección, ya que todos los demás delegados estaban seguros de que era el Espíritu Santo quien guiaba el proceso de elección. “Hoy, dos meses más tarde”, dijo Rotsaert, “estamos confirmados en el acierto, hemos elegido bien, hemos escuchado bien al Espíritu.” A pesar de que el Padre Nicolás no habló mucho durante la segunda parte de la Congregación, “ha marcado el tono caluroso, cercano, de afecto, que ha guiado el frecuentemente difícil proceso de escribir decretos de temas tan amplios y difíciles.”En una lluviosa tarde, la eucaristía tuvo lugar a las 6.00 pm. A diferencia de la misa de apertura o de acción de gracias tras la elección, en esta ocasión no hubo multitud de periodistas deseosos de obtener fotos del nuevo Superior General de los jesuitas. Lo que sí hubo fueron muchísimos amigos y amigas de la Compañía, así como jesuitas de las casas de Roma, que llenaron la Iglesia del Gesú en una misa que resultó a la vez sencilla y solemne. Una vez más, el P. Vlastimil Duka dirigió un coro que llenó magistralmente la iglesia, terminando con un Te Deum mientras los consejeros del Padre General añadían incienso un brasero situado en el altar mayor. Cansados tras dos meses de intenso trabajo, pero satisfechos por el camino realizado, los delegados se han dado hoy el signo de paz cargado de afecto, entre compañeros y amigos que han rezado, discutido, escrito, debatido, y vivido una honda experiencia de Compañía y de Iglesia. Finalmente, tras dos meses con la atención puesta en Roma, la Compañía vuelve a su ritmo ordinario. Tras la eucaristía los primeros delegados emprendían ya los viajes de vuelta, que en los próximos días llevarán a los más de 200 jesuitas movilizados por la Congregación a todos los rincones del mundo.