terça-feira, 31 de maio de 2011

A VISITAÇÃO DE MARIA



CELEBRAÇÃO NO ENCERRAMENTO DO «MÊS DE MARIA»

HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II

31 de Maio de 1979

"Feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor" (Lc. 1, 45).

1. Com esta saudação, a idosa Isabel exalta a jovem parenta Maria, que foi, humilde e pudica, apresentar-lhe os seus serviços. Sob o impulso do Espírito Santo, a mãe do Baptista começa por proclamar, na história da Igreja, as maravilhas que Deus operou na jovem de Nazaré, e vê plenamente realizada em Maria a bem-aventurança da fé, porque ela acreditou no cumprimento da palavra de Deus.

No encerramento do mês de Maria, nesta esplêndida noite romana, junto da gruta de Lurdes, devemos reflectir, Irmãs e Irmãos caríssimos, na que foi a atitude interior e fundamental da Virgem Santíssima para com Deus: na sua fé. Maria acreditou! Acreditou nas palavras do Senhor, transmitidas pelo Anjo Gabriel; o seu coração puríssimo, já completamente consagrado a Deus desde a infância, dilatou-se na Anunciação no «Fiat» generoso, incondicionado, com que Ela aceitou tornar-se a Mãe do Messias e Filho de Deus: desde aquele momento, inserindo-se Ela ainda mais profundamente no plano de Deus, far-se-á conduzir pela mão da misteriosa Providência e, durante toda a vida, radicada na fé, seguirá espiritualmente o seu Filho, tornando-se a sua primeira «discípula» perfeita e realizando quotidianamente as exigências de tal seguimento segundo as palavras de Jesus: Quem não toma a sua cruz para vir após Mim, não pode ser Meu discípulo (Lc. 14, 27).

Assim Maria avançará por toda a vida na «peregrinação da fé» (Cfr. Const. dogm. Lumen Gentium, 58), enquanto o seu dilectíssimo Filho, incompreendido, caluniado, condenado e crucificado Lhe traçará, dia após dia, um caminho doloroso, premissa necessária para aquela glorificação, cantada no «Magnificat»: todas as gerações me hão-de chamar ditosa (Lc. 1, 48). Mas antes, Maria deverá subir, também ela, ao Calvário, para assistir, dolorosa, à morte do seu Jesus.

2. A festa da Visitação apresenta-nos outro aspecto da vida interior de Maria: a sua atitude de humilde serviço e de amor desinteressado por quem se encontra em necessidade. Ela acaba de saber do Anjo Gabriel o estado da sua parenta Isabel, e imediatamente se põe em viagem para a montanha, a fim de chegar «depressa» a uma cidade da Judeia, a actual «Ain Karem». O encontro das duas Mães é também o encontro entre o Precursor e o Messias, que, pela mediação da sua Mãe, começa a operar a salvação fazendo saltar de alegria João o Baptista ainda no seio da mãe.

Ninguém jamais viu a Deus; se nos amarmos uns aos outros, Deus está em nós ... Dele temos este mandamento: quem ama a Deus, ame também a seu irmão (1 Jo. 4, 12.21), dirá São João o evangelista. Mas quem, melhor do que Maria, tinha posto em prática esta mensagem? E quem, senão Jesus, que Ela trazia no seio, a impelia, a incitava, a inspirava a esta contínua atitude de serviço generoso e de amor desinteressado para com os outros? O Filho do Homem... não veio para ser servido, mas para servir (Mt. 20, 28), dirá Jesus aos seus discípulos; mas a sua Mãe já tinha realizado perfeitamente esta atitude do Filho. Ouçamos de novo o célebre comentário, cheio de unção espiritual, que Santo Ambrósio faz da viagem de Maria: «Feliz de realizar o seu desejo, delicada no seu dever, dedicada na sua alegria, apressou-se em direcção da montanha. Para onde, senão para o alto, devia tender Aquela que já estava repleta de Deus? A graça do Espírito Santo não conhece obstáculos, que demorem o passo» (Expositio Evangelii secundum Lucam, II, 19: CCL 14, pág. 39).

E se refletirmos com particular atenção sobre a passagem da Carta aos Romanos, ouvida há pouco, damo-nos conta de que brota dela uma imagem eficaz do comportamento de Maria Santíssima, para a nossa edificação: a sua caridade não teve fingimentos; amava profundamente os outros; fervorosa no espírito, servia o Senhor; alegre na esperança; forte na tribulação, perseverante na oração; solícita pelas necessidades dos irmãos (Cfr. Rom. 12, 9-13).

3. «Alegre na esperança»: a atmosfera que invade o episódio evangélico da Visitação é a alegria: o mistério da Visitação é um mistério de alegria. João Baptista exulta de alegria no seio de Santa Isabel; esta, cheia de alegria pelo dom da maternidade, prorrompe em bênçãos ao Senhor; Maria eleva o «Magnificat», hino todo repleto da alegria messiânica.

Mas qual é a misteriosa fonte escondida de tal alegria? É Jesus, que Maria já concebeu nor obra do Esnírito Santo, e que já começa a derrotar aquilo que é a raiz do medo, da angústia e da tristeza: o pecado, a mais humilhante escravidão para o homem.

Esta noite celebramos juntos o encerramento do mês mariano de 1979. Mas o mês de Maio não pode terminar; deve continuar na nossa vida, porque a veneração, o amor e a devoção a Nossa Senhora não podem desaparecer do nosso coração, pelo contrário devem crescer e exprimir-se num testemunho de vida cristã, modelada pelo exemplo de Maria, «o nome da bela flor que eu sempre invoco / de manhã e à noite» como canta o poeta (Dante Alighieri DANTE ALIGHIERI, A Divina Comédia, Paraíso XXIII, 88).

Ó Virgem Santíssima, Mãe de Deus, Mãe de Cristo, Mãe da Igreja, olha-nos clemente nesta hora!

Virgo Fidelis, Virgem fiel, pede por nós! Ensina-nos a crer como creste tu! Faz que a nossa fé em Deus, em Cristo e na Igreja, seja sempre límpida, serena, corajosa, forte e generosa.

Mater Amabilis, Mãe digna de amor! Mater Pulchrae dilectionis, Mãe do amor formoso, pede por nós! Ensina-nos a amar a Deus e aos nossos irmãos, como tu os amaste: faz que o nosso amor para com os outros seja sempre paciente, benigno e respeitoso.

Causa nostra letitiae, Causa da nossa alegria, pede por nós! Ensina-nos a saber colher, na fé, o paradoxo da alegria cristã, que nasce e floresce do sofrimento, da renúncia, da união com o teu Filho crucificado: faz que a nossa alegria seja sempre autêntica e plena, para a podermos comunicar a todos!

Amém!

(Fonte:
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/1979/documents/hf_jp-ii_hom_19790531_mese-mariano_po.html)

É BOM QUE EU VÁ!

Jo 16,5-11



"Agora eu vou para aquele que me enviou, e nenhum de vós me pergunta: ´Para onde vais?` Mas, porque vos falei assim, os vossos corações se encheram de tristeza. No entanto, eu vos digo a verdade: é bom para vós que eu vá. Se eu nao for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós. Quando ele vier, acusará o mundo em relação ao pecado, à injustiça e ao julgamento. Quanto ao pecado: eles não acreditaram em mim. Quanto à justiça: eu vou para o Pai, de modo que não mais me vereis. E quanto ao julgamento: o chefe deste mundo já está condenado".




Os evangelhos falam da consciência de Jesus de ter sido enviado ao mundo pelo Pai, com a missão de oferecer salvação à humanidade. Sua presença seria uma luz brilhando nas trevas, para mostrar aos seres humanos o caminho a seguir.



Uma vez cumprida a missão, voltaria para junto de quem o enviou, como acontece com quem é incumbido de realizar uma tarefa. Assim, Jesus entendia a morte que se aproximava. Encarava-a com realismo, sem se deixar abater pela dureza do que antevia. Conhecia, muito bem, as dimensões do ódio nutrido contra ele pelos inimigos e a firme decisão de eliminá-lo.



Os discípulos, como era de se esperar, ficavam incomodados com as palavras do Mestre. A perspectiva de perdê-lo deixava-os confusos e tristes. Mas Jesus percebia um elemento positivo no fato de voltar para junto do Pai: seria a ocasião para os discípulos receberem o dom do Espírito Santo e, assim, iniciarem a missão que lhe incumbia. A partida do Mestre seria, pois, uma coisa boa! Os discípulos teriam a chance de dar mostras da maturidade da fé e da profundeza da adesão e fidelidade ao Mestre. Enquanto o tivessem consigo, esperariam dele a iniciativa de testemunhar o Reino. Sem ele, a missão estaria em suas mãos.



Oração


PAI, COM A PARTIDA DO FILHO PARA JUNTO DE TI, REVESTE-ME DO ESPÍRITO QUE ME DÁ FORÇA PARA CUMPRIR COM CORAGEM A MISSÃO QUE DEVO REALIZAR.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Despertar Vocacional - Núcleo Recife








Domingo dia 29 aconteceu no núcleo Recife o terceiro Despertar VocacionaL. Dessa vez foi misto, rapazes e moças do Liceu Nóbrega e da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus. O tema do encontro foi: A vida de Santo Inácio com um olhar voltado para os dias de hoje. Houve momento de oração, reflexão e claro o descontraído futebol ao som de uma bandinha organizada pelos adolescentes. Tudo isso, em ritmo de alegria e amizade.

Ir. Bira,SJ

Retiro Inaciano para Universitários

JOVENS REUNIDOS NA COMUNIDADE VOCACIONAL


Ontem, dia 29 de maio, tivemos na Comunidade Vocacional São Pedro Claver a presença de alguns crismandos da comunidade do Fluminense que vieram participar de uma manhã de oração, que teve como tema “A sede do Deus Vivo”, orientado pelos vocacionados Alexandre e Pedro.
No final do encontro os jovens comentaram que, embora tenha sido um domingo normal, mas com amigos e a presença de Deus, algo que parece ser simples, foi um dia inesquecível e marcante.
Viva cada momento como se fosse único, aproveite as oportuni
dades e atenda o chamado de Deus que é Pai” Rayane, crismanda.

Os jovens que participam do Grupo de Aprofundamento Vocacional Inaciano (GAVI) também estiveram na Comunidade Vocacional em seu encontro mensal.


SEJA VERDADEIRO CONSIGO MESMO...

Para mostrar o sucesso que não têm,
muitas pessoas vivem se enganando.
No começo, mentem para os outros,
depois mentem para si mesmas.
Com o passar do tempo,
tornam-se escravas das mentiras que criaram!

QUANDO CHEGAR A HORA!

Jo 15,26-16,4a "Quando, porém, vier o Defensor que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. E vós, também, dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. Eu vos disse estas coisas para que vossa fé não fique abalada. Sereis expulsos das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos matar, julgará estar prestando culto a Deus. Agirão assim por não terem conhecido nem ao Pai, nem a mim. Eu vos falei assim, para que vos recordeis do que eu disse, quando chegar a hora".

Os discípulos foram exortados a se recordar das palavras e da promessa do Mestre, "quando chegar a hora". No horizonte, está a missão a ser levada adiante, com os desafios inerentes ao testemunho exigido. Nada de pensar em sucesso fácil e reconhecimento! O caminho trilhado seria feito de perseguição e morte.
Seria "a hora" de tomar consciência da ação do Espírito dado pelo Mestre, como força para enfrentar as adversidades. Tudo dependeria da abertura do discípulo, para acolhê-lo como dom e deixar-se guiar por ele. Seria o momento de perceber a fortaleza para não se dobrar diante da maldade dos opositores; a sabedoria para fazer frente aos argumentos; e a capacidade para não se desesperar com um sofrimento demasiadamente longo.
A recordação do testemunho de muitos cristãos perseguidos ou que deram a vida pela fé permite constatar a veracidade das palavras de Jesus. As terríveis pressões são incapazes de dobrar pessoas frágeis e indefesas, por terem consigo o Espírito dado pelo Filho, da parte do Pai. Só a presença e a ação do Espírito explicam a fortaleza de ânimo e a audácia de quem, desarmado, enfrenta as forcas contrárias ao Reino de Deus. Sem ele, haveriam de sucumbir e renegar a fé.

Oração
PAI, NA HORA DAS TRIBULAÇÕES POR CAUSA DA FE, QUE ME RECORDE DAS PROMESSAS DE JESUS E DEIXE TEU ESPÍRITO DE FORTALEZA AGIR EM MIM.

domingo, 29 de maio de 2011

O ESPÍRITO DEFENSOR

Jo 14,15-21 "Se me amais, observareis os meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor, que ficará para sempre convosco: o Espírito da Verdade, que o mundo não é capaz de receber, porque não o vê, nem o conhece. Vós o conheceis, porque ele permanece junto de vós e está em vós. Não vos deixarei órfãos: eu voltarei a vós. Ainda um pouco de tempo e o mundo não mais me verá; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. Naquele dia sabereis que eu estou no meu Pai, e vós em mim, e eu em vós. Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele".

Os discípulos de Jesus jamais estão sós nas dificuldades e perseguições. O Mestre prometeu-lhes enviar o Espírito, que lhes sustentaria o ânimo, de forma a vencerem os desafios, embora devendo passar por sofrimentos e, até mesmo, pela morte.

O Espírito a ser concedido atuaria junto aos discípulos como "paráclito". O termo grego, às vezes, é traduzido como consolador. A tradução está correta se o contexto da consolação forem as perseguições, quando o discípulo é tentado a deixar tudo. E se o efeito da consolação consistir em reforço de ânimo para levar adiante o testemunho da fé, sem se deixar abater. Portanto, não se trata de consolação em contexto de tristeza banal ou de frustração de um projeto ligado a ambições pessoais, sem se configurar como serviço ao Reino e ao próximo necessitado.
O discípulo tem junto de si o Espírito para animá-lo e incentivá-lo a prosseguir. È a experiência que fará ao ver-se vencedor diante de situações que, à primeira vista, pareciam insuperáveis e o fracasso, iminente. Por que foram capazes de seguir adiante? A resposta é: porque tinham consigo o Espírito a lhes dar coragem para se manterem firmes na fidelidade ao Mestre Jesus.

Oração
PAI, PREPARA MEU CORAÇÃO PARA ACOLHER O ESPÍRITO QUE TEU FILHO ME CONCEDE, PARA ME MANTER FIEL NAS PROVAÇÕES.

REGIÃO AMAZÔNICA (BAM) TEM NOVO SUPERIOR



Pe. Adelson Araújo dos Santos foi nomeado pelo Pe. Geral Adolfo Nicolás


como o novo Superior da Região Amazônica da Companhia de Jesus.






sábado, 28 de maio de 2011

NOVIÇOS JESUÍTAS EM RETIRO DE 30 DIAS




Hoje, 28/05, os noviços jesuítas da Província Brasil Nordeste e Região Amazônica deram início a profunda experiência dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de 30 dias, na Casa de Retiros São José, na Ilha de Itaparica, Mar Grande-BA.




O Pe. Kleber, Mestre de Noviços, acompanha essa experiência.




Rezemos pelo bom êxito do retiro.

ALDEIA-PE SE PREPARA PARA A ORDENAÇÃO DO DIAC. ERINALDO

Nesta semana foi dado início as atividades em preparação à Ordenação Presbiteral do nosso companheiro Diác. Erinaldo (núcleo Piauí/Maranhão).
Pe. Roberto e Ir. Bira (Núcleo Pernambuco/Alagoas) visitaram duas escolas em Aldeia-PE para falar sobre a chegada dos Jesuítas ao Brasil e os Jesuítas hoje: missão, carisma e espiritualidade. A acolhida foi fervorosa dos alunos e a notícia de ser a ordenação do “filho da terra” já se espalha em Aldeia e a alegria das pessoas é presente em cada rosto. (Ir. Bira, SJ)













quinta-feira, 26 de maio de 2011

II VIGÍLIA DA JUVENTUDE - Paróquia de N. S. do Perpétuo Socorro - Fortaleza

Na noite do sábado, 21/05, aconteceu a IIª VIGÍLIA DA JUVENTUDE na nossa paróquia do Mondubim, em Fortaleza. Mais de 200 jovens estavam presentes e passaram a noite inteira participando da vasta programação da vigília desse ano. Todos os vocacionados da Comunidade Vocacional se fizeram presentes, além dos padres Laércio e Agnaldo. A vigília foi encerrada com a celebração da eucaristia no raiar do dia. Postamos aqui algumas fotos desse grande momento na vida da nossa juventude e outro dia detalharemos mais o que aconteceu ao longo da vigília.










A organização da Vigília foi feita pelo GTJ paroquial. Tivemos a participação da Irmã Delma Do Cenáculo, do Ricardo (jornalista e sociológo) leigo de nossa paróquia que tem nos ajudado bastante na formação da Juventude, da Família Cristã, da PJMP, LUz do Mundo, Catequistas de Crisma, Universitários etc... Continuemos firmes, a juventude está com o coração aquecido. AMDG.

UM AMOR DE QUALIDADE




Jo 15,9-11
"Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa".

A relação de Jesus com os discípulos foi marcada por um amor exemplar, nos moldes daquele recebido do Pai.

Como Deus amou Jesus? O amor do Pai está na raiz da existência de Jesus, o Filho querido, a quem o Pai amava e no qual se comprazia. O Pai deu-se a conhecer ao Filho, revelando a identidade de Deus Amor. E, mais, enviou-o ao mundo com a missão de salvá-lo e colocá-lo no caminho da salvação. Ensinou-lhe o que haveria de proclamar e deu-lhe o poder de realizar gestos grandiosos em favor da humanidade, para recuperar-lhe a dignidade. Enfim, revestiu-o com seu Espírito, do qual lhe provinha a autoridade para falar sem se deixar intimidar pelos inimigos.

Como Jesus amou os discípulos, inspirado no amor do Pai? Chamou-os para junto de si, para formar comunidade de vida e missão. Instruiu-os com um modo de proceder irrepreensível, todo voltado para o amor e o serviço aos necessitados. Instruiu-os com autoridade, mas também com bondade, ajudando-os a superar os elementos negativos da personalidade deles e as ambições incompatíveis com o projeto do Reino. Sobretudo, chegou ao extremo de entregar a própria vida, sendo pregado na cruz, como testemunho supremos de fidelidade ao Pai.

Sendo assim, a atitude mais inteligente do discípulo consistirá em permanecer no amor do Mestre Jesus, por ser caminho de vida e de comunhão com o Pai. Só o discípulo insensato terá a ousadia de romper com tal amor. Ao longo do ministério de Jesus, houve quem foi capaz de tamanho desatino.



Oração

PAI, FAZE-ME PERSEVERAR NO AMOR A TEU FILHO, POR SER CAMINHO DE COMUNHÃO CONTIGO

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Encontro com universitários

UNIDOS A JESUS

Jo 15, 1-8
"Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, ele corta; e todo ramo que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que vos falei. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto; pois sem mim, nada podeis fazer. Quem não permanecer em mim será lançado fora, como um ramo, e secará. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será dado. Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos."



O discipulado cristão supõe uma estreita união com o Mestre. Jesus usou a metáfora da videira e do ramo para ilustrar essa dimensão fundamental na vida do discípulo. Quem está unido a Jesus produz os frutos esperados de quem o segue: a misericórida, a solidariedade e o perdão.

Rompidos os vínculos, o discípulo caminhará na contramão do projeto do Reino e será incapaz de perdoar, terá o coração fechado para a misercórdia e a solidariedade. Neste caso, poderá ser lançado fora, pois não se pode conceber um discípulo estéril.

A união com o Mestre está na dependência do discípulo. Não acontece sob pressão nem, tampouco, lhe atropelando a liberdade. O mesmo seja dito da ruptura com o Mestre. Será, também, decorrência de uma escolha livre. Em ambos os casos, estarão implicados a abertura ou o fechamento à graça de Deus. Quando existe docilidade à ação do Espírito, a união com o Mestre se consolida sempre mais. É o que se espera do discípulo fiel.



Oração

PAI, REFORÇA MINHA UNIÃO COM TEU FILHO JESUS, DE MODO QUE EU POSSA PRODUZIR OS FRUTOS DE AMOR ESPERADOS POR TI.

ENCONTRO DE MESTRES E IRMÃOS JESUÍTAS


Durante os dias 6, 7 e 8 de maio, nós, mestres e irmãos em formação da Província, estivemos reunidos na residência Padre Manoel da Nóbrega, em Recife. Nosso encontro foi marcado e enriquecido a partir de três momentos fundamentai: partilha de vida, convivência e estudo em grupo.
Respeitando o ânimo e disposição de cada um, fomos todos nos colocando como estamos vivendo e encarando esse tempo de formação cujo caráter apostólico deve ser “a tarefa regular e principal em nossa vida”. Considerando que a Companhia tem consciência do que se espera do jovem jesuíta durante o Magistério ou do irmão após o Juniorado, fizemos uso dos textos (Etapas de Formação e Diretrizes da formação da Companhia de Jesus no Brasil) que inspiram e norteiam tais etapas de formação. Esse exercício nos ajudou a retormar o processo vivido por cada um e considerar a atual conjuntura de formação desenvolvida nas perspectivas da Companhia no Brasil e no Nordeste. Enriquecemos nossa compreensão do processo formativo na Companhia ao nos permitirmos retomar algumas percepções desse estudo e confrontá-las com a vivência e compreensão elaboradas pelo Pe. Pedro Rubens.
A convivência foi algo presente durante todo encontro, porém, destacamos nossa presença em duas atividades: apresentação na Aliança Francesa do grupo de MPB da UNICAP, que homenageou alguns cantores recifenses. Essa foi uma das várias apresentações do grupo que acontece em 2011, em função dos 60 anos da Universidade Católica de Pernambuco e a exposição do trabalho fotográfico do nosso companheiro Paulo Airton que aconteceu na própria UNICAP.
Terminamos gratos à Comunidade Padre Manoel da Nóbrega pela acolhida e disposição.


E. José Célio, SJ

terça-feira, 24 de maio de 2011

VOU E VOLTAREI

Jo, 14, 27-31a




"Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não é à maneira do mundo que eu a dou. Não se perturbe, nem se atemorize o vosso coração. Ouvistes o que eu vos disse: 'Eu vou, mas voltarei a vós'. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais. Já não falarei mais convosco, pois vem o chefe deste mundo. Ele não pode nada contra mim. Mas é preciso que o mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai mandou".

No processo de formação dos discípulos, Jesus cuidou de previnir o apego a sua pessoa, enquanto presença físico-material. A visão de Reino e a vastidão da missão exigiam um tipo de relação na qual, junto com uma ligação profunda entre o Mestre e os discípulos, no âmbito existencial e espiritual, houvesse a capacidade de prescindir do contato físico, como pré-requisito para a fildelidade e a perseverança.
Os discípulos assimilaram essa dimensão do discipulado com grande dificuldade. A possibilidade da perda do Mestre parecia jogá-los na orfandade. Sem ter a quem recorrer nas inúmeras dificuldades da missão, ficariam inseguros, com o temor de não estarem agindo corretamente. Com o Mestre por perto, as questões seriam resolvidas com facilidade. O grupo, sem o Mestre, correria o risco de ficar à mercê das brigas de poder entre os próprios discípulos. Por isso, quando Jesus falou de sua partida, o temor tomou conta do coração deles.
O discípulo maduro está em condições de viver a fé com confiança, sem se deixar afogar pelos problemas a serem enfrentados, até mesmo no interior da comundiade. Quanto mais maturidade no comportamento, tanto maiores serão os indícios de ter atingido a maturidade da fé.




Oração


PAI, QUE A MATURIDADE DE MINHA FÉ SEJA DEMONSTRADA NO MEU COMPORTAMENTO COMPATÍVEL COM O MODO DE PROCEDER DO DISCÍPULO FIEL.

NOSSA SENHORA DA ESTRADA


O culto a Nossa Senhora da Estrada chegou ao Brasil através dos jesuítas e é difundido até hoje pela Pastoral Rodoviária, serviço oferecido pela Igreja Católica e único no mundo, existente no Brasil desde 1976.

Desde os primeiros séculos, os cristãos pedem a proteção da Virgem Maria ao viajarem, porque Ela vivenciou os perigos das estradas, carregando seu filho Jesus, nos braços, ao lado do bom José. Naqueles tempos viajar pelas estradas era uma aventura arriscada, que podia custar a própria vida. A cada passo havia uma dificuldade, por causa do deserto, do mato fechado, dos pântanos e dos rios sem pontes. Sem contar com o perigo eminente das feras selvagens e dos salteadores. A tradição mais antiga da invocação a Nossa Senhora da Estrada teve início no começo século XIII, na Itália. Nessa época um desconhecido colocou um quadro com a imagem de Maria e o menino Jesus, de autoria anônima, numa velha capelinha à beira da estrada, logo na saída de um dos caminhos que ligavam Roma ao interior.

Os viajantes ficaram surpresos e felizes. Passaram a parar diante da capelinha para orar a Deus pedindo a sua proteção com a ajuda da Virgem Maria. A divulgação do culto correu rápida alcançando toda a cristandade, do Ocidente e do Oriente. Muitas igrejas foram erigidas e colocadas sob a invocação de Nossa Senhora da Estrada. A mais antiga era aquela capelinha, mas foi derrubada, reconstruída e dedicada à Santa Maria da Estrada, onde o quadro original permaneceu para a veneração dos fiéis.

Mais tarde, tornou-se uma igreja importante para os jesuítas, porque foi a primeira a lhes ser confiada pelo Papa Paulo III, em 1541. Três anos depois, anexa a ela se construiu a casa da Companhia de Jesus, ou ‘casa de La Strada’ onde o fundador da recente Ordem viveu até o final da vida.

De novo, em 1602, a igreja foi demolida, desta vez com parte da casa anexa, para dar para dar lugar à igreja titular da Companhia de Jesus. Entretanto, dentro do novo templo, chamado igreja ‘del Gesú’ construíram uma pequena réplica da capelinha para abrigar o quadro original da imagem de Nossa Senhora da Estrada. Em algumas localidades essa imagem é venerada com o nome de Nossa Senhora dos Viajantes. O dia de sua festa é 24 de maio. Uma das mais belas orações dedicada à Nossa Senhora da Estrada foi escrita pelo Papa Pio XII, em 1957, e diz assim:

“Ó doce Maria Nossa Mãe Celeste, sê guia dos nossos passos nas Estradas muitas vezes pedregosas de nossa vida, e quando esta chegar ao seu fim, sê para nós porta do céu e mostra-nos o fruto Bendito de Teu Ventre, Jesus”. (Papa Pio XII)

domingo, 22 de maio de 2011

AMAR É GUARDAR A PALAVRA

Jo 14, 21-26
"Quem acolhe e cumpre os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele. Judas (não o Iscariotes) perguntou-lhe: "Senhor, como se explica que tu te manifestarás a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu-lhe: "Se alguém me ama, cumpre a minha palavra; meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. Quem não me ama, não cumpre as minhas palavras. E a palavra que ouvis não é minha, mas do Pai que me enviou. Eu vos tenho dito estas coisas enquanto estou convosco. Mas o Defensor, o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito".

O discipulado cristão é feito de escuta da palavra do Mestre e obediência ao que é ensinado. O discípulo demonstrará amá-lo, exatamente, ao se dispor a escutá-lo e a obedecer-lhe. O motivo é simples. Amar diz respeito a relações interpessoais fundadas na benevolência, na abertura mútua de coração e na comunhão de interesses. Jamais existirá amor nas relações fundadas na malquerênça, na suspeita e no conflito de ideias. Quando o discípulo se dispõe a construir ligações autênticas com o Mestre, resultará daí um amor consistente, que o tornará sensível às palavras do Mestre e o predisporá para que se tornem pauta de ação.
Jesus deu à relação com os discípulos uma projeção transcendente ao inserir nela o Pai. Quem amar Jesus será amado pelo Pai e vai se tornar lugar de habitação de ambos. é o coração do discípulo transformado em morada do Pai e do Filho. Por conseguinte, o discípulo cheio de amor torna-se lugar onde Deus pode ser encontrado, como se fosse um sacrário vivo.
Só o discípulo consciente de sua dignidade será capaz de se lançar na aventura do amor que o projeta no coração de Deus.

Oração
PAI, QUE MEU AMOR PELO FILHO JESUS PREPARE-ME PARA ACOLHER-TE COMO HOSPEDE DE MEU CORAÇAO.

IR. DULCE É BEATIFICADA EM SALVADOR

Deixou “um prodigioso rasto de caridade ao serviço dos últimos”, diz Papa.

Irmã Dulce (1914-1992) foi beatificada no final da tarde deste domingo, em cerimônia realizada no Parque de Exposições de Salvador, com a presença de cerca de 70 mil fiéis.

Presidiu à cerimônia o cardeal Geraldo Agnelo, arcebispo emérito de Salvador. Estavam presentes o núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, o arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, entre outros clérigos.

A imagem oficial da beata Irmã Dulce estava colocada no palco e foi descerrada ao final da missa.

Milhares de pessoas estavam reunidas no Parque de Exposições desde o início da tarde. Antes da missa de beatificação, houve shows, testemunhos e a encenação de uma peça de teatro que retratou a vida de Irmã Dulce.

Cláudia Cristina, que recebeu o milagre por intercessão de Irmã Dulce – a cura de uma forte hemorragia não controlável durante o parto –, emocionou-se ao falar da graça, que teve reconhecimento do Vaticano no processo de beatificação.

"Estou muito agradecida. Confio em Deus e não sabia da história de Irmã Dulce, mas o milagre é incrível. Por tudo que passei, não era para eu estar aqui hoje. Basta crer, que tudo é possível. Eu acredito totalmente no milagre", disse, entre lágrimas, segundo refere o jornal A Tarde.

Os pequenos atos de amor de Irmã Dulce se traduziram em grandes obras sociais: ela fundou a União Operária de São Francisco, um movimento cristão de operários na Bahia.

Mais tarde, começou a refugiar pessoas doentes em casas abandonadas em uma ilha de Salvador. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares.

Por fim, instalou-os no galinheiro do Convento Santo Antônio, que improvisou em albergue e que deu origem ao Hospital Santo Antonio, o centro de um complexo médico, social e educacional que continua com as portas abertas para os pobres da Bahia e de todo o Brasil.

O incentivo para construir a sua obra, Irmã Dulce teve do povo baiano, de brasileiros dos diversos estados e de personalidades internacionais. Em 1988, ela foi indicada pelo governo brasileiro para o Prêmio Nobel da Paz.

Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, na sua primeira visita ao país, o incentivo para prosseguir com a sua obra. Os dois voltariam a se encontrar em 20 de outubro de 1991, na segunda visita do Sumo Pontífice ao Brasil.

João Paulo II fez questão de quebrar o rigor da sua agenda e foi ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada, no seu leito de enferma. (Fonte ZENIT)

I Encontro de Universitários da Arquidiocese de Fortaleza












Na tarde do dia 21 tivemos noss encontro com vários universitários da cidade. O encontro aconteceu na UNIFOR. Esteve presente conosco Dom Rosalvo (Bispo auxiliar de Fortaleza).
Este encontro foi preparado e coordenado pelo Setor universidades da Arquidiocese.
O tema " Vivência da Fé Cristã na Universiade: Desafios e Oportunidade da sociedade contemporânea, foi trabalhado pelo Pe. Laércio.sj, assessor eclesiástico do Setor de Universidades da Arquidiocese de Fortaleza. No final, celebramos a Eucaristia, acalentando o desejo de um trabalho em grupo e continuado, buscando cada vez mais articular um bom serviço nas universidades e com os universitários.

AO PAI PELO FILHO

Jo 14,1-12
"Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho". Tomé disse: "Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?" Jesus respondeu: "Eu sou o caminho
, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto". Filipe disse: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta". Jesus respondeu: "Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'? Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por causa destas obras. "Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai".

O caminho cristão para se chegar ao Pai passa, necessariamente, pelo Filho. A atenção do discípulo deve se concentrar na contemplação do Filho, pois é aí que o Pai se revela.
Quanto mais mergulhar na humanidade de Jesus, na sua prática incansável do bem em favor dos empobrecidos e marginalizados, tanto mais estará no rumo certo para alcançar a Deus, que é amor.
A originalidade da proposta cristã nem sempre é percebida pelos discípulos. Daí existir cristãos encantados com experiências religiosas mirabolantes, nas quais estão convencidos de encontrar a Deus, deixando de lado o caminho simples que têm diante de si.

Oração
PAI, QUE EU SAIBA TE RECONHECER EM TEU FILHO JESUS, CUJA MISERICORDIA ME REVELA A TUA FACE.

sábado, 21 de maio de 2011

O ROSTO DO PAI

Jo 14,7-14
"Se me conhecestes, conhecereis também o meu Pai. Desde já o conheceis e o tendes visto". Filipe disse: "Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta". Jesus respondeu: "Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me conheces? Quem me viu, tem visto o Pai. Como é que tu dizes: 'Mostra-nos o Pai'? Não acreditas que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. Crede-me: eu estou no Pai e o Pai está em mim. Crede, ao menos, por causa destas obras. "Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em mim fará as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai. E o que pedirdes em meu nome, eu o farei, a
fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei".

O anseio de Filipe é o mesmo de muitos discípulos: ver a Deus. Como Jesus dizia estar em estreita comunhão com o Pai, a quem se dirigia com intimidade, o discípulo ousou pedir-lhe que lhe mostrasse o Pai. Quiçá esperasse presenciar um fenômeno de teofania, nos moldes das antigas manifestações divinas nas Sagradas Escrituras.
O discípulo foi desafiado a contemplar o rosto do Pai nas ações e nas palavras de Jesus. Este era único caminho para ser revelado. Não havia outro! Portanto, uma capacidade fundamental dos discípulos consiste em, contemplando o testemunho de Jesus no Evangelho, descobrir nas entrelinhas a pessoa e a atuação do Pai, o qual se revela na ação misericordiosa do Filho. È no Filho que os discípulos têm acesso ao Pai.
Para fazer o que Jesus indicou, Filipe teve de dar um passo de gigante na sua mentalidade religiosa. Quando esperava ver a Deus por meios esplendorosos, como no caso das teofanias, estava em condições de vê-lo de maneira muito real, mas talvez pouco grandiosa, na pessoa do humilde Jesus de Nazaré.

Oração
PAI, QUE EU POSSA CONTEMPLAR O TEU ROSTO AO CONTEMPLAR O TEU FILHO, CUJO MODO DE PROCEDER FOI UMA CONTINUA REVELAÇÃO DE TI.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

DE CORAÇAO SERENO

Jo 14, 1-6
"Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Não fosse assim, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós. E depois que eu tiver ido e preparado um lugar para vós, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também. E para onde eu vou, conheceis o caminho". Tomé disse: "Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?" Jesus respondeu: "Eu sou o caminho, a verdade e a vid
a. Ninguém vai ao Pai senão por mim".

Os ensinamentos de Jesus e os rumos tomados por sua vida deixavam os discípulos confusos. Entre o que esperavam e o que se vislumbrava, havia fortes incongruências. Eles acalentavam o ideal de um messias político, pronto a restaurar o império davídico; entretanto, Jesus falava do Reino de Deus, propondo um estilo de vida fundado na fraternidade e na reconciliação. Eles esperavam estar do lado do novo rei de Israel, enquanto Jesus denunciava a violência e a força das armas. Eles buscavam a segurança do poder político, mas Jesus apontava para o serviço aos pobres, como projeto de vida.
A tentativa de acalmar o coração dos discípulos - "Não se pertube o vosso coração!" - exigia deles entregar-se com inteira confiança nas mãos do Mestre, para serem conduzidos por ele. "Credes em Deus, crede também em mim". Só a adesão desprovida de qualquer suspeita possibilitaria ao discípulo superar o medo e a desconfiança.
O imperativo de Jesus - "Crede
em mim" - é perfeitamente atual. Muitos discípulos trazem o medo no coração, por seguirem o Mestre por motivos enviesados. A serenidade de coração só acontece quando suas expectativas correspondem às de Jesus, sem nenhum vestígio de ilusão. O discípulo realista sabe em que está depositada sua confiança.

Oração
PAI, DA-ME A SERENIDADE DE CORAÇÃO, FRUTO DA ENTREGA CONFIANTE NAS M
ÃOS DE TEU FILHO, POR QUEM DESEJO SER GUIADO.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

GAVI - RECIFE...

Meu segundo Gavi – Recife foi marcado, inicialmente, por uma missa na Capela de São João no bairro de Beberibe . Uma comunidade bela, pela simplicidade, e reveladora pela presença de Cristo na acolhida, amizade, paz , organização e disposição para servi.

De volta a Casa Vocacional, Ir. Bira e José Cláudio apresentaram todas orientações a respeito da Oração Inaciana com dois pontos seguidos com o deserto. Sentimos que a cada exercício espiritual realizado, há um significativo aprendizado, numa dinâmica de crescimento pessoal, espiritual e revelação nos escritos que fazemos. Vários foram os aspectos que permitiram vislumbrar tal situação. São elas: a preparação do ambiente, a visão do orientador espiritual, a forma de condução, o lugar, o momento... tudo isso favoreceu para o bom resultado.


Agradeço ao Ir. Bira que com muita habilidade está me ajudando a perceber realmente qual a vontade de Deus na minha vida.

A vivência no GAVI permitiu confirmar os propósitos que tracei nas últimas semanas, que foi de entregar o meu viver aos momentos de escuta e lançar-me aos propósitos de Deus. Seja nos movimentos da comunidade, no trabalho e/ou em casa. Fazer o Cristo presente no meio de nós, junto daqueles que mais precisam ou nas diversas circunstâncias do cotidiano.

Nesse GAVI foi possível identificar, reconhecer, perceber e sentir várias situações no meu discernimento vocacional . A princípio, a condição de leigo consagrado ou religioso, o apelo regido pela entrega da minha vida ao Senhor, a confiança em Deus, a presença real do Senhor nas relações com o outro e a vivência da castidade.

O GAVI está sendo muito revelador para mim. Sinto que, em breve, encontrarei um sentido real e substancial para minha vida.

Josivaldo Barbosa - Recife

Novo Provincial dos Jesuítas toma posse


Tomou posse segunda-feira passada, dia 16 de maio, o Pe. Smyda - Novo provincial da província do Brasil Centro Leste.

Nascido 01/09/1957 em Piwniczna
– Nowy Sacz – Polônia
- Entrou na Companhia 31/08/1973
- Fez seu noviciado em Cracóvia
- Foi ordenado sacerdote 31/07/1984 em Tarnow – Polônia
- Terceira provação, 92/93, em Salamanca, com o P. Tejerina
- Últimos votos no dia 21/07/1993 em Nowy Sacz – Polônia.

O P. Smyda Chegou ao Brasil no dia 10 de setembro de 1984 e de setembro a dezembro fez seus estudos de Português em Brasília. Depois foi para Belo Horizonte para o quarto ano de Teologia no antigo ISI e dali foi destinado para o Colégio Santo Inácio, como ministro da comunidade e também Reitor da Igreja até 31 de Janeiro de 1986.

Em Janeiro de 1987 foi destinado para São Paulo, trabalhar na Pastoral do Colégio São Francisco Xavier e fez seu mestrado em Liturgia na Faculdade Assunção. De novembro de 1989 até agosto de 1992 Trabalhou na Pastoral de Juventude no Anchietanum. Interrompeu seus trabalhos de agosto de 1992 a maio de 1993 para a sua Terceira provação. Voltando, reassumiu seus trabalhos até janeiro de 1998.

Em Fevereiro de 1998 passou a trabalhar no Colégio São Luis, onde foi Reitor até janeiro de 2009. E, de fevereiro de 2009 até agora, Reitor do Colégio Santo Inácio do Rio de Janeiro.

Ao P. Mieczyslaw Smyda nossos abraços, acolhida fraterna, nosso apoio e principalmente nossas orações para o sucesso da realização desta sua nova missão. Fonte: CNBB.

O DISCIPULO NAS TREVAS...


Jo 13, 16-20
"Em verdade, em verdade, vos digo: o servo não é maior do que seu senhor, e o enviado não é maior do que aquele que o enviou. Já que sabeis disso, sereis bem-aventurados se o puserdes em prática. Eu não falo de todos vós. Eu conheço aqueles que escolhi. Mas é preciso que se cumpra o que está na Escritura: 'Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar'. Desde já, antes que aconteça, eu vo-lo digo, para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou. Em verdade, em verdade, vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou".

A presença física junto de Jesus não bastava para fazer a luz brilhar no coração dos discípulos. Ele tinha consciência de, entre os seus, estar alguém que o haveria de trair. Partilhava com ele o mesmo pão, mas era inimigo, disposto a vendê-lo por um punhado de dinheiro. Fazia parte do grupo dos discípulos, sem assimilar os ensinamentos do Mestre. Por conseguinte, não titubeou em entregá-lo aos inimigos, cuja decisão de eliminá-lo já havia sido tomada.
Os discípulos que entregam Jesus são personagens de todos os tempos. E injusto carregar as tintas contra Judas Iscariotes, o traidor, quando as traições se repetem amiúde, no egoísmo dos discípulos e na pouca disposição de levar a sério o projeto do Reino, anunciado pelo Mestre; na prática da injustiça, sendo os pobres e indefesos as primeiras vítimas; nas opções de vida que acabam por prejudicar o próximo ou, pelo menos, não levá-los em consideração. Tudo isto se configura como traição ao Mestre, pois, no Batismo, foi assumido o compromisso de seguí-lo com fidelidade. Porém, depois, tudo tomou um rumo bem diferente.


Oração
PAI, CONFIRMA-ME NO SEGUIMENTO DE TEU FILHO E LIVRA-ME DE SER INFIEL AO COMPROMISSO ASSUMIDO NO BATISMO DE ME PAUTAR PELO PROJETO DE VIDA DO REINO.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

CANÇAO NOVA TRANSMITE BEATIFICAÇAO DE IR DULCE EM SALVADOR

Cerimônia acontece em Salvador no domingo, dia 22 de maio, às 17h

SÃO PAULO, quarta-feira, 18 de maio de 2011 (ZENIT.org)

A TV Canção Nova, em parceria com a TVE/Bahia, será responsável pelo pool de transmissão da beatificação de Irmã Dulce para canais de todo o Brasil no próximo dia 22/5, a partir das 16h.

As emissoras de todo o país que desejarem o sinal gratuito de transmissão poderão entrar em contato diretamente com o Departamento de Mídia (tvmidia@cancaonova.com) da TV Canção Nova, com sede em Cachoeira Paulista (SP).

Além da cobertura da TV Canção Nova, mais de 30 profissionais do sistema de comunicação (TV, Rádio AM e FM, Portal e WebTV) estarão envolvidos na cobertura do evento, direto de Salvador (BA) com flashs ao vivo no sábado, 21, e no domingo, 22, e a transmissão da Santa Missa de beatificação marcada para as 17h.

A emissora também transmitirá dois documentários sobre a vida de irmã Dulce. O primeiro vai ao ar no domingo, às 16h; o segundo será veiculado após a missa e conta a história do milagre que a elevou aos altares.

Beatificação

A cerimônia de beatificação, presidida por Dom Geraldo Majella Agnelo, nomeado Delegado Papal por Bento XVI, terá início com o rito de beatificação, que consiste em leitura da biografia resumida da religiosa, leitura da proclamação de beatificação e descerramento da imagem oficial de Irmã Dulce como “Bem Aventurada Dulce dos Pobres”. Este será o auge do evento, que espera receber cerca de 60 mil fiéis no Parque de Exposições da capital baiana.

Irmã Dulce

Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes nasceu em Salvador (BA) em 1914. Conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, destacou-se por suas obras de caridade aos pobres e necessitados.

O espaço onde atendia os doentes é atualmente um dos maiores hospitais de Salvador, com atendimentos de emergência gratuitos. O processo de beatificação tramitou durante 10 anos no Vaticano.

A graça obtida pela intercessão de Irmã Dulce, em 2003, foi examinada primeiramente no Brasil e reconhecida pelos peritos médicos como um caso que não pôde ser explicado pelos meios da ciência.

Os peritos e os cardeais da Congregação para as Causas dos Santos foram unânimes no reconhecimento deste milagre, constando que se tratava de um caso extraordinário de cura – o estancamento instantâneo de uma hemorragia.

REUNIÃO DA COMISSÃO VOCACIONAL

A Comissão Vocacional da Província esteve reunida de 06 a 08 de maio, em Anchieta-ES, na Residência Beato Anchieta, para a primeira reunião do ano. Como de costume, contamos com a presença do Pe. Adilson Santos, responsável pelo trabalho vocacional na Região Amazônica. Em nossa pauta, discutimos o Plano de Ação da Comissão para esses próximos anos, partilhamos o trabalho desenvolvido em cada núcleo da província e região, aprofundamos a carta do Pe. Geral sobre o perfil dos candidatos a Companhia de Jesus, programamos a presença da comissão vocacional nas ordenações presbiterais (Diáconos Erinaldo e Francys) prevista para esse ano, discutimos a relação da comissão com o Grupo de Trabalho com Juventudes (GTJ) da província, refletimos sobre nossa presença nas redes sociais, programamos outras atividades e alguns materiais vocacionais a serem produzidos para o trabalho nas bases.
A reunião foi bastante proveitosa, pois conseguimos atender a extensa pauta e ainda tivemos a alegria de, no domingo 08/05 (Dia das mães), poder celebrar em várias comunidades da Paróquia Santo Antônio, em Iconha. A equipe da Pastoral Vocacional de Iconha acolheu nossa comissão para um almoço comunitário no salão paroquial, onde estiveram presentes várias mães, jovens e leigos comprometidos com o trabalho vocacional. A todos eles o nosso muito obrigado.
De 10 a 12 de maio foi a vez da Residência Beato Anchieta acolher os membros da CONPAV (Comissão Nacional da Pastoral Vocacional da Companhia de Jesus) para a sua reunião. Estavam presentes os coordenadores provinciais: Pe. Adilson (BAM), Pe. Agnaldo Júnior (BNE), Pe. Alexandre (BRC – coordenador da CONPAV) e os diretores das Comunidades Vocacionais: Pe. Laércio (CV Fortaleza – BNE), Pe. Élcio Toledo (CV Campinas – BRC).
Dentre os pontos da pauta que merecem destaque, tratamos sobre a articulação do trabalho que estamos desenvolvendo com jovens (fóruns - redes inacianas de jovens); aprofundamos os critérios de admissão à Companhia presentes nos documentos e cartas do Pe. Geral; partilhamos o trabalho que está sendo realizado nas províncias; tratamos sobre o MAGIS 2011 que acontecerá na Espanha; organizamos nossa presença na caminhada dos Passos de Anchieta, onde iremos juntar um grupo de jovens, vocacionados, leigos, estudantes, padres e irmãos jesuítas.
No final da nossa reunião, fizemos um passeio pelo Rio Benevente, para conhecer as ruínas, cujo enigma está ainda por ser decifrado.
Agradecemos aos padres Adriano Pighetti e Jean Fábio (superior e ministro da Residência Beato Anchieta) pela calorosa acolhida dessas reuniões e por toda atenção dispensada. Que toda essa generosidade se converta em fecundo trabalho vocacional, em prol de tantos jovens que esperam serem ajudados no seu discernimento vocacional. (Pe. Agnaldo Júnior, SJ)

CAMINHAR NA LUZ...






A partir de hoje teremos nesse espaço umas breves palavras sobre o evangelho do dia extraído do livro " Dia a dia nos passos de Jesus' do Pe. Jaldemir Vitório SJ.

Jo 12, 44-50
Jesus exclamou: "Quem crê em mim, não é em mim que crê, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. Se alguém ouve as minhas palavras e não as observa, não sou eu que o julgo, porque vim não para julgar o mundo, mas para salvá-lo. Quem me rejeita e não acolhe as minhas palavras já tem quem o julgue: a palavra que eu falei o julgará no último dia. Porque eu não falei por conta própria, mas o Pai que me enviou, ele é quem me ordenou o que devo dizer e falar. E eu sei: o que ele ordena é vida eterna. Portanto, o que eu falo, eu o falo de acordo com o que o Pai me disse".

O contraste entre luz e trevas fez parte das muitas metáforas usadas por Jesus na sua pregação. Sendo a luz oferecida pelo Pai à humanidade, recusar-se a escutá-lo corresponde a optar pelas trevas. A escolha é facilmente perceptível, pois a luz conduz ao caminho do amor, da verdade e do trato misericordioso com o semelhante. Na direção contrária, as trevas conduzem ao egoísmo, à mentira e à exploração do semelhante. A omissão diante do próximo é sinal das trevas agindo agindo sobre quem se recusa a ajudar os necessitados.
Jesus deseja que toda a humanidade se deixe guiar pela luz. Porém, esta será uma decisão desafiadora, porque exigente. Muitos discípulos, pensando ser iluminados pela luz, que é Jesus, na verdade estão imersos nas trevas. Basta olhar o modo de proceder, contrário à proposta do Mestre. Pode-se dizer que caminham na luz os cristãos egoístas? É conduzido por Jesus quem cultiva o ódio no coração?
A luz brilha na vida do discípulo, nos gestos e palavras inspirados no Mestre Jesus, cuja vida foi um facho de luz, inteiramente posto a serviço do bem.

Oração: PAI, QUE A LUZ DE TEU FILHO BRILHE RADIOSA EM MINHA VIDA, ABRINDO-ME SEMPRE MAIS À PRATICA DO AMOR E DA MISERICÓRDIA.