quinta-feira, 31 de julho de 2008

Inácio, amigo e companheiro... (Planalto Vitória)



Numa festa ao nosso padroeiro o Planalto Vitória, COMUNIDADE SANTO INÁCIO DE LOYOLA, celebrou com solenidade e boa participação a Santa Eucaristia em recordação deste peregrino do Reino. Os motivos não faltaram: Casamento, Primeira Comunhão e nove anos de sacerdócio do Pe. Eliomar. Éramos muitos com o desejo de gratidão pelo que os companheiros de Jesus fazem nesta Paróquia do Mondubim e pela unidade de todas as comunidades que estavam presentes, prestigiando o momento.

VIVA, SANTO INÁCIO!

Jesuítas de Fortaleza e amigos (as) celebram Inácio de Loyola



E não será essa a maior e mais sublime característica de Inácio: “Deixar-se guiar pelo Espírito”. Creio que onde estamos é o suficiente para felicitar a toda a Província Brasil Nordeste, a toda Companhia de Jesus e aos nossos colaboradores pelo FESTA DE SANTO INÁCIO! Que sejamos guiados, desde nossas comunidades apostólicas e nossas obras, pelo Espírito que recria o desejo de Inácio, de formar e enviar HOMENS PARA OS DEMAIS, a cada novo passo.


Esc. José Ricardo, sj

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Conhecendo a vida de Santo Inácio de Loyola

Viva SANTO INÁCIO DE LOYOLA

Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

Santo Inácio de Loyola faz hoje anos. Nasceu no País Basco e no século XVI foi um dos grandes responsáveis pela profunda viragem cultural e eclesial da época. Fundou os jesuítas. Deixou um livrinho, um guia prático, chamado Exercícios Espirituais. Exercícios, ginástica para o espírito, para, como ele diz, “em tudo amar e servir”. Em tudo mesmo – pensamentos, obras, relações – em tudo ser gente, oferecendo-se! Em tudo amar e servir!

Vasco P. Magalhães, sj

Ordenação Episcopal do Jesuíta Ladaria

Cardeal Bertone deixa conselho ao secretário para a Doutrina da FéOs bispos têm uma tarefa sempre atual: fazer que seu ensinamento, fundado no Senhor ressuscitado, chegue à inteligência e ao coração das pessoas, disse o cardeal Tarcisio Bertone na ordenação episcopal do novo secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.
O padre Luis Francisco Ladaria Ferrer, S.J., até agora professor na Universidade Gregoriana e secretário-geral da Comissão Teológica Internacional, foi ordenado bispo junto de monsenhor Ambrogio Spreafico, novo bispo coadjutor da diocese italiana de Frosinone-Veroli-Ferentino, até o momento reitor da Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma.
Durante a ordenação, celebrada na tarde do sábado 26 de julho, na basílica papal de São João de Latrão, o secretário de Estado ofereceu uma reflexão sobre a tríplice missão de mestre, pastor e sacerdote, exercida pelo próprio Cristo e continuada através dos apóstolos e seus sucessores.
«Se evangelizar é a missão de todo cristão, é ainda mais para os pastores do Povo de Deus», disse o cardeal Bertone, recordando uma recente catequese de Bento XVI em que o pontífice explicava que a palavra bispo, cuja raiz grega é epìscopos, indica a tarefa daqueles que «têm uma visão a partir do alto, que olham com o coração».
«Olhar a partir do alto –acrescentou o secretário de Estado– é uma imagem que recorda as alturas da Sagrada Escritura, esse alimento de vida que oferece a palavra de Deus. Olhar com o coração significa olhar ao centro da pessoa humana; o homem entra em relação com tudo o que existe, por meio do coração».
Participaram da cerimônia na catedral de Roma familiares e amigos dos novos bispos.
Dom Ladaria, que entrou na Companhia de Jesus em 1966, foi professor de teologia dogmática na Universidade Pontifícia de Comillas, em Madri, e depois na Gregoriana, onde foi vice-reitor de 1986 a 1994.
Deverá exercer seu serviço como secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, disse o cardeal Bertone, «com essa competência que todos reconhecem e com essa fidelidade a Cristo, à Igreja e ao sucessor de Pedro que é típica do fundador do instituto religioso ao qual pertence», a Companhia de Jesus, fundada por Santo Inácio de Loyola.
Dom Spreafico, sacerdote desde 12 de abril de 1975, foi professor do Instituto Pontifício Bíblico e da Universidade Pontifícia Urbaniana, da qual foi reitor em duas ocasiões, de 1997 a 2003 e de 2005 até hoje.
Uniu ao ensino universitário o serviço de evangelização na paróquia de Santa Maria em Trastévere, Roma, junto da Comunidade de Sant’Egídio. É consultor da Congregação para a Evangelização dos Povos.

www.zenit.org

Rezar com Inácio e Semana Inaciana

Terceiro dia
Tríduo Inaciano
É tua face, Senhor, que procuramos
Imprime em nós o teu modo de proceder.
Medite esta Palavra de Santo Inácio:
"As outras coisas sobre a face da terra são criadas para o homem e para o ajudarem na consecução do fim para o qual é criado. Daí se segue que o homem há de usar delas tanto quanto o ajudam para seu fim, e há de desembaraçar-se delas tanto quanto o impedem para o mesmo fim. Por isso, é necessário fazer-nos indiferentes a todas as coisas criadas, em tudo o que é permitido à nossa livre vontade e não lhe é proibido, de tal maneira que não queiramos - de nossa parte - antes saúde que enfermidade, riqueza que pobreza, honra que desonra, vida longa que vida breve, e assim em tudo o mais, desejando e escolhendo somente o que mais nos conduz ao fim para que somos criados" (EE 23).
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós! ( 3 vezes).
Avisos:
Semana Inaciana na Matriz do Mondubim
HORÁRIO: 19.00 às 21.00

Quarta - Feira ( 30 de Julho de 2008)
Tema:Discipulado e seguimento nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessor: Pe. Jackson, sj
Quinta-Feira ( 31 de Julho de 2008 - Dia de SANTO INÁCIO DE LOYOLA)
Missa no Conjunto Planalto Vitória
Sexta- Feira ( 01 de Agosto de 2008)
Tema: Chamado e Missão nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessora: Ir. Terezianha Cota, rc
Sábado ( 02 de Agosto de 2008)
Noite Cultural Inaciana no salão Paroquial

Semana Inaciana

Discipulado e amor nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Rezar com Inácio e Semana Inaciana

SEGUNDO DIA
Tríduo Inaciano

É tua face, Senhor, que procuramos
Imprime em nós o teu modo de proceder.


Medite essa Palavra de Santo Inácio:
A primeira regra do nosso agir deve ser a seguinte: confiar em Deus como se o sucesso dependesse totalmente de nós, e não d´Ele; agir, pois, como se Deus fizesse tudo, e nós nada.


Santo Inácio de Loyola, rogai por nós! ( 3 vezes).


Avisos:
Semana Inaciana na Matriz do Mondubim

HORÁRIO: 19.00 às 21.00

Terça- Feira ( 29 de Julho de 2008)
Tema:
Discipulado e amor nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessor: Pe. Edvam,sj


Quarta - Feira ( 30 de Julho de 2008)
Tema: Discipulado e seguimento nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessor: Pe. Jackson, sj
Quinta-Feira ( 31 de Julho de 2008 - Dia de SANTO INÁCIO DE LOYOLA)
Missa no Conjunto Planalto Vitória
Sexta- Feira ( 01 de Agosto de 2008)
Tema: Chamado e Missão nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessora: Ir. Terezianha Cota, rc
Sábado ( 02 de Agosto de 2008)
Noite Cultural Inaciana no salão Paroquial

Participe!!!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Acólit@s em MISSÃO

Acólit@os, vocacionados, jovens da PJMP e o Pe. Edvam em MISSÃO

Adolescentes evangelizam adolescentes

Ontem fizemos um DIA DE MISSÃO na Comunidade SANTO INÁCIO DE LOYOLA. Foi uma experiência muita rica de evangelização, amizade e aprofundamento de temas relacionados com o mundo juvenil. Os acólit@s da Paróquia foram os protagnistas desta atividade missionária. Confiram as fotos!

Retiro de Opção de Vida (Rov 2008)

Experiência de Deus ao ritmo INACIANO

Rezar com Inácio e Semana Inaciana

PRIMEIRO DIA
Tríduo Inaciano

É tua face, Senhor, que procuramos
Imprime em nós o teu modo de proceder

Medite essa Palavra de Santo Inácio:
Pense ver a Cristo Nosso Senhor fazendo refeição com seus apóstolos, e como toma a bebida, como olha, como fala; e procure imitá-Lo. ( Exercício Espirituais 214)
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós! ( 3 vezes).
Avisos:
Semana Inaciana na Matriz do Mondubim (Fortaleza, Ce)
HORÁRIO: 19.00 ÁS 21.00
Segunda - Feira ( 28 de Julho de 2008)
Tema: Discipulado e conhecimento nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparacida.
Assessor: Esc. Agnaldo, sj
Terça- Feira ( 29 de Julho de 2008)
Tema: Discipulado e amor nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessor: Pe. Edvam,sj
Quarta - Feira ( 30 de Julho de 2008)
Tema: Discipulado e seguimento nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessor: Pe. Jackson, sj
Quinta-Feira ( 31 de Julho de 2008 - Dia de SANTO INÁCIO DE LOYOLA)
Missa no Conjunto Planalto Vitória
Sexta- Feira ( 01 de Agosto de 2008)
Tema: Chamado e Missão nos Exercícios Espirituais e no Documento de Aparecida.
Assessora: Ir. Terezianha Cota, rc
Sábado ( 02 de Agosto de 2008)
Noite Cultural Inaciana no salão Paroquial

domingo, 27 de julho de 2008

17º Domingo do tempo comum

Mt. 13, 47-52
Sabedoria
Escolher do jeito de Deus é mais fácil do que seguir as escolhas que Deus nos propõe. A Sabedoria que devemos pedir e que o Senhor nos quer oferecer consiste em ter um coração atento e ativo não ao próprio bem, mas ao bem do outro. O Reino de Deus é como uma ciranda. Sempre aberto.

Acesse o Blog http://oracaopelaarte.blogspot.com/ e escute o comentário feito pelo Pe. Li, sj

sábado, 26 de julho de 2008

Tempos



E se nos lembrássemos de procurar Jesus nos tempos em que a vida d'Ele não é dramática? Porque nos perdemos? Uma coisa que reparei ultimamente é como é fácil deixar de perceber onde Ele anda quando saímos de tempos fortes como a Quaresma e a Páscoa e entramos no Tempo Comum.

Francisco Rodrigues

www.essejota.net






Evangelho dominical

Jesus, tesouro escondido e pérola preciosa

Mateus 13, 44-52
O que Jesus queria dizer com as duas parábolas do tesouro escondido e da pérola preciosa? Mais ou menos isso: chegou a hora decisiva da história. O Reino de Deus chegou à terra! Concretamente, trata-se d’Ele, de sua vinda à terra. O tesouro escondido, a pérola preciosa não é outra coisa senão o próprio Jesus. É como se Jesus quisesse dizer isso com suas parábolas: a salvação chegou a vós gratuitamente, por iniciativa de Deus; tomai a decisão, aproveitai a oportunidade, não a deixeis passar. Chegou a hora da decisão.
O que me vem à mente é o que aconteceu no dia em que a 2ª Guerra Mundial terminou. Na cidade, os partisanos e os aliados abriram os armazéns de provisões que o exército alemão tinha deixado ao retirar-se. Em pouco tempo, a notícia chegou aos povoados do campo e todos correram velozmente para pegar todas essas maravilhas: uns voltaram para casa com cobertores, outros com cestas de alimentos.
Acho que Jesus, com essas duas parábolas, queria criar um clima assim. Ele queria dizer: Correi enquanto estais a tempo! Existe um tesouro escondido que vos espera gratuitamente, uma pérola preciosa. Não percais essa oportunidade. Só que, no caso de Jesus, o que está em jogo é infinitamente mais sério. Trata-se de arriscar tudo para receber tudo. O Reino é a única realidade que pode salvar do risco supremo da vida, que é o de perder o motivo pelo qual estamos neste mundo.
Vivemos em uma sociedade baseada em seguranças. As pessoas se asseguram contra tudo. Em certas nações, isso se transformou em uma espécie de mania. Fazem seguros inclusive contra o risco de mau tempo durante as férias. Entre todos, o seguro mais importante e freqüente é o da vida. Mas reflitamos por um instante: de que adianta esse seguro e o que ele nos garante? Contra a morte? Claro que não! Ele garante que, em caso de morte, alguém receberá uma indenização. O reino dos céus também é um seguro de vida e contra a morte, mas um seguro real, que beneficia não somente aquele que fica, mas também aquele que vai embora, aquele que morre. «Quem crê em mim, ainda que morra, viverá», diz Jesus. Dessa forma, entende-se também a exigência radical que um «negócio» como esse oferece: vender tudo, deixar tudo. Em outras palavras, estar disposto, se for necessário, a qualquer sacrifício. Mas não para pagar o preço do tesouro e da pérola, que por definição não têm «preço», mas para ser dignos deles.
Em cada uma das duas parábolas, existem na verdade 2 atores: um evidente, que vai, vende, compra; e outro escondido, dado por descontado. Este último é o velho proprietário que não percebe que em seu campo existe um tesouro e o vende ao primeiro que lhe pede; é o homem ou a mulher que possuía a pérola preciosa, mas que não percebia seu valor; acaba cedendo-a ao primeiro comprador que passa, talvez trocando-a por uma coleção de pérolas falsas. Como não ver nisso uma advertência para nós, que acabamos vendendo nossa fé e nossa herança cristã?
Pois bem, na parábola não se diz que «um homem vendeu tudo o que tinha e foi procurar um tesouro escondido». Sabemos como terminam as histórias que começam assim: a pessoa perde o que tinha e não acha tesouro algum. Histórias de sonhadores, visionários. Não, um homem encontrou um tesouro e por isso vendeu tudo o que tinha para comprá-lo. É necessário, em poucas palavras, ter encontrado o tesouro para ter a força e a alegria de vender tudo.
Deixando a parábola de lado: é preciso encontrar Jesus antes; encontrá-lo de uma maneira pessoal, nova, convencida; descobri-lo como amigo e salvador. Depois será simples vender tudo; isso é algo que a pessoa fará «cheia de alegria», como o camponês do qual o Evangelho fala.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Exercícios Espirituais de Santo Inácio em Baturité

Com a orientação do Pe. Baronio, 22 pessoas- jesuítas e leigos, fizeram o retiro anual num agradável ambiente do “ Mosteiro de Baturité”. Tudo foi graça e estamos felizes pelo que o Senhor realizou em nossas vidas.
Neste retiro a mensagem que o Senhor me concedeu numa moção bastante forte, foi que eu seja no mundo um verdadeiro representante de sua misericórdia: “Seja misericordioso como o Pai é misericordioso.”
Pe. Santana, sj ( Casa São Luis Gonzaga – Ce)

Fazer a experiência dos EE sempre é motivo de graça, pois renova a presença amorosa de Deus em minha vida, como também o desejo de corresponder a este amor servindo-O na Igreja e ao seu Povo. Louvado seja Deus!
Pe. Marcos Augusto, sj ( Russas – Ce)

Como leigo não foi fácil inicialmente. Pensava como poderia como um leigo estar inserido em um contexto de retiro junto à religiosos e sacerdotes. No entanto , foi bem diferente. O acolhimento de todos me fez sentir como família, facilitando sobremaneira o encontro intimo com o Senhor. Encerro o retiro fortalecido, com o coração determinado e ordenado para o grande desafio de testemunhar Jesus Cristo Ressuscitado para a sociedade, hoje tão carente dos verdadeiros valores humanos.
José Helcio C. Queiroz ( Leigo do grupo do Cies – Cristo Rei)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

JMJ - 2008

Acompanhe e reze pela Jornada Mundial da Juventude que está sendo realizada em Sydney na Austrália dos 15 - 20/ 2008.

Pelo site http://www.wyd2008.org/index.php/es você tem todas as informações online.



Respostas do Papa aos jornalistas rumo a Sydney (II)

-Martine Nouaille, jornalista de Agence France Presse (AFP): Faço a pergunta em italiano. Um dos temas do último G8 do Japão foi a luta contra as mudanças climáticas. A Austrália é um país muito sensível a este tema, por causa da forte seca e das dramáticas catástrofes climáticas nessa região do mundo. O senhor acha que as decisões tomadas neste campo estão à altura da situação? Falará deste assunto durante a viagem?
–Bento XVI: Como já mencionei em minha primeira resposta, certamente este problema estará muito presente nesta JMJ, pois falamos do Espírito Santo e, portanto, falamos da criação e de nossas responsabilidades com a criação. Não pretendo entrar nas questões técnicas que políticos e especialistas têm de resolver, mas dar impulsos essenciais para ver a responsabilidade, para ser capazes de responder a este desafio: redescobrir na criação o rosto do Criador, redescobrir nossa responsabilidade diante do Criador, pela criação que Ele nos confiou, formar a capacidade ética em um estilo de vida que é preciso assumir se quisermos enfrentar os problemas dessa situação e se quisermos realmente chegar a soluções positivas. Portanto, é preciso despertar as consciências e ver o grande contexto deste problema, no qual depois se enquadram as respostas detalhadas que não cabem a nós, mas à política e aos especialistas.
–Cindy Wooden, jornalista do Catholic News Service (CNS), agência católica dos Estados Unidos. Santo Padre, enquanto o senhor se encontra na Austrália, os bispos da Comunhão Anglicana, que está sumamente difundida na Austrália, encontram-se na Conferência de Lambeth. Um dos principais temas trata das possíveis maneiras de voltar a conseguir a comunhão entre as províncias e encontrar uma maneira de assegurar que uma ou várias províncias não tomem iniciativas que outros vêem como contrárias ao Evangelho ou à tradição. Dá-se um risco de fragmentação na Comunhão Anglicana e a possibilidade de que alguns peçam que sejam acolhidos na Igreja Católica. Qual e seu desejo para a Conferência de Lambeth e para o arcebispo de Canterbury? Obrigada.
–Bento XVI: Minha contribuição pode ser só a oração e com minha oração estarei muito perto dos bispos anglicanos que se reúnem na Conferência de Lambeth. Nós não podemos nem devemos intervir imediatamente em suas discussões, respeitamos sua própria responsabilidade e desejamos que possam ser evitados cismas e novas fraturas, e que se encontre uma solução na responsabilidade diante do nosso tempo, assim como na fidelidade ao Evangelho. Estes dois elementos têm de caminhar juntos. O cristianismo é sempre contemporâneo e vive neste mundo, em um certo tempo, mas faz presente neste tempo a mensagem de Jesus Cristo e, portanto, oferece uma verdadeira contribuição para este tempo só sendo fiel, de maneira madura, de maneira criativa, mas fiel, à mensagem de Cristo. Esperamos – e rezo pessoalmente por isso – que encontrem juntos o caminho do Evangelho em nosso hoje. Este é meu desejo para o arcebispo de Canterbury: que a Comunhão Anglicana, na comunhão do Evangelho de Cristo e a Palavra do Senhor, encontre as respostas aos desafios atuais.

Respostas do Papa aos jornalistas rumo a Sydney (I)

-Lucio Brunelli, jornalista da Rai, canal público da televisão italiana: Santidade, esta é sua 2ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ); a primeira, por assim dizer, totalmente sua. Com quais sentimentos se dispõe a vivê-la e qual é a principal mensagem que deseja deixar aos jovens? Por outro lado, o senhor acha que as Jornadas Mundiais da Juventude influenciam profundamente na vida da Igreja que as acolhe? E, por último, pensa que a fórmula desses encontros de massa continua sendo atual?
-Bento XVI: Vou com sentimentos de grande alegria à Austrália. Tenho belíssimas recordações da JMJ de Colônia: não foi simplesmente um acontecimento de massa, foi sobretudo uma grande festa da fé, um encontro humano da comunhão em Cristo. Vimos como a fé abre as fronteiras, tem realmente uma capacidade de união entre as diferentes culturas, e cria alegria. E espero que aconteça a mesma coisa agora na Austrália. Por este motivo, estou contente ao ver muitos jovens, e vê-los unidos no desejo de Deus e no desejo de um mundo realmente humano. A mensagem essencial se apresenta nas palavras que constituem o slogan desta JMJ: falamos do Espírito Santo que nos torna testemunhas de Cristo. Portanto, quero concentrar minha mensagem precisamente nesta realidade do Espírito Santo, que se apresenta em várias dimensões: é o Espírito que atua na criação. A dimensão da criação está muito presente, pois o Espírito é criador. Parece-me um tema muito importante em nosso momento atual. Mas o Espírito é também inspirador da Escritura: em nossos passos, à luz da Escritura, podemos caminhar junto ao Espírito Santo. O Espírito Santo é Espírito de Cristo; portanto, Ele nos guia em comunhão com Cristo e finalmente se mostra, segundo São Paulo, nos carismas, ou seja, em um grande número de dons inesperados que mudam segundo os diferentes tempos e que dão nova força à Igreja. E, portanto, estas dimensões nos convidam a ver os sinais do Espírito e a tornar o Espírito visível também para os demais.
Uma JMJ não é simplesmente um acontecimento deste momento: é preparada com um longo caminho com a Cruz e com o ícone de Nossa Senhora. Prepara-se desde o ponto de vista da organização, mas também espiritual. Portanto, estes dias não são mais que o momento culminante de um longo caminho precedente. Tudo é fruto de um caminho, de unir-nos em caminho rumo a Cristo. A JMJ também cria uma história, ou seja, cria amizades, novas inspirações: desse modo, a JMJ continua. Isso me parece muito importante: não se pode somente ver esses três ou quatro dias, mas é preciso ver todo o caminho que precede e o que segue. Neste sentido, acho eu, a JMJ, ao menos para o nosso futuro próximo, é uma fórmula válida que nos prepara para compreender que desde diferentes pontos de vista e de diferentes partes da terra, avançamos rumo a Cristo e rumo à comunhão. Aprendemos assim, de novo, a caminhar juntos. Neste sentido, espero que também seja uma fórmula para o futuro.
-Paul John Kelly, jornalista de «The Australian», um dos grandes jornais desse país: Santo Padre, quero apresentar minha pergunta em inglês. A Austrália é um país sumamente secularizado, com pouca prática religiosa e muita indiferença religiosa. Quero perguntar-lhe: o senhor é otimista diante do futuro da Igreja na Austrália? Está preocupado ou alarmado pelo fato de que a Igreja na Austrália siga o caminho rumo à queda da Europa? Qual a mensagem que deixará para a Austrália para superar sua indiferença religiosa?
-Bento XVI: Falarei da melhor forma que eu puder em inglês, ainda que peço seu perdão por minhas deficiências no inglês. Creio que a Austrália, em sua configuração histórica atual, faz parte do «mundo ocidental», econômica e politicamente e, portanto, está claro que a Austrália compartilha os êxitos e os problemas do mundo ocidental. O mundo ocidental experimentou nos últimos 50 anos grandes êxitos: êxitos econômicos, êxitos tecnológicos; contudo, a religião – a fé cristã – está, em certo sentido, em crise. Isso está claro, pois se dá a impressão de que não temos necessidade de Deus, podemos fazer tudo com nossas forças, não temos necessidade de Deus para ser felizes, não temos necessidade de Deus para criar um mundo melhor, Deus não é necessário, podemos fazer tudo por nós mesmos. Por outro lado, vemos que a religião está sempre presente no mundo e sempre estará. Podemos ver uma diminuição da religião na Europa: certamente há uma crise na Europa, algo menos nos Estados Unidos, e na Austrália, Mas, por outro lado, dá-se sempre uma presença da fé em novas formas e de novas maneiras; em minoria, talvez, mas sempre presente para que toda a sociedade a veja. E agora, neste momento histórico, começamos a ver que temos necessidade de Deus. Podemos fazer muito, mas não podemos criar nosso clima. Pensávamos que podíamos fazer, mas não podemos. Temos necessidade do dom da terra, do dom da água, precisamos do Criador; o Criador volta a aparecer em sua criação. Deste modo, compreendemos que não podemos ser realmente felizes, não podemos promover realmente a justiça para o mundo inteiro, sem um critério, sem um Deus que é justo, e que nos dá a luz e a vida. Portanto, penso que em certo sentido se dará uma crise para nossa fé neste «mundo ocidental», mas sempre teremos um renascimento da fé, pois a fé cristã é simplesmente verdadeira, e a verdade estará sempre presente no mundo humano, e Deus sempre será a Verdade. Neste sentido, em último termo, sou otimista.
-Auskar Surbakti, do canal de televisão australiano SBS: Santo Padre, desculpe, mas não falo bem italiano. Portanto, eu lhe apresentarei minha pergunta em inglês. As vítimas de abusos sexuais do clero, na Austrália, fizeram-lhe um chamado, Santidade, para que enfrente a questão e peça perdão às vítimas durante sua visita à Austrália. O próprio cardeal Pell disse que seria apropriado para o Papa que enfrente a questão, e o senhor fez um gesto semelhante em sua recente viagem aos Estados Unidos. Santidade, falará da questão dos abusos sexuais e pedirá perdão?
-Bento XVI: Sim, o problema é essencialmente o mesmo que nos Estados Unidos. Eu me senti na obrigação de falar sobre isso nos Estados Unidos, pois é essencial para a Igreja reconciliar, prevenir, ajudar e reconhecer suas culpas nestes problemas. Assim, que direi essencialmente o mesmo que disse nos Estados Unidos. Como disse, temos de esclarecer três aspectos: o primeiro é nosso ensinamento moral. Deve ficar claro, sempre foi claro desde os primeiros séculos, que o sacerdócio, ser sacerdote, é incompatível com este comportamento, pois o sacerdote está ao serviço de Nosso Senhor, e nosso Senhor é a santidade em pessoa. A Igreja sempre insistiu nisso. Temos de refletir o que faltou em nossa educação, em nosso ensino nas décadas passadas: nas décadas dos anos 50, 60 e 70 se dava a idéia do proporcionalismo em ética, segundo o qual, não há nada mal em si mesmo, mas em proporção aos demais. Segundo o proporcionalismo, pensava-se que algumas coisas, inclusive a pedofilia, podiam ser, em certa proporção, boas. Agora deve ficar claro que esta nunca foi a doutrina católica. Há coisas que sempre são más, e a pedofilia sempre é má. Em nossa educação, nos seminários, em nossa formação permanente dos sacerdotes, temos de ajudar os sacerdotes a estarem realmente perto de Cristo, aprender de Cristo, e deste modo ser de ajuda e não inimigos para nossos irmãos, para os cristãos. Portanto, faremos todo o possível para esclarecer o ensinamento da Igreja e para ajudar na educação e na preparação dos sacerdotes, com a formação permanente, e faremos todo o possível para curar e reconciliar as vítimas. Creio que este é o conteúdo essencial da expressão «pedir perdão». Creio que é melhor e mais importante o conteúdo da fórmula e penso que o conteúdo tem de explicar as deficiências de nosso comportamento, o que temos de fazer neste momento, como podemos prevenir e como podemos, todos, curar e reconciliar.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Ordenação do Pe. Sandoval Alves, sj

"Eu orei por ti para que tua fé não desfaleça, e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos"
Lc. 22, 32
SER PADRE
Um chamado de Deus.
Um jeito de ser que segue aberto aos jovens.
Uma pergunta que segue esperando respostas.
Uma vida oferecida como a de Jesus Cristo.
Um serviço aos homens e às mulheres de hoje.
Numa bonita celebração na Pároquia do Mondubim (Ceará) foi ordenado um novo sacerdote jesuíta- Pe. Sandoval Alves. Confiram as fotos e rezem por ele!

E você? O que o move a assumir essa opção em sua Vida?
Pense nessa proposta!

domingo, 13 de julho de 2008

Ser Padre

Um chamado de Deus.
Um jeito de ser que segue aberto aos jovens.
Uma pergunta que segue esperando respostas.
Uma vida oferecida como a de Jesus Cristo.
Um serviço aos homens e às mulheres de hoje.



Numa bonita celebração em Meruoca (Ceará) foi ordenado um novo sacerdote jesuíta- Pe. Paulo César. Confiram as fotos!

E você? O que o move a assumir essa opção em sua Vida?
Pense nessa proposta!

sábado, 12 de julho de 2008

Ordenações Sacerdotais na Companhia de Jesus

Paulo César - 12 de Julho em Meruoca
e
Sandoval Alves - 13 de Julho no Mondubim

Rezemos por eles!

Mt 13, 1-23

A parábola que hoje nos é proposta – a do semeador e da semente – é uma das mais conhecidas e emblemáticas das parábolas de Jesus. No entanto, o texto do Evangelho de hoje vai um pouco mais além da parábola em si… Apresenta três partes: a parábola (vers. 1-9), um conjunto de “ditos” sobre a função das parábolas (vers. 10-17) e a explicação da parábola (vers. 18-23).
Na primeira parte temos, pois, a parábola propriamente dita (vers. 1-9). O quadro apresentado supõe as técnicas agrícolas usadas na Palestina de então: primeiro, o agricultor lançava a semente à terra; depois, é que passava a arar o terreno. Assim compreende-se porque é que uma parte da semente pôde cair “à beira do caminho”, outra em “sítios pedregosos onde não havia muita terra” e outra “entre os espinhos”.
Evidentemente, as diferenças do terreno significam, nesta “comparação”, as diferentes formas como é acolhida a semente. No entanto, nem sequer é isso que é mais significativo: o que aqui é verdadeiramente significativo é a quantidade espantosa de frutos que a semente lançada na “boa terra” produz… Tendo em conta que, na época, uma colheita de sete por um era considerada farta, os cem, sessenta e trinta por um deviam parecer aos ouvintes de Jesus algo de surpreendente, de exagerado, de milagroso…
Mateus coloca esta parábola num contexto em que a proposta de Jesus parece condenada ao malogro. As cidades do lago (Corozaim, Betsaida, Cafarnaum) tinham rejeitado a sua pregação (cf. Mt 11,20-24); os fariseus atacavam-no por Ele não respeitar o sábado e queriam matá-l’O (cf. Mt 12,1-14); acusavam-n’O, além disso, de agir, não pelo poder de Deus, mas pelo poder de Belzebu, príncipe dos demónios (cf. Mt 12,22-29); não acreditavam nas suas palavras e exigiam d’Ele “sinais” (cf. Mt 12,38-45). O “Reino” anunciado sofria grande contestação e parecia, pois, encaminhar-se para um rotundo fracasso…
É muito possível que esta parábola tenha sido apresentada por Jesus neste contexto de “crise”. Àqueles que manifestavam desânimo e desconfiança em relação ao êxito do projecto do “Reino”, Jesus fala de um resultado final grandioso. Com esta parábola, Jesus diz aos discípulos desiludidos: “coragem! Não desanimeis, pois apesar do aparente fracasso, o ‘Reino’ é uma realidade imparável; e o resultado final será algo de surpreendente, de maravilhoso, de inimaginável”.
Na segunda parte temos uma reflexão sobre a função das parábolas (vers. 10-17). O ponto de partida é uma questão posta pelos discípulos: porque é que Jesus fala em parábolas?
Mateus vê nas parábolas a ocasião para que apareçam, com nitidez, o acolhimento e a recusa da mensagem proposta por Jesus. Que quer isto dizer?
As parábolas apresentam a proposta do “Reino” numa linguagem sugestiva, rica, clara, concreta, questionante, interpeladora… Tornam tudo claro e evidente para os ouvintes; por isso, após escutar a mensagem apresentada nas parábolas, só não aceita a mensagem quem tiver o coração endurecido e não estiver mesmo interessado na proposta. As parábolas são, portanto, o factor decisivo: propõem clara e inequivocamente a realidade do “Reino”. Quem acolher essa mensagem, receberá mais e “terá em abundância” (quer dizer, irá entrando, cada vez mais, na dinâmica do “Reino”); mas quem não a acolher (apesar da clareza e da acessibilidade da mensagem), está a rejeitar o “Reino” e a possibilidade de integrar a comunidade da salvação. Nos que rejeitam a proposta de Jesus, cumpre-se a profecia de Isaías: o profeta fala de um povo de coração endurecido, que quanto mais ouve a pregação profética, mais se irrita, agravando cada vez mais a sua culpa (cf. Is 6,9-10).
Os discípulos são aqueles que escutam a proposta do “Reino” e estão dispostos a acolhê-la. Eles compreendem, portanto, as parábolas e aceitam a realidade que elas propõem. Eles são “felizes”, porque abriram o coração às propostas de Jesus, escutaram as suas palavras, viram e entenderam os seus gestos e sinais; são “felizes” porque (ao contrário daqueles que endureceram o coração e fecharam os ouvidos à proposta de Jesus) já integram o “Reino”.
Na terceira parte, temos a explicação da parábola (vers. 18-23). Alguns indícios presentes no texto levam a pensar que esta explicação não fazia parte da parábola original, mas é uma adaptação posterior, que aplica a parábola à vida dos cristãos.
A explicação desloca, de forma evidente, o “centro de interesse”. Nessa explicação, a parábola deixa de ser uma apresentação da forma grandiosa como o “Reino” se vai manifestar, para passar a ser uma reflexão sobre as diversas atitudes com que a comunidade acolhe a Palavra de Jesus (na verdade, é essa a grande preocupação das comunidades cristãs).
Na perspectiva dos catequistas que prepararam esta aplicação da parábola, o acolhimento do Evangelho não depende, nem da semente, nem de quem semeia; mas depende da qualidade da terra.
Diante da Palavra de Jesus, há várias atitudes… Há aqueles que têm um coração duro como o chão de terra batida dos caminhos: a Palavra de Jesus não poderá penetrar nessa terra e dar fruto. Há aqueles que têm um coração inconstante, capaz de se entusiasmar instantaneamente, mas também de desanimar perante as primeiras dificuldades: a Palavra de Jesus não pode aí criar raízes. Há aqueles que têm um coração materialista, que dá sempre prioridade à riqueza e aos bens deste mundo: a Palavra de Jesus é aí facilmente sufocada por esses outros interesses dominantes. Há também aqueles que têm um coração disponível e bom, aberto aos desafios de Deus: a Palavra de Jesus é aí acolhida e dá muito fruto. Os verdadeiros discípulos (a “boa terra”) identificam-se com aqueles que escutam as parábolas, as entendem e acolhem a proposta do “Reino”.
Temos aqui, portanto, uma exortação aos cristãos no sentido de acolherem a Palavra de Jesus, sem deixarem que as dificuldades, os acidentes da vida, os outros valores a afoguem e a tornem uma semente estéril, sem vida.

Evangelho dominical

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A viagem espiritual do Cardeal Van Thuan

O Cardeal Van Thuan foi um prisioneiro político do regime comunista no Vietname durante treze anos, nove dos quais passados em isolamento.

Pe. Ladaria é nomeado como novo secretário da Congregação para a Doutrina da Fé

" Com nossa oração e nosso apoio acompanhamos o Pe. Ladaria neste serviço a Igreja que o Santo Padre o há confiado. Esperamos que o Pe. Ladaria possa contribuir à abertura de caminhos de diálogos no serviço da fé."
Pe. Adolfo Nicolás, sj
Superior Geral da Companhia de Jesus
Bento XVI nomeou o jesuíta espanhol Luis Francisco Ladaria Ferrer como novo secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, designando-o à sede titular de Tibica, com dignidade de arcebispo, informa nesta quarta-feira a Sala de Informação da Santa Sé.
Ladaria, atualmente professor de Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, desempenhava até agora o cargo de secretário-geral da Comissão Teológica Internacional.
O novo secretário nasceu em Manacor (Mallorca) em 19 de abril de 1944; é jesuíta desde 1966 e sacerdote desde 1973. Estudou, e foi professor posteriormente, na Universidade Pontifícia de Comillas (Madri). Na Gregoriana, onde leciona atualmente, desempenhou o cargo de vice-reitor entre 1986 e 1994.
Além de seu cargo de secretário da Comissão Teológica Internacional (desde 2004), também é consultor da Congregação para a Doutrina da Fé desde 1995.
Especialista em patrística, escreveu vários livros, entre os quais se destaca «Teologia do pecado original e da graça» (2005), «A Trindade, mistério de comunhão» (2002) e o «Dicionário de Santo Hilário de Poitiers» (2006).


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Uma Igreja com Futuro ( III )

Sete esperanças de John McGinty (jesuíta) para o futuro da Igreja
Por Bruno Nobre, sj


Uma Igreja que olha para fora. Devemos entender “Igreja” como um verbo. Denota uma acção, uma actividade em processo. A Igreja não tem uma missão, é uma missão. Definida pela acção de Jesus Cristo no mundo, a Igreja não se orienta em direcção a si própria, em direcção à sua estrutura ou aos seus próprios interesses. O movimento da Igreja é ad extra, ou seja, direccionado para aqueles que ainda não ouviram uma palavra de salvação, os que estão envoltos pelo terror, pela necessidade ou pelo medo, para aqueles em quem a experiência de Igreja pode ter deixado uma cicatriz. Quando a Igreja se concentra apenas em pôr a casa em ordem, algo vai mal. Porque é no voltar a atenção para fora de si mesma que a Igreja ganha vida e cresce na união com o seu Fundador e Guia.
Uma Igreja alegre. A Igreja do futuro é uma Igreja de alegria. Não ignora o sofrimento da humanidade. Mas é uma comunidade marcada pela confiança absoluta na presença e fidelidade de Deus. Esta Igreja - mesmo quando sabe que partilha a escuridão de uma humanidade ferida e em guerra - afirma a ressurreição e manifesta a sua alegria.
Não sei qual foi a reacção de cada um ao ler estas sete esperanças. Em mim fizeram crescer o desejo de pertencer ainda mais intimamente à Igreja. Porque a Igreja tem futuro.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Uma Igreja com Futuro ( II )

Sete esperanças de John McGinty (jesuíta) para o futuro da Igreja
Por Bruno Nobre, sj


Uma Igreja de servos. Cada cristão é, dentro da Igreja, chamado a servir os outros cristãos, e a Igreja, como corpo, é chamada a servir o mundo. Todo o chamamento na Igreja, mesmo o chamamento a pertencer à hierarquia, é um chamamento ao serviço. A comunidade cristã é uma comunidade de servos que procuram em primeiro lugar não o próprio bem mas o bem do próximo. A atitude de serviço, que deverá distinguir a Igreja do futuro, contrasta com um mundo no qual a autoridade é vista primeiramente como poder de uns e subordinação de outros.
Uma Igreja transparente. A Igreja do futuro procura, em última instância, a invisibilidade, no sentido em que luta pela transparência. Olhamos a Igreja, sim, mas apenas para que possamos ver a face de Cristo. Escutamos o que a Igreja diz, sim, mas apenas porque nela escutamos a voz de Cristo. Tudo o que é barreira à transparência - propriedade, formas de vestir, formas de agir que possam transportar a marca de séculos de uso ou novos caminhos sugeridos pela necessidade de responder a novas necessidades - serão examinadas à luz de uma simples questão: Será que isto ajuda a transmitir ao mundo a mensagem e a vida de Jesus? Talvez a Igreja nunca consiga a unanimidade em torno destas questões, mas o simples facto de as colocar com honestidade assegura que não procura a sua própria glória mas sim a realização da missão de Jesus.
Uma Igreja centrada na pessoa. A Igreja do futuro distinguir-se-á pela sua delicadeza para com cada pessoa. O valor de cada pessoa radica na sua identidade individual de criatura de Deus, trazida à existência como pessoa única pela vontade de Deus e destinada por Deus à salvação. A comunidade eclesial reconhece o valor de toda e qualquer pessoa, principalmente daqueles que são menos capazes de afirmar o seu próprio valor. Os pobres, os que sofrem de solidão, aqueles que ninguém ajuda, os que não têm casa, as crianças, os que ainda não nasceram, as vítimas de violência e da guerra, os deslocados. Os recursos - espirituais e materiais - da vida da Igreja estão colocados ao serviço destes irmãos e irmãs. Como poderiam eles, de outra forma, perceber que são nossas irmãs e nossos irmãos?


segunda-feira, 7 de julho de 2008

Ordenação Presbiteral de José Laércio de Lima. SJ



Colégio Nossa Senhora das Graças
06 de julho de 2008-07-05
Vitória de Santo Antão PE

“Incendiai o mundo no amor de Deus”
Santo Inácio de Loyola

Presidente da Celebração:

Dom Sérgio da Rocha
Arcebispo Coadjutor da Arquidiocese de Teresina - PI


Padres Presentes

Pe. Acrizio Vale Sales.SJ
Pe. Pedro Rubens.SJ
Pe. Ferdinando Azevedo.SJ
Pe. Antônio Mota.SJ
Pe. Rivando Moreira.SJ
Pe. Marcos Augusto.SJ
Pe. Marcelino Bezerra.SJ
Pe. Luis Araújo Júnior.SJ
Pe. Jackson Alves.SJ
Pe. Pedro Evangelista.SJ
Pe. Sérgio Santos.SJ
Pe. Jair Barbosa.SJ
Pe. Vanildo Pereira.SJ
Pe. Edinardo Serafim.SJ
Pe. Rubens de Almeida
Pe. Rodney.OMI
Pe. Luiz.OMI
Diácono Ponciano Petri.SJ
Diácono Egnicio

Uma Igreja com Futuro ( I )

Sete esperanças de John McGinty (jesuíta) para o futuro da Igreja.

Há uma semana atrás, a capa do Expresso mostrava uma pequena capela alentejana onde um jovem padre celebrava missa com três senhoras (não propriamente novas, diga-se). A fotografia ilustrava um artigo que denunciava uma quebra significativa da participação na Eucaristia de Domingo na diocese de Lisboa.Atirar poeira para os olhos e dizer que tudo está bem não me parece uma atitude honesta. Em Portugal, tal como em praticamente toda a Europa, a Igreja vai de facto perdendo influência e capacidade de chegar aos mais novos. Esta tendência, contudo, não é necessariamente uma desgraça. Porque não encará-la como oportunidade para construir a Igreja do futuro? Lia, há dias, um artigo em que o jesuíta americano John McGinty se perguntava como será, viverá e sentirá a Igreja do futuro. De forma simples aponta sete esperanças para o futuro da Igreja. Por entre números que talvez causem desânimo, julgo que vale a pena pôr os olhos na Igreja do futuro.
1. Uma Igreja de estruturas com Espírito. O Espírito Santo habita as estruturas da Igreja, tornando-as capazes de inspirar crentes e potenciais crentes com a presença viva de Jesus Cristo. Na Igreja do futuro as estruturas eclesiais serão canais abertos e vivos de comunicação efectiva e transformante.

2. Uma Igreja com fronteiras porosas. A Igreja do futuro deverá ser uma Igreja de fronteiras porosas. Mais do que uma parede, a fronteira da Igreja será uma área onde se pode dar e receber. Será um espaço de comunicação com outras Igrejas cristãs, com outras religiões, com os não crentes. A Igreja não necessita uma parede como fronteira. Se a Igreja se olha a si própria como estando enraizada nas escrituras e na missão de Jesus, para ela não há estrangeiros. Não há ninguém que temer.

http://www.essejota.net/

sexta-feira, 4 de julho de 2008

XIV Domingo do tempo comum - Mt. 11, 25-30

O escondido aos sábios e revelado aos pequenos

A passagem evangélica deste domingo, uma das páginas mais intensas e profundas do Evangelho, compõe-se de três partes: uma oração («Eu te louvo, Pai...»), uma declaração sobre ele mesmo («Tudo me foi dado por meu Pai...») e um convite («Vinde a mim todos os que estais cansados e fatigados...»). Eu me limitarei a comentar o primeiro elemento, a oração, pois contém uma revelação de uma importância extraordinária: «Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e aos prudentes e as revelaste revelado aos pequenos. Sim, Pai, porque assim o quiseste».
Acaba de começar o Ano Paulino e o melhor comentário a estas palavras de Jesus é apresentado por São Paulo na primeira carta aos Coríntios: «De fato, irmãos, reparai em vós mesmos, os chamados: não há entre vós muitos sábios de sabedoria humana, nem muitos poderosos, nem muitos de família nobre. Mas o que para o mundo é loucura, Deus o escolheu para envergonhar os sábios, e o que para o mundo é fraqueza, Deus o escolheu para envergonhar o que é forte. Deus escolheu o que no mundo não tem nome nem prestígio, aquilo que é nada, para mostrar a nulidade dos que são alguma coisa. Assim, ninguém poderá gloriar-se diante de Deus» (1 Cor 1, 26-29).
As palavras de Cristo e de Paulo chamam a atenção em particular ao mundo de hoje. É uma situação que se repete. Os sábios e os inteligentes ficam afastados da fé, com freqüência vêem com pena a multidão dos crentes, que reza, que crê nos milagres, que se agrupa ao redor do Padre Pio. Ainda que para dizer a verdade não são todos os doutos, e talvez nem sequer a maioria, mas certamente é a parte mais influente que tem à disposição os microfones mais potentes, a chatting society, como se diz em inglês, a sociedade que tem acesso aos grandes meios de comunicação.
Muitos deles são pessoas honestas e sumamente inteligentes e sua posição se deve à formação, ao ambiente, a experiências de vida, e nem tanto a uma resistência diante da verdade. Portanto, não se trata de emitir um juízo sobre estas pessoas com nomes e sobrenomes. Eu mesmo conheço algumas delas e lhes tenho uma grande estima. Mas isso não deve impedir-nos de descobrir o núcleo do problema. O fechamento a toda a revelação do alto e, portanto, à fé, não é causado pela inteligência, mas pelo orgulho. Um orgulho particular que consiste na rejeição de toda dependência e na reivindicação de uma autonomia absoluta por parte do pensador.
Esconde-se por trás da trincheira da palavra mágica «razão», mas na realidade não é a famosa «razão pura», que o exige, nem uma razão «soberana», mas uma razão escrava, com as asas cortadas. Filósofos, que não podem ser acusados de falta de inteligência ou de capacidade dialética, escreveram: «O ato supremo da razão está em reconhecer que há uma infinidade de coisas que a superam» (Pascal). Outro dizia: «Até agora sempre se disse isso: ‘Dizer que não se pode compreender isso ou aquilo não satisfaz a ciência que quer compreender’. Este é o erro. É preciso dizer o contrário: quando a ciência humana não quer reconhecer que há algo que não pode compreender, ou de maneira mais precisa, algo que com clareza pode ‘compreender que não pode compreender’, ou de maneira mais precisa, algo que com clareza pode ‘compreender que não pode compreender’, então tudo fica transtornado. Portanto, uma tarefa do conhecimento humano consiste em compreender que há coisas que ele não pode compreender, e descobrir quais são estas» (Kierkegaard). Quem não reconhece esta capacidade transcendente põe um limite à razão e a humilha; não o faz, portanto, o crente, que o reconhece.
O que eu disse explica o motivo pelo qual o pensamento moderno, depois de Nietzsche, substituiu o valor da verdade pelo da busca da verdade e, portanto, da sinceridade. Em certas ocasiões, esta atitude se confunde com a humildade (é preciso contentar-se com o «pensamento frágil»!) e a atitude de quem crê em verdades absolutas se considera como presunção, mas é um juízo muito superficial. Enquanto a pessoa está em busca, ela é o protagonista, dirige o jogo. Uma vez encontrada a verdade, a verdade tem de subir ao trono e o buscador deve inclinar-se diante dela e isto, quando se trata da Verdade transcendente, custa o «sacrifício do intelecto».
Neste panorama cultural, cai como uma provocação o que Jesus diz no Evangelho de João: «Eu sou a Verdade», assim como o que diz depois na passagem evangélica: «Ninguém vai ao Pai senão por mim... Vinde a mim todos os que estais cansados e fatigados e eu vos aliviarei». Mas é um convite, não é uma reprovação, e está dirigido também aos cansados de buscar sem encontrar nada, a quem passou a vida atormentando-se, dando murros contra a rocha do mistério.O psicólogo C. G. Jung, em seu livro, diz que todos os pacientes de uma certa idade aos que havia atendido sofriam de algo que podia chamar-se «ausência de humildade» e não se curavam enquanto não alcançavam uma atitude de respeito por uma realidade maior que eles, ou seja, uma atitude de humildade.
Jesus repete também a tantos inteligentes e sábios honestos que existem no mundo de hoje seu convite cheio de amor: Vinde a mim todos os que estais cansados e fatigados e eu vos darei esse alívio e essa paz que buscais em vão em vossos atormentados raciocínios.
Cantalamessa, OFM

Convite

Ordenação Presbiteral de dois Jesuítas
Diác. Vanildo - 05 de Julho
Diác. Laércio - 06 de Julho
Rezem por eles!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Francisco Xavier e sua importância na EVANGELIZAÇÃO do Japão

PAPA CRIA NOVA DIOCESE NO BRASIL E FAZ NOMEAÇÕES

O Santo Padre criou uma nova diocese no Brasil. Trata-se da diocese de Montenegro, no Rio Grande do Sul com território desmembrado da arquidiocese de Porto Alegre, tornando-a sufragânea da mesma Igreja Metropolitana.Como primeiro bispo da diocese de Montenegro, o papa Bento XVI nomeou Dom Paulo Antônio de Conto, até agora bispo de Criciúma.Bento XVI nomeou ainda nesta quarta-feira mais um bispo para o Brasil. Trata-se de Dom Romualdo Matias Kujawski que foi nomeado bispo coadjutor de Porto Nacional, Tocantins. Dom Romualdo, do clero da diocese de Poznań (Polônia), fidei donum na arquidiocese de Palmas. (SP) Mais detalhes sobre Dom Romualdo nos fala Mons. Rafael Biernaski, da Congregação para os Bispos.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Lead India

A tua pequenez é enorme. Nada te pode vencer. Não recuses nenhum dos teus limites, só eles dizem a grandeza do que tens.
Daniel Faria