quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A Quaresma em "fragmentos"



Ser pecador é a consciência que temos de nossa fragilidade. Saindo da confissão, não temos mais pecado, mas reconhecemos que estamos num estado de fraqueza, que somos vasos de barro, muito quebradiços. O pecado atingiu, de certa maneira, algo de profundo em nós, atingiu de algum modo o nosso ser, o nosso “coração”, como diz a Bíblia (é do coração que saem os maus pensamentos, assassinatos etc.) Encontramo-nos todos numa situação de fragilidade. Cada um percebe no seu coração certas tendências inatas para o mal e para o pecado, que os teólogos chamam de concupiscências, tendências para o orgulho, a avareza, a gula, a luxuria, a preguiça etc. É porque estamos neste estado de fragilidade, é porque somos pecadores que voltamos novamente a cometer pecados e assim termos de confessar-nos uma e outra vez até o final de nossa vida.
Reconhecer não somente que temos pecado, mas também que somos pecadores é abrir-nos para a verdade do próprio ser, é início do esvaziamento de si, é começar a descer à verdadeira humildade diante de Deus e diante dos homens.

(Fragmento do texto “Perfeição ou Santidade” do Pe. Neto.sj)

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