segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Papa Bento XVI fala ao Religiosos


O Papa Bento XVI Fala sobre os religiosos no mundo.

As pessoas consagradas são chamadas de maneira particular a serem testemunhas da misericórdia do Senhor, na qual o homem encontra a sua salvação. Eles mantêm vivo a experiência do perdão de Deus, porque têm a consciência de serem pessoas salvas, de serem grandes quando se consideram pequenos, de se sentirem renovadas e envolvidas pela santidade de Deus quando reconhecem o próprio pecado. Por isto, também para o homem de hoje, a vida consagrada permanece uma escola privilegiada da "compunção do coração", do reconhecimento humilde da própria miséria, mas permanece uma escola de confiança na misericórdia de Deus, em seu amor que nunca abandona. Na realidade, quanto mais nos aproximamos de Deus, ficamos mais perto Dele e nos tornamos mais úteis aos outros. As pessoas consagradas experimentam a graça, a misericórdia e o perdão de Deus não somente para si, mas também pelos irmãos, sendo chamados a levar no coração e na oração as angústias e as expectativas dos homens, sobretudo daqueles que estão longe de Deus. Em particular, as comunidades que vivem na clausura, com o seu específico compromisso de fidelidade no "estar com o Senhor", no "estar sob a cruz", realizando freqüentemente esta função vicária, unida a Cristo pela Paixão, tomando sobre si os sofrimentos e as provas dos outros e oferecendo tudo com alegria para a salvação do mundo.Enfim, queridos amigos, queremos elevar ao Senhor um hino de ação de graças e louvor pela vida consagrada. Se ela não existisse, o mundo seria mais pobre! Além das superficiais avaliações de funcionalidade, a vida consagrada é importante por causa de seu ser sinal de gratuidade e de amor, e isso tanto mais numa sociedade que corre o risco de ser sufocada pela espiral do efêmero e pelo útil (cfr. Exort. ap. post-sinod. Vita consecrata, 105).
A vida consagrada testemunha a superabundância do amor que impulsiona a perder a própria vida, como resposta a superabundância de amor do Senhor, que por primeiro perdeu a sua vida por nós. Neste momento penso nas pessoas consagradas que sentem o peso do cansaço cotidiano escasso de gratificações humanas, penso nos religiosos e nas religiosas doentes, naqueles que se sentem em dificuldades em seu apostolado... Nenhum deles é inútil, porque o Senhor os associa ao trono da graça. São um dom precioso para a Igreja e para o mundo, que tem sede de Deus e de sua Palavra.

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