

(Ir. Efifânio.sj - Mora no Noviciado em Feira de Santana)
Uma graça só é considerada milagre após atender a quatro pontos básicos: a instantaneidade, que assegura que a graça foi alcançada logo após o apelo; a perfeição, que garante o atendimento completo do pedido; a durabilidade e permanência do benefício e seu caráter preternatural (não explicado pela ciência).
Segundo o médico Sandro Barral, um dos peritos que participou do processo de análise do milagre, a graça validada ocorreu em 2001, em uma cidade do interior do Nordeste. "Foi um caso de pós-parto, em que a paciente apresentava um quadro de forte hemorragia não controlável. Em um período de 18 horas, ela chegou a passar por três cirurgias, mas o sangramento não cessava. Contudo, sem nenhuma intervenção médica, a hemorragia subitamente parou e a paciente passou a ter uma impressionante recuperação", explica.
Conforme relatos da época, o fim do sangramento ocorreu no mesmo instante em que um grupo de orações pedia a intercessão de Irmã Dulce em favor da parturiente. "A corrente de orações foi proposta por um sacerdote, contemporâneo de Irmã Dulce, que chegou, inclusive, a enviar para a família dela um pedaço de tecido do hábito que pertenceu à religiosa", afirma o assessor de Memória e Cultura das Obras, Osvaldo Gouveia.
Ainda segundo dados do processo, ao ser chamado à casa da mulher em trabalho de parto, o médico que a atendia achou na ocasião que estava indo assinar seu atestado de óbito, em virtude da gravidade da situação, mas ao chegar ao local encontrou a mãe já recuperada do sangramento e com o bebê em seus braços. A identidade da paciente e o local do milagre só poderão ser revelados um mês antes da cerimônia de beatificação da Irmã Dulce.
De 10 a 13/10 os candidatos ao noviciado fizeram o tríduo para refletirem à luz dos Exercícios Espirituais a experiência da Comunidade Vocacional e escreverem a carta ao provincial pedindo para serem admitidos ao noviciado da Companhia. Agora eles seguem o processo normal das entrevistas. Rezemos por esses companheiros, e peçamos ao Pai que continue suscitando em outros jovens o desejo sincero pelo seguimento do seu Filho na Companhia de Jesus.
Somos Filhas de Jesus e este nome significa que somos chamadas a sermos de seu grupo, pertencer a sua comunidade e segui-lo como discípulas. Ser Filha de Jesus é olhar o mundo, as pessoas com o olhar Dele, procurar viver como Ele viveu, buscar fazer o bem às pessoas, tratá-las como filhas de Deus, buscando realizar o sonho do Pai sobre a humanidade.
Nossa família religiosa se sente chamada a viver uma atitude filial para com Deus-Pai, caracterizada pela confiança, a segurança em seu amor incondicional, a semelhança de Jesus. O Pai nos convida continuamente a viver a fraternidade para com todas as pessoas, na gratuidade, simplicidade e alegria.
Outra nota que nos distingue é a devoção a Nossa Senhora, Mãe de Deus e nossa, Estrela de nossos caminhos. Ela nos acompanha no nosso fazer educativo como exemplo de doação e confiança no Filho.