Turma completa dos vocacionados:Pedro, Anderson, Clebson, Artur, Aguiar, Carlos, Daniel, Deivson, Edmário, Geison, Bruno, Luzimar, Alexandre.
Com amigos e amigas que nos visitam e rezam conosco.
A sagrada herança de Ir. Dorothy precisa ser defendida e multiplicada”.
Entrevista especial com Zenilda Petry, Margarida Pantoja e Jane Dwyer
IHU On-Line – Qual a importância de recordar a morte de Ir. Dorothy?
Amados peregrinos de língua portuguesa, a todos saúdo cordialmente, desejando que este nosso encontro dê frutos de renovação interior, que consolidem a concórdia nas famílias e comunidades cristãs, a bem da justiça e da paz no mundo. Como penhor de graça e paz divina, para vós e vossos queridos, de bom grado vos concedo a bênção apostólica.
Na ída a Teresina, o Pe. Agnaldo Júnior e o Pe. Júnior passaram em Tianguá-CE para visitar o amigo Pe. Manoel Freitas (companheiro de teologia em BH do Pe. Agnaldo) que está como reitor dos estudantes de filosofia da Diocese de Tianguá. Puderam também encontrar-se com o bispo Dom Javier e conhecer as instalações do Seminário São José e a Cúria.
Cláudio La Colombière nasceu próximo de Lyon, na França, no dia 2 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa ideia.
Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lyon, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avignon e depois a Paris e, três anos mais tarde, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Paray-le-Monial.
Outro acontecimento muda completamente a sua vida:
Ele é enviado como missionário às colónias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.
O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio La Colombière em 31 de maio de 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.
São Cláudio de La Colombiere: Rogai por nós!!!
Queridos irmãos e irmãs:
Hoje eu gostaria de falar de Pedro Kanis - Canísio, sob a forma latina de seu nome -, uma figura importante na Igreja Católica do século XVI. Ele nasceu em 8 de maio de 1521, em Nijmegen, Holanda. Seu pai era o prefeito da cidade. Enquanto estudava na Universidade de Colônia, visitou os monges cartuxos de Santa Bárbara, um centro propulsor da vida católica, e outros homens piedosos que cultivavam a espiritualidade chamada devotio moderna. Entrou na Companhia de Jesus a 8 de maio de 1543, em Mainz (Renânia-Palatinado), depois ter frequentado um curso de exercícios espirituais sob a supervisão do Beato Pedro Fabro,Petrus Faber, um dos primeiros companheiros de Santo Inácio de Loyola. Ordenou-se sacerdote em junho 1546, em Colônia, e, no ano seguinte, esteve presente no Concílio de Trento, como teólogo do Bispo da Áustria, o cardeal Otto Truchsess von Waldburg, onde trabalhou com dois irmãos, Diego Lainez e Alfonso Salmeron.
Em 1548, Inácio o fez completar sua formação espiritual em Roma e o mandou ao Colégio de Messina, para exercitar-se em humildes serviços domésticos. Em Bologna, obteve o doutorado em teologia, em 4 de outubro de 1549, e foi então enviado por Santo Inácio à Alemanha, para o apostolado. Em 2 de setembro daquele ano, 1549, visitou o Papa Paulo III em Castel Gandolfo e, depois disso, foi para a Basílica de São Pedro para rezar. Lá, implorou a ajuda dos grandes apóstolos Pedro e Paulo, para que dessem uma eficácia permanente à bênção apostólica para o seu grande destino, para a sua nova missão. Em seu diário, ele escreveu algumas palavras da oração que fez: "Lá, senti que um grande consolo e a presença da graça me foram concedidos por meio desses intercessores (Pedro e Paulo). Eles confirmaram a minha missão na Alemanha e pareciam transmitir-me, como apóstolo da Alemanha, o apoio da sua benevolência. Senhor, tu conheces de que maneira e quantas vezes nesse mesmo dia me confiaste a Alemanha, da qual logo cuidarei e pela qual desejo viver e morrer".
Devemos lembrar que estamos na época da Reforma luterana, no momento em que a fé católica nos países de fala germânica, diante do fascínio da Reforma, parecia estar se apagando. Era um dever quase impossível o de Canísio, responsável pela revitalização e pela renovação da fé católica nos países germânicos. Isso só seria possível com a força da oração. Seria possível apenas a partir da base, ou seja, a partir de uma profunda amizade com Jesus Cristo; amizade com Cristo no seu Corpo, a Igreja, que é alimentada na Eucaristia, sua presença real.
Seguindo a missão que recebeu de Inácio e do Papa Paulo III, Canísio partiu para a Alemanha e foi, em primeiro lugar, ao Ducado da Baviera, que durante muitos anos foi a sede do seu ministério. Como decano, reitor e vice-chanceler da Universidade de Ingolstadt, cuidou da vida acadêmica do Instituto e da reforma religiosa e moral do povo. Em Viena, onde por um breve tempo foi administrador da diocese, ele desenvolveu o ministério pastoral em hospitais e prisões, tanto na cidade como no campo, e preparou a publicação doCatecismo. Em 1556, fundou o Colégio de Praga e, até 1569, foi o primeiro superior da Província Jesuíta da Alta Alemanha.
Entre estas tarefas, estabeleceu nos países germânicos uma densa rede de comunidades da sua Ordem, especialmente colégios, que foram pontos de partida para a reforma católica, para a renovação da fé católica. Nesse tempo, também participou do Colóquio de Worms, com os líderes protestantes, entre os quais estava Filippo Melantone (1557); atuou como núncio pontifício na Polônia (1558); participou das duas Dietas de Augusta (1559 e 1565); acompanhou o cardeal Stanislao Hozjusz, enviado do Papa ao Imperador Ferdinando (1560); interveio na sessão final do Concílio de Trento, onde falou sobre a questão da Comunhão sob as duas espécies e sobre o Índice de Livros Proibidos (1562).
Em 1580, retirou-se para Friburgo, na Suíça, dedicado inteiramente à pregação e à composição de suas obras. Morreu lá, em 21 de dezembro de 1597. Beatificado pelo Beato Pio IX, em 1864, foi proclamado, em 1897, segundo Apóstolo da Alemanha pelo Papa Leão XIII; foi canonizado pelo Papa Pio XI e proclamado Doutor da Igreja em 1925.
São Pedro Canísio passou grande parte de sua vida em contato com as pessoas socialmente mais importantes da sua época e exerceu uma influência especial com seus escritos. Foi editor das obras completas de São Cirilo de Alexandria e de São Leão Magno, das Cartas de São Jerônimo e das Orações de São Nicolau de Flüe. Publicou livros de devoção em vários idiomas, biografias de alguns santos suíços e muitos textos de homilética. Mas seus escritos mais populares foram os três Catecismos elaborados entre 1555 e 1558. O primeiro foi desenvolvido para estudantes com um nível de compreensão das noções elementares de teologia; o segundo, para as crianças do povoado, para o início de uma instrução religiosa; o terceiro, para jovens com uma formação escolar média ou superior. A doutrina católica foi exposta em forma de perguntas e respostas, brevemente, em termos bíblicos, de forma muito clara e sem menções críticas.
Somente durante a sua vida, foram feitas 200 edições desse Catecismo! E depois surgiram centenas de edições, até o século XX. Assim, na Alemanha, ainda na geração do meu pai, as pessoas chamavam o Catecismo simplesmente de "Canísio": ele foi realmente ocatequista dos séculos; formou a fé das pessoas durante séculos.
Esta é uma característica de São Pedro Canísio: saber apresentar harmonicamente a fidelidade aos princípios dogmáticos com o respeito devido a cada pessoa. São Canísio distinguiu a apostasia consciente e culpada da fé, da perda da fé inocente devido às circunstâncias. E declarou, diante de Roma, que a maioria dos alemães passou ao protestantismo sem ter culpa. Em um momento histórico de fortes contrastes confessionais, evitou as asperezas e a retórica da ira - uma raridade naquela época de discussões entre os cristãos -, centrando-se na apresentação das raízes espirituais e na revitalização da fé na Igreja. Para isso, foi-lhe muito útil o vasto e penetrante conhecimento que tinha das Sagradas Escrituras e dos Padres da Igreja: o mesmo conhecimento que refletia sua relação pessoal com Deus e a austera espiritualidade que derivada da devotio moderna e da mística renana.
A característica da espiritualidade de São Canísio é uma amizade profunda com Jesus. Por exemplo, escreveu em seu diário, no dia 4 de setembro de 1549, conversando com o Senhor: "Tu, no final, como se pudesses abrir o coração do Santíssimo Corpo, que eu parecia ver na minha frente, mandaste-me beber dessa fonte, convidando-me, por assim dizer, a tirar as águas da minha salvação das tuas fontes, ó meu Salvador". Percebe-se que o Salvador lhe dá uma veste com três partes, que se chamam paz, amor e perseverança. E com essa vestimenta feita de paz, amor e perseverança, Canísio realizou o seu trabalho de renovação do catolicismo. Esta amizade com Jesus - que é o centro de sua personalidade -, nutrida pelo amor à Bíblia, pelo amor ao Sacramento, pelo amor aos Padres, estava claramente unida à consciência de ser, na Igreja, um continuador da missão dos Apóstolos. E isso nos lembra que todo evangelizador é sempre um instrumento unido - e, por isso mesmo, fecundo - a Jesus e à sua Igreja.
São Pedro Canísio tinha se formado nessa amizade com Jesus dentro da atmosfera espiritual da Cartuxa de Colônia, onde ele tinha mantido contato próximo com os dois místicos cartuxos, Johann Lansperger, latinizado como Lanspergius, e Nicolas van Hesch, latinizado como Eschius. Mais tarde, aprofundou na experiência dessa amizade, familiaritas stupenda nimis, com a contemplação dos mistérios da vida de Jesus, que ocupam uma grande parte dos Esercizi spirituali de Santo Inácio. Sua intensa devoção ao Coração do Senhor, que culminou na consagração ao ministério apostólico na Basílica Vaticana, encontra aqui seu fundamento.
Na espiritualidade cristocêntrica de São Pedro Canísio existe uma convicção profunda: não existe alma cuidadosa da própria perfeição que não pratique todos os dias a oração mental, caminho ordinário que permite que o discípulo de Jesus viva a intimidade com o divino Mestre. Por isso, nos escritos destinados à educação espiritual do povo, nosso santo salienta a importância da liturgia com os comentários sobre os Evangelhos, as festas, o rito da Santa Missa e demais sacramentos, mas, ao mesmo tempo, preocupa-se por mostrar aos fiéis a necessidade e a beleza de que a oração pessoal diária acompanhe e inspire a participação no culto público da Igreja.
Trata-se de uma exortação e de um método que conservam intacto o seu valor, especialmente depois de terem sido propostos novamente pelo Concílio Vaticano II, na constituição Sacrosanctum Concilium: a vida cristã não crescerá se não for alimentada pela participação na liturgia, em particular na Santa Missa dominical, e pela oração pessoal diária, pelo contato pessoal com Deus. Entre as muitas atividades e os múltiplos estímulos que nos cercam, é preciso encontrar, cada dia, momentos de recolhimento diante do Senhor, para ouvi-lo e falar com Ele.
Ao mesmo tempo, é sempre atual e de valor permanente o exemplo que São Pedro Canísio nos deixou, não só em suas obras, mas acima de tudo com sua vida. Ele nos ensina claramente que o ministério apostólico é incisivo e produz frutos de salvação no coração somente se o pregador for uma testemunha pessoal de Jesus e souber ser um instrumento à sua disposição, intimamente unido a Ele pela fé no seu Evangelho e na sua Igreja, por uma vida moralmente coerente e por uma oração incessante como o amor. E isso se aplica a todo cristão que quer viver com esforço e fidelidade sua adesão a Cristo. Obrigado.
[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos irmãos e irmãs:
São Pedro Canísio, sacerdote jesuíta e doutor da Igreja, nasceu em Nimega, na Holanda, no ano 1521. Interveio em acontecimentos decisivos do seu tempo, como o Concílio de Trento, e exerceu uma influência especial com os seus escritos. A sua obra mais difundida é oCatecismo, onde aparece a doutrina exposta sob a forma de breves perguntas e respostas, elaboradas em termos bíblicos e sem tons polêmicos. E dele preparou três versões: uma para pessoas com elementares noções de teologia; outra para crianças sem escolaridade; e a terceira para estudantes liceais ou universitários. Nisto se revela uma das características de Pedro Canísio: sabia harmonizar a fidelidade aos princípios dogmáticos com o respeito devido a cada pessoa.
Amados peregrinos de língua portuguesa, para todos a minha saudação amiga e encorajadora! Antes de vós, veio peregrino a Roma Pedro Canísio para invocar a intercessão dos Apóstolos São Pedro e São Paulo sobre a missão que lhe fora confiada na Alemanha, o seu campo de apostolado mais longo. No seu diário, descreve como aqui sentiu a graça divina que fazia dele um continuador da missão dos Apóstolos. Como ele, todos nós, cristãos, somos enviados a evangelizar, mas para isso precisamos permanecer unidos a Jesus e à Igreja. Sobre vós e vossas famílias, desça a minha bênção.
[Tradução: Aline Banchieri.
(Obs.: Fiz questão de colocar o texto todo pela beleza do mesmo.)
Chegando ao Japão, em pouco tempo conseguiu tornar-se uma pessoa muita próxima dos japoneses. Algumas autoridades, porém, desconfiaram que ele fosse um espião norte-americano e por isso prenderam-no, até comprovarem as suas verdadeiras intenções evangelizadoras. Mais tarde, saindo de Yamagushi [terra onde estivera antes São Francisco Xavier], Arrupe foi trabalhar no noviciado do Japão, em Hiroshima, como mestre de noviços. Era a época da II Guerra Mundial e este sacerdote acabaria testemunhando um dos episódios mais tristes da história contemporânea: a destruição completa de uma cidade através da bomba atômica.
Pedro Arrupe, que morava a alguns kilometros da tragédia, logo transformou o semi-destruído noviciado dos jesuítas em um verdadeiro hospital,para acolher os sobreviventes do ataque. Ele e seus noviços foram à cidade tirar os vivos, queimar os mortos para não haver infecções, e muito mais. Após esste tempo, Arrupe deixou o noviciado ao ser eleito Provincial dos jesuítas no Japão. E, anos depois, Superior Geral da Companhia de Jesus no mundo inteiro.Como Geral dos jesuítas, o Pe. Pedro Arrupe foi um verdadeiro profeta dos nosso tempo, tempo esse de enorme agitação e mudança, que marcaram os famosos anos sessenta. A Igreja acabava de viver o Concílio Ecumênico Vaticano II e agora havia que adaptá-lo e adotá-lo em todos os sentidos à vida e missão eclesial, não sem resistências e crises. Foi um tempo de grandes mudanças para a Igreja e para a Companhia. Pe. Arrupe assumiu totalmente as inspirações do Concílio, aproximando a sua ordem ao mundo dos leigos, dos pobres, da juventude, da sociedade contemporânea. Apesar do cargo de superior Geral da Companhia ser vitalício, Arrupe sentiu que a sua missão estava cumprida e pediu para retirar-se. Mas o papa João Paulo II não aceitou a sua renúncia. Mas, apesar de todas as dificuldades que isso gerou, a Companhia souber viver em obediência verdadeira por amor a Cristo e a sua Igreja.
Em 1980 o Pe. Arrupe sofreu uma trombose, que o levou a passar seus últimos anos de vida em uma cama, até partir para o Pai em 1990. No seu discurso de despedida aos jesuítas disse:
“EU ME SINTO MAIS DO QUE NUNCA NAS MÃOS DE DEUS. ISSO FOI O QUE SEMPRE DESEJEI, DESDE JOVEM. E ISSO É A ÚNICA COISA QUE CONTINUO DESEJANDO AGORA. MAS, COM UMA DIFERÊNÇA: HOJE TODA A INICIATIVA VEM DO SENHOR. ASSEGURO-LHES QUE SABER-ME E SENTIR-ME TOTALMENTE EM SUAS MÃOS É UMA PROFUNDA EXPERIÊNCIA”.
Que cresça em nós a devoção a este santo homem e santo Jesuíta.
Que sua vida, sua espiritualidade e profetismo não esmoreça entre nós. Continuemos sendo fiéis áquilo que movia Arrupe, sentir-se mais e mais nas mão de Deus e fazer apenas a sua vontade. (Fonte: Jesuítas da Amazônia)