quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A missão do Jesuíta HOJE.

A missão do JESUÍTA é a de viver na FRONTEIRA

“não são os mares ou as grandes distancias nem os obstáculos que desafiam os anunciadores do Evangelho, mas antes as fronteiras que…vêm interpor-se entre a fé e o saber humano, a fé e a ciência moderna, a fé e o compromisso pela justiça”

Papa Bento XVI aos Jesuítas em Roma.


Muitas coisas me encantam na Companhia de Jesus, entre elas, a capacidade que vamos adquirindo em dialogar e respeitar o diferente de nós. Partilho com vocês uma leitura que fiz de um noticia que recebi vinda de Roma. O nosso Padre Geral (responsável pelos Jesuítas no mundo todo – que é sucessor de Santo Inácio de Loyola) nomeou vários Jesuítas como responsáveis pelo diálogo com outras religiões. Para mim, isso significa respeito e acolhida, significa também, não ter medo do diferente, não ter medo de estar com o outro que pensa de um modo distinto e reza de um modo distinto. É fantástico, isso mostra o tamanho do céu. Lá, há morada para muitos, mesmo que aqui na terra sejam diferentes, pensem de modo diferente e creiam de um jeito diferente.


São eles os padres que fazem parte do secretariado inter-religoso:

Diálogo com os cristãos Orientais e Protestantes: Pe. Milan Zust.SJ e o Pe. Thomas Rausch.SJ

Diálogo com outras religiões:

Budismo: Pe. Aloysius Pieris.SJ

Hinduísmo: Pe. Noel Sheth.SJ

Islam: Pe. Christian Troll.SJ

Judaísmo: Pe. Jean-Pierre Sonnet.SJ

Religiões Indígenas da África: Pe. Mpay Kemboly.SJ

Religiões Indígena das Américas: Pe. Xavier Albó.SJ

Está aqui um pouco da vocação dos Jesuítas no mundo – estar nas fronteiras – como pede o Papa Bento XVI aos Jesuítas reunidos no Vaticano : “A Igreja precisa de vós, conta convosco, e continua a voltar-se para vós, com confiança, em particular para chegar àqueles lugares físicos e espirituais, onde outros não chegam ou tem dificuldades de chegar”.

Criar espaço para o diálogo com homens e mulheres que desejam descobrir e viver a vontade de Deus implica na humildade colocar-se ao lado, porém sem perder suas características, mantendo seu modo de ser e viver, para aos poucos, chegar a fazer do mundo, o Reino de Deus, quando haverá um só rebanho e um só Pastor.

A atitude de abertura significa também, estar corajosamente atento ao dinamismo do Espírito, afinal, tem medo da “pergunta” quem não tem segurança na resposta. O Espírito de Deus nos ajudará a dizer a coisa certa e a viver do modo certo tudo o que for a vontade de Deus diante dos desafios do mundo atual.

SER JESUÍTA hoje é ser um homem capaz de encontrar respostas em meio às dúvidas próprias do ser humano. É ser capaz de enxergar o novo presente nos desafios e mistérios da vida humana. É querer ser como Jesus no mundo.


O contrário desse modo de viver é se apegar e viver desmedidamente a normatização de tudo, do céu e da terra. Quem se apega ciosamente aos dogmatismos, cegamente se contrapõe à mensagem de Jesus que dialogou com tantos que pensavam diferente dele. Ao mesmo tempo, significa ir contra a mensagem do Evangelho que sempre está nos convidando a um desinstalar-se dos excessos dogmáticos e viver a liberdade de Filhos de Deus, servindo sempre, amando sempre, construindo sempre o Reino que também é nosso.

Rezemos pelo encontro do Papa Bento XVI com os representantes dos mais variados modos de crer que existem no mundo, assim como fez João Paulo II. O encontro acontecerá na cidade italiana de Assis, no dia 27 de outubro. Paralelamente, noutros países acontecerão encontros parecidos de acordo com a realidade religiosa de cada País.

Continuemos nos passos de Jesus para a Maior Glória de Deus. Pe. Laércio.SJ

Nenhum comentário: