quinta-feira, 21 de junho de 2012

PATRONO DA JUVENTUDE: SAO LUIS GONZAGA

São Luís Gonzaga: oração, pureza e caridade

Os santos são os que verdadeiramente ouviram, interpretaram e viveram a Palavra de Deus (cf. VD 48). Deixaram-se plasmar por ela, de modo a superar a esquizofrenia entre o dizer e o fazer. A vida dos santos é, sem dúvida, reflexo da Palavra escutada, meditada e colocada em prática.
Construir uma vida sobre Cristo! Eis o que fez São Luiz Gonzaga (1568-1591), padroeiro da juventude, estudantes e seminaristas. É importante que tenhamos exemplos de pessoas que nos ajudem a viver a nossa espiritualidade nos dias de hoje. Poderíamos, porém, nos perguntar: Que contribuição poderá dar um santo do século XVI – São Luiz Gonzaga – para a realidade atual? Sua mensagem responde as indagações da humanidade hodierna?
Antes de tudo, é preciso relembramos que somos todos chamados à santidade, cada qual a seu modo. Isto diz o Senhor: “Sede perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celeste.” (Mt 5, 48). Os santos, evidentemente, nos abrem caminhos, abrem-nos pistas de santidade, inspiram-nos coragem e imploram em nosso favor. “Se estes e aqueles se santificaram, por que não o posso eu, se a graça de Cristo é a mesma?” assim se perguntava Santo Agostinho, antes de sua conversão.
Ao ler a história de São Luiz Gonzaga percebemos o seu envolvimento direto com Deus, por meio da oração. O seu coração, desde a tenra idade, estava voltado para as coisas do alto. Foi um homem de perseverança na pureza de coração, mesmo em meio às vaidades e tentações de seu tempo; fiel à sua vocação.
Importante notar seu desapego ao poder, esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes. O tempo que viveu na Companhia de Jesus serviu-lhe para aprofundar ainda mais sua vocação total a Deus e seu desejo de entregar-se por completo à salvação do próximo. Compadecia-se dos que sofriam e seu envolvimento foi tanto ao ponto de pegar uma doença e morrer.
Tal testemunho de São Luiz Gonzaga interpela-nos a uma transformação. É preciso decidir-se. Avancemos para águas mais profundas (cf. Lc 5, 4). Não deixemo-nos levar pela superficialidade em permanecer à margem. Sejamos capazes de fazer a diferença, resgatando virtudes que talvez estejam esquecidos em nossa atualidade.
Lembremo-nos das palavras do papa Bento XVI aos jovens: “é urgente uma nova geração de apóstolos enraizados na palavra de Cristo, capazes de responder aos desafios de nosso tempo e dispostos a difundir o Evangelho por todo lado.”
Que São Luiz Gonzaga, exemplo daquele que aderiu ao projeto de Deus, interceda por nós e, de forma particular, pela juventude.
Ismael Weiduschath
Seminarista da Arquidiocese de Florianópolis

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