O cristianismo não é uma filosofia ou uma moral, é um encontro com Cristo, explicou Bento XVI nesta quarta-feira, ao ilustrar o momento central da vida de São Paulo: seu encontro com Jesus no caminho de Damasco.
Continuando com a série de catequeses sobre o apóstolo dos povos, no Ano Paulino, que dura até o próximo mês de julho, o Papa reviveu junto a milhares de peregrinos congregados na Sala Paulo VI o momento central da vida de Saulo de Tarso.
Foi um autêntico giro em sua vida, declarou, «o Cristo ressuscitado aparece como uma luz esplêndida e fala a Saulo, transforma seu pensamento e sua própria vida».
Contudo, assinalou o bispo de Roma, «Paulo não interpreta nunca este momento como um fato de conversão. Por quê? Há muitas hipóteses, mas o motivo é muito evidente. Este giro de sua vida, esta transformação de todo seu ser não foi fruto de um processo psicológico, de um amadurecimento ou evolução intelectual ou moral, mas veio de fora: não foi o fruto de seu pensamento, mas do encontro com Jesus Cristo».
«Não foi simplesmente uma conversão, um amadurecimento de seu ‘eu’, mas foi morte e ressurreição para ele mesmo: morreu uma existência sua e nasceu outra nova com Cristo Ressuscitado. De nenhuma outra forma se pode explicar esta renovação de Paulo.»
«Todas as análises psicológicas não podem esclarecer nem resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para entender o que aconteceu: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se havia revelado e havia falado com ele», acrescentou o Papa.
Isso significa que, para os crentes, «o cristianismo não é uma filosofia nova ou uma nova moral. Só somos cristãos se encontramos Cristo», explicou o pontífice.
O Papa explicou que este encontro pessoal se realiza hoje «na leitura da Sagrada Escritura, na oração, na vida litúrgica da Igreja».
Só neste encontro «podemos tocar o coração de Cristo e sentir que Ele toca o nosso. Só nesta relação pessoal com Cristo, só neste encontro com o Ressuscitado nos convertemos realmente em cristãos».
Morte e ressurreição
O Papa, tomando as duas fontes do Novo Testamento que ilustram este acontecimento (os Atos dos Apóstolos e as Cartas de São Paulo), explicou aos peregrinos a centralidade do encontro com Cristo na vida do Apóstolo.
Muito além dos detalhes do relato do Caminho de Damasco, Bento XVI explicou que a chave é a aparição real do Ressuscitado.
«O esplendor do Ressuscitado o deixa cego: apresenta-se também exteriormente o que era a realidade interior, sua cegueira com relação à verdade, à luz que é Cristo. E depois seu definitivo ‘sim’ a Cristo no batismo reabre de novo seus olhos, faz-lhe ver realmente.»
«Todas as análises psicológicas não podem esclarecer nem resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para entender o que aconteceu: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se havia revelado e havia falado com ele.»
Paulo se sente sempre «escolhido e enviado pelo próprio Cristo, sem intermediários», explica o Papa, mas sempre em comunhão com toda a Igreja.
«Paulo aprendeu que, apesar de sua imediata relação com o Ressuscitado, ele deve entrar na comunhão da Igreja, deve ser batizado, deve viver em sintonia com os demais apóstolos. Só nesta comunhão com todos ele poderá ser um verdadeiro apóstolo», acrescenta.
Por último, o Papa explicou que esta experiência do apóstolo é a que lhe permitiu integrar sua tradição judaica com o pensamento e a filosofia pagã.
«Isso engrandeceu seu coração, abriu-o a todos. Neste momento não perdeu o que havia de bom e de verdadeiro em sua vida, em sua herança, mas compreendeu de forma nova a sabedoria, a verdade, a profundidade da lei e dos profetas, e se apropriou deles de um modo novo.»
«Ao mesmo tempo, sua razão se abriu à sabedoria dos pagãos; tendo-se aberto a Cristo com todo seu coração, ele se converteu em capaz de estabelecer um diálogo amplo com todos, fez-se capaz de fazer-se tudo para todos. Assim realmente podia ser o apóstolo dos pagãos», concluiu Bento XVI.
Continuando com a série de catequeses sobre o apóstolo dos povos, no Ano Paulino, que dura até o próximo mês de julho, o Papa reviveu junto a milhares de peregrinos congregados na Sala Paulo VI o momento central da vida de Saulo de Tarso.
Foi um autêntico giro em sua vida, declarou, «o Cristo ressuscitado aparece como uma luz esplêndida e fala a Saulo, transforma seu pensamento e sua própria vida».
Contudo, assinalou o bispo de Roma, «Paulo não interpreta nunca este momento como um fato de conversão. Por quê? Há muitas hipóteses, mas o motivo é muito evidente. Este giro de sua vida, esta transformação de todo seu ser não foi fruto de um processo psicológico, de um amadurecimento ou evolução intelectual ou moral, mas veio de fora: não foi o fruto de seu pensamento, mas do encontro com Jesus Cristo».
«Não foi simplesmente uma conversão, um amadurecimento de seu ‘eu’, mas foi morte e ressurreição para ele mesmo: morreu uma existência sua e nasceu outra nova com Cristo Ressuscitado. De nenhuma outra forma se pode explicar esta renovação de Paulo.»
«Todas as análises psicológicas não podem esclarecer nem resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para entender o que aconteceu: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se havia revelado e havia falado com ele», acrescentou o Papa.
Isso significa que, para os crentes, «o cristianismo não é uma filosofia nova ou uma nova moral. Só somos cristãos se encontramos Cristo», explicou o pontífice.
O Papa explicou que este encontro pessoal se realiza hoje «na leitura da Sagrada Escritura, na oração, na vida litúrgica da Igreja».
Só neste encontro «podemos tocar o coração de Cristo e sentir que Ele toca o nosso. Só nesta relação pessoal com Cristo, só neste encontro com o Ressuscitado nos convertemos realmente em cristãos».
Morte e ressurreição
O Papa, tomando as duas fontes do Novo Testamento que ilustram este acontecimento (os Atos dos Apóstolos e as Cartas de São Paulo), explicou aos peregrinos a centralidade do encontro com Cristo na vida do Apóstolo.
Muito além dos detalhes do relato do Caminho de Damasco, Bento XVI explicou que a chave é a aparição real do Ressuscitado.
«O esplendor do Ressuscitado o deixa cego: apresenta-se também exteriormente o que era a realidade interior, sua cegueira com relação à verdade, à luz que é Cristo. E depois seu definitivo ‘sim’ a Cristo no batismo reabre de novo seus olhos, faz-lhe ver realmente.»
«Todas as análises psicológicas não podem esclarecer nem resolver o problema. Só o acontecimento, o encontro forte com Cristo, é a chave para entender o que aconteceu: morte e ressurreição, renovação por parte d’Aquele que se havia revelado e havia falado com ele.»
Paulo se sente sempre «escolhido e enviado pelo próprio Cristo, sem intermediários», explica o Papa, mas sempre em comunhão com toda a Igreja.
«Paulo aprendeu que, apesar de sua imediata relação com o Ressuscitado, ele deve entrar na comunhão da Igreja, deve ser batizado, deve viver em sintonia com os demais apóstolos. Só nesta comunhão com todos ele poderá ser um verdadeiro apóstolo», acrescenta.
Por último, o Papa explicou que esta experiência do apóstolo é a que lhe permitiu integrar sua tradição judaica com o pensamento e a filosofia pagã.
«Isso engrandeceu seu coração, abriu-o a todos. Neste momento não perdeu o que havia de bom e de verdadeiro em sua vida, em sua herança, mas compreendeu de forma nova a sabedoria, a verdade, a profundidade da lei e dos profetas, e se apropriou deles de um modo novo.»
«Ao mesmo tempo, sua razão se abriu à sabedoria dos pagãos; tendo-se aberto a Cristo com todo seu coração, ele se converteu em capaz de estabelecer um diálogo amplo com todos, fez-se capaz de fazer-se tudo para todos. Assim realmente podia ser o apóstolo dos pagãos», concluiu Bento XVI.
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