Sete esperanças de John McGinty (jesuíta) para o futuro da Igreja.
Há uma semana atrás, a capa do Expresso mostrava uma pequena capela alentejana onde um jovem padre celebrava missa com três senhoras (não propriamente novas, diga-se). A fotografia ilustrava um artigo que denunciava uma quebra significativa da participação na Eucaristia de Domingo na diocese de Lisboa.Atirar poeira para os olhos e dizer que tudo está bem não me parece uma atitude honesta. Em Portugal, tal como em praticamente toda a Europa, a Igreja vai de facto perdendo influência e capacidade de chegar aos mais novos. Esta tendência, contudo, não é necessariamente uma desgraça. Porque não encará-la como oportunidade para construir a Igreja do futuro? Lia, há dias, um artigo em que o jesuíta americano John McGinty se perguntava como será, viverá e sentirá a Igreja do futuro. De forma simples aponta sete esperanças para o futuro da Igreja. Por entre números que talvez causem desânimo, julgo que vale a pena pôr os olhos na Igreja do futuro.
1. Uma Igreja de estruturas com Espírito. O Espírito Santo habita as estruturas da Igreja, tornando-as capazes de inspirar crentes e potenciais crentes com a presença viva de Jesus Cristo. Na Igreja do futuro as estruturas eclesiais serão canais abertos e vivos de comunicação efectiva e transformante.
2. Uma Igreja com fronteiras porosas. A Igreja do futuro deverá ser uma Igreja de fronteiras porosas. Mais do que uma parede, a fronteira da Igreja será uma área onde se pode dar e receber. Será um espaço de comunicação com outras Igrejas cristãs, com outras religiões, com os não crentes. A Igreja não necessita uma parede como fronteira. Se a Igreja se olha a si própria como estando enraizada nas escrituras e na missão de Jesus, para ela não há estrangeiros. Não há ninguém que temer.
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