Presto da Pixar
O humor, que fala de coisas sérias, é a tarefa a que a Pixar já nos tem habituado. Agora com duas figuras antigas, o ilusionista e o coelho, para nos falarem de uma coisa nova, melhor ainda, de um truque a que, talvez, já não estejamos habituados: a certeza que do mal se pode tirar muito bom proveito.Será verdade? Como é que isso se faz? O melhor é mesmo ver a curta e deliciar-se com ela. Mas, para (des)ajudar, apenas, três chaves de leitura.
1. A primeira, que aquilo pode ser uma espécie de iceberg: acontecer que no palco muitas pessoas se apercebam e reconheçam o bem, mesmo que sintamos que no coração, o bastidor escondido, tudo corre mal.
2. A segunda, que depois de uma “actuação” minha de fazer o bem por alguém, devo perguntar-me se, independentemente de me ter saído bem ou mal, o outro aproveitou e ganhou com aquilo que lhe ofereci: fiz-lhe o bem, fui capaz de me descentrar para ajudá-lo?
3. A terceira, é que quando se joga no essencial, a programação e a previsão excessiva da vida podem impedir que aconteça o extraordinário. Pensar a vida e sonhar com ela é importante, mas mais ainda viver aberto ao imprevisível.
Nuno Branco
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