Agência ZENIT:
Para os católicos, inclusive praticantes, às vezes custa entrar no mistério da Eucaristia. Comunicam sua convicção por costume. E, contudo, a Eucaristia é vital na fé de um católico. Como se pode ajudar os fiéis a compreenderem o significado profundo da Eucaristia?
Pe. Nicolas Buttet:
A beata de Québec, Dina Bélanger, beatificada em 1993 por João Paulo II, escreveu um dia em seu diário: «Se as almas compreendessem o tesouro que possuem na divina Eucaristia, teriam de proteger os sacrários com muros inexpugnáveis, já que, no delírio de uma fome santa e devoradora, iriam elas mesmas alimentar-se do Pão dos Anjos. As igrejas transbordariam de adoradores consumidos de amor pelo divino prisioneiro, tanto de dia como de noite». Não chegamos a isso! É verdade que o mistério é tão grande, a brecha tão enorme entre o que nossos sentidos percebem - o pão - e o que nossa fé crê - Jesus -, que não é fácil entrar no mistério. Penso que há três coisas a desenvolver: uma catequese eucarística que passa pelas palavras e os exemplos. «Entremos na escola dos santos, grandes intérpretes da piedade eucarística autêntica», disse João Paulo II ao final de sua encíclica sobre a Eucaristia.
Em segundo lugar, é preciso destacar a consagração na missa, e o sacrário nas igrejas. Sempre me impressiona a pouca devoção durante a celebração eucarística na consagração. É um momento que é um pouco descuidado. Pode-se crer com as palavras, mas com os gestos que se fazem nestes momentos, a pessoa nunca se equivoca.
Eu estava um dia na casa de alguns amigos. Os pais tinham uma filha de três anos; eles a haviam batizado e, portanto, por tradição e por dever, iam à missa com ela todos os domingos. A tia dessa menina é católica comprometida. Era, então, a hora de ir à missa e a mãe perguntou à sua filhinha de três anos: «Com quem você quer ir à missa, com mamãe ou com a titia?»; e a menina respondeu sem duvidar: «Com a tia». «E por quê?», perguntou a mãe. «Porque ela acredita!» replicou ainda com menos vacilo a pequena. Penso que há gestos, atitudes que são uma catequese em si mesmos.
Uma vez eu estava na China. Um velho catequista, Zacarias, que arriscou sua vida por anunciar Jesus e que chegava aos seus 100 anos, havia conservado, em um local escondido de sua casa, um sacrário com o Santo Sacramento. Feliz, ele me fez descobrir seu tesouro detrás de uma porta secreta... Logo depois de entrar nesse pequeno local, Zacarias se ajoelhou, prostrou-se com o rosto no chão e começou algumas orações. Eu compreendi que era Jesus quem estava lá! Não havia nenhuma dúvida!
Em terceiro lugar, é preciso redescobrir a adoração eucarística e a devoção eucarística fora da missa. Este mistério é tão grande que a liturgia sozinha não nos permitirá jamais aprofundar suficientemente. Só uma exposição prolongada ao mistério da presença real de Jesus no Santo Sacramento permite entrar progressivamente no estupor eucarístico. Penso neste testemunho de Maxime, de 21 anos: «Para mim, a Eucaristia é o centro de minha vida. Jesus Eucaristia me tirou do inferno das drogas. Graças à Eucaristia, minha vida foi transformada e estou agora feliz de viver para servir a Cristo. A Eucaristia é minha força para amar, para seguir e servir a Cristo através de alegrias e penas. Deus nos ama infinitamente e não nos abandonará jamais».
Para os católicos, inclusive praticantes, às vezes custa entrar no mistério da Eucaristia. Comunicam sua convicção por costume. E, contudo, a Eucaristia é vital na fé de um católico. Como se pode ajudar os fiéis a compreenderem o significado profundo da Eucaristia?
Pe. Nicolas Buttet:
A beata de Québec, Dina Bélanger, beatificada em 1993 por João Paulo II, escreveu um dia em seu diário: «Se as almas compreendessem o tesouro que possuem na divina Eucaristia, teriam de proteger os sacrários com muros inexpugnáveis, já que, no delírio de uma fome santa e devoradora, iriam elas mesmas alimentar-se do Pão dos Anjos. As igrejas transbordariam de adoradores consumidos de amor pelo divino prisioneiro, tanto de dia como de noite». Não chegamos a isso! É verdade que o mistério é tão grande, a brecha tão enorme entre o que nossos sentidos percebem - o pão - e o que nossa fé crê - Jesus -, que não é fácil entrar no mistério. Penso que há três coisas a desenvolver: uma catequese eucarística que passa pelas palavras e os exemplos. «Entremos na escola dos santos, grandes intérpretes da piedade eucarística autêntica», disse João Paulo II ao final de sua encíclica sobre a Eucaristia.
Em segundo lugar, é preciso destacar a consagração na missa, e o sacrário nas igrejas. Sempre me impressiona a pouca devoção durante a celebração eucarística na consagração. É um momento que é um pouco descuidado. Pode-se crer com as palavras, mas com os gestos que se fazem nestes momentos, a pessoa nunca se equivoca.
Eu estava um dia na casa de alguns amigos. Os pais tinham uma filha de três anos; eles a haviam batizado e, portanto, por tradição e por dever, iam à missa com ela todos os domingos. A tia dessa menina é católica comprometida. Era, então, a hora de ir à missa e a mãe perguntou à sua filhinha de três anos: «Com quem você quer ir à missa, com mamãe ou com a titia?»; e a menina respondeu sem duvidar: «Com a tia». «E por quê?», perguntou a mãe. «Porque ela acredita!» replicou ainda com menos vacilo a pequena. Penso que há gestos, atitudes que são uma catequese em si mesmos.
Uma vez eu estava na China. Um velho catequista, Zacarias, que arriscou sua vida por anunciar Jesus e que chegava aos seus 100 anos, havia conservado, em um local escondido de sua casa, um sacrário com o Santo Sacramento. Feliz, ele me fez descobrir seu tesouro detrás de uma porta secreta... Logo depois de entrar nesse pequeno local, Zacarias se ajoelhou, prostrou-se com o rosto no chão e começou algumas orações. Eu compreendi que era Jesus quem estava lá! Não havia nenhuma dúvida!
Em terceiro lugar, é preciso redescobrir a adoração eucarística e a devoção eucarística fora da missa. Este mistério é tão grande que a liturgia sozinha não nos permitirá jamais aprofundar suficientemente. Só uma exposição prolongada ao mistério da presença real de Jesus no Santo Sacramento permite entrar progressivamente no estupor eucarístico. Penso neste testemunho de Maxime, de 21 anos: «Para mim, a Eucaristia é o centro de minha vida. Jesus Eucaristia me tirou do inferno das drogas. Graças à Eucaristia, minha vida foi transformada e estou agora feliz de viver para servir a Cristo. A Eucaristia é minha força para amar, para seguir e servir a Cristo através de alegrias e penas. Deus nos ama infinitamente e não nos abandonará jamais».
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