quarta-feira, 4 de junho de 2008

A cor da realidade (IV parte)


É esta visão mais ou menos real do que as outras? Na teoria é uma discussão inútil, nunca se chegará a nenhuma conclusão. O que comprovo é que é esta visão que nos ajuda a enfrentar melhor as adversidades, a ser melhores pessoas, a ajudar mais os outros (quem não sabe que a dureza de alguém só se quebra com doçura, e nunca com mais dureza em resposta?). Ou seja, este é o olhar que nos vê e nos faz mais humanos. Não será esse um bom critério de verdade? Impressiona-me a quantidade de pessoas que se “instalam” num cansaço do qual elas próprias não conhecem as razões, numa irritação quase permanente, numa visão quase cínica da vida. E que acaba até por “contaminar” o ambiente à sua volta. Porque é que o pessimismo há-de ser o “real”, e o optimismo uma “ingenuidade” ou uma “ilusão”? Li há tempos um artigo cujo título era “a felicidade também é uma decisão”. Acredito totalmente nisso, que a felicidade depende menos do que nos acontece do que da forma como decidimos viver o que nos acontece. E o artigo - provocadoramente - terminava: “E tu, até quando vais esperar para decidir ser feliz?”


Filipe Martins

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