quinta-feira, 13 de março de 2008

Igreja engajada no processo de reconciliação do Timor Leste

Diálogo, arrependimento, reconciliação, pacificação nacional: são estes os binários nos quais caminha, em maior à difícil situação política e social, a Igreja Católica em Timor Leste.
Na história da pequena república asiática de maioria católica, a Igreja sempre teve influência e ascendência na sociedade, conduzindo-a ao bem-comum, à paz e harmonia, refere a agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Atualmente, graças aos esforços de mediação de líderes católicas, parece ter-se aberto uma espiral de reconciliação para a população, abalada pelo atentado ao presidente José Ramos-Horta e a rebelião de um grupo de militares.
O próprio presidente, gravemente ferido e ainda internado em um hospital de Darwin (Austrália), deu um passo inicial, anunciando seu perdão aos autores do atentado e mostrando-se animado pelo desejo de pacificação, e não de vingança.
Entretanto, alguns líderes rebeldes deixaram entender sua disponibilidade em arrepender-se publicamente. Alguns se entregaram voluntariamente à polícia.
A obra da Igreja, que recebeu elogios e consenso em nível político e social, está produzindo seus frutos. Todos nutrem a esperança de que todo o grupo de militares rebeldes entregue as armas e abandone os propósitos de subversão, encerrando o episódio e abrindo uma nova era de paz.
O governo também se disse pronto a perdoar os rebeldes, reintegrando-os em suas funções de soldados.
A República Democrática de Timor Leste nasceu oficialmente em 20 de maio de 2002, após um período de administração transitória das Nações Unidas.
Mais de 90% da população timorense se declara católica. Por este motivo, a Igreja tem uma função importante na formação das consciências dos cidadãos timorenses.
A nação está engajada no «diálogo nacional» sobre justiça e reconciliação, que envolve membros do parlamento, organizações sociais e políticas, representantes da comunidade católica. A Igreja local acentuou a necessidade do «perdão na verdade e na justiça», essenciais para reforçar a unidade nacional.
Além de servir as carências espirituais dos mais de 665.000 fiéis nas dioceses de Dili e Baucau, a Igreja em Timor Leste oferece serviços sociais e sanitários e coordena programas de desenvolvimento para agricultores.
Entre os desafios da recém-criada nação, estão a reconstrução de infra-estruturas, escolas, hospitais e de um aparato burocrático eficiente para todos os setores da vida pública.
Fonte: Zenit

Nenhum comentário: