“Um novo Arrupe para a Companhia de Jesus. E um claro sinal de liberdade e independência da maior congregação religiosa católica”, escreve Periodista Digital, 19-01-2008, ao noticiar e comentar a escolha de Adolfo Nicolás como novo Superior Geral da Companhia de Jesus.O novo superior geral dos jesuítas viveu os últimos 46 anos na Ásia, sobretudo no Japão, onde estudou e trabalhou como professor de teologia na Universidade de Sofia de Tóquio. “Isso o torna uma ponte importante entre a Europa e o continente asiático”, comenta o periódico espanhol.Nicolás, eleito em segundo escrutínio, com uma personalidade que recorda Pedro Arrupe, que também trabalhou no Japão, numa entrevista publicada em fevereiro do ano passado na revista semanal jesuíta Austrália Province Express, assegurava que a “Ásia tem ainda muito a oferecer à Igreja, à Igreja inteira”. “É um desafio enorme, e penso que é um desafio a ser enfrentado. Não temos o monopólio e temos muito que aprender”, assegurava Adolfo Nicolás.“Grande experiência em assuntos asiáticos” e “capacidade de Governo”, resume a sala de imprensa da Companhia de Jesus as capacidades de Nicolás.Três depoimentos sobre a eleição de Adolfo Nicolás“Adolfo Nicolás vem de terras longíquas, como Arrupe, e confiamos que, como ele, traga ventos inovadores”, afirma José María Martín Patino, jesuíta da província de Castilla, segundo o jornal El País, 20-01-2008.Trata-se de um homem ‘sociável’ e “muito bom comunicador”, afirma José Maria de Vera, porta-voz da Companhia de Jesus, segundo informa o jornal El País, 20-01-2008. Além disso, ele é de um caráter “sem tendências autoritárias”. Seu perfil é de uma personalidade modesta mas capaz de cativar as pessoas, afirmam os que com ele conviveram. Segundo o porta-voz, ele é um firme partidário do diálogo entre as culturas e tem uma “profunda consciência da justiça social”.Já segundo o padre Bartolomeo Sorge, italiano, ex-diretor da revista Civiltà Cattolica e atual diretor da revista Aggiornamenti Sociali, trata-se de um homem de longa experiência sócio-pastoral e vem de uma área “onde, nos últimos tempos estão crescendo as vocações e onde, presumivelmente, poderá se concentrar a maior atenção do novo superior geral”, afirma ao jornal italiano Repubblica, 20-01-2008. Segundo ele, trata-se de uma “escolha profética, feita olhando para um horizonte mais amplo que certamente produzirá novos e interessantes frutos”.
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