Amigos e companheiros no Senhor!
Com grande alegria todos nós aqui acolhemos o P. Adolfo Nicolás como o novo Padre Geral da Companhia de Jesus. A semana tinha começado com a aceitação da renúncia do P. Kolvenbach pela Congregação Geral. De terça a sexta-feira veio a fase das “murmuraciones”. Eu mesmo me perguntava: “Será que isso funciona? Como será isso?”. Hoje posso dizer: funciona e muito bem. Criou-se um clima de grande discernimento. Na conversa dois a dois, sempre, ou com um tradutor, quando necessário, íamos com grande simplicidade pedindo e dando informações sobre nossos companheiros jesuítas, tendo em mente e no coração o que diz a Parte IX das Constituições sobre as qualidades do P. Geral, o perfil necessário para os dias de hoje, feito previamente pelas Assistências e o relatório de Status S.J., apresentado pela Comissão.
E nesse ir e vir de informações, havia também um ir e vir de jesuítas. Cada dia iniciávamos com a Eucaristia, nos diversos grupos lingüísticos. Era comum também encontrar os jesuítas rezando diante do Santíssimo Sacramento exposto durante todo o dia na Capela dedicada a São Francisco de Borja, na Cúria Geral.
Para facilitar que todos nós estivéssemos na Cúria durante esses dias, já que estamos morando em diversas casas de Roma, o almoço consistia em algum lanche, água e frutas. No final da tarde, antes do jantar, era dada a bênção do Santíssimo. Cada dia foi feita em uma língua, muito bem preparada por um grupo que cuida com carinho da liturgia.
Todos esses meios exteriores ajudavam na escuta interior do Espírito. Éramos como “antenas”, captando e transmitindo o Espírito. Para mim, o mais bonito nas nossas “murmuraciones” era que o interesse estava na busca sincera do melhor para a Companhia de Jesus, para o bem do corpo apostólico e para a sua missão. Mirávamos para fora, como a Trindade contemplando o mundo.
Na véspera da eleição visitei as Basílicas de São Pedro e de Santa Maria Maior. Nesta última rezei diante do altar do Presépio, onde Inácio celebrou sua primeira missa. Também visitei a Igreja de São Pedro em Montório, onde Inácio se retirou por três dias para discernir, depois de ter sido eleito geral pelos companheiros, se deveria aceitar ou não.
O dia da eleição começou mais cedo. Ás 8 horas da manhã saíamos paramentados da Cúria e caminhávamos para a Igreja do Espírito Santo. A Igreja estava mais bonita aquele dia: iluminada, florida, com um coral de muitas vozes ajudando-nos a invocar o Espírito do Senhor. Terminada a missa, em espírito de recolhimento, voltamos para a Cúria e para a Sala da Congregação Geral. Ouvimos o P. Gellard exortar-nos à oração e ao discernimento, já que a Fórmula prevê que “na presença de seu Criador e Senhor, cada um determine consigo mesmo, pelas informações recebidas e à luz divina impetrada, a quem vai eleger”. Feita a exortação, seguiu-se o silêncio dos corações orantes. Terminada a hora de oração, iniciou-se a eleição.
Finalmente, como já sabem, no segundo escrutínio, Deus nos deu o P. Adolfo Nicolás como o 29º sucessor de Santo Inácio. Muitos aplausos, emoção, lágrimas... Depois de professar diante do crucifixo o Símbolo da Fé, recebeu de todos nós, congregados, o nosso cumprimento. Na minha vez, vendo que eu era do Brasil, respondeu-me em português “obrigado, muito obrigado”. O clima era de consolação. A manhã terminou na Capela São Francisco de Borja com uma oração de louvor e agradecimento. Deus foi bom para nós!
Ontem à tarde, celebramos a Eucaristia na Igreja do Gesù. Havia muita gente (e muitos fotógrafos da imprensa). P. Adolfo Nicolás dirigiu em sua homilia palavras espontâneas e com sua simplicidade animava os jesuítas a dirigirem-se às novas nações, não tanto geográficas, mas de pobres, excluídos e marginalizados que formam nosso mundo. Nesta segunda-feira, depois da seção de fotos, iniciamos a segunda parte da Congregação Geral para tratar dos assuntos importantes da Companhia (“ad negotia”). Reunimo-nos por Assistências preparando os trabalhos da semana que prometem ser intensos.
Aproveito para agradecer, de coração, a todos da Província que rezaram conosco, nos alimentando com suas orações e oferecimentos. Permaneço unido a todos os jesuítas que estarão em Itaici nesses dias fazendo os Exercícios Espirituais. De modo especial, muito unido aos noviços que também estarão em Itaici. Continuemos, na Eucaristia, oferecendo-nos com Ele.
Com grande alegria todos nós aqui acolhemos o P. Adolfo Nicolás como o novo Padre Geral da Companhia de Jesus. A semana tinha começado com a aceitação da renúncia do P. Kolvenbach pela Congregação Geral. De terça a sexta-feira veio a fase das “murmuraciones”. Eu mesmo me perguntava: “Será que isso funciona? Como será isso?”. Hoje posso dizer: funciona e muito bem. Criou-se um clima de grande discernimento. Na conversa dois a dois, sempre, ou com um tradutor, quando necessário, íamos com grande simplicidade pedindo e dando informações sobre nossos companheiros jesuítas, tendo em mente e no coração o que diz a Parte IX das Constituições sobre as qualidades do P. Geral, o perfil necessário para os dias de hoje, feito previamente pelas Assistências e o relatório de Status S.J., apresentado pela Comissão.
E nesse ir e vir de informações, havia também um ir e vir de jesuítas. Cada dia iniciávamos com a Eucaristia, nos diversos grupos lingüísticos. Era comum também encontrar os jesuítas rezando diante do Santíssimo Sacramento exposto durante todo o dia na Capela dedicada a São Francisco de Borja, na Cúria Geral.
Para facilitar que todos nós estivéssemos na Cúria durante esses dias, já que estamos morando em diversas casas de Roma, o almoço consistia em algum lanche, água e frutas. No final da tarde, antes do jantar, era dada a bênção do Santíssimo. Cada dia foi feita em uma língua, muito bem preparada por um grupo que cuida com carinho da liturgia.
Todos esses meios exteriores ajudavam na escuta interior do Espírito. Éramos como “antenas”, captando e transmitindo o Espírito. Para mim, o mais bonito nas nossas “murmuraciones” era que o interesse estava na busca sincera do melhor para a Companhia de Jesus, para o bem do corpo apostólico e para a sua missão. Mirávamos para fora, como a Trindade contemplando o mundo.
Na véspera da eleição visitei as Basílicas de São Pedro e de Santa Maria Maior. Nesta última rezei diante do altar do Presépio, onde Inácio celebrou sua primeira missa. Também visitei a Igreja de São Pedro em Montório, onde Inácio se retirou por três dias para discernir, depois de ter sido eleito geral pelos companheiros, se deveria aceitar ou não.
O dia da eleição começou mais cedo. Ás 8 horas da manhã saíamos paramentados da Cúria e caminhávamos para a Igreja do Espírito Santo. A Igreja estava mais bonita aquele dia: iluminada, florida, com um coral de muitas vozes ajudando-nos a invocar o Espírito do Senhor. Terminada a missa, em espírito de recolhimento, voltamos para a Cúria e para a Sala da Congregação Geral. Ouvimos o P. Gellard exortar-nos à oração e ao discernimento, já que a Fórmula prevê que “na presença de seu Criador e Senhor, cada um determine consigo mesmo, pelas informações recebidas e à luz divina impetrada, a quem vai eleger”. Feita a exortação, seguiu-se o silêncio dos corações orantes. Terminada a hora de oração, iniciou-se a eleição.
Finalmente, como já sabem, no segundo escrutínio, Deus nos deu o P. Adolfo Nicolás como o 29º sucessor de Santo Inácio. Muitos aplausos, emoção, lágrimas... Depois de professar diante do crucifixo o Símbolo da Fé, recebeu de todos nós, congregados, o nosso cumprimento. Na minha vez, vendo que eu era do Brasil, respondeu-me em português “obrigado, muito obrigado”. O clima era de consolação. A manhã terminou na Capela São Francisco de Borja com uma oração de louvor e agradecimento. Deus foi bom para nós!
Ontem à tarde, celebramos a Eucaristia na Igreja do Gesù. Havia muita gente (e muitos fotógrafos da imprensa). P. Adolfo Nicolás dirigiu em sua homilia palavras espontâneas e com sua simplicidade animava os jesuítas a dirigirem-se às novas nações, não tanto geográficas, mas de pobres, excluídos e marginalizados que formam nosso mundo. Nesta segunda-feira, depois da seção de fotos, iniciamos a segunda parte da Congregação Geral para tratar dos assuntos importantes da Companhia (“ad negotia”). Reunimo-nos por Assistências preparando os trabalhos da semana que prometem ser intensos.
Aproveito para agradecer, de coração, a todos da Província que rezaram conosco, nos alimentando com suas orações e oferecimentos. Permaneço unido a todos os jesuítas que estarão em Itaici nesses dias fazendo os Exercícios Espirituais. De modo especial, muito unido aos noviços que também estarão em Itaici. Continuemos, na Eucaristia, oferecendo-nos com Ele.
Roma, 21 de janeiro de 2008
P. Edson Luis Andretta SJ
P. Edson Luis Andretta SJ
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