O número de deslocados devido às cheias no centro de Moçambique aumentou, fixando-se agora em 94 225, numa altura em que os caudais dos rios voltaram a subir, indica o último balanço oficial. O porta-voz do Centro Nacional Operativo de Emergência, Belarmino Chivambo, afirmou que cerca de duas mil famílias chegaram nas últimas 48 horas, pelos seus próprios meios ou resgatadas pelas equipas de salvamento, aos 41 centros de "reassentamento" no Vale do Zambeze. A subida do nível dos caudais de três dos quatro principais rios do vale do Zambeze constitui motivo de grande preocupação, pois poderá aumentar o perímetro das áreas inundadas e o número de pessoas afectadas, disse Chivambo. As autoridades estão preocupadas com o regresso de algumas famílias às zonas de onde foram evacuadas, apostando agora na colocação de elementos das forças armadas e da polícia nas áreas de risco, como forma de desencorajar a presença de pessoas e a protecção de bens deixados pelos deslocados. A médio e longo prazos, o Governo projecta a construção de diques ao longo do vale do Zambeze, para permitir que a população continue com a actividade agrícola, sem correr o risco de perda de culturas, por causa das cheias.
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