O novo Superior Geral da Companhia de Jesus, Pe. Adolfo Nicolás, presidiu este Domingo a uma Missa de ação de graças na Igreja de Jesus, em Roma, onde apresentou as prioridades para os Jesuítas, apontando para os pobres e marginalizados dos cinco Continentes. O Pe. Nicolás, espanhol com larga experiência de missão no continente asiático, falou da importância de anunciar o Evangelho “em todas as nações”, referindo-se a “outras nações, não geográficas, mas humanas, que exigem a nossa assistência”. O Prepósito-Geral da Companhia de Jesus gracejou com os títulos dos jornais dos últimos dias, que classificou de “clichês”: “Papa Negro”, “Papa Branco”, “poder”. “Tudo isto é superficial, o que conta é servir: servir a Igreja, servir o mundo, os homens, o Evangelho”, disse na sua homilia. Citando a primeira encíclica de Bento XVI, o Pe. Nicolás frisou que “o Papa lembra que Deus é amor, esta é a essência do Evangelho”. Destas duas palavras chave, serviço e amor, o novo Geral dos Jesuítas concluiu a necessidade de olhar para os que ficam à margem dos processos globais que estão a transformar o mundo. A Ordem fundada por Santo Inácio, conta hoje com quase 20 mil religiosos em mais de 100 países de todo o mundo, 30% dos quais na Ásia O novo Geral torna-se, aos 71 anos, o 29.º sucessor de Santo Inácio de Loyola desde que Companhia foi fundada, em 1540. O Pe. Nicolás passou largos anos em missão no Japão, onde era professor de Teologia em Toquio. Desempenhava ainda funções de moderador da Conferência Jesuíta da Ásia Leste e da Oceania, desde 2004. A escolha dos Jesuítas recaiu assim sobre um missionário na Ásia, como aconteceu com Pedro Arrupe, predecessor do Pe. Kolvenbach. A 21 de Fevereiro, o Papa receberá em audiência os membros da 35.ª Congregação Geral. Não é certo que os trabalhos da Congregação se tenham concluído nessa altura, dado que após a eleição do Geral serão agora definidas as grandes orientações para o futuro da Companhia de Jesus. Antes da eleição, o Papa enviara uma carta ao Geral cessante, Pe. Hans Kolvenbach, convidando os Jesuítas a reafirmarem a sua “adesão total à doutrina católica”, falando de pontos precisos como “a relação entre Cristo e as religiões, alguns aspectos da teologia da libertação e vários pontos da moral.
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